A Babá escrita por PãoPão


Capítulo 28
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

AVISO: Esse capítulo contem palavras de baixo calão, violência, tentativa de estrupo e citação a drogas.



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"Eu sou muito idiota, como não percebi o quanto ela era especial, antes? Eu sou muito idiota.
'Dessa vez tenho que concordar com você, você é um idiota.'"

Capítulo 27

Após alguns minutos, Jasper e Alice sairam do salão. Ambos com um corriso no rosto, com a cabeça baixa e visivelmente corados. Eles estavam quase de mãos dadas, digo quase pois apenas os dedos mínimos estavam unidos, como em um juramento.

–Bom, agora que vocês sairam, vamos todos para casa, já está tarde. -falou Esme, em um tom que todos pudessem ouvir, até mesmo Edward e eu que estávamos mais distantes -Rosalie, querida, tem certeza que você não prefere passar a noite lá em nossa casa, como seu irmão? -mesmo estando de cabeça baixa, foi possível perceber um sorriso brotando no rosto de Jasper.

–Obrigada Esme, mas é melhor não, minha mãe pode ficar preocupada, e eu acredito que ela esteja louca para sabber como foi a festa. Ela ficou muito triste ao saber que não poderia vir, por causa do trabalho.

–Tudo bem, mas ficarei preocupada com você e Jasper, andando sozinhos por ai, tão tarde.

–Não seja por isso mãe, eu vou com eles! -disse Emmett, se entrometendo na conversa, com um sorriso gigantesco no rosto.

–Não precisa. Nós sabemos nos virar. -respondeu Rosalie. Era visível que ela não estava gostando do rumo que aquela conversa estava tomando.

–Ei insisto, minha mãe está coberta de razão. -o sorriso de Emmett pareceu mudar, e agora era um misto de alegria e malícia.

–Não Esme, por fa... -antes que Rosalie pudesse terminar de falar, Emmett já estava abrindo a pota do carro e se sentou no banco do carona. Rosalie o olhou com muita raiva, seus olhos pareciam arder em chamas, acho que se os olhos dela fossem metralhadoras, Emmett já estava morto.

–Dona Esme, talvez eu fique por lá ok!? Está muito tarde e não teria como eu voltar para casa. -Emmett fechou a porta do carro, que ainda estava aberta, e colocou o cinto de segurança.
Rosalie viu que não teria outra escolha, ou ela aceitava a companhia de Emmett, ou não voltava para casa. Rosalie, então, se despediu rapidamente de todos e entrou no carro. Jasper tentou contestar, mas recebeu um olhar tão tenebroso de sua irmã, que também se despediu rapidamente de todos e entrou no carro. Emmett, sem sair do carro, também se despediu, com um sorriso enorme no rosto.

Rosalie, sem esperar mais, deu a partida e rapidamente eles já estavam fora de alcance das nossas vistas.

Depois disso todos nós voltamos para a casa dos Cullen.

–Você gostou da festa Bella? -Edward perguntou, após um longo tempo em silêncio.

–Sim, muito. Principalmente todas as surpresas... bom, nem todas... -sussurrei a última parte.

–Fico feliz. Não quero me gabar, mas eu estava envolvido em todas as surpresas que foram feitas. -falou Edward, que logo abriu um sorriso enorme no rosto.

–Eu estou relutante em admitir, mas é verdade. Você foi incrível hoje. -sorri para ele, que corou.

Sim, é verdade. Edward Anthony Cullen corou.

"AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH COMO ELE FICA LINDO CORADO. OMG, OMG, OMG, OH MY GOD. DEUS, PARE O MUNDO QUE EU QUERO DESCER. ME AMARROTA POIS EU ESTOU PASSADA, PASSADÉRRIMA!!! E EU ACHANDO QUE ELE NÃO PODERIA FICAR MAIS LINDO..."

–Você fica muito bonito quando fica corado. -ri. Edward corou ainda mais.

"PARA TUDO! TUUUUUUUUUUUDO!!! DEUS QUANDO CRIOU EDWARD, JOGOU A FORMA FORA. NÃO EXISTE OUTRA PESSOA TÃO PERFEITA QUANTO ELE SENHOR. MINHA NOSSA SENHIRA DA BICILETINHA, ME SEGURA POIS ESTOU PERDENDO O EQUILÍBRIO. JESUS DO CÉUS, QUE HOMEM MARAVILHOSO. VEM NIMIM QUE TÔ FÁCIL PRA VOCÊ!..."

–Bom... é... obrigado... -ele manteve seus olhos na estrada.

–De nada. Edward...

–Sim?

–Será que você poderia me ensinar a tocar piano? -perguntei, olahdno para a estrada.

–Claro... será um prazer ficar mais próximo a você. -respondeu. Eu não precisei olha-lo para perceber seu sorriso.

Depois disso o silêncio se instalou no ar.

[...]

Algumas semanas se passaram após a festa de aniversário de Alice, e algumas coisas aconteceram durante esse tempo.

Alice e Jasper assumiram o namoro. Parecia que era sério, e não um namorico infantil. Eles se gostavam muito, era visível. Todos achavam que eles iriam acabar se casando no futuro.

Emmett e Rosalie voltaram para afaculdade, e, para a surpresa de todos, juntos. mas eles ainda brigavam. Todos achávamos que todas quelas brigas eram de fachada, e no fundo eles se gostavam. Talvez logo eles assumissem um relacionamento. Eu aporto que tudo isso acontecerá antes deles se formare.

Em suma, tudo havia voltado ao normal. Bom, nem tudo. Graças as aulas de piano que Edward estava me dando, ele e eu nos aprocimamos ainda mais. Nós não nos desgrudávamos mais. Ficávamos juntos na escla, durante as aulas e no almoço, para o espanto e ódio de todos, principalmente das garotas de Forks High School. Quem nos vê hoje, pode chegar a suvidar que nós dois brigávamos muito, feito cão e gato, em um passado não muito distante.

–No que você está pensando Bella? -perguntou Edward, após terminar de comer o pedaço de pizza que estava em sua boca.

–Em nada de mais. -respondi, sorrindo amarelo.

–Não parece ser nada, você nem tocou no seu almoço.

–Edward, você tem contato com o Jacob? -pergunte. Edward parou imediatamente tudo o que estava fazendo e me olhou, sua expressão era um misto de surpresa e raiva.

Mas, por que eu perguntei isso? Eu sabia como Edward ficava quando eu falava de Jacob. Essa foi uma outra coisa que mudou. Eles eram muito amigos, ambos fazuam parte do time de basquete da escola, mas agora Edward não pode ouvir o nome de Jacob que parece que eletem vontade de pylar em cima de alguém e matar... bom, não qualquer pessoa, mas sim de uma pessoa expecífica, Jacob.

–Não, eu não tenho nenhum tipo de contato com cachorros sarnentos. E acho melhor você ficar longe também. -respondeu Edward, quase rosnando.

–O que houve Edward? O que houve entre vocês dois? Vocês eram tão amigos. Não entendo o motivo de tantos insultos. -eu realmente não conseguia entender. Nem ao menos eu que mantive uma amizade escondida com Jacob, fiquei tão recentida quanto Edward parecia estar.

–Eu prefiro não comentar sobre isso, para o seu bem. Acho melhor mudarmos de assunto.

Suspirei e não perguntei mais nada.

Mas que tudo isso era muito estranho era, e tudo isso estava me encomodado muito.

[...]

–Alô? -atendi o telefone que tocou, ne acordando.

–Bella?

–Quem é?

–É o Jacob.–falou a voz do outro lado da linha. Me levantei em um salto da cama.

–Jacob? Como você está? O que aconteceu? Jacob, você está bem?... -antes que eu pudesse terminar, Jacob me cortou com uma risada.

–Calma Bellinha, eu estou bem, muito bem. Ótimo. Bom, não tão ótimo... eu sinto sua falta.

Ficamos em silêncio por alguns minutos.

–Jack, onde você está?

–Eu não posso te falar agora, mas fico feliz que você esteja preocupada comigo. Você não é como Edward. Aquele idiota que...

­-Jacob? Jacob? -repeti seu nome várias vezes, mas não adiantou, a ligação havia caido.

Depois da ligação de Jacob não consegui dormir mais. Sua ligação foi muito estranha, e antes que ele pudesse me falar o que aconteceu entre ele e Edward a ligação cai. Dessa vez Edward não me escapa, ele vai ter que me explicar direitinho tudo o que aconteceu entre ele e Jacob.

Algumas horas se passaram e já estava quase na hora de ir para à escola. Então fiz minha higiene pessoal, me vesti e tomei meu café. Como em todos os dias, Edward chegou na mesma hora para me buscar, para irmos juntos para a escola.

Peguei minhas coisas e sai.

–Bom dia Bella. -Edward me cumprimentou, com um sorriso no rosto. Ele estava de pé, parado em frente ao seu carro. Eu não o respondi, apenas o ignorei e entrei no carro.

–Bom dia. -respondi, seca.

–O que houve? -ele perguntou após dar a volta no carro e entrar.

–Edward, até quando você vai me enganar?

–Te enganar Bella? Mas do que você... -o cortei, antes que ele termonasse.

–Você está escondendo de mim o que aconteceu entre você e Jacob. Eu já me cancei das syas mentiras. Há alguns meses, nesse mesmoluga, você não me contou a berdade, e agora isso de novo. Chega de me esconder as coisas Edward, assuma tudo de uma vez. Se, contar ue você ainda está me devendo aquela resposta.

–Bella, eu não estou entendendo onde você quer chegar com esse discurso todo.

–Simples, eu só quero que você me fale o que aconteceu ente você e Jacob, para os dois estarem se tratando tão mal agora, visto que vocês eram muito amigos.

–Eu não sou amigo de cachorro vira-lata pulgueto.

–Mas o que houve entre vocês? -insisti.

–Eu já disse várias vezes para você que não quero e não vou falar sobre isso. Eu me recuso!

–Tudo bem. -respirei fundo -Sendo assim, não tenho mais o que fazer aqui dentro. -falei enquanto abria a porta do carro e sai, fechando-a com força logo e seguida.

–BELLA...

Não dei ouvidos a Edward e continuei andando. Estava decidida a ir andando para à escola. Confesso que essa não foi uma boa ideia, mas eu não ia dar o braço a torcer. Edward havia me convencido a mandar minha picape para o concerto, era por esse e por outros motivos que Edward me levava de carro para a escola todos os dias.

–Bella, para de besteira e entra no carro. Você não pode ir andando para a escola. -Edward, que começou a andar com o carro para me alcançar, tentava me convencer, mas não adiantou pois eu estava decidida.

–Eu tenho dois pés, duas pernas e tudo o mais que é necessário para ir andando para a escola. -respondi, ríspida.

–ARGH! Tudo bem, você venceu. Entra no carro que eu te conto o que quiser. -falou ele, venncido. Parei para ouvi-lo

–Estou te ouvindo.

–Entra no carro que eu te conto tudo. -insistiu.

–Só entro depois que você me contar tudo. -parei e cruzei meus braços, me virando para Edward dentro do carro, que havia parado o carro.

–Tudo bem. -ele saiu do carro e veio até mim -Acho melhor você se sentar. -falou ele, que se sentou na calçada logo em seguida. O imitei.

–O que aconteceu entre você e Jacob, para ele e você se odiarem tanto?

–Como você sabe, Jacob sumiu por muitos meses sem dar notícias. Billy ficou extremamente desesperado com o sumisso do filho, ele foi parar várias vezes no hospital. Meu pai me disse que na primeira vez que ele o atendeu, ele estava abalado, fraco, pois não comia e não dormia. Da segunda vez Billy foi parar no hospital por tentativa de suicídio, parece que ele ligou o gás da casa ou algo assim. Se não fosse por um garoto da reserva, acho que o nome dele é Sam, enfim, se não fosse por esse cara, Billy estaria morto agora. Ninguém além do meu pai eu e mais alguns enfermeiros que estavam fazendo plantão no dia, sabem do que aconteceu.

–Como você sabe de tudo isso? Carlisle te contou? -perguntei, intrigada.

–Não, eu estava no hospital todas as vezes que Billy foi parar por lá. Todas as vezes foram quase seguidas. Eu passei muito tempo no hospital, foi naquela época que você ficou enternada e fez a cirirgia. -ele abaixou a cabeça -Peço para que você não conse o que aconteceu com Billy para ninguém. -assenti com a cabeça.

–Você tem a minha palavra. Mas, Edward, isso tudo não explica sua raiva toda pelo Jack. Eu sei que tudo isso foi terrível, mas não justifica, vocês eram tão amigos, vocês treinavam juntos, viviam juntos dentro e fora da quadra de basquete... você não deve nem ter chegado a ouvir o lado dele da história.

–Como eu poderia ouvir? Ele sumiu, lembra? Depois da festa da Alice eu nunca mais o vi. Acho que nós não éramos tão amigos assim, para ele sumir e não ter dado nenhum tipo de explicação... ele não deu nenhuma explicação nem par o próprio pai. -Com essa última frase de Edward, vi que eu não era a única que pensava não ser tão amiga de Jacob, e nem ao menos considerada por ele, pois ele sumiu sem dar explicações para nenhum de nós dois... Como Edward mesmo disse, ele não deu explicações do seu sumiço e nem ao menos notícias de seu paradeiro nem para o seu próprio pai.

Edward estava realmente muito abalado com a situação de Billy e do filho. Todas as vezes que ele falava de Jacob havia raiva em suas palavras.

–Era só isso que você queria saber? -perguntou ele, olhando ficamente para a floresta que havia em frente a minha casa.

–É só isso que você tem para me contar? -retruquei.

–Bom... -ele parou de falar. Parecia que ele estava ponderando para ver se me contava o que ele estava escondendo, ou não -Tem mais uma coisa... -ele parecia estar medindo suas palavras para contar o que quer que ele queriame contar -Eu acho que Jacob está se envolvendo com pessoas muito perigosas... -deu uma pausa -Ele me ligou umas semanas antes da festa da Alice, para me pedir dinheiro. Era uma quantia absurda e ele nem ao menos me contou para que ele queria esse dinheiro. Eu não tive outra alternativa a não ser negar o dinheiro a ele.

–Quanto ele te pediu?

–Dez mil dólares. -respondeu ele em um suspiro.

–De-d-dez mil dólares? É muito dinheiro... -eu não conseguia acreditar no que Edward estava me falando, era totalmente absurdo, sem contar que Edward não teria de onde tirar esse dinheiro todo.

–Eu sei que parece um absurdo tudo isso que eu estou falando para você, mas é a mais pura verdade. Em relação ao dinheiro, meu pai tem bastante, seria fácil conseguir essa quantia que ele me pediu, e talvez meus pais nem se dessem conta de que toda aquela quantia sumiu. Acredite, eu não me importaria de dar o dinheiro a Jacob se eu soubesse para o que era, e se eu tivesse certeza de que aquele dinheiro não faria mal a ele e nem para ninguém, se eu tivesse dúvidas de que ele estava envolvido com pessoas de índole ruim. -ele parou de falar.

Ficamos em silêncio por alguns longos minutos, haviamos até esquecido de que tinhamos que ira à escola

–Bella... -fez uma pausa -Me promete que você não vai se envolver com Jacob, caso ele apareça novamente. Eu não quero que você se envolva com ele. Eu tenho medo do que ele poça fazer com você ou no que ele pode te meter. Por favor, por favor, me prometa que você vai manter distância dele. -suas palavras me pareciam uma súplica desesperada.

Não o respondi. Por mais que eu quisesse eu não poderia prometer isso à ele. Se eu tivesse a oportunidade de me encontrar com Jacob para ajudá-lo eu o faria sem pensar duas vezes. e se eu prometesse a Edward ficar afastada de Jacob, eu não poderia ajudá-lo de nenhum jeito.

Edward não disse mais nada, apenas suspirou e se levantou.

–Acho melhor eu te levar para a escola, ou se não você vai perder toda a primeira aula. -ele deu a volta e entrou no carro. Ele nem ao menos abriu a porta do carro para mim, como sempre fazia.

É, Edward estava realmente muito abalado e preocupado. Preferi esquecer esse assunto e deixá-lo tranquilo com tudo isso.

–Não só eu estarei atrasa, mas você também.

–Eu não vou assistir aula hoje.

–E por que não?

–Estou sem vontade, sem força e sem ânimo. Apenas te deixareo láe voltarei para casa. Mas, não se preocupe, passarei lá mais tarde para te buscar e te trazer até em casa.

–Não quero te dar todo esse trabalho. Acho melhor eu ficar em casa. Eu não vou poder ir cuidar de Matt hoje ok, avise sua mãe por favor. -falei e desci do carro.

[...]

Os dias se passaram rapidamente. Quando percebi já estávamos no final do ano.

Sem que Edward e nem ninguém soubesse eu mantive contato com Jacob, que sempre me ligava para conversármos.

–Bella, eu queria muito te ver.

–Acho meio complicado Jacob, ninguém sabe que nós estamos nos falando.

–E qual o problema Bellinha? Você está com medo de mim?–ele riu do outro lado da linha –Eu não sou nenhum lobo mal que quer comer a Chapeuzinho na floresta. Você pode continuar mantendo o nosso segredinho.

–Eu não sei Jack, eu...

–Bella, por favor. Eu estou com saudades de você. Eu tô tão sozinho.

–Tudo bem Jack. -suspirei -Onde e quando podemos nos encontrar?

–Perto da reserva tem um ótimo lugar, é perto de um penhasco. A vista de lá é linda e muito aconchegante, e o melhor de tudo é que é um lugar afastado, e ninguém vai nos incomodar por lá.

Suas palavras me deram um arrepio na espinha.

Jacob e eu marcamos um horário e o dia para nos encontrarmos. Jacob me deu todas as coordenadas para que eu não me perdesse para ir para o local marcado.

Nós nos encontraremos amanhã.

[...]

O dia custou a passar. Eu estava com um pressentimento ruim, mas mesmo assim eu não desisti da ideia de ir me encontrar com Jacob.

Quando o relógio marcou oito da noite, faltando uma hora para o horário marcado, sai de casa e fui para o penhasco. Fui andando pois minha picape ainda estava no concerto, mas seria bom ir andando, com o frio que está fazendo eu esfriaria minha cabeça e o vento poderia levar todas as minhas preocupações e os pressentimentos ruins que rondavam minha cabeça

Levei um bom tempo andando, mas, mesmo tendo esquecendo o meu mapa improvizado em casa, não foi difícil encontrar o local.

Quando cheguei, Jacob já estava lá.

–Você veio. -assim que me viu, Jacob abriu um sorriso enorme.

–Eu disse que viria. -Jacob fez mensão em se aproximar de mim, em um atp involuntário me afastei.

–Que isso Bellinha, pode chegar mais perto, ou você está com medo de mim? -Jacob se aproximou e eu puder ver, com detalhes, como ele estava vestido. Ele estava usando uma camisa branca, suja, e uma calça jeans surrada, que também estava suja.

Jacob parecia estar alterado.

–Jacob, você está bem? -arfei ao sentir um cheiro embriagante de álcool exalando dele. Estremeci.

–Você tá diferente Bella, você está mais bonita... -ele me olhou de cima a baixo -Você está bem gostosa. Você se escondia de mim por quê? -em um ato muito rápido, Jacob colocou sua mão direita na minha nuca e apertou -Se eu tivesse percebido isso antes, eu já teria feito muita coisa com você. -Jacob colocou sua não esquerda no meu ombro, e começou a desce-la até meu seio, mas antes que ele pudesse toca-lo, tirei sua mão rapidamente e me afastei dele.

Engoli em seco, eu estava morrendo de medo.

–Sabe por que eu escolhi esse lugar Bella? Porque ele é totalmente afastado da reserva, e ainda mais de Forks. -ele se aprocimu novamente. Era visível que Jacob havia bebido, e começo a suspeitar que ele usou drogas também.

–Jacob, não faz isso, não se esqueça que somos amigos. -implorei, mas continuei me afastando. A cada passo que ele dava em minha direção, era um passo que eu dava para trás.

–Amigos? Eu não tenho amigos. Se eu tivesse amigos eu não estaria nessa decadência. -ele riu sombriamente.

–Jacob, Edward e eu podemos te ajudar, nós podemos... -antes que eu pudesse terminar, Jacob, que havia parado de andar, me cortou.

–EDWARD? AQUELE INGRATO? DEPOIS DE TUDO O QUE EU JÁ FIZ POR ELE? DEPOIS DE VÁRIOS ANOS DA MINHA VIDA DISPERDIÇADOS COM ELE? DEPOIS DE TUDO O QUE EU JÁ TIVE QUE PASSAR COM ELE AQUELE INGRATO ME VIROU AS COSTAS NA PRIMEIRA OPOSRTUNIDADE QUE TEVE, ELE ME VIOU AS COSTAS NO MOMENTO QUE EU MAIS PRECISEI. AQUELE FILHO DA PUTA NÃO TEVE CORAGEM DE ME DAR DINHEIRO PARA ME AJUDAR. -Jacob gritava de raiva, seus olhos, que estavam vermelhos, estavam arregalados.

–Jacob, se acalma, dez mil é muito dinheiro, e você também não contou para ele o motivo de você estar precisando de tanto. -argumentei, tentando mostrar para Jacob que Edward não havia feito nada por mal.

–POR QUE VOCÊ ESTÁ DEFENDENDO AQUELE ALMOFADINHA IDIOTA? DESDE QUANDO VOCÊS SÃO AMIGOS? FOI POR ISSO QUE VOCÊ NÃO ME AJUDOU? PORQUE VOCÊ ESTAVA DO LADO DELE ESSE TEMPO TODO? QUE GRANDE AMIGA VOCÊ FOI.

–Jacob, você escondeu nossa amizade por todos esses anos e eu que sou uma má amiga?

–Você nunca esteve no fundo do poço como eu.

–Jacob, eu operei um câncer.

–Mas você está aqui não é? Eu tô correndo risco de vida, tudo por causa daquele seu amiguinho filho da puta. -Jacob cuspiu no chão quando terminou de falar -Agora vem aqui que eu vou mostrar pra você que eu sou muito melhor que aquele malricinho. -ele começou a se aproximar, novamente, de mim e a desabotoar sua calça.

Não pensei duas vezes e comecei a correr.

–NÃO ADIANTA CORRER BELLA, ISSO SÓ VAI DEIXAR AS COISAS MAIS INTERESSANTES. -ele gritava, mas eu não parava de correr. Eu devia ter ouvido Edward, Jacob não está bem. Eu só queri ajudá-lo -EU ESTOU ME SENTINDO COMO UM LOBO CORRENDO ATRÁS DO CORDEIRO PARA SE ALIENTAR. QUANDO EU TE ENCONTRAR BELLA EU VOU TE EXTRASSALHAR, E ISSO NÃO VAI DEMORAR MUITO, CONHEÇO ESSA RESERVA COMO A PALMA DA MINHA MÃO. -extremessi com suas palavras, mas não tinha outro jeit, eu tinha que correr.

Tentei seguir o mesmo caminho que fiz para vir para cá, mas minhas pernas tremiam muito e minha memória estava turva pelo medo. A escuridão da noite não facilitou em nada, eu não conseguia enchergar, e então tropecei em uma raiz de árvore exposta e caí.

Lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto. Eu estava totalmente indefesa, Jacob logo me encontraria, e eu estava com muito medo do que ele estava prestes a fazer.

–Te encontrei, agora você não vai mais escapar de mim. Não se preocupa, você vai gostar -ele que estava parado na minha frente se agachou -e eu vou te tratar bem, apesar de você não merecer. -ele passou as costas de sua mão em meu rosto. Eu não tinha mais forças para lugar, eu só conseguia chorar e rezar para que alguém nos encontrasse e nos ajudasse. Eu deveria ter feito o que Edward tanto me implorou para fazer.

Edward, meus pensamentos se voltaram todos para ele. O que será que ele está fazendo agora? Eu não conseguia parar de pensar nele, e no sentimento que eu sentia por ele. Eu o amava. Sim, eu o amava. Que hora péssima para se descobrir um amor não é?!

Fechei meus olhos com força, esperando Jacob fazer o que queria fazar.

–TIRE SUAS PATAS IMUNDAS DE CIMA DELA SEU CACHORRO SARNENTO. -alguém gritou atrás de mim. Graças a Deus, eu estava salva.

–HAHA VENHA TIRAR ENTÃO SEU BASTARDO. -Jacob respondeu, sem sair de cima de mim, e começou a desabotoar minha calça. Forcei meus olhos a se fecharem ainda mais. Mas, de repente sinto ele sair de cima de mim, abri meus olhos rapidamente e vi Edward brigando com Jacob.

–EDWARD, JÁ CHEGA! VOCÊ VAI MATÁ-LO! -gritei, assim que me levantei e vi que Edward batia muito em Jacob. Ele depositava muitos socos em seu rosto, e mesmo depois que Jacob caiu no chão, Edward ficou por cima dele e continuou a socar seu rosto. Corri até onde eles etavam.

–Edward, já chega, por favor. -implorei. Mas ele não me ouvia, ele parecia estar cego de raiva.

–Ele não merece que eu pare. Ele tem que pagar pelo que ele ia fazer com você. -ele rosnou, sem parar de bater em Jacob, que já estava com o rosto todo ensanguentado e agora com os olhos fechados, inconsiente.

–Edwad, por favor. Para por favor, por favor. -ninha voz foi morrendo aos poucos até que eu não consegui mais falar.

Cai de joelhos na frente de Edward, sem forças, desabando em lágrimas. Eu não conseguia pensar em mais nada, só no que estava acontecendo. Fechei meus olhos o mais forte possível e e abaixei minha cabeça, inclinando meu corpo para frente.

Senti alguém parando atrás de mim e colocando as mãos sobre meus ombros.

–Desculpa Bella, eu não queria parecer um montro para você. -ele sussurrou. Não o respondi, eu não conseguia parar de chorar -Vamos embora daqui, você consegue andar? -não o respondi, apenas neguei com a cabeça.

Em um movimento muito rápido, não senti mais o chão em baixo de mim, abri os olhos e vi que Edward havia me levantado para me pegar no colo.

–Coloca seus braços em volta do meu pescoço. -ordenou, e eu o obdeci. Deitei minha cabeça em seu peito e continuei chorando.

Ficamos em silêncio o caminho todo. Até que Edward parou em frente ao seu carro, então ele abriu a porta do carona e me colocou no banco, colocou o cinto de segurança e fechou a porta. Ele deu a volta no carro e entrou.

–Como você soube que eu estava lá? -perguntei, após ter me recuperado um pouco, mas minha voz ainda estava fraca.

–Eu fui na sua casa falar com você, mas não tinha ninguém. Eu achei muito estranho e resolvi entrar. Pulei a janela do seu quarto e vi um papel que tinha desenhado um caminho e que tinha algumas coordenadas indicando como chegar nesse lugar. -ele bufou -Desconfiei de que você não fez o que eu pedi e olhei seu celular, tinham várias ligaçoes de um número desconhecido, então imaginei que fosse Jacob... Imaginei certo não foi? -um sorriso fraco surgiu em seu rosto -Não pensei duas vezes e fui atrás de você nesse lugar.

Olhei para a janela do carro, que já estava em movimento e tentei esquecer um pouco do que aconteceu.

Quando voltei minha atenção para o caminho, percebi que não estávamos indo nem para a minha casa e nem para a asa dos Cullen.

–Edward, para onde estamos indo?

–Para a delegacia.

–Edward, por favor...

–Bella, é preciso. -Edward, que tinha parado o carro se virou para me olhar, e olhou nos meus olhos.

–Não Edward, eu não quero fazer isso com o Jack...

–Você ainda pensa em defendê-lo? Depois de tudo o que ele fez com você? Você não deveria ter pena dele, pois ele não ia ter pena de você. Eu não quero nem pensar no que ele poderia ter feito com você se eu não tivesse chegado a tempo. -Edward rosnou todas as palavras, e ao falar a última parte ele deu um soco na janela do carro, que estremesseu.

Eu não aguentei, e comecei a chorar. Tudo o que ele falou era verdade, mas mesmo assim eu não consegui pensar em fazer mal para Jacob.

–Bella, pensa bem. Isso é o melhor a ser feito. Vai ser para o seu bem, o meu bem, para o bem te todas as outras garotas que podem não ter tido a mesma sorte que você, e que por medo não o denunciaram.

–Eu estou com medo Edward, medo. Eu estou com vergonha e nojo de mim. -falei, eu não conseguia olhar nos olhos de Edward de tanta vergonha. Eu não conseguia parar de pensar que a culpa era minha.

–Você não precisa ter vergonha, você não precisa ter nojo de si. Você não tem culpa, o único culpado é ele, apenas ele. -ele depositou uma de suas mãos em meu rosto e me fez olha-lo -Bella, você não tem culpa de nada. -ele olhava fundo nos meus olhos -Você não pode pensar assim, você tem que denunciá-lo. Isso é para o bem dele, e para o bem de todas as garotas que ele pode vir a fazer mal caso continue solto nas ruas. -eu continuei chorando, suas palaras me atingiam de uma tal maneira que eu não tinha mais como retrucar -Bella, fazendo isso você vai servir de exemplo para muitas outras garotas que passaram pelo mesmo que você. Você tem que denunciá-lo Bella.

–Você... você vai comigo?

–Claro meu amor. Eu faço de tudo por você, eu vou estar do seu lado sempre que você precisar, mesmo sem você me pedir. Eu te amo Bella. -tirei o sinto de segurança rapidamente e abracei Edward o mais forte que eu consegui. -Eu te amo Bella, você não sabe o quanto. -ele retribui o abraço.

–Obrigada.

Depois de um longo tempo abraçada com Edward, me sentei no banco e coloquei o sinto de segurança. Edward deu a partida no carro e me levou até a delegacia.

Assim que chegamos seguimos todos os procedimentos. Contei ao chefe de polícia tudo o que aconteceu até Edward chegar. Edward também contou tudo o que ele havia me contado, de sua suaspeitas, que não eram mais suspeitas, e que ele bateu em Jacob. O chefe de polícia o repreendeu, mas entendeu o estado que ele estava e a situação então Edward saiu da delegacia apenas com um aviso.

–Você está de parabéns srta. Isabella, por ter denunciado e ter feito o registro da ocorrencia. Muitas moças são violentadas, mas não denunciam seus agressores, muitas vezes com medo ou por vergonha, mas a culpa nunca é da vítima. O que elas não entendem é qie, sem a denuncia, nós não podemos fazer nada de fato e os agressores ficam soltos por ai, podendo fazer mal para outras garotas. Eu sei que foi difícil, mas sua denuncia vai ajudar muitas garotas por ai, para não sofrer nas mãos daquele meliante tudo o que a senhorita sofreu, e para tomar coragem de denunciar caso aconteça.

Depois de tudo feito, Edward e eu saimos da delegacia. Edward me levou de volta para minha casa.

–Edward, eu... -parei rapidamente de falar e abaixei minha cabeça -Será que você poderia dormir aqui comigo hoje? Eu não quero ficar sozinha, e eu também não quero ir para sa casa, pois não tenho coragem de olhar para seus pais, nem para Alice e muito menos para Matt depois de tudo o que aconteceu.

–Será um praser. -ele colocou sua mão em meu ombro.

Depois de estacionar o carro, Edward saiu e deu a volta para abrir a porta para mim, então ele me pegou no colo, fechou a porta, ligou o alarme do carro e me levou até a porta da minha casa, abrindo-a logo em seguida. Depois de que entramos, ele fechou a porta e me levou até meu quarto.

–Eu gostaria de tomar um banho, se você não se importar. -ele assentiu com a cabeça.

–Eu gostaria de fazer o mesmo, se você não se importar.

–Tem um banheiro no quarto dos meus pais, dentro do armário tem algumas toalhas limpas e algumas roupas do meu pai.

–Ok. -Edward saiu do meu quarto. Assim que ele saiu tirei rapidamente todas as minhas roupas. Minha vontade era de jogá-las foras, ou ainda melhor queimá-las. Mas agora não era a hora de pensar nisso. Então as joguei em um canto qualquer do quarto e fui para o banheiro.

Liguei o chuveiro e fiquei em baixo d'água por um bom tempo. Deixei com que a água m purificasse. Depois peguei uma esponja que eu tinha e comecei a esfregá-la em meu corpo, na esperança de tirar todos os resquícios das mãos de Jacob de mim.

Eu queria muito que junto com a terra misturada com a água do chuveiro, fossem embora no ralo as lembranças terríveis desse dia.

Depois de terminar de tomar banho, me sequei e me vesti. Quando voltei para meu quarto Edward já estava lá, sentado em minha cama, olhando para o nada, vestindo as roupas do meu pai.

–Espero que as roupas não tenham ficado apertadas. -falei, tirando-o de seus devaneios.

–Não muito. -ele sorriu e eu me aproximei dele, que deitou em minha cama. O imitei e me deitei em seu peito. Edward me abraçou.

–Obrigada Edward, eu não sei o que teria acontecido comigo, caso você não tivesse aparecido naquele momento.

–Xiiii... -ele colocou um dedo em meus lábios para me calar -Não pense nisso agora. Vai dormir meu amor, você precisa descançar.

Não o respondi, apenas assenti com a cabeça, fechando meus olhos logo em seguida. Depois de poucos minutos adormeci.


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Notas finais do capítulo

Desculpem-me qualquer tipo de erro, tive um problema com o meu notebook e tive que escrever o capítulo as pressas novamente.
Um pequeno parênteses, todo o caso de violência sexual deve ser denunciado para as autoridades imediatamente. Lembrem-se que a vítima nunca é culpada, e que o certo a se fazer é denunciar o molestador/estuprador, para que ele pague por todos seus crimes e que não tenha a oportunidade de cometer mais nenhum crime novamente.
Espero que todos se conscientizem sobre o caso, e que conscientizem as outras pessoas.
Espero ter conseguido passar a mensagem que eu tentei passar.
Um abraço para todas(os), e até o próximo capítulo.



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