A Babá escrita por PãoPão


Capítulo 2
Capítulo 1




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/121143/chapter/2

Capítulo 1

-Aquele idiota. ARGH ele me paga, ele me paga, ele me paga – eu resmungava enquanto eu ia em direção a uma das mesas, pouco usadas, de piquenique mais afastadas da escola. Eu sempre ficava por ali na hora do almoço, é claro, quando não estava chovendo, e às vezes, Jacob vinha até aqui para nós conversarmos um pouco. Pois, da escola, aqui era o único lugar onde nós podíamos nos falar, sem que algum dos amigos dele nos visse.

-Falando sozinha Bella? –disse Jake, se sentando em meu lado no banco.

-Não, é que o seu “amiguinho” –fiz aspas –Cullen, aquele idiota, ridículo... –eu ia dizendo, mas Jake me cortou.

-Ei, chega Bella, Edward é meu amigo, eu não quero que você fale assim dele – repreendeu-me.

-Ta, tudo bem, eu não quis ofender o seu precioso amigo. Não, na verdade eu quis sim, mas esqueça o comentário. Em fim, ele ficou a aula toda me enchendo e falando besteira. Só por que ele não consegue tirar uma nota acima de 2 e eu consigo ser potencialmente mais inteligente que ele, já que não deve ter nada naquela cabeça sem ser... deixe para lá. Enfim, ele não tem que descontar em quem consegue. Ele é tão imaturo que chega a dar raiva! –eu disse tudo o que estava preso na garganta. Já que eu não podia falar isso diretamente para ele, eu tinha que falar isso para alguém, e esse alguém poderia ser muito bem o Jake.

-Tudo bem Bella, você já falou tudo o que tinha pra falar? – assenti com a cabeça – Então, eu estou indo, se não todos vão achar estranho, eu só vim mesmo dar um “OI” por isso eu disse que iria pegar alguma coisa no meu carro – terminou ele, se levantando.

-Tudo bem, tchau. –me despedi.

-Tchau Bella – respondeu ele, dando um beijo no topo da minha cabeça.

Depois que Jacob se fora, não demorou muito para o sinal bater. O maldito sinal que indicava outro começo de mais uma aula com o maldito Cullen. Eu tive a sorte de ter todas as aulas com ele, e o ano mal havia começado. Que sorte a minha!

Assim que o sinal tocou outra vez, eu me levantei, a contra gosto, e fui em direção ao ginásio. Sim, meu outro martírio particular, a Educação Física. Eu já mencionei que eu sou uma daquelas pessoas que tropeçam nos próprios pés ou até mesmo quando o vento sopra um pouco mais forte? Pois é. Essa é mais uma característica da minha miserável pessoa. Ta podem zoar. 95% da escola já fazem isso, o que mais algumas muitas pessoas iriam mudar?

Entrei no vestiário pensando em uma desculpa perfeita para dar para o professor e me safar de participar dessa tortura.

Assim que eu sai do vestiário, eu fui direto falar com o Sr. Clapp.

-Treinador, será que eu poderia ficar na arquibancada hoje? –perguntei, esperançosa.

-Sinto muito Swan, mas terá que fazer a aula –respondeu ele.

-Mas, professor, eu não posso ficar ali, na arquibanda, dando apoio ao pessoal?

-Não, pois hoje eu farei uma atividade diferente –respondeu ela se afastando –Que Cecília se prepare, e seja o que Deus quiser –disse ele, baixo, mas eu ainda pude ouvir.

-É, seja o que Deus quiser mesmo –disse, pra mim mesma.

-Pessoal, como vocês já sabem, a atividade de hoje será diferente,... –o Sr. Clapp começou a falar, mas, alguém o interrompeu.

-O que a gente vai ter que fazer treinador?

-Tayler, espera, eu já vou chegar lá -respondeu.

-Chegar aonde? –perguntou ele, novamente. Serio, esse garoto já está começando a me irritar, se ele fizer mais alguma pergunta idiota, eu não sei o que faço com ele!

-Tayler, fique quito, para eu terminar... Em fim, nós vamos jogar vôlei hoje, e, as suas notas poderão se basear no desempenho de vocês. Vocês vão se dividir em dois grupos. Cullen, Black, vocês serão os capitães dos times... –ele ia dizendo, mas eu desisti de prestar atenção nele assim que ele disse que o Cullen seria capitão de um dos times, e que eu teria 50% de chance de estar do mesmo lado da quadra que ele. Eu comecei a rezar, ou melhor, a implorar mentalmente para que esse desastre não acontecesse.

- Swan –eu fui tirada de meus devaneios assim que o treinador Clapp disse meu nome –A senhorita vai ficar no time do Sr. Black –informou ele. Eu então fui para a ponta da quadra, o mais longe possível de onde estava a rede. Logo que eu passei por Jacob, ele sorriu, discretamente para mim, e eu logo o retribui. Eu agradecia mentalmente por eu ter ficado no time dele e não no do Cullen. Assim eu poderia ficar olhando para ele... éér, quero dizer... deixa pra lá.

-Bem, agora que os times já estão formados, nós podemos começar o jogo. –disse Sr. Clapp saindo do meio da quadra e indo para o lugar do juiz, e apitou para começar o jogo.

Eu passei praticamente o jogo todo ouvindo o professor dizer “Não fique ai parada e vai em direção a Bola Swan”.

Até que, em uma hora, quando eu não estava prestando atenção para desviar da bola, eu levei uma bolada forte na cabeça.

-AI! –eu disse, colocando minha mão na cabeça. Assim que eu virei, eu ouço uma risada baixa. Não precisava ser um gênio para saber que, quem tacou a, maldita, bola em mim, fora o Cullen –Seu idiota, por que você... –eu ia dizendo, enquanto ia em direção a ele, mas, assim que eu cheguei perto dele, minha cabeça começou a girar. Eu quase cai, talvez por causa da tontura, apesar de que eu não preciso ficar tonta pra isso. Edward, em um ato, inesperado pra mim, e, provavelmente, pra ele, me segurou antes que eu caísse.

-Você está bem? –perguntou ele, indiferente, mas seus olhos pareciam preocupados.

-É claro que não seu idiota –respondi, ríspida. Não importa o quanto o rosto, e o corpo dele sejam perfeitos, ele não tinha o direito de ter me dado uma bolada.

Eu fiquei ali, sendo encarada e encarando, aquelas belas, perfeitas e brilhantes esmeraldas, que ele chama de olhos, até que o treinador Clapp nos tirou de nosso transe.

-Cullen, leve a Swan para a enfermaria.

-Mas, treinador... –ele começou a argumentar, mas, o treinador Clapp logo o cortou.

-Nada de mais Cullen. Você que jogou a bola, agora terá que arcar com as conseqüências.

-Não precisa Sr. Clapp, eu não preciso do Cullen pra me levar –eu disse, me soltando de Edward e indo para fora da quadra.

Quando eu estava na metade do caminho para a enfermaria, eu sinto alguém tocar meu ombro e, é claro, me assustando.

Assim que eu me virei para olhar quem foi à criatura que teve o desplante de me assustar, eu me assustei ainda mais, pois, a criatura, era o Cullen.

-O que você está fazendo aqui? –perguntei, atônita.

-Eu vim leva-la á enfermaria –respondeu ele, dando de ombros, uma de suas manias.

-E, por que?

-Por que fui obrigado –respondeu ele, indiferente. Aquelas palavras destruíram totalmente a pequena e mísera esperança que começou a surgir em mim, de que ele, em algum minuto, se preocupou comigo.

-Eu não preciso de ajuda –disse, amargurada.

-Não importa. Eu vou com você de qualquer jeito –disse ele, firme.

-Quer saber, faça o que quiser, o problema é seu! –respondi, começando a andar novamente.

Depois de alguns minutos, eu, e o Cullen, que estava logo atrás de mm, chegamos na porta da pequena sala da enfermaria.

-Bella -disse a pequena senhora de cabelos bancos e de pele enrugada, me cumprimentando, assim que eu entrei na enfermaria.

-Sra. Anderson.

-O que é isso Bella, você sabe que pode me chamar de Cecília. –disse ela, sorrindo para mim, eu nada disse, apenas retribui o sorriso.

-Bom, por qual motivo você está aqui hoje?

-Bom, eu... –eu comecei a dizer, mas Edward, que só agora eu percebi que também havia entrado na pequena sala, me cortou.

-Ela está aqui, por que não consegue ter coordenação motora o suficiente para desviar de uma misera bola.

-Fica quieto, pois ninguém te perguntou nada Cullen. –disse, com raiva.

-Você levou uma bolada de novo Bella? –perguntou Cecília gentilmente, enquanto tentava prender a risada.

-Foi –respondi, a contra gosto.

Então, o maldito Cullen e a Sra. Anderson começaram a rir enquanto eu corava fortemente e abaixava a cabeça.

-Bom, eu vou deixar vocês ai, rindo de mim... enquanto eu vou indo –disse, indo em direção a porta.

-Não, não, você vai ficar aqui –disse Edward, me segurando pelo braço.

-Mas... –eu ia questionar, mas ele me puxou e me colocou em uma das duas macas que havia ali.

-Muito bem Edward, obrigada –disse a Sra. Anderson. –Onde é que dói Bella? –perguntou ela, pondo a mão em minha cabeça.

-Aqui atrás –respondi, pondo a mão no local. Ela então, deu a volta na maca e ficou atrás de mim, e, pois a mão onde eu indiquei.

-Bom, não parece ser nada grave, mas, eu acho melhor você ir para casa e descansar. Sr. Cullen, será que você poderia deixa-la em casa? –perguntou ela, olhando para Edward enquanto caminhava em direção a uma pequena mesinha que avia no canto da sala.

-O que? –dissemos eu e Edward juntos.

-Bom, a Bella não está em condições de dirigir –disse ela, dando de ombros.

-Mas é claro que eu estou em condições de dirigir –disse, me pondo de pé. Mas, isso foi a coisa errada a se fazer, pois eu logo me desequilibrei e quase cai, se não fosse por Edward que, novamente me segurou, eu teria caído.

-Bom, isso só reforça o que eu disse –disse ela, sorrindo triunfante.

-Tudo bem, eu levo a Swan pra casa –disse ele me puxando pelo braço para fora da sala, sob meus inúmeros protestos e resmungos que ele simplesmente ignorou. 

Assim que chegamos no estacionamento, nós fomos direto para o carro de Edward, que abriu a porta do carona para mim. Ele deu a volta, entrou no carro, o ligou e começou a dirigir.

Nós ficamos em silencio até chegarmos em minha casa.

-Cullen... posso fazer uma pergunta... –deu de ombros –Como você sabe onde fica a minha casa? –perguntei, por fim, intrigada.

E eu o tinha pego nessa. Era impressão minha ou ele estava corando? Será que eu estava imaginando as maçãs do rosto dele ficarem cada vez mais vermelhas?

-Bom... eu.... érr.... foi... uma coincidência... é, isso mesmo, foi mera coincidência. –respondeu ele gaguejando.

-Só para sua informação você mente muito mal, sabia? E pode esquecer se você acha que vou fingir que acredito e vou deixar passar em branco, porque o que eu mais odeio é que escondam as coisas de mim. – Principalmente quando é você completei mentalmente. – então ou arranje uma mentira que eu realmente acredite, o que eu duvido muito que vá acontecer, ou começa a me contar a verdade AGORA! –Exclamei soltando tudo de uma vez só.

-Que tal eu não responder? Assim você vai para a sua casa feliz e eu sigo o meu caminho –disse ele sorrindo forçado.

-Que parte de “não gosto que escondam as coisas de mim” você não entendeu? –eu disse, impaciente, então eu gritei –DESEMBUCHA!

-Ér, bem, é que eu... –começou ele, olhando em volta, como se buscasse algo que pudesse salva-lo.

Então, ele viu o relógio e exclamou, verdadeiramente assustado e aliviado.

-Caramba! Meus irmãos, eles vão me matar se eu não for busca-los!

Salvo pelo gongo, ou melhor, pelo relógio. Eu olhei de cara feia para ele, e, antes de sair, eu disse:

-Você me deve uma resposta.

Assim que fechei a porta, ele arrancou rapidamente com o carro, me deixando sem uma resposta e sem um “Tchau”. Eu o xinguei de 40 nomes que me vieram a cabeça enquanto entrava em casa, emburrada.

-Mauricinho prepotente! –disse tirando as minhas chaves e minha carteira do bolso da calça e as deixando em cima da mesa.

Depois eu subia as escadas e fui em direção ao meu quarto, pois eu iria tomar um banho. Depois de um longo tempo de baixo da água quente do chuveiro, eu penteei meus cabelos, os amarrei em um rabo de cavalo e me vesti. Saindo logo em seguida e desci as escadas.

Assim que eu cheguei na sala, eu me lembrei que a minha caminhonete ainda estava na escola.

-Que saco! –disse, me jogando no sofá. –Quer saber, eu vou sair de qualquer jeito. –disse, me levantando e indo em direção a porta, parado apenas para pegar minhas chaves e minha carteira em cima da mesa.

Até que não demorou muito para passar um táxi. Foram apenas 30 minutos, considerando o fato de eu estar nesse fim de mundo chamado Forks.

-Port Angeles, por favor –disse, assim que entrei no táxi. Então o motorista logo deu a partida me levando em direção a Port Angeles.

A viagem fora tranqüila, e, assim que eu cheguei em Port Angeles eu paguei a corrido e depois fui direto para uma livraria que havia ali.

Depois de um bom tempo procurando por um livro interessante na livraria, eu achei um chamado O Reverso Da Medalha de Sidney Sheldon. Que eu decidi comprar.

Depois que eu comprei o livro e sai da livraria, eu fui direto para um parque que avia por ali perto para ler o livro que eu avia acabado de comprar. 

Não demorou muito para eu chegar lá. Assim que eu cheguei, eu me sentei em um banco, e comecei a ler meu livro.

-Oi –disse alguém.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!