Andarilhos escrita por Nankurenaisa


Capítulo 1
Capítulo 1




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Glast Heim

- Takeshi - gritou a sacerdotisa. - TAKESHI! USE CURA, AGORA! 


Infelizmente, minha energia tinha se esgotado, uma forte dor de cabeça me atingiu devido ao cansaço e eu já não tinha mais nenhuma Asa de Mosca nem outra coisa útil. O Druída Maligno já havia me acertado cinco vezes, e eu estava muito ferido. O próximo golpe seria fata. Foi quando ouvi:

- *Curar*


A sacerdotisa o tinha matado.


- Takeshi, essa não é a primeira vez que isso acontece, da próxima quem garantirá que eu estarei aqui para te ajudar? Você vai acabar morrendo. Já te disse mais de centenas de vezes para você sempre andar com Asa de Mosca, Asa de Borboleta, Uvas ou Poções.


- Mas tudo acabou, senhorita Azumi - falei em um tom triste para ver se me safava da bronca.


- Não importa. Se acabou, pare de lutar imediatamente e corra para a saída. - Mas esse não é meu estilo - falei jogando charme.


- Então você e seu estilo não vão durar muito tempo - ela falou em tom de deboche.


 - Tsc, claro que vamos. Eu e meu estilo somos ímorrivel.


Dessa vez ela não gostou da brincadeira. Talvez porque eu falei ímorrivel, e ela odeia erros de português... Ou por a ter respondido.


- Pois bem, Sr.Takeshi ''O Imorrível'', não vou continuar te treinando se você não for para Prontera agora comprar as devidas poções! E eu também não vou te curar, já que você não morre.


Olhei para o velho mapa de Glast Heim, e percebi que estava muito longe da saída. Seria duro atravessar até lá sem encontrar um Mímico ou um Druída para me importunar, mas felizmente minha energia já estava recuperada o 
suficiente para usar a habilidade Aumentar Agilidade sem problemas.

"Velha fedida.", pensei.


-Tudo bem, senhorita. Eu irei, e já volto num instante. - Abri um sorriso.


Para impressioná-la, usei teleporte, o que não deu muito certo, porque fui parar numa aglomeração de Druídas.


- Santo Cavalinho do Bastão - gritei.


- *TELEPORTE* - berrei com todas as forças.


E, dessa vez, tive mais sorte, porque surgi a 50 metros da saída.


- Aê, ele me atendeu! - falei juntando as mãos, grato pela sorte. - 
*Aumentar Agilidade*.

E corri em direção a saída. Chegando lá fora, fui andando calmamente até a Kafra, para ela não perceber que eu estava quase esgotado e que meu nível era alto, porque, como vocês sabem, as Kafras tem uma grande fama por aqui, já que são muito bonitas.


- Hi, masmorcelle.


Tentei falar em outra língua para parecer importante, mas fracassei.


- Perdão?? - ela falou rindo.


- Desculpe, desculpe, estou um pouco tonto ainda, corri muito até aqui e acabei me atrapalhando. - Tentei consertar o vexame.


- Ah, sim... Você deve ser novo por aqui, né? Inexperiente?


Apenas abaixei a cabeça e respondi:


- Tuchett... ( Era pra ser Touché )


E ela repetiu:


- Perdão??

- Cheddar! - respondi com um sorriso amarelo.


Ela me olhou estranho, e eu, cansado dos meus vexames decidi acabar logo com aquilo.


- Por favor, uma passagem para Prontera.

- 1500 zenys.


Entreguei-lhe o dinheiro.


- Boa viagem - ela disse balançando a cabeça, e eu lentamente fui desaparecendo.


Prontera

Reapareci na multidão de Prontera.

''Ah...! Como eu odeio esse lugar...'', pensei isso quando levei uma suvacada na cara.

- Acho que as pessoas daqui não tomam banho! - gritei para o cara que me deu a suvacada. 

Prontera era a capital de Rune Midgard, por isso era a mais povoada. Pessoas de todas as cidades vinham até ela para comprar coisas, ou conhecer novas pessoas, entrar em clãs, ir na famosa arena de luta ou até ficar se gabando na calçada para os pequenos aprendizes.

Depois de tentar tirar o mau cheiro do suvaco do meu rosto, joguei o cabelo para o lado, para não perder a pose. Caminhei alguns metros até conseguir avistar a loja de Utilidades e a loja de Armas e Armaduras. Enquanto isso, fui observando meu caminho e avistei dois mercadores brigando por um ovo de Poring.

- Esse ovo é meu! Você me roubou! GUARDAS! - disse o primeiro agarrando o pescoço do segundo mercador.

- Não, é meu! Eu consegui ele por 3,000 zenys com uma pequena aprendiz, seu patife! - gritou o outro.

Como não gosto de brigas, fui até os dois.

- Senhores, por favor, parem de brigar ou então saiam do recinto - falei carinhosamente.

- %#$%$#%$#%#$$# - gritaram os dois juntos, o que me aborreceu.
- *Diminuir Agilidade* - sussurrei.

E os dois mercadores ficaram em câmera lenta fazendo caretas, o que me fez rir por um tempo. Sai de lá às pressas, antes que eles viessem atrás de mim. Entrei na loja de Utilidades e fui direto a atendente:

- Olá, senhorita, você poderia me vender 100 Poções Vermelhas, 50 Uvas e 20 Asas de Moscas? - perguntei sorrindo.

- 20,546 zenys - ela respondeu.

Eu só tinha 18,000 zenys, tirando o dinheiro da passagem de volta para Glast Heim.

- Hmm, terei que vender meus rubis. - E entreguei a ela 8 Rubis Amaldiçoados.

- Isso lhe dá 8000 zenys, senhor - ela me disse impaciente, porque a fila estava ficando grande.

- Okay, então - falei entregando o dinheiro dos mantimentos, e os recebi junto com meu troco.

- Muito obrigada, senhor, e tenha um bom dia!

- Para você também, senhorita!
Guardei minhas coisas cuidadosamente na mochila e decidi sair pela cidade, porque não estava com a mínima vontade de voltar a treinar. Fui em direção sul, onde se concentram as lojinhas dos mercadores, ferreiros e alquimistas. Não se acha items nessas lojinhas iguais aos que vendem nas lojas da cidade. Grandes ferreiros se situam em Prontera, vendem os mais raros equipamentos, items e cartas. Achamos os acessórios mais bonitos também, são ótimos para presentear namoradas, ou amigas(os).
Parei em uma loja de um mercador que se chamava Ryuu, ele vendia vários ovos de bichos de estimação e eu sempre quis ter um Bon Gun, mas estava muito caro.
- O que!? 78,000 zenys por um ovo de Bon Gun??? - perguntei gritando, fazendo todos em volta olharem.
- Claro! Você já percebeu quanto é a vida em Prontera, amigo? As coisas aqui são caras demais, se você não tem o dinheiro, caia fora!
Saí de lá resmungando. ''Tomara que todos os ovos dali estejam chôcos e que não nasça nenhum'', pensei jogando macumba.
Saindo dali, me senti atraído por uma outra lojinha, desta vez de uma alquimista. Fui me aproximando e percebendo o quanto ela era gorda. Em uma mão ela comia sorvete e na outra chocolate.
- Oi - ela me disse se lambuzando toda com comida.
- Oi - eu disse.
- Quer alguma coisa? - disse ela em um tom de malícia.
Olhei atento para sua lojinha, e percebi que havia ótimas coisas. Ela possuía uma carta Sohee, por apenas 100,000 zenys, mas no momento eu não possuía mais de 8,000Z. Na lojinha havia também uma Candura. Meninas amam Canduras. Deixam a bochecha vermelha sempre, parecendo que estão sempre tímidas.
- Quanto é a Candura?
- 1000Z. - disse ela sorrindo.
Mil zenys? Acho que essa Alquimista tinha cheirado muita Erva Verde ou então comido muitos Escaravelhos, ou até mesmo besouros do Esgoto de Prontera. Uma Candura custa, em média, 1.000.000Z, porque é muito difícil o procedimento para obtê-la.
- EU QUERO! - falei gritando outra vez. Consegui a Candura e logo em seguida a pus em mim. Estava me sentindo lindo. - HAHAHAHAHA, agora possuo uma Candura - disse falando alto nas ruas.
- Bicha! - gritou um Espadachim querendo me provocar.
- *Diminuir Agilidade* - sussurrei de novo.
- Ai, eu estou tão lento - disse ele olhando para mim.
- Deus te castigoooou - falei e apontei para o céu e usando um tom macabro, fazendo uma expressão igualmente macabra.
Ele começou a chorar.
- Mas o que eu fiz? Eu juro que não era eu que tinha tara por Peco-Pecos!!!
Eu estava chorando de tanto rir, então decidi sair de lá antes que ele descobrisse que fui eu. Olhei para o portão sul de Prontera, e me lembrei de quando eu era apenas um noviço e ficava por aquela área tentando matar Porings e colecionando Jellopys.
- Vou dar um pulinho lá - falei.
Vi várias pessoas sentadas conversando, lojinhas de mercadores que não couberam na tumultuada rua de Prontera, cavaleiros conversando sobre seus clãs e aprendizes como de costume, deslumbrados com os tais cavalheiros ou os pedindo ajuda para treinar.
- Ei, você! - um aprendiz se direcionou a mim.
- Pois não? - falei sorrindo.
- Você poderia me curar? - ele falou.
- Claro! - E me concentrei. - *CURAR!*
- Você poderia me dar agilidade e benção também?
Novamente me concentrei e gritei:
*Benção!*
*Aumentar Agilidade*
- Prontinho - disse tentando disfarçar que já estava um pouco cansado.
De repente, uma multidão de aprendizes correram até mim pedindo cura, benção e agilidade.
''Oh, Meu Deus'', pensei. Fechei os olhos gritei para eles:
- Cura aleatória do super e magnífico Takeshi! - falei com a voz empolgada e comecei a disparar cura em todos que eu podia.
*CURA!*
- PARA MIM TAMBÉM!
*CURA!*
*CURA!*
*CURA!*
*CURA!*
- EU, EU EU!                                                      
*CURA!*
*CURA!*
Caí sentado no chão com a visão turva.
- Preciso de uvas, uvas, uvas ou então uma Poção Azul! Uma mulher também seria bom! - e desmaiei.
Acordei um tempo depois com aprendizes à minha volta discutindo quem levaria a próxima Cura primeiro. 
- Infelizmente, senhores, a Cura acabou! - falei tentando sair de fininho. 
- Por que??? - perguntaram eles em um tom triste.
Pensei um tempo no motivo, peguei duas gramas no chão e pus sobre a cabeça disfarçando para eles não verem.
- Porque este corpo foi dominado pelo.... HOMEM INSETOO!! - disse gritando para apavorá-los.
- OH, MEU DEUS! UM POSSUÍDO! - gritaram e saíram correndo.
- Ufa... - eu disse sentando em baixo de uma árvore.
Fiquei um tempo admirando os Porings em minha volta quando avistei uma Aprendiz. Ela estava de costas, mas dava para notar que estava tendo problemas com uma Pupa.
- Quer ajuda? - falei em um bom tom.
A aprendiz se virou para mim, e me fitou com seus olhos azuis escuros. Seus cabelos eram pretos e longos. Pretos que nem fezes de Esporos, mas nem por isso ela deixava de ser bonita. Sua pele era branca, mas tinha um certo bronzeado. Sua franja tampava suas sobrancelhas, o que dificultava a leitura de sua expressão. Suas bochechas eram avermelhadas sem precisar de Candura. 
Para mim, ela parecia o mais rosa Poring. 
- Gostaria sim! - disse ela de mau humor. - Esse casulo não morre nunca! - ela me disse enfurecida, sentando no chão e fazendo uma cara de insatisfação.
- É porque é uma Pupa - eu disse sorrindo. - As Pupas são os casulos das Creamys, que são aquelas borboletas - apontei para uma. -  Elas são bastante fortes. Eu as odeio. Já quase morri para uma quando eu era um aprendiz como você, mas, enfim, a Pupa não é um bom bicho para você querer matar, a única coisa útil é a sua carta.
- Você é professor ou algo do tipo? - falou ela já com um sorriso no rosto.
Corei, mais do que já estava com aquelas Canduras.
- HaHAHHHEHEHEHEHIHIHPAPAKAKAKALA- dei uma risada estranhíssima o que a assustou. - Oh, me desculpe! Não estou acostumado com esses tipos de elogios - eu disse querendo enfiar minha cabeça em um buraco.
- Heheh - ela riu sem graça. - Tudo bem, já aconteceu comigo também... Será que você poderia terminar de matar a Pupa? É que eu já estou aqui há tanto tempo tentando matar, mas ela continua viva sem nem um arranhão! 
- Claro! - Me concentrei e uma áurea se formou em torno de mim. - *LUZ DIVINA!* 
A Pupa imediatamente estourou e de dentro dela saiu um escudo. Peguei o escudo.
- Wowww - ela gritou. - Como você fez isso? Nunca vi um poder assim vindo de um moço de roupão!
- Eu sou um sacerdote - falei quase chorando.
- Ah, sim... Ham, desculpe... É que eu não vou muito a Prontera e não conheço bem as classes e... É que sua bochecha está tão vermelha, pensei que era porque você tinha ido tomar sol, não sei... érr... - disse ela muito sem graça
Agora eu já estava quase morrendo.
- Estou usando uma Candura - eu disse apenas com um pontinho de vida.
Mais alguma coisa que ela falasse daquele gênero, eu juro que iria sair dali as pressas. Vou inventar algo do tipo: minha avó tem três pernas e ela precisa que eu vá lá agora cortar as unhas da sua terceira perna ou, desculpe tenho que ir no banheiro, estou com diarréia causada por lunático em decomposição que eu comi ou até que eu era o homem inseto de novo.
- Ah, sim, suas bochechas são bonitas - disse ela sorrindo.
- As suas também - eu disse. - Ah! Esqueci de te entregar - E lhe entreguei o escudo.
- Um escudo? - Ela disse - Mas ele está todo preto!
- O escudo caiu daquela Pupa, por isso ainda não pode ser identificado. Depois quando tiver tempo vá a Prontera e entre na loja de Utilidades, entregue para a moça do balcão e peça a ela para examiná-lo. Ela o fará e te entregará o escudo que você achou, e aí poderá usá-lo.
- Nossa - ela disse o segurando e olhando fixamente para mim.
- Quantos anos você tem? - eu disse sorrindo e chegando perto do rosto dela.
- 1...oi4 - ela disse embaralhado
- O que? - eu disse sorrindo
- Quatorze - ela disse corando. - E você?
''Droga, não sou pedófilo... Pelo menos não posso ser, ou será que posso??'', pensei enquanto fazia, provavelmente, uma cara de tarado.
- Perdão??? - ela disse reparando em minha expressão pseudo pedófila tarada.
- Dezenove - eu respondi me afastando de seu rosto.
- Nossa, você é muito mais velho do que aparenta!
- Sim... Infelizmente, queria voltar a ter sua idade ou menos, era mais divertido matar Porings do que tentar matar Druíd... - parei um instante.
- O que foi? - Ela disse 
- Caramba! Eu esqueci que estava treinando... A velha fedida que me treina... Oh, não, ela vai me matar! Já tem 1 hora que eu vim até Prontera e o combinado era eu só vim comprar os matimentos... Oh, não! Terei que fingir outro ataque cardíaco! Falarei que fui envenenado por um Esporo Venenoso... Ou que um Peco-Peco mutante de Juno veio e me pisou todo... Ou que um Arch Angeling apareceu e desfigurou todos de Prontera e eu tive sorte de sair vivo!
Ela riu freneticamente.
- Calma - ela disse - Tenho uma asa de borboleta aqui. - ela disse me entregando - Use e volte para lá.
- Muito obrigado - eu disse sorrindo - Bom, acho que já vou indo, quem sabe a gente se encontra de novo por aí.
- É quem sabe - ela disse sorrindo.
Apertei a Asa de borboleta e desapareci.


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Notas finais do capítulo

Bom, é meio difícil porque não separei a fic em capítulos e sim com o nome das cidades >3> por isso, pode ser muito grande ou muito curto. Tomara que gostem ;3 bjsbjs
PS: eu tentei dar espaço na primeira narrativa para nao ficar tao cansativo, mas na segunda não deu certo de jeito nenhum ... axo que o espaço tinha acabado ... weird .
Gomenasai, eu sei como dar dor de cabeça ler tudo junto 'o' então vou tentar postar cada cidade como um capitulo mesmo, mas isso pode deixar a historia cheeeeia de mini capitulos rs . ou pelo menos de postagens .. BUT whatever. espero que gostem KISSUS >3



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