Love And Loyalty Runs Deeper Than Blood escrita por Rose Ivashkov, MrsPadfoot


Capítulo 25
Capítulo 25




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Gean PDV

A campainha tocou e ouvimos a voz de Abe atender a porta. Ele estava no andar de  baixo e estava contando a alguém que pela voz, presumi que fosse Christian, mas se ele está aqui meu pai também deve estar. A dona Rose veio ao quarto e quando entrou sentiu um clima e perguntou o que estava acontecendo.

“Mãe, o Gean descobriu a verdade.”  Disse Anne, com a voz alegre e dona Rose ficou pálida.

“Quer dizer que...”  Ela não terminou e resolvi falar.

“Sei que Anne e Andrew são meus irmãos.” Disse e ela logo veio me abraçar.

Descemos para a sala, Anne e eu de mãos dadas. E o diálogo que se seguiu foi o ganhador do Grammy de pior entendimento da conversa:

“Mas então, porque os gêmeos são damphirs?” Meu pai perguntou e foi Abe quem respondeu.

“Pois é! Não é interessante?!” Ele riu abertamente mostrando as suas presas. Adrian não gostou do comentário de meu pai.

“E o que você tem a ver com isso, se eles são damphirs, ou morois, ou humanos ou ainda, extraterrestres? Isso não é de sua conta, Belikov! Você agarrando a minha mulher na madrugada já foi o suficiente para mim! Nem sei o que você está fazendo aqui ainda?!” Nunca em toda a minha vida esperaria meu pai fazendo isso com a dona Rose depois de tudo o que ele fez no passado a ela. Posso dizer que estou com  muita vergonha de Dimitri Belikov.

“Isso foi...”Ele começou a falar mais como não tinha com o que se defender tentou mudar de assunto.

“Vocês não vêem esse dois de mãos dadas o tempo todo e fugindo juntos? Isso é que é importante verificar agora!” Tentou atrair a atenção de todos para Anne e eu, mas ninguém deu ouvidos a ele e Janine já estava como uma cobra a dar o bote em sua presa.

“Então foi por isso que minha filha brigou com o Adrian?! Eu te avisei, Belikov. Eu te avisei!” Quando ela ia pular nele, Abe a conteve.

“E quanto a esses dois? Ninguém se importa com o namoro deles?!” E o desgraçado ainda insistiu no assunto ridículo de que Anne e eu somos namorados. Mas a dona Rose já estava descendo da escada e respondeu a ele:

“Eles não são namorados.” Ela disse se sentando no sofá e colocando as pernas para cima. “Mãe, ele me agarrou, mas garanto que filhos ele não faz mais!” Deu um sorriso maligno. “E eu já me entendi com o meu Adonis!” Ela sorriu agora mais ainda e Adrian correspondeu seu sorriso, mostrando as suas presas e se beijaram. O senhor Adrian arrumou aquela bolsa de sangue. Fiquei sabendo no quarto da Anne sobre a anemia e o bebê moroi, por isso a dona Rose tem de repor sangue.

“Adrian amor, acho melhor esclarecermos as coisas. Anne, Andrew, tudo bem?” Os três assentiram, mas não pareciam nada satisfeitos. “Dimitri Belikov, os gêmeos são seus filhos!” Ela disse isso com a maior naturalidade. Meu pai ficou com uma cara de tacho. “Portanto, Anne é meio irmã de Gean!” Ela continuou.

Ele ficou parado sem fazer nada, absorvendo as informações e de repente falou:

“Roza, não brinca comigo! Eles são meus filhos? Quero dizer, você saiu da Academia grávida? Você sabia? Quem mais sabia disso?” Disse várias perguntas e alternava olhares entre os seus três filhos.

“Sim, eu sabia. Eu vi você com a Natasha se agarrando no ginásio quando eu estava indo treinar. Eu tinha acabado de saber que estava grávida e quando eu os vi, eu fui falar com a Lissa, que não sabia da nossa aventura! Quando eu falei para ela que tinha... Você sabe, com você e que você tinha me enganado e que eu havia visto você e Natasha se beijando no ginásio, ela gritou comigo e me chamou de meretriz de sangue. Eu então, achei melhor nem contar a ela o resto da história. Fui até meu quarto, peguei o que restava do meu dinheiro, que acredite, era bem pouco, arrumei uma mala de roupas e fui embora. Eu nem sabia para onde ir. Só queria que fosse longe! Então, em Montana eu perguntei qual era o ônibus que poderia me levar mais longe dali e vim parar em Portland. Passei o dia humano sentada em uma praça e quando anoiteceu, achei uma pensão, paguei o mês adiantado com o único dinheiro que eu tinha e dormi. No meio da noite, Adrian bateu na minha porta com um guardião – Pavel – e com um homem exótico que depois soube ser meu pai, dispostos a me ajudar e eu contei a eles o que aconteceu. O resto da história você sabe!”

“Meus filhos...” Aí, foi Anne quem o interrompeu.

“SEUS FILHOS, NÃO! VOCÊ NÃO É O MEU PAI! Meu pai chama-se Adrian Ivashkov! Ele é quem fica ao meu lado quando eu tenho pesadelos... Ele que ficou ao meu lado e me curou quando eu quebrei o pé três vezes – esquiando – caindo da torre da torcida organizada – quando resolvi praticar hipismo... Ele que sempre esteve aqui para mim e para o Andrew... Sempre ele! O meu papai! Você... Você não é nada!” Ela cuspia cada palavra, olhando em seus olhos, cada palavra pronunciada com tanto ódio, mágoa, ressentimento e dor. Ele olhou-a como  se estivesse sendo estaqueado ou levado a pior surra de sua vida. Quando olhou para Andrew, ele só  o olhou e disse:

“Eu não vou perder meu tempo em falar nada para você! Não vale a pena!” Assim, ambos saíram da sala. Aí, fui eu que resolvi falar tudo o que sentia.

“Então aquela história que o senhor havia me contado antes, resultou em dois irmãos para mim, huh?! Obrigado, estou feliz com meus irmãos!!!” disse sarcástico e  continuei. “Pai, me desculpe, mas você é desprezível! DESPREZÍVEL!!!!” Sai correndo da sala em direção ao quintal. Chegando lá me sentei na grama com Anne e Andrew e ouvimos o que Christian falou:

“Belikov, que merda você fez? Como você pode fazer isso com a Rose! Como? Eu só quero saber: Valeu à pena? Espero que sim porque eu já fui muito magoado na minha vida, por causa dos meus pais, da minha família estigmatizada por eles terem optado por se transformar em strigois, mas a Rose foi a pessoa que mais brigou por mim, além da Lissa. A Rose sempre colocou todos antes dela e quando ela precisou da Lissa, deu no que deu. Eu não a culpo por odiar a minha mulher, mas você Belikov! Eu nem posso acreditar que você está sendo tão bem recebido nesta casa, depois do que você fez?! Rose, eu sinto muito. Muito mesmo! E muito obrigada pelo que você tem feito por nós!”Christian apareceu no quintal com a pequena Rosemarie chorando e ele estava com um misto de emoções: estava pasmado, tinha raiva, angustia e nojo no seu rosto.

Rosemarie nunca gostou de gritos e hoje foi o dia dos gritos. Gritos no hotel com a minha mãe histérica, gritos aqui, com o idiota do meu pai achando que eu estava namorando a Anne! Será que ele não havia ouvido quando eu disse que ela tinha um namorado? Gente, como ele pode ser tão, tão idiota? E burro? E CANALHA!!!!!!


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