Eu olhava o rosto de Edward, que estava concentrado na estrada, enquanto sentia a sua mão quente entrelaçada com a minha. Não falamos nada durante o percurso. Quando Edward parou o carro em frente á minha casa, ele se virou para mim, pegando a minha outra mão. Ele não disse nada, apenas me puxou para os seus braços me abraçando forte.

-Eu te amo, e eu não quero mais te perder... – Sussurrou com rosto no meu pescoço.

-Eu também te amo, e você não vai me perder me perder, você nunca me perdeu. – Falei.

Quando terminei de falar, senti uma louca vontade de vomitar. Empurrei Edward, abri a porta e tirei tudo o que eu tinha no estômago.

- Bella, por que você vomitou? – Perguntou preocupado.

-Eu... Eu não sei. Devo ter comido algo estragado, sei lá... É melhor eu entrar. – Falei.

-Ok, mas se continuar mal assim me liga. – Falou.

-Tchau. – Falei.

-Tchau... – Falou me dando um beijo na testa.

Saí correndo, entrando dentro de casa, indo em direção ao meu quarto. Olhei no meu relógio, era só dez horas. Escovei os dentes e depois deitei.

Acordei e olhei pela janela o céu, que ainda estava escuro. Era três da manhã, e eu estava com uma louca vontade de comer abóbora. Será que tinha abóbora? Por favor, tenha, tenha, tenha... Implorava por pensamentos, enquanto descia para a cozinha. Sorri quando vi que tinha. Rapidamente peguei a abóbora, cortei e comi alguns pedaços. Depois de satisfeita, bateu um sono, que fui que nem um zumbi pra cama, caindo no sono rapidamente.

-Filha, filha acorda... Vai se atrasar para ir ao colégio. – Falava alguém me sacu tindo.

-Ah? Que horas são? – Perguntei sonolenta.

-Sete horas! – Falou.

-SETE?! Ai meu deus, eu vou me atrasar! – Falei me levantando rapidamente, levantando e indo ao banheiro.

Não ia dar para eu tomar banho, então fui escovar os dentes e pentear os cabelos. Depois saí correndo para colocar a minha roupa. Olhei para o relógio e era sete e dez. Peguei a minha mochila e desci as escadas, indo até a cozinha para comer o meu café da manhã.

-Bom dia filha! – Falou minha mãe.

-Bom dia... – Falei me sentando.

Tinha torrada e suco de laranja, comi tudo rapidamente, faltava pouco tempo até Alice começar a buzinar para irmos á escola. Quando terminei, levei as coisas a pia e ouvi a buzinada do carro de Alice. Dei um beijo no rosto da minha mãe e saí correndo.

-Oi Alice! – Falei.

-Oi coisa nenhuma, vai desempucha! Sabe como eu me preocupei com você quando eu não te encontrava mais. O que aconteceu? Como você voltou pra casa? Andando que não foi, só seu fosse louca! – Falava rapidamente, olhando para a estrada.

-Calma Alice... Eu voltei pra casa com o Edward! – Falei sorrindo.

-O que?! – Gritou me olhando.

-Alice olha pra estrada. – Falei.

-Ta, mas me explica toda essa história ai, agora! – Falou.

Comecei tudo o que tinha acontecido, desde do quase estrupo até quando cheguei em casa.

-Nossa! Então vocês estão juntos? – Perguntou.

-É, e dessa vez... – Parei de falar quando senti um enjôo. – Alice para o carro! – Gritei.

Imediatamente ela parou o carro, eu abri a porta e despechei o meu café da manhã na rua.

-Bella? O que foi, está doente? – Falou colocando a mão na minha testa.

-Eu não sei Alice, desde de ontem a noite eu estou estranha. Vomitando, ficando com vontade de comer abóbora, acordando tarde, eu nunca acordei tarde! – Falei pensando.

-Ai meu Deus! – Falou Alice arregalando os olhos.

-O que foi Alice? – Perguntei.

 Ela não me respondeu, apenas deu a partida no carro, mudando o percurso do carro.

-Alice, onde nós vamos?

-Você menstruou nesse mês? – Perguntou.

-Ah, não... Mas o que isso tem ave? – Perguntei já me irritando.

-Quieta! – Falou.

Fiz o que ela mandou, e só abri a boca quando Alice estacionou na frente de uma farmácia.

-O que você vai comprar? – Novamente, perguntei.

- Fica ai, eu já volto. – Falou saindo do carro.

Bufei e esperei. Em menos de três minutos Alice já tinha voltado, jogando uma sacolinha em cima de mim e dando a partida. Olhei para dentro da sacola e arregalei os olhos.

-Exames de gravidez... Vo-você acha que eu estou... GRAVIDA?! – Perguntei já em choque.

-Bella, esse sintomas indicam uma gravidez. – Falou séria.

-Mas eu não posso estar gravida, não posso, não posso... – Falava desesperada.

Eu já estava em pânico. Alice estava certa, eram sintomas de gravidez! Como eu pude ser tão lerda! Mas eu só tenho quinze anos, e ainda por cima eu poderei estar gravida do meu tio.

Chegamos na frente da casa de Alice e ela me puxou para fora do carro. Não tinha ninguém na casa, para nossa sorte. Fomos até o seu quarto e Alice me jogou as caixas, me empurrando para eu entrar no banheiro. Abri as caixas e fiz nos cinco exames que Alice tinha comprado. Saí do banheiro sentando na cama.

-Calma Bella, pode ser que você não esteja gravida. – Falou Alice me abraçando.

Esperei os quinze minutos passarem, que pareceram um ano e fui pegar os exames.

-Ai meu Deus, eu não consigo olhar. – Falei quando estava na frente da pia.

-Ok. – Alice veio até mim e foi ver os resultados. – Bella... Você está gravida.

-Não, não isso não pode estar acontecendo! Alice me diz que você está com problema e ta precisando de óculos. - Falei desesperada.

-Desculpe te falar isso Bella, mas é você que está com um grande problema. - Falou.

Depois desmaiei...

-Bella, fala comigo, você está bem? – Perguntava alguém me sacudindo.

-Edward? O que você está fazendo aqui? – Perguntei.

-Alice me ligou falando que você tinha passado mal, por isso não tinha ido para a escola, e que tinha desmaiado. – Falou me olhando preocupado.

-É... Eu desmaiei. – Falei me sentando.

-Vamos pro hospital ver o que você tem, isso não é normal... – Falou.

-Não, eu sei o que está acontecendo comigo. – Falei abaixando a cabeça.

-O que? – Perguntou.

-Edward... – Deixei uma lágrima cair. – Eu estou gravida.

-Gravida? GRAVIDA?! – Perguntou se levantando. – Você... Eu... Nós... Você só tem quinze anos, não pode estar gravida... Eu... – Falava desesperado.

-Você vai me deixar? – Perguntei.

-O que? Não, nunca, Bella eu te amo... E se for para ter esse bebê, eu estarei aqui, mas se fosse não o quiser... – Suspirou. – A escolha é sua. – Falou segurando as minhas mãos.

-Não, NÃO! Eu não posso tirar esse bebê, ele é meu filho, nosso filho. – Falei acariciando o meu ventre.

De repente, eu já não chorava de tristeza, mas sim de felicidade. Eu podia ser nova, mas esse era meu filho, o filho de Edward, e eu não sabia como, mas eu já o amava, e eu iria ter esse bebê.

-Eu o amo Edward, eu não sei como, mas eu já o amo. – Falei levantando a blusa o olhando a minha barriga.

-Eu também. – Sussurrou contra o meu pescoço, colocando a mão sobre a minha, onde estava sob o meu ventre.

Levantei a minha cabeça, o olhando e sorri. Com Edward ao meu lado seria possível passar por tudo isso, com certeza.