Procura-se Uma Babá escrita por Kel Costa


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Tem novidades na nota final!



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No dia seguinte, depois de deixar Sofia na escola, passei uma mensagem para Jacob e sinceramente esperava que ele aceitasse meu convite, ou então ficaria muito chato eu ter que levar um desconhecido para a festa.

“Oi, é Bella, babá da Sofia. Queria saber se podemos mudar nosso encontro de sexta para sábado. J

Teria sido melhor se tivesse encontrado com ele lá na porta do colégio, mas eu nem sequer sabia se ele trabalhava todos os dias. Tinha deixado o celular no braço do sofá enquanto fazia minhas unhas que estavam horrorosas. Quando o telefone tocou a música de mensagem recebida, quase deixei a base cair no tecido caro de Edward. Ops.

“Bella, eu sei quem você é, tenho seu número”. Não precisa se identificar como babá de Sofia. Que tal falarmos sobre o encontro de sexta/sábado durante o almoço?”

Almoço? Olhei no relógio digital sobre o rack da sala e vi que já eram quase 10h. Jacob estava me chamando para almoçar? Seria isso? Será que não seria uma cota muito grande de professor em uma semana?

“Não podemos conversar por mensagem? Adoro receber SMS e quase não uso mais celular desde que tirei o chip do BR. L

Oh, ele era rápido. O que mais aqueles dedos faziam rapidamente?

“Almoço. Posso te buscar às 12h.”

“Mandarei SMS várias vezes por dia para você.”

Se ele estava mesmo irredutível, eu teria que topar o bendito almoço. Mal não ia fazer também, seria bom almoçar olhando para outra pessoa que não fosse Abigail. Eu ainda não tinha certeza se ela fez ou não parte do partido Nazi. Ela poderia estar só simplesmente muito bem conservada.

Olhei meus pés, cada dedo com 30 centímetros de esmalte em volta. Nunca fui uma boa manicure, mas como não dá para ficar bancando ir a salão por aqui, teria que aprender a me virar mesmo. Resolvi chutar o balde de vez.

“Tudo bem pode vir me buscar nesse horário. Vou só terminar de limpar minhas unhas horrendas e

Não. Ele não precisava saber como minhas unhas eram. Deletei a última frase.

“Tudo bem, pode vir me buscar nesse horário. J

Voltei a usar o palitinho para retirar o excesso em volta dos dedos. Sei que existe um monte de moda estranha quando o assunto é esmalte. Riscados, craquelados, manchados, com glitter, com strass, com pendurucalhos... Porra, qual o problema em inventarem uma moda de unhas e dedos pintados?

— O que quer almoçar?

Mas que diabos! Aquela voz grossa e autoritária quase me mata de susto! Abigail estava atrás de mim, chegou em silêncio, ela com certeza tinha um passado negro, ninguém é tão silencioso assim. Colocando meu coração de volta no lugar, abri um sorriso amigável para ela.

— Ah, eu não almoçarei em casa, Abigail. Recebi um convite, sabe? — ela continuou me encarando. — De um amigo. Para almoçar. — silêncio. — Então não precisa fazer nada para mim.

E com toda aquela sua simpatia contagiante, ela virou de costas e voltou para a cozinha. Que mulher difícil! Eu ainda iria conquistar seu coração de vidro.

— Obrigada mesmo assim, Abigail. — gritei para ela ouvir. — É muita consideração sua se preocupar comigo!

Ok, refeita do susto, olhei de volta para os pés e acho que o serviço já estava bom o suficiente. Comecei a guardar a parafernália toda, esmalte, base, palito, algodão e aceton... Ah, puta que pariu! Puta que pariu, porra! A acetona estava derramada, aberta, no sofá. Culpa da Abigail que me assustou. Oh merda. Tinha ficado uma mancha de formato abstrato – poderia quase, quase mesmo, ser um coração meio torto, seria romântico até – e a primeira coisa que me veio como solução, foi esfregar minha blusa pra tentar secar.

— Ou... pelo visto não.

Encarei o tecido suede cinza cor de rico e parecia ter ficado bem pior pelo simples fato de ter sofrido uma leve fricção. Talvez colocando uma almofada estrategicamente aqui, ninguém perceberia. Oh, assim. Lindo! Mais uma vai ficar ainda melhor. Pronto. Afastei-me, segurando meus apetrechos com força para não fazer mais nenhuma cagada e observei meu trabalho decorativo. Aquelas almofadas eram muito bonitas mesmo.

Jacob foi bem pontual e dei isso como um ponto a favor dele. Não tinha nada mais deselegante do que deixar uma mulher esperando. Ele me levou num restaurante adorável que ficava em Melrose, com mesinhas na calçada, com cercas brancas e baixinhas em volta do perímetro. Tomei cuidado para não pedir nenhum prato muito caro, pois eu não estava saindo com Edward Cullen e sim com um professor.

— Professor americano ganha mal também? — pronto, não consegui controlar minha curiosidade.

— Uau, para que perder tempo com rodeios, não é? — ele deu uma risada alta e mostrou os dentes extra brancos. — Não ganho mal, mas isso porque dou aula em mais de um colégio.

— Hum. No Brasil a situação é crítica.

— Aqui não é um paraíso, mas consigo me manter bem.

Mesmo assim, fiquei satisfeita por não abusar com o cardápio. Isso considerando que ele pagaria para mim. Ele pagaria, certo? Meu salário de babá não permite que eu fique indo a restaurantes caros e ainda preciso comprar um vestido fatal para a festa. E sapatos. E uma bolsa que combine. Talvez arrumar o cabelo. Hum, pulseiras! Ah e é lógico, onde eu estava com a cabeça em não lembrar de comprar brincos?

— Bella? — ele estalou os dedos perto do meu rosto. — Tudo bem? Ainda está comigo?

— Só estava pensando em coisas que preciso comprar.

Jacob me olhava com uma expressão engraçada, quase como se ele estivesse no cinema assistindo uma comédia. Só eu não me sentia tão hilária assim? Qual o problema desses homens?

— Então, sobre nosso encontro. Qual o problema com a sexta? — ele piscou achando que ia deixar minhas pernas bambas.

— Eu tenho uma festa para ir no sábado e pensei em te chamar. — cílios.

— Uma festa? Onde?

— Então, esse é a única coisinha chata. Na casa da Rosalie, a namorada do meu patrão. Lembra dela?

— Meio difícil não lembrar, depois de toda aquela cena.

Nossa comida chegou e dessa vez o restaurante não era vergonhoso que nem aquele que fui com Edward. O prato podia não estar transbordando, mas ali tinha realmente uma quantidade boa de alimento. Meu estômago até bateu palmas.

— Então, você quer mesmo ir a uma festa na casa daquela mulher? — ele franziu a testa. — Achei que não gostasse dela.

— Eu não gosto, mas meu chefe não me deu opção. Tenho que ir para cuidar de Sofia e achei que seria legal ter companhia.

Mexi com o garfo no punhado de arroz, abaixei o rosto e levantei só os olhos na direção de Jacob. Depois, bati meus cílios cheios de rímel. Caramba, isso funcionava mesmo! Ele passou a língua pelo lábio e sorriu.

— O seu chefe é um panaca! — tentei ignorar o comentário. Não Jacob, não entre nesse território. — Mas é claro que eu ficarei muito feliz em te fazer companhia.

— Que bom! Tenho certeza que será divertido.

— Mas o que sábado tem a ver com sexta? Podemos sair ainda na sexta também...

Não, não podemos. Sorri.

— Preciso da sexta livre. Você sabe, quero estar linda no sábado. Uma mulher tem suas necessidades.

— Não acho que você precise de um dia inteiro para ficar ainda mais linda, mas não tem problema. — ai, ele segurou minha mão. — Tenho certeza que serei presenteado com uma bela visão.

Pobre professor. Ele não tinha a menor ideia de que todo o meu esforço não seria para apreciação de olhos castanhos e sim verdes. Muito verdes.

Quando a conta chegou, Jacob pegou o recibo, avaliou o que tinha escrito ali e retirou a carteira do bolso. Eu suspirei e abri minha bolsinha.

— Vamos lá, quando deu? — estava séria.

— O que? — ele balançou a cabeça. — Não vou deixar você pagar.

— Ah, por favor, Jacob. Não estamos mais no tempo das cavernas. Uma mulher tem o direito de pagar sua própria conta. – diga que não, diga que não, diga que não.

— De jeito nenhum.

— Vocês homens são tão enervantes! — bolsinha fechada e dinheiro protegido. Sorri. — Tudo bem, só dessa vez. A próxima será por minha conta. — e pensei que se houvesse próxima, nosso destino seria no máximo o McDonald’s.

Ele desligou o carro quando chegamos na mansão Cullen. Ia abrir minha porta, mas ele segurou minha mão e alisou meus dedos. Pedi mentalmente para que o professor não tentasse me beijar, não estava no clima para isso. Mas é claro que ele ia tentar, não é?

— Sabe o que é estranho? — perguntou ainda alisando meus dedos e olhando para eles.

— O que?

— Você parece estar me dando espaço para te conhecer melhor, me querendo como companhia e tudo mais. Só que mesmo assim sinto que você foge de mim. Estou certo?

— Eu sou tímida.

— Isso significa que não ganho um beijo? — a mão que alisava meus dedos subiu pelo meu braço e me deixou arrepiada.

Eu não sentia nada por ele, mas não dava para ficar indiferente com aquele sorriso de dentes branquíssimos e a mão quente na minha pele. Era isso que o infeliz do meu patrão estava fazendo comigo, me deixando extremamente carente. Pelo amor de Deus, eu estava ficando arrepiada com Jacob! Quão mais no fundo do poço eu poderia chegar?

— Jacob, para ser sincera, muito sincera, eu quero te beijar. Mas eu não estou acostumada com tudo isso, sabe? Nunca fui de namorar, nem sair com muitos caras, então... — suspirei, eu estava sendo mesmo sincera, tirando a parte de querer beijá-lo. — Podemos ir com calma?

— Obrigado pela sinceridade, gosto de garotas assim. — ele tirou uma mecha de cabelo do meu rosto. — Claro que podemos ir com calma. — e beijou meu rosto. — Te busco no sábado?

Tinha que tomar uma decisão, se ia de carro com Edward ou Jacob. Por mais que quisesse ficar grudada 24 horas no meu patrão delícia, seria mais interessante chegar com Jacob, certo? Digo, se fosse para fazer ciúmes no sorrisinho torto e covinhas torturantes.

— Tudo bem, você me pega. Confirmo o horário com Edward e te mando uma mensagem avisando.

— Perfeito.

Ele estava se esforçando para ir mesmo com calma, pois voltou ao seu lugar de frente para o volante e destravou as portas. Que eu nem sabia que estavam travadas. Ele poderia ter me agarrado aqui então? Tenebroso.

Eu estava muito animada com tudo que estava acontecendo. Já não era hora das coisas começarem a dar certo para minha pessoa, né? Assim que entrei em casa fui correndo pegar um bloquinho de papel e anotar as coisas que precisava fazer para a festa. Eu precisava de um vestido sexy, justo, que não deixasse minha calcinha aparecendo, mas que pudesse deixar os homens torcendo para que eu me abaixasse. Mas não podia ser vulgar, eu era uma babá afinal.

Tinha que encontrar um sapato que também não tivesse o salto muito fino, mas tinha que ser alto o bastante para empinar minha bunda. Massagem, depilação, fazer sobrancelhas, um pouquinho de clareamento dental, hidratação nos cabelos. Bronzeamento artificial, talvez? Ok, era demais. Meu celular tocou com mensagem e revirei os olhos, Jacob ia levar mesmo a sério esse lance de mandar SMS o tempo todo.

“Bella, buscarei Sofia hoje na escola, saio mais cedo. Beijos, Edward.”

OMG, ele mandou beijos? Beijos? De que tipo seriam?

“Tudo bem, divirtam-se! Ela sabe? Você não tem muito trabalho hoje? Hum, você quer que eu avise na escola? :)"

Não satisfeita, continuei enviando mensagens.

“Isso é super legal! Ela vai ficar tão feliz! :)

“Edward, esse sofá é caro? :)

Droga, queria poder cancelar o envio dessa última mensagem. Meus dedos não se controlam. Não entendi esse surto de Edward, em buscar Sofia no colégio. Desde quando ele “sai cedo” e desde quando faz o tipo de pai que frequenta escolas? Será que estava começando a se tocar que Sofia precisava mais da presença dele? Mesmo não entendendo o motivo daquela mudança, fiquei feliz pela Sof. Ela com certeza chegaria radiante em casa.

“Desculpe a demora em responder. Meu celular travou com o recebimento de tantas mensagens. Não. Mais ou menos. Não. Sim. As respostas na ordem. :)– imagino que seja algum código essa carinha.”

Sim. Sim, o sofá era caro. É lógico! Péssimo, Bella. Teria que tirar um visto permanente e trabalhar até Sofia entrar na faculdade. Como não tinha que me preocupar em sair de casa de novo, nada melhor do que uma arrumação no quarto para me distrair desses pensamentos. Aproveitaria e daria uma geral no armário, talvez encontrasse algum vestido interessante no meio daquele pardieiro. Ah... quem eu quero enganar? Não tenho roupas que prestem para o serviço.

Horas mais tarde, o que era para ser uma arrumação meio que saiu dos trilhos. Minha cama estava pior do que a guerra no Iraque e só em pensar que teria que arrumar aquilo para poder dormir, fez meu estômago embrulhar. Ia pedir para Abigail um saco grande de lixo, poderia socar tudo ali dentro e deixar para arrumar amanhã. No meio das escadas, Edward e Sofia chegaram.

— Ah, oi. — sorri.

— Olá.

— Então, como foi? — Sofia veio me dar um beijo e me abraçou. Tá vendo, Edward, sua filha me ama! — Você gostou do seu pai indo te buscar?

— Ela não me viu logo. Acho que ficou te procurando. — ele passou a mão na cabeça dela e sorriu para mim. — Tive que parar na frente dela para perceber que eu estava ali. Acho que posso começar a ficar com ciúmes do grude entre vocês duas, sabe?

Sabia que ele não estava falando sério porque sorriu e fez com que os olhos ficassem quase fechadinhos, lindo. Ele tirou a gravata, jogou-a no sofá e eu quase pulei para pegar, bem ao estilo clube das mulheres. Depois tirou o paletó e abriu alguns botões da camisa enquanto se dirigia ao sofá. O SOFÁ. Parei até de pensar no corpo dele.

— Vai sentar? — minha voz saiu um pouco esganiçada. Mas tudo bem, o sofá era enorme e daqueles que tinham o formato da letra L.

— Vou.

Edward estava parando bem na frente das almofadas, prestes a tirá-las do lugar e sentar a bunda de ouro no espaço manchado. O cara lá de cima não podia mesmo me dar uma folga, não é mesmo? Meu único pensamento foi... correr. E assim, eu larguei Sofia, contornei a mesinha de centro, derrapei no tapete felpudo – mas não caí –, abaixei depressa para passar por baixo da curvatura que o corpo de Edward fazia ao se inclinar para sentar e pronto! Sentei!

Parando para analisar o ocorrido, acho que não foi muito legal. Primeiro porque minha perna esquerda estava jogada no sofá, a direita toda torta de encontro às pernas de Edward. Meu cabelo tinha ido parar todo na cara, meu rosto estava quente, a respiração ofegante, as almofadas esmagadas embaixo de mim e Edward me olhando como se eu tivesse acabado de assaltar a casa dele.

— O que foi isso? — ele fez um gesto com a mão, apontando... bem, mexendo na minha direção.

— Ah. Também queria sentar!

Sofia, que achava tudo engraçado e devia estar pensando que aquilo era minha mais nova brincadeira de pega-pega, jogou-se sobre mim de mochila nas costas.

Edward podia parecer ser um empresário durão, frio e de vez em quando ele fazia umas caras que realmente dava uns calafrios. Mas era impressionante como Sofia conseguia transformá-lo totalmente de um segundo para o outro. A expressão dele suavizou assim que ela começou a rir em cima de mim e me fazer cócegas.

— Acho que posso sentar em outro lugar... — ele sorriu, embora ainda me olhasse desconfiado e ligou a televisão que felizmente ficou fora do meu caminho.

— Sofia, o que é isso no seu cabelo? — tinha sentido alguma coisa meio grudenta entre os fios e arregalei os olhos quando vi o chiclete gigante. — Grudaram isso em você?

Ela balançou a cabeça afirmando e olhei para Edward, que estava alheio ao que se passava entre nós agora. Parece que basquete era a praia dele. Ou as garotas líderes de torcida que estavam rebolando. Hum.

— Ah, Sof. Vamos ter que cortar esse pedacinho, ok? Mas nem vai dar para reparar. — ela sorriu. — Por que grudaram chiclete em você?

Sofia olhou Edward, que continuava com os olhos grudados na televisão e levou um dedo até a boca, me pedindo silêncio. Entendi que isso seria uma conversa nossa mais tarde e consenti.

— Então, já conseguiu falar com o professor sobre a festa? — ah, ele não estava tão concentrado no basquete – bundas – afinal de contas.

— Sim, já convidei e ele aceitou!

— Ah sim. Vocês sempre se encontram quando leva Sofia para a aula, né?

— Na verdade, hoje isso não aconteceu. — e nunca pensei que teria tanto prazer em pronunciar a próxima frase. — Nós saímos para almoçar hoje, então falei com ele.

— Mesmo? Que bom então. — ele mexeu no celular e levantou, recolhendo o paletó e apertando a bochecha da filha. — Papai vai tomar um banho, querida.

Quanto será que custa aquelas câmeras pequeninas que as mães costumam esconder em bichinhos de pelúcia para tomarem conta das babás? Talvez eu conseguisse colocar uma no banheiro do meu patrão.

[...]

Depois de preparar Sofia para dormir, sentei ao lado dela na cama e peguei suas mãos entre as minhas.

— Você vai me contar o que aconteceu para ter um chiclete no seu cabelo?

— Briguei.

— Brigou? — meus olhos saltavam dos buracos. Uma criança do tamanho dela sabe brigar? Pode brigar? Que péssima babá eu era! Eu devia estar lá no momento para meter umas boas porradas em seja lá quem tenha brigado com ela. — Você não levou nenhuma advertência, levou?

— Não. — ela sorriu diabolicamente e cochichou. — Ninguém viu.

— Ah, que bom!

— Mas eu cuspi no refrigerante dela. — ela abriu o sorriso, ficando mais medonha ainda. — E ela não viu.

Bem, era melhor assim, olho por olho. Mas eu ainda poderia dar uns cascudos na outra criança. Nunca fui muito sentimental com a parcela infantil da sociedade. Só Sofia mesmo tinha conseguido amolecer meu coração. Alisei seus cabelos, agora com uns pedacinhos mais curtos de um lado – o chiclete era grande, poxa – e beijei-a na testa.

— Vá dormir e sonhe com os anjos. — oh meu Deus, eu parecia uma mãe. Não tenho idade para isso!

— Não quero anjos.

— Hum. Então que tal gatinhos peludos?

— Não. Aliens!

Droga, eu sabia que não devia ter assistido “Alien, o 8º Passageiro” com Sofia me fazendo companhia.

— Vamos deixar esse assunto só entre nós, ok? Se algum dia seu pai vier te colocar para dormir, finja que gosta de anjos.

Apaguei a luz, deixei a porta um pouquinho aberta e fui para meu quarto. Joguei todas aquelas roupas no chão – Abigail fez tanta pergunta sobre o motivo de eu querer um saco de lixo, que acabei desistindo da ideia – e me joguei na cama.


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo já é a festa! Altos acontecimentos, aguardem!

Gente, como aqui é proibido, estou postando uma das minhas fics mais famosas, chamada KISS ME, em outro lugar. É uma Robsten, então se vc gosta, vai lá dar uma lida ;)
http://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-kristen-stewart-kiss-me-1820524