Antes do Fim do Mundo escrita por Alana5012


Capítulo 2
Desaparecida


Notas iniciais do capítulo

Legenda
Fala do personagem: - Quem é você? O que faz na minha casa?
Pensamento: "Itálico"
Memória: Negrito
Narração: Alice olhou perplexa para o homem encostado no batente da porta da sala.
Mudança de Tempo e Espaço: ●๋•..●๋•



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  Aquele era um bairro, normalmente, tranquilo. No entanto, não naquela manhã. A rua estava repleta de policias. Viaturas da polícia estadual cercavam o local. Em meio há tantas, surge um outro carro. Dois caras descem de um Impala negro 67. Vestiam ternos cinza e apresentaram distintivos do FBI, para que sua presença fosse permitida ali. Os Winchester vão em direção a casa, muito bonita por sinal, e entram pela porta principal. Vários peritos estudavam o local. Escutam um choro. São levados até a cozinha pelo mesmo. Uma mulher chorava desolada, enquanto um homem a amparava. Provavelmente eram casados. Os pais da jovem desaparecida.

  - Com licença... - Sammy fez sua presença ser notada - Somos os agentes Bailey e Fordd, do FBI. - Disse, mostrando os distintivos falsificados - Viemos investigar sobre o desaparecimento de sua filha. Podemos fazer algumas perguntas?

  - Oh, como não! - O jovem senhor estendeu a mão, cumprimentando ambos - Sou o senhor Drummond, Robert Drummond. Esta é a minha esposa, Suzanne. Agradeço por terem vindo.

  - É o nosso trabalho, senhor. - Dean sorriu - Então, conte-nos: o que aconteceu ontem a noite?

  - Bem... - A senhora começou, enxugando as lágrimas - Ontem a noite, Robert e eu fomos a casa de um dos meus clientes, para uma reunião informal. Meu marido e eu perdemos a noção do tempo, e quando percebemos, já estava muito tarde. 

  - Daí eu liguei para avisar a minha filha que já estávamos chegando e ela ainda estava acordada. Disse que não conseguia dormir e ia nos esperar. Uma meia-hora antes de chegarmos, Suzanne telefonou pra Alice outra vez e ela ainda estava aqui. 

  - Quando chegamos, tudo o que encontramos foi refrigerante e pipocas espalhadas pelo sofá e o tapete, a TV ligada num desses filmes de monstros, mas nossa filha havia desaparecido. - A mulher denotava seu cansaço.

  - Senhora, eu lhe dou a minha palavra que traremos a sua filha de volta. - O mais novo falou com segurança. Suas palavras pareceram tranquilizar a senhora Drummond.

  - E a polícia? - O loiro chamou a a atenção de todos os presentes - Ainda não encontrou nada?

  - Sem sinais de arrombamento ou de que qualquer outra pessoa esteve aqui. - Um oficial robusto, mais idoso, adentrou o cômodo e respondeu a pergunta do Winchester. 

  - Hm. - Este apenas murmurou - Vamos, agente Bailey.

  - Esperem! - O oficial os olhou com incredulidade - Um desaparecimento só é oficial após terem se passado quarenta e oito horas. O que o FBI está fazendo aqui, então?

  - Pergunte ao nosso superior, senhor... - Sam o encarou.

  - Flinnt. Dennys Flinnt.

  - Que seja. Foi um prazer.

  Ele e o irmão voltaram ao veículo em silêncio. Após acomodarem-se, Dean fitou o irmão mais novo, com as mãos no volante.

  - Acha que foi o Lucífer?

  - Sei lá. - Este suspirou - A pergunta é: se sou o Satã, e acabei de escapar da minha jaula, Miguel está morto e o Céu e o Inferno estão enfrentando um período de guerras cívis, o que eu quero com uma menina de quinze anos?

  - É uma boa pergunta. Mas o mundo está um caos mesmo, então que se dane. - Disse, dando partida no carro e deixando aquela vizinha. Em pouco tempo estavam de volta a estrada.

  

●๋•..●๋•

  Alice abriu seus olhos devagar. Ainda sentia-se cansada. Sentou-se na cama. Olhou a sua volta. Não estava em casa. Observou o quarto em que se encontrava: ao centro, uma cama de casal, a porta situava-se na parede da frente. Do lado direito, havia uma grande janela com cortinas escarlates. Estavam fechadas. Na parede esquerda do enorme cômodo, havia uma escrivaninha, um guarda-roupa e uma poltrona. Estava escuro. De repente, a luz é acesa e o ambiente se ilumina. As paredes mogno ganham cor. 

  - Que bom que já acordou! - Lucífer falou num sorriso. Aproximou-se da cama, carregando uma bandeija repleta de guloseimas. 

  - Eu quero ir pra casa! - A menina estava em pânico.

  - Você já está em casa... - Este disse sentando-se ao seu lado - Você se lembra do que nós conversamos?

  - S-sim... - Ela se recordou do que acontecera e ficou mais nervosa.

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- Eu não entendi. - Alice o fitava ainda sem saber o porque de tudo aquilo.

 - É simples: case-se comigo ou mato a sua família. - Lucífer disse num tom frio.

●๋•..●๋•

  Jamais sentira-se tão aflita. O próprio Satanás, ali, dizendo que se ela não aceitasse ser sua esposa mataria as pessoas que a mesma mais amava. Alice estava tão confusa...

  - Gostou do que eu te trouxe? - Lucífer a olhava com ternura.

  A garota nada respondeu. Teve vontade de chorar. Mas sabia que se o fizesse, Lucífer poderia ficar irritado. Então, por hora, concordaria com tudo o que ele quisesse.

  - Por que eu? - Perguntou com uma expressão inocente.

  - Porque eu gosto de você. Sei sobre sua vida. É uma boa aluna, tem um bom relacionamento com os seus pais, assiste à missas aos domingos de manhã... Você é o tipo de pessoa correta que me irrita. Exatamente o meu oposto. E não dizem que os opostos se atraem?

  Alice engoliu em seco. Temia o que lhe aconteceria dali em diante.

  - Agora coma. Quando voltar, quero te ver vestida. - Apontou para o guarda-roupa - Escolha o que quiser. Irei te apresentar aos meus demais servos. 

  No segundo seguinte, ele já não estava mais ali. A jovem achou melhor fazer o que Lucífer lhe mandara. Quem sabe, se comportasse-se bem, logo voltaria pra casa? Fitou a bandeja a sua frente. Estava sem fome...

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