Schuld. escrita por meason


Capítulo 2
Capítulo dois


Notas iniciais do capítulo

Aqui vai o capitulo número 2! 8D Obrigada as meninas que comentaram, fiquei muito feliz. x3



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“O homem é mais disposto a pagar um prejuízo do que um benefício. Porque a gratidão é um peso e a vingança, um prazer”.

- Tacitus

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Bitte verzeihen Sie mir.
Aber ich verlor die Kontrolle über mein Handeln.

“Por favor, me perdoe.

Mas eu perdi o controle de minhas ações.”

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Quando pisou no chão frio de seu quarto, sentiu toda a culpa do mundo cair sobre seus ombros. Fizera mais uma vez. Cedeu mais uma vez.

Você é a única culpada, sua mente acusava. E ela sabia: era verdade.

Tirou a jaqueta preta manchada de sangue e jogou-a em um canto do quarto, junto com outras peças de roupa sujas. Entrou no banheiro com aspecto limpo e encarou-se no espelho. Seu rosto estava limpo, mas partes de sua blusa preta e até as pontas de seu cabelo, tinham sangue.

Fechou os olhos com força tentando apagar tal imagem e sua cabeça. Você não vai conseguir, não vou deixar!

Ignorou sua consciência e preparou um banho para si mesma. Era tudo o que precisava...

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“Você bem sabe o poder que tem sobre mim. Então porque faz isso?”

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Os olhos verdes observavam com curiosidade e atenção os jovens saindo da faculdade.

Sakura sorria pra si mesma quando tentava se imaginar no lugar deles. Seria médica. Seu grande sonho, ser médica.

A razão é desconhecida. Ou talvez não.

Talvez queira ser médica pra compensar. Salvar as vidas que tirou, pagar seu débito com o mundo. Com o mundo? Que mentira..., ela sabia, sempre soube. Queria ser médica pra não se sentir culpada. Pra morrer em paz.

Você nunca vai ter paz, você é um monstro!

Não era um monstro. Era uma pequena garotinha, uma menina de 6 anos que não sabia dizer não a ele. A quem a acolheu quando mais precisou. Era uma pessoa grata a ele, só isso.

Só percebeu que tinha fechado os olhos quando a escuridão de sua menta a cercou. E logo em seguida, a claridade do sol provocou a suave ardência em sua retina. Adorava essa sensação. Sentia que estava viva, apesar de tudo. E sentir-se viva era a melhor coisa.

Sua atenção foi dirigida a uma das pessoas que saía da faculdade: um loiro escandaloso. Ele pulava e gesticulava como em uma mímica. 

Ela sorriu. Verdadeiramente depois de tanto tempo. Ela queria ser como ele: livre. Ou talvez a ingenuidade dele a tivesse contagiado. Ele não sabia como era cruel o mundo em que viviam, o quão horrível ele era...

“Você sabe que pode ter isso” A voz grossa de Kakashi não a assustou.

“E você sabe o porque de eu não ter isso” Os olhos escuros do homem caíram sobre a rosada, com pena. “Não me olhe assim, Kakashi. Eu devo a ele, você sabe”.

“Deve? Sakura, você está há 19 anos com ele! Não acha que já pagou sua dívida?”

A mulher levantou-se do banco em que estava e ficou parada de costas para Kakashi por alguns segundos.

“Não, eu não acho” Respondeu simplesmente ainda de costas para o homem. Kakashi suspirou.

“Onde pretende ir agora?”.

“Não sei” Ela deu de ombros e observou o loiro correr para a parte de trás da faculdade. “Talvez eu siga o loirinho hiperativo”.

Kakashi riu.

“O nome dele é Naruto, Sakura. Ele é um aluno meu. Não é muito brilhante, mas é esforçado. Talvez te faça bem ser amiga dele e-”

“Não procuro por amigos, Hatake. Só quero observar sua inocência antes que ela acabe”.

Mentirosa. Mentirosa, sua grande mentirosa...

Não sou!

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Gib mir ein wenig, nicht egoistisch sein.
Ich möchte auch gerne während des Lebens.

“Me dê um pouco, não seja egoísta.

Eu também quero ser feliz enquanto viver.”

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O loiro realmente era um ser inocente. Quem percebeu que ela o seguia, não tinha sido ele e sim um moreno rebelde.

E agora ela estava sentada na arquibancada com os dois de pé na frente dela. O moreno indiferente, e o loiro feliz.

“Não vai mesmo me dizer se nome?” Era a terceira vez que o hiperativo perguntava isso pra mulher, e era a terceira vez que o moreno revirava os olhos.

“Não, não vou” Respondeu simplesmente dando de ombros.

“Tudo bem! Vou te chamar de Sakura então”.

Como?

Sua mente agitava-se de forma incoerente buscando uma resposta plausível para a resposta do garoto. Por fora, sorria calma, mas por dentro estava agitada, ansiosa, talvez até mesmo transtornada.

O menino era interessante.

“Dobe” Sakura finalmente dirigiu seu olhar para o moreno rebelde. A voz era linda. “Por que ainda estamos aqui?”.

“Por que eu quero fazer companhia pra Sakura-chan” Naruto respondeu alegre.

“Eu vou indo, então” O moreno disse olhando pra rosada.

“Ora, Sasuke, não seja indelicado!” Naruto estava indignado com a atitude do amigo.

Sakura prendeu-se em seu próprio mundo enquanto os dois discutiam. Quer dizer, enquanto Naruto discutia.

Bela voz, não acha? Não seria perfeita pra acalmar uma vítima?

Fechou os olhos com força, reprimindo tais pensamentos. Como podia pensar isso? Como podia se contradizer?

Sasuke notou tal ação da mulher. Ela era intrigante, muito intrigante. Observou quando ela exibiu as esmeraldas novamente, mas desta vez elas pareciam confusas, tristes. Queria perguntá-la o que tinha acontecido, mas sua indiferença não deixava.

“Naruto” A rosada chamou o loiro que no mesmo instante a olhou atordoado.

“Como sabe o meu nome?” Ele perguntou assustado.

“Porque quis me chamar de Sakura?” Perguntou suavemente, relaxando o loiro.

“Uma vez minha mãe me levou pro Japão e lá eu vi uma árvore que tinha flores da cor do seu cabelo. Ela me disse que eram as flores de cerejeira, e que o nome delas era Sakura” Sakura sorriu pra si mesma.

Sakura sorriu pra Naruto e simplesmente saiu de lá, indo em direção a saída da Faculdade.

Andava distraída, pensando no que Naruto lhe dissera. Nunca soube dessa flor, nunca soube do motivo de seu nome. Mas pensou: Fazia sentido. Sua mãe era japonesa, afinal. E vivia lhe chamando de florzinha. Porque nunca perguntou?

Por que você é uma egoísta sem sentimentos!

“Ele te respondeu”.

Sakura parou de supetão estranhando a voz familiar. Olhou pra trás curiosa, dando de cara com o moreno chamado Sasuke.

A única coisa que fez foi arquear a sobrancelha claramente confusa.

“Ele te disse porque escolheu Sakura. Mas você não respondeu como sabia o nome dele”.

“Engraçado, não era ele que devia vir perguntar?”.

“Ele ficou fascinado pela sua beleza, nem ao menos pensou nisso”.

“E você não?” Sakura perguntou divertida, se aproximando do rapaz com um sorriso no rosto.

“Você é linda realmente” Ele sorriu sedutor “Mas não me fascino tão fácil”.

Sakura riu dele.

Sasuke se irritou quando notou que ela estava rindo dele, odiava isso. Mas seus pensamentos foram interrompidos quando sentiu as mãos macias lhe tocaram o peito largo.

“Não se preocupe, criança. Tenho idade pra ser babá de vocês” Sorriu pra ele e se afastou. “Diga pro Naruto, que eu conheço o Kakashi. Até mais, Sasuke”.

Sem esperar por ação nenhuma simplesmente virou-se e saiu andando. Iria embora.

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Verrate mich nicht, quäle mich nicht.
Just Hold Me und lass mich leben, ohne Schmerzen.

“Não me traia, não me torture.

Apenas me abrace e me deixe viver sem dor.”

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