Schuld. escrita por meason


Capítulo 1
Capítulo um


Notas iniciais do capítulo

Pra quem não sabe Schuld significa Culpa, em alemão.
Enjoy. :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/120777/chapter/1

Quando odiamos alguém, odiamos em sua imagem algo que está dentro de nós.”

- Herman Hesse.

Schuld.

A culpa é minha...

“Schuld ist wie Schnee ... Es ist kalt und still.
Und wenn Sie zu lange bei ihm bleiben, sterben Sie.”

“A culpa é como a neve... É gélida e silenciosa.

E se você passa tempo demais com ela, você morre.”

.

.

Sua origem era alemã. Não sabia como sabia disso, mas simplesmente sabia que era de lá.

Sua mãe era japonesa e seu pai alemão. Foi em 1965 quando se conheceram nos Estados Unidos. A Família de sua mãe tinha ido com a família pra lá, para fugir dos problemas internos que estavam acontecendo no Japão. E seu pai tinha fugido com sua família, por serem judeus. Um dos poucos que tinha conseguido escapar do terrível Holocausto.

No momento, seus pais estavam mortos. Morreram quando tinha apenas 6 anos, e então, eles ofereceram tudo: abrigo, comida, amor...  

E agora carregava 25 anos nas costas e um passado sangrento.

Sakura Haruno era uma assassina. Era sangue fria, impiedosa e altamente mortal. E segundo os registros dos Estados Unidos, ela não existia.

.

“Eu estou aqui agora, estou na palma de sua mão.

E quando eu conseguir o que almejo, você vai me deixar livre?”

.

“Princesa... Ele quer ver você”.

Os olhos verdes se exibiram quando ela os abriu vagarosamente. O cabelo rosa antes espalhado pelo travesseiro agora estava sendo preso num coque mal feito.

Sakura encarava o homem de cabelo branco sem expressão.

“Estou indo, Hatake-sama.”

O homem sentiu um arrepio ao ouvir a voz da mulher. Era aveludada, quase sensual. Mas o timbre era mórbido, frio, inerte. Transmitia a morte.

Sentia pena dela. Queria tirá-la dali, mantê-la segura em algum lugar.

Kakashi Hatake fora o homem que acolhera a pequena Haruno. A encontrou na rua, no meio da neve. E sem opção a levou para o único lugar que conseguia se sentir confortável: sua casa. Era novo quando encontrou a pequena, tinha apenas 19 anos. E nessa idade, não sabia de nada.

Absolutamente nada. 

Quando fez 25 anos, descobriu tudo. Descobriu que seu pai era mafioso e fazia parte da Akatsuki, uma ramificação da Yakuza nos Estados Unidos. Descobriu o que faziam com crianças órfãs... Mas já era tarde demais, ele sentenciara o futuro da pequena Haruno.

Observou a mulher levantar-se vagarosamente da ampla cama e seguir em sua direção.

“Ele está no escritório?” Perguntou baixo.

“Sim, princesa”.

“Estou indo...” A Haruno passou por Kakashi e sussurrou para só ele ouvir “Otou-san...”

Kakashi arregalou os olhos e olhou para a rosada, mas ela já havia sido engolida pela escuridão dos corredores.

Desde quando... ?

Fazia tempo, anos, que a Haruno não o chamava assim. Uma vez ela havia lhe dito que o tinha como seu pai, já que ele tinha sido a pessoa que a salvara e cuidara dela. Com o tempo, com os treinos, ela parou de chamá-lo assim.

Mea culpa, Sakura. Mea Culpa.

.

.

“Frau Tod, befreie mich von dieser Qual. Speichern Sie meine Seele weh
Nehmen Sie die Schuld auf mich ...

“Senhora morte, livrai-me deste tormento. Salve minha alma desse infortúnio

Tire a culpa de mim...”

.

.

“Estou aqui, mestre” O olhar verde pousou sobre a figura assustadora que era seu mestre. De novo não, não quero mis isso, mais um não..., sua mente gritava e implorava.

CALE-SE!

“Mais um vítima, Sakura-chan” O sorriso macabro formou-se com elegância no rosto alvo. “Mas dessa vez você terá bastante tempo. Pode executá-lo no último se preferir, você é eficiente.”

Não... Não... Pare, não me peça-

“Quanto tempo, mestre?” Ia afogar seus pensamentos.

“Um mês. Você tem um mês. Pegue a ficha dele com Kakashi, princesa” Ele levantou de sua cadeira e seguiu até ela. “Boa sorte” Acariciou o rosto da rosada.

Saiu da sala sem falar nada. Estava desnorteada.

O toque dele era suave, para sua surpresa. A mão era fria e dura, mas o toque fora suave. Calmo. Adorava-o, apesar de tudo. Amava-o. E acima de tudo, odiava-o.

.

.

Mein Herr, bitte mach mich nicht liebe dich noch mehr.
Jeder Atemzug der Liebe ist auch ein Schrei des Hasses...

“Meu lorde, por favor, não me faça te amar mais ainda.

Cada suspiro de amor é também um grito de ódio...”

.

.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

A fic possui sim semelhança com a "Schneewittchen" da Puppeteer. Mas asseguro que o desenrolar vai ser diferente. ^^