- Ho-hou! Aonde estamos Mannda? – Perguntei passando a mão no meu cabelo e fazendo a carinha de **por favor não me mate**

-Nika... VOCÊ NÃO SABE AONDE A GENTE TA? – Minha querida amiga gritou começando a ficar vermelha de raiva...

-Calma... Eu vou tirar a gente dessa...Eu acho...- Disse indo pra perto de uma porta...

-Nika, o seu coelho branco sai correndo,e você me faz ir atrás dele com você, a gente cai em um buraco que parecia não ter fim! Serio! Deve ter um 90 metros de profundidade! E daí a gente para em uma sala cheia de portas! – Ela disse se acalmando e pondo a mão na cintura em um gesto que eu odiava...

-A culpa não é minha se ele se assustou com o toque do seu celular!- Falei fazendo o mesmo gesto.

-Pensa em algo pra tirar a gente daqui agora senhorita Nika!- Ela disse me encarando... apesar da Amannda ser mais nova que eu,ela mandava em mim com uma grande facilidade.

-Tah!- Eu disse emburrando e sentando no chão pra poder pensar em paz.

-Que sede! – Ela disse pegando uma garrafa em cima de uma mesa que havia na sala das portas.

-Você vai beber algo que nem sabe o que é ? – Perguntei indignada.

- Desencana Nika! – Ela disse tomando um gole da garrafa azul com uma etiqueta presa.

  Amannda começou a ficar pequena e quando parou de encolher estava do tamanho de uma borboleta minúscula.

- Hahahahahahahahahahaha eu avisei! – Eu disse rindo da cara que ela fez quando percebeu o seu tamanho.

-Ai meu Deus! E agora Nika? O que eu faço?- Ela disse entrando em desespero.

- Calma! Pensemos em algo!- Eu disse ainda com vontade de rir...

-Olha!- Ela disse chamando minha atenção.

-O que foi Mannda?

– Um bolinho de chocolate branco escrito: coma-me!- Ela disse me mostrando.

-Então coma!-Eu indaguei.

  Amannda deu uma mordida no bolinho e cresceu...Mais cresceu de mais,ficando com quase 8 metros e meio na minha opinião.

-WOW! – Foi o que consegui dizer.

- Nika! Tem uma chavezinha presa aqui em cima...eu pego?- ela perguntou olhando pra baixo com o objetivo de me enxergar.

-Claro! Deve abrir uma das portas!- Falei esperançosa.

-Peguei!- Ela disse.

-AAAAAAAAAAHHHHHH PESNA RAPIDO!- Surtei jogando a garrafa pra ela beber e encolher de novo.Ela agarrou a garrafa no ar.

-VOCÊ É DOIDA? E SE EU NÃO CONSEGUISSE PEGAR ELA E A GARRAFA QUEBRASSE ?-Ela disse quase a ponto de  me esmagar com aqueles pés.

-Desculpa!- Fiz a cara irônica que ela morre de raiva.

  Ela bebeu e voltou ao tamanho normal dela.

-Vamos testar em todas as portas!- Falei apontando para a chave que ela segurava em suas mãos.

-Ok! – Ela disse e começou a testar nas fechaduras começando pela esquerda.

-Não cabe em nenhuma! – Ela me disse.

-Impossível...Tem que ter alguma que caiba!- Eu disse.

-Aquela? – Ela disse apontando para uma porta de mais ou menos 5 centímetros.

  Eu não falei nada...Ela testou,e a mini porta se abriu.

-Ótimo! Agora temos que beber  aquela coisa ali pra ficarmos pequenas e podermos passar por essa porta!

  Amannda não pensou duas vezes e bebeu encolhendo.

-Tua vez Nika!- Ela disse me olhando.

-Nunca! Eu não quero ficar do tamanho de um inseto!Eu odeio insetos!- Eu disse arrepiando só de pensar naqueles bichos asquerosos e fúteis.

-NIKA! NÃO ME FASSA TE OBRIGAR A BEBER ESSA COISA!- Ela me deu medo,então bebi e encolhi.

Pegamos os 5 bolinhos de chocolate branco no chão,e a Amannda os guardou.Chegamos perto da porta,olhamos uma pra outra e respiramos fundo.Demos as mãos e não com muita coragem atravessamos a pequena porta de prata,cravada de diamantes.Ao tocarmos nossos pés do outro lado da porta,uma força nos tirou do chão e um brilho cobriu o nosso corpo,e quando esse brilho desapareceu por completo,estávamos eu e ela,com dois vestidos vitorianos de época,na altura do joelho. O meu preto,o dela vermelho.Eu estava com um colar de crucifixo,e ela com os brincos. Rimos uma pra outra e percebemos que a grama e as flores eram maiores que a gente.

-Oras essa agora! Duas lagartas metidas!- Uma rosa vermelha gigante comentou sobre eu e a minha grande amiga.

-Você fala?- Eu perguntei.Rosas não falam na minha vida cotidiana né! Eu tinha motivos pra estar curiosa.

-Mais é claro que falo!- Eu e a Amannda rimos da voz da rosa que desafinou.

Fomos interrompidas por um rugido indo de traz da gente. Quando olhamos era uma fera,corpo de tigre siberiano , uma calda de leão,patas de pantera,e daria pra comparar a face e os dentes com o de um puma.Ele era gigante.

-Tah... o que fazemos  agora ?- Eu perguntei em estado de choque.

-CORRE NIKA! CORRE!- Ela gritou e nós duas saímos correndo. Nos escondemos atrás de uma pedra,e despistamos aquela coisa assustadora e monstruosa.Estavamos perto de um lago...Eu corri e ajoelhei na frente d lago. Olhei o meu reflexo,e comecei a chorar.

- O que foi amiga? – Amannda disse me abraçando...Isso é bem típico dela...ela é protetora de mais.

-Eu quero voltar pra casa!- abracei ela também.

-Toma! – Ela me entregou um bolinho. Comemos só metade,e ficamos com o nosso tamanho normal.Foi quando percebi que a Amannda pisava em um mapa. Peguei ele,e quando iria analisa, vi meu coelho branco. Dobrei o mapa e eu e a Amannda fomos correndo atrás dele.Se ele voltava pra casa todo dia,iria nos mostrar o caminho de volta para o nosso mundo.