You Have Me escrita por Nyh_Cah


Capítulo 43
Together again




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Dormi muito mal de noite. Acordei muitas vezes e depois de ter um pesadelo às cinco da manhã, só consegui adormecer muito tempo depois. Acordei com a Esme a chamar-me, mas eu estava com tanto sono que as minhas pálpebras estavam tão pesadas que eu mal as conseguia levantar para abrir os olhos.
- Querida, estás a ficar atrasada. – Avisou a Esme docemente acariciando-me a bochecha. Gemi baixinho. Queria tanto ficar a dormir. – O que se passou para estares com tanto sono, querida? – Perguntou ela.
- Dormi mal. – Respondi ainda de olhos fechados.
- Pesadelos? – Perguntou.
- Sim. – Respondi afirmando com a cabeça.
- Mas querida, não podes faltar à escola. Faz um esforço e levanta-te. – Pediu a Esme. Fiz o que a Esme pediu e com muito esforço abri os olhos. Deparei-me com a Esme a sorrir ternamente para mim. Sorri fraco para ela. – Não voltes a adormecer está bem? Vou para baixo continuar a preparar o pequeno-almoço.
- Está bem. – Disse levantando-me também da cama porque se continuasse lá, mal a Esme saísse eu iria fechar os olhos e adormecer outra vez. Fui tomar um duche rápido para ver se acordava e depois vesti-me num instante. Quando fiquei pronta, desci e tomei o pequeno-almoço à pressa, já estava atrasada. O Jasper e o Edward estavam já despachados à minha espera. – Desculpem. – Disse mal entrei no carro. Eles já estavam à minha espera um bom tempo.
- Não faz mal, Alice. – Disse o Jasper sorrindo para mim. Sorri fraco para ele. O caminho foi feito em silêncio. Quando chegámos à escola, saí do carro e dirigi-me à minha aula. O resto do dia passou-se rapidamente. Quando dei por mim já era hora de ir para casa. Estava na hora de ganhar coragem e ir falar com o Jasper. Eu não podia adiar mais esta conversa. Depois dela, podíamos ficar namorados, amigos ou inimigos, mas pelo menos tínhamos esclarecido tudo e de certeza que me iria sentir muito melhor por isso. Dirigi-me até ao estacionamento e entrei no carro onde já estava o Jasper. Sentei-me no banco traseiro em silêncio.
- Jasper… - Chamei-o. Ele virou-se para trás um pouco surpreendido. Desde que eu fui morar lá para casa, não lhe tinha dirigido a palavra a menos que fosse necessário. Falar com ele era demasiado para mim.
- Sim, Alice? – Perguntou ele, visto que eu não tinha dito mais nada.
- Quando chegarmos a casa, podemos falar? – Perguntei. E se ele não quisesse falar comigo? Na altura que ele quis falar comigo, eu não o deixei falar e se ele me fizesse o mesmo? Eu precisava de falar com ele, precisava de esclarecer as coisas.
- Claro. – Respondeu ele sorrindo abertamente. Eu via esperança no olhar dele. Via um brilho que já há alguns dias não estava presente nos olhos dele. Percebi que ele queria resolver as coisas tanto como eu. E até certo ponto fiquei feliz por isso.
- Desculpem, o professor só me deixou sair agora. – Desculpou-se o Edward entrando no carro.
- Não faz mal, Edward. – Disse o Jasper. Concordei com a cabeça. O Jasper ligou o carro e conduziu até casa. O caminho foi feito em silêncio. Mal o Jasper estacionou o carro na garagem, o Edward saiu e subiu para o seu quarto. Eu sai do carro calmamente.
- Onde queres falar? – Perguntou-me o Jasper apanhando-me desprevenida.
- Pode ser no meu quarto? – Perguntei.
- Pode. – Respondeu ele ainda a sorrir. Subimos os dois, em silêncio, para o primeiro piso e entrámos no meu quarto. Sentei-me na beira da cama e ele ficou em pé de frente. Fiquei em silêncio durante um bocado, eu não sabia por onde começar. Não sabia bem o que dizer. – Alice, se não te sentes preparada para falar comigo, eu quero que saibas que eu posso esperar. Não te quero pressionar a nada. – Disse ele sentando-se ao meu lado na cama.
- Não, Jasper. Nós temos que conversar. Temos que esclarecer o que aconteceu naquele dia. Eu quero perceber o que se passou. – Expliquei-lhe. – Eu quero perceber porque me fizeste aquilo. Apenas isso. – Disse num tom mais baixo.
- Alice, nem eu sei porque é que fui um idiota tão grande. Acredita numa coisa: Eu não amo a Helena, neste momento nem sequer gostar dela, gosto.
- Então porque é que não te afastaste? Porque é que retribuíste o beijo? – Perguntei já com os olhos marejados.
- Eu não sei, Alice! Apenas sei que nada daquilo significou algo para mim. Senti-me completamente indiferente com o beijo dela. Nada se compara ao nosso beijo, ao que eu sinto quando te beijo, Alice. Porque és tu quem eu amo. És tu em quem eu penso pela última vez antes de dormir e pela primeira vez quando acordo. És tu que fazes o meu coração bater e com que eu respire. Não sabes o bem que me fez, vires cá para casa, ver-te todos os dias, sentir todos os dias o teu cheiro, ouvir a tua voz, ver o teu sorriso. De certa maneira, é isso que me tem feito viver nestes dias Alice. Se não fosse isso, não sei como estaria. – Desabafou ele. Os meus olhos marejados, já se encontravam completamente inundados. As lágrimas saiam em grandes quantidades dos meus olhos e eu não conseguia controlá-las. – Eu sei que fui um grande idiota. Sei o quanto te fiz sofrer. Culpo-me por isso todos os dias. Eu é que devia proteger-te, apoiar-te e quando tu precisaste mais de mim, foi quando eu te magoei. Eu nunca me vou perdoar por isso, mas de certa forma, quero que tu me perdoes. Quero que tu me desculpes por tudo o que te fiz passar. – Pediu ele. Eu via o quanto ele se culpava, o quanto ele se martirizava por tudo o que me aconteceu. Ele não tinha culpa de tudo. Ele não se tinha que sentir mal porque a minha tia abandonou-me. Eu não queria que ele se sentisse assim.
- Jasper, como é que queres que eu te perdoe se não te perdoas a ti próprio? -  Perguntei-lhe pegando-lhe nas mãos. – Não tens que te sentir assim, Jasper…
- Tenho. Eu devia ter estado lá para te ajudar, quando a tua tia te abandonou. Eu sei o quanto sofreste com isso, Alice.
- Mas a culpa não é tua, Jasper. Por favor, não te culpes por isso. A única culpada nisto tudo é a Ellen, mais ninguém. – Disse. – Eu quero que te perdoes primeiro, só assim é que eu te posso perdoar, Jasper.
- Eu não sei se consigo, Alice. Eu fiz-te sofrer. – Disse ele de olhos fechados.
- Jasper, se não puseres o passado para trás das costas como vais querer seguir em frente? Se não te perdoares, como queres viver o resto da tua vida? A carregar essa culpa? – Perguntei-lhe. – Tu tens de te perdoar e tu consegues. Eu já não estou zangada contigo, eu nunca o estive. Fiquei magoada, apenas isso.
- Está bem. Eu perdoo-me. Tu tens razão, eu preciso de seguir em frente sem esta culpa. – Disse ele com um olhar abatido. Eu sabia que ele ainda estava triste pelo que me fez mas pelo menos já não se culpava. Já era um grande passo. Sorri fraco para ele.
- Eu perdoo-te. – Disse acariciando a sua bochecha. Ele sorriu lindamente para mim. Fazia tanto tempo que eu não via aquele sorriso. Sorri inconscientemente por isso, o que o fez alargar mais o seu sorriso. – Eu perdoo-te, Jasper. – Voltei a dizer. Os nossos rostos estavam a ficar muito próximos e eu continuava a acariciar a sua bochecha. Chegámos a uma altura que bastava um de nós chegar-se um pouco para a frente que os nossos lábios se uniam. Eu tinha a consciência de quanto, os meus lábios queriam sentir os dele, tinha consciência de quanto, eu o queria perto de mim. Eu sabia que ele não iria tomar aquele passo, pois sabia que ele não me queria apressar, mas eu queria tanto os lábios dele nos meus. Tomei coragem e selei o espaço que gritava entre os nossos lábios. Encostei os meus delicadamente nos dele. Ele não se afastou, não acabou com o beijo. Muito pelo contrário. Ele começou a aprofundá-lo e eu comecei a ter a noção que não sabia quanta falta ele me fazia. Entrelacei os meus braços no seu pescoço para nos aproximarmos mais. Sentia o meu coração a palpitar com força. Não sei quanto tempo se passou desde que uni os nossos lábios, até agora que os tivemos que separar devido à falta de ar. Ele não se afastou muito, apenas encostou a sua testa na minha e sorriu.
- Amo-te tanto, minha Alice. – Disse ele com tanta emoção na voz.
- Também te amo, Jazz. – Disse fechando os olhos para apreciar o momento.
Ficámos mais um pouco abraçados um ao outro, apenas apreciando o momento até que a fome venceu. Estava esfomeada e o Jasper também, já tinha ouvido o seu estômago a resmungar.
- Vamos comer? – Perguntei.
- Sim, vamos. – Respondeu ele levantando-se da cama e pegando na minha mão de seguida. Fomos para baixo juntos e quando chegámos à cozinha começamos a preparar o nosso lanche. Comemos entre risadas e beijos e quando acabámos fomos para a sala, ver televisão. Eu não prestava atenção ao que estava a dar, eu só prestava atenção ao que eu sentia nos braços dele, a segurança que ele me transmitia. – Alice? Alice! – Chamou-me o Jasper.
- Sim? – Perguntei confusa.
- Onde estavas? Estive a falar contigo e não ouviste nada do que eu disse. – Disse ele fingindo-se de ofendido.
- Desculpa, estava distraída.
- A pensar em mim, não era? – Perguntou ele divertido.
- Convencido! Quem disse que era em ti? – Perguntei entrando também na brincadeira.
- Mas diz lá que é mentira.
- Parvo. – Disse batendo-lhe de leve no ombro. – Mas o parvo que eu amo e em que eu estava a pensar. – Disse sorrindo e aproximando-me para o beijar. Desta vez foi ele que selou o espaço entre nós e uniu os nossos lábios. Era tão bom, poder estar assim com ele. Eu não me cansaria de beijar os lábios dele.
- Não acredito! – Ouvimos uma voz. Separámo-nos abruptamente e olhámos para a Rose que tinha acabado de entrar na sala e estava a olhar para nós com um sorriso enorme. – Estão juntos? – Perguntou.
- Estamos. – Respondeu o Jasper beijando a minha testa ternamente.
- Ó meu deus! Estou tão feliz por isso! – Exclamou ele vindo ter connosco ao sofá. – Desde quando? – Perguntou curiosa.
- Desde há bocado. – Respondi-lhe. – E tu, Rose? Como estás? Não sabíamos que vinhas hoje.
- Estou bem. – Respondeu ele fazendo uma careta. – Às vezes vem-me uma dor de cabeça infernal mas o médico diz que vai passar, é apenas estas primeiras horas. Vou ter que ficar em casa o resto da semana para repousar. Também são apenas mais dois dias de aulas.
- Mas ainda bem que estás melhor. – Disse-lhe. Ela apenas sorriu para mim.
- Olá, queridos. – Disse a Esme entrando na sala com o Carlisle ao lado.
- Mãe! Eles estão juntos! – Comentou a Rose feliz.
- Já reparei. – Comentou ela olhando para as nossas mãos que estavam entrelaçadas uma na outra. Para não falar que eu estava aconchegada nele. Ela sorriu carinhosamente para nós. Ela estava contente por voltarmos a ficar juntos. – Vou para a cozinha, adiantando o jantar. Rose, se te sentires mal, avisa alguém. – Advertiu a Esme.
- Sim. Podes ficar descansada mãe. – Disse a Rose sorrindo para a Esme. A Esme acabou por ir para a cozinha e o Carlisle foi descansar um pouco visto que mal tinha dormido de noite. Quando a Esme acabou o jantar, fomos todos comer. Mal acabei de comer, despedi-me de toda a gente e fui para a cama. O cansaço estava a vencer. Deitei-me na cama o mais rápido que pude e adormeci num instante, num sono profundo.


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Notas finais do capítulo

Bem está aqui o capitulo que todas esperávamos. Espero que tenha superado as espectativas. Eu esforcei-me para vos escrever este capitulo e até gostei do resultado! :p Fico à espera dos vossos comentários!
Um pequeno aparte, ahah, já foram ver o Amanhecer? Eu fui ver esta sexta, até está bonzinho o filme! :p
Beijinhos
S2