You Have Me escrita por Nyh_Cah


Capítulo 38
New Scar?




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Esme
Eu estava feliz por ter trazido a Alice para casa. Eu já a via como uma filha há muito tempo, não iria suportar vê-la longe de mim. Sabia também que se ela fosse para outra instituição longe de nós, iria sofrer e eu não queria que ela sofresse mais do que o que já sofreu. Eu e o Carlisle estávamos à espera do Jasper e do Edward para falarmos com eles sobre a Alice. Eu não iria mudar de ideias sobre isso, só queria apenas falar com eles. De qualquer das maneiras, eu queria a Alice cá em casa. Já estava na altura de ela saber o que era ter uma família. Estava no escritório com o Carlisle quando decidi ir à sala ver se eles já tinham chegado. Quando cheguei à sala, deparei-me com a Alice e a Rose no sofá e o Edward e o Jasper em pé à porta da sala.
- Queridos, já chegaram! – Exclamei mal os vi na sala. - Eu e o vosso pai queremos falar convosco. Podem vir até ao escritório? – Perguntei-lhes. Eles assentiram os dois com a cabeça e seguiram até ao escritório. O Carlisle já estava lá. – Eles já chegaram. – Informei o Carlisle quando entrei no escritório. Posicionei-me ao lado do Carlisle em pé, ele estava sentado numa cadeira atrás da sua secretária.
- O que se passa? – Perguntou o Jasper.
- Só queríamos avisar-vos que a partir de agora, somos a família de acolhimento da Alice. – Disse o Carlisle.
- Porquê? – Perguntou o Edward.
- A Ellen abandonou a Alice há duas semanas. – Disse.
- Como assim? – Perguntou o Jasper confuso.
- A Ellen é tia da Alice. Ela fartou-se da instituição e distribuiu as crianças por outras instituições e orfanatos. Mas como a Alice era sobrinha dela, ela tinha que pô-la para adopção mas nenhuma instituição aceitou-a, pelo menos foi o que a Rose disse. Então a Ellen deixou-a sozinha na casa onde era a instituição. Mas hoje de manhã, alguém disse à assistência social que ela estava lá sozinha e era menor, então foram buscá-la. Ela ligou assustada para a Rose e nós fomos lá. Ela ia para fora de Forks, decidimos acolhe-la. Ela só nos tem a nós e precisa de nós neste momento, queridos. Espero que compreendam.
- Quando é que isso aconteceu? – Perguntou o Jasper com uma expressão que eu não conseguia decifrar.
- Às duas semanas, na segunda-feira. – Respondi o que a Rose me tinha dito. Ele saiu do escritório bruscamente. Ficámos a olhar uns para os outros confusos com a reacção dele. De repente, ouvimos um barulho que pareciam coisas a ser atiradas contra uma parede. Era o Jasper. Porque é que ele está a reagir assim? Sai do escritório e subi as escadas. Entrei no quarto dele. Como eu tinha previsto, ele estava a atirar objectos contra a parede. Estavam imensos cacos no chão.
- Jasper, querido, pára! – Pedi. Ele pareceu que não me ouviu e pegou noutro objecto para atirar. Peguei no braço dele para impedir que ele atirasse mais um objecto contra a parede. – Querido, pára! – Disse um pouco mais alto mas sem gritar. Ele olhou para mim e desfez-se em lágrimas. O que se estava a passar com ele? – O que foi querido? – Perguntei abraçando-o. Ele chorou no meu ombro um grande bocado. – Não queres desabafar? – Perguntei.
- Não admira que a Alice não me queira ver à frente. Só a fiz sofrer mais do que o que ela já estava a sofrer. Eu amo-a tanto, mãe. Porque é que tinha que fazer asneira, logo no momento em que ela precisava de mim. Estou com tanta raiva de mim mesmo, neste momento. – Disse ele entre soluços.
- Querido, não estou a compreender.
- Eu e a Alice já não estamos juntos, mãe. Eu fiz asneira e fiz com que ela sofresse. – Disse ele. – Ela viu a Helena a beijar-me na praia no dia em que a Ellen abandonou-a. Em vez de ter estado lá para ela, para a ajudar, não, ainda fiz com que ela sofresse mais, mãe.
- Já tentaste resolver as coisas com ela?
- Já, mas ela não quer falar comigo. Acho que ela tem medo que eu diga que não a quero mais, que a vou deixar. Ela passou por um período difícil e eu nem dei por isso. Sinto-me tão mal.
- As coisas vão se resolver, querido. Dá-lhe tempo e vais ver. Tudo se vai ajeitar.
- Espero que sim. Eu sinto tanto a falta dela.
- Eu sei, querido. Dá tempo ao tempo e vais ver que ela vai querer ouvir-te. Ela nunca deixou de te amar, podes ter a certeza disso. – Disse indo em direcção da porta para o deixar sozinho. Eu sabia que ele precisava de um tempo sozinho. – Não te esqueças de arrumar o quarto. – Avisei-o antes de sair. Voltei a descer as escadas e vi que a Rose estava sozinha na sala.
- Querida, a Alice? – Perguntei.
- Foi para o quarto. Ela ficou um pouco assustada com a reacção do Jasper.
- Ele está a sofrer. – Disse triste. Eu não gostava de ver os meus filhos assim.
- Já calculava que isso acontecesse quando ele soubesse o que se tinha passado com a Alice.
- Ele sente-se culpado por não ter estado com a Alice quando tudo aconteceu.
- Compreendo. – Disse a Rose.
- Vou ver da Alice e depois vou começar a fazer o jantar.
- Está bem. – Respondeu ela voltando a prestar atenção à televisão. Levantei-me do sofá e subi as escadas para ir ver como a Alice estava. Bati levemente à porta do quarto onde ela estava provisoriamente mas ninguém respondeu. Abri a porta e deparei-me com ela a dormir na cama. Fui buscar uma manta ao armário e tapei-a. Beijei-lhe a testa e deixei-a a dormir. Voltei para baixo e comecei a preparar o jantar. Quando acabei, chamei-os para a mesa e fui ao piso de cima ver do Jasper e da Alice. Nenhum deles ainda tinha saído do quarto. Fui primeiro ver do Jasper. Bati à porta.
- Entre. – Disse ele.
- Querido, o jantar está na mesa. Vem comer. – Pedi. Ele estava deitado na cama a olhar para o teto. Ele pensou um bocado e depois assentiu com a cabeça. Levantou-se e saiu do quarto. – Vai andando para baixo, vou ver da Alice. Está bem?
- Está bem. – Respondeu ele indo em direcção das escadas. Fui até ao quarto da Alice e bati levemente, não sabia se ela já tinha acordado ou não. Como ninguém me respondeu, abri a porta e vi que ela ainda estava a dormir. Cheguei-me ao pé dela e tapei-a melhor. O cobertor que eu lhe tinha posto por cima, já estava quase no chão. Ela estava a dormir tão bem que não fui capaz de a acordar. Se ela não acordasse entretanto, eu acordá-la-ia para ela comer qualquer coisa. Voltei para baixo e sentei-me à mesa para comer com o resto da família.
- Querida, a Alice? – Perguntou o Carlisle.
- Está a dormir, ainda. Não fui capaz de a acordar. Se entretanto ela não acordar, eu vou lá acima acordá-la para ela comer algo.
- Está bem.
Comemos entre uma conversa agradável. O Jasper ainda estava um pouco chateado com ele mesmo. Ele não falou muito durante o jantar e mal acabou de comer saiu da mesa e foi para o seu quarto. Depois de ter arrumado a cozinha e ter posto a loiça na máquina de lavar, fui para a sala para o pé do Carlisle. Só lá estava ele. Sentei-me ao pé dele e aconcheguei-me. Ele passou um braço pelos meus ombros e beijou-me a testa.
- Como estás? – Perguntou ele.
- Estou feliz, por termos adoptado a Alice. Ela precisa de nós. Mas estou preocupada com o Jasper. Eu nunca o vi assim tão abatido.
- Vai acabar por passar, querida. Sabes como são adolescentes. – Ri-me com o que ele disse. Acabámos por ficar o resto da noite, só os dois na sala a ver um filme que estava a passar na televisão. Quando o filme acabou, vi que já era quase meia-noite e a Alice ainda não tinha acordado. Ela tinha que comer. Não podia passar o resto da noite sem nada no estômago. Levantei-me do sofá e fui até à cozinha. Aqueci uma tigela de sopa e metia-a num tabuleiro para a levar para cima. Subi as escadas e entrei no quarto dela. Como previra ela ainda estava a dormir. Mas estava muito agitada. Estava a suar e a gemer. Pousei o tabuleiro na mesa-de-cabeceira e sentei-me na cama. Nesse momento, ela virou-se para o meu lado, o pulso dela acabou por cair ao pé das minhas pernas e eu reparei numa cicatriz recente. Ainda era uma linha cor-de-rosa. Via-se perfeitamente que tinha cicatrizado há pouco tempo. O que é que ela tinha feito? Decido deixar esse assunto para amanhã e comecei a acordá-la.
- Alice. – Chamei-a. – Alice. – Ela começou a abrir os olhos mas ainda estava um pouco ensonada. – Querida, estás bem? – Perguntei preocupada. Ela estava com um ar assustado, como se estivesse estado a sonhar com algo que lhe metia medo. – Com o que é que estavas a sonhar? – Perguntei passando a minha mão na testa dela. Ela estava mesmo encharcada em suor.
- Não me lembro. – Respondeu ela sinceramente. – Devia ser o pesadelo do costume. – Respondeu um pouco mais baixo.
- Precisas de comer. – Disse-lhe. – Já está tarde. Fiquei à espera que acordasses, mas como nunca mais o fazias, tive que te acordar. – Expliquei-lhe. – Come. – Pedi pegando na tigela de sopa e passando-lhe para as mãos. Quando ela acabou, voltei a pôr a tigela no tabuleiro.
- Boa noite, querida. – Disse beijando-lhe a testa. – Dorme bem. – Ela sorriu para mim.
- Boa noite, Esme. – Sorri para ela e sai do quarto para a deixar dormir. Levei a tigela para a cozinha e depois fui ter com o Carlisle que já estava no quarto a preparar-se para ir dormir. Ela amanhã tinha que ir trabalhar e já estava tarde. Vesti o meu pijama e fui para a cama dormir.
Na manhã seguinte, levantei-me com o despertador do Carlisle. Fiz a minha higiene e depois fui para baixo para preparar o pequeno-almoço. Deviam estar todos a descer para comer. Quando pus o pequeno-almoço na mesa, a Rose a e Alice desceram.
- Bom dia, mãe! – Disse a Rose.
- Bom dia, Esme. – Cumprimentou-me a Alice.
- Bom dia, queridas. – Disse dando um beijo na testa de cada uma. – Dormiram bem? – Perguntei.
- Sim. – Responderam as duas em uníssono.
- Alice, quando vieres das aulas preciso de conversar contigo. – Avisei-a, lembrando-me da cicatriz no pulso. Tinha que saber o que era aquilo. Ela olhou para mim um pouco assustada e preocupada. – Não é nada de mais, querida. Não te preocupes. – Acalmei-a. O Edward e o Carlisle desceram e começaram também a tomar o pequeno-almoço. Como o Jasper nunca mais descia, decidi ir ver se ele tinha adormecido, não seria a primeira vez. Subi as escadas e bati à porta do quarto dele.
- Querido, estás atrasado.
- Eu sei, mãe, deixei-me dormir. Estou quase pronto.
- Está bem. – Respondi, voltando a sair do quarto. Acabei por ir tomar o pequeno-almoço. Já estavam todos prontos para sair de casa.
- Tenho de ir. Até logo, querida. – Disse o Carlisle beijando-me. – Até logo. – Disse ele para o Edward, a Rose e a Alice. Eles estavam os três à espera do Jasper. O Jasper desceu as escadas rapidamente, tirou uma peça de fruta, deu-me um beijo na bochecha e foi ter com os outros para irem para a escola. Eles já estavam a ficar atrasados.
Depois de ter acabado de tomar o meu pequeno-almoço, arrumei tudo e fui acabar um projecto que eu tinha. Eu já tinha começado a aceitar alguns simples, só para ter alguma coisa para fazer. Distrai-me o dia todo com o projecto e quando dei por mim, já estavam a chegar a casa da escola. Lembrei-me que tinha que falar com a Alice. Fui até à sala, onde eles estavam e chamei a Alice.
- Alice, podes vir falar comigo agora? – Perguntei-lhe.
- Sim. – Disse ela vindo ter comigo. Eu estava no escritório a trabalhar. Sentámo-nos as duas no sofá que lá existia.
- Querida, eu não te vou julgar nem fazer nada, só quero saber como essa cicatriz apareceu no teu pulso. Eu sei que ela é nova. – Comecei. Ela olhou para mim um pouco assustada e depois olhou para o pulso. – Só quero perceber, querida. Está bem? – Perguntei. Ela afirmou com a cabeça.


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Notas finais do capítulo

Oláa! Para me desculpar sobre o atraso das postagens: o meu disco externo morreu. Eu tinha lá as minhas fics e uma delas eu perdi e só hoje é que consegui recuperar parte dela. Gosto de postá-las todas ao mesmo tempo :p
Agora, o que acharam? Espero que tenham gostado! Fico à espera dos vossos comentários e das vossas lindas recomendações *.*
Beijinhos
S2