Who Is Guilty? escrita por carol-chann


Capítulo 10
9º Interlúdio.


Notas iniciais do capítulo

Gente passei meses sem pc... É a coisa mais horrível desse mundo... TT.TT



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Carol pOv’s.

Entrei na Blue’s logo atrás de Hinata e a segui até a mesa, próximo a uma janela de vidro onde se podia ver a movimentação na rua. A mesa já estava ocupada por duas garotas que falavam rapidamente e pareciam muito felizes. A loira nos viu primeiro e cutucou a amiga com força no braço. Sakura se virou de cara fechada, mas sorriu ao nos ver. Ficar feliz em nos ver não a impediu de dar um beliscão em Ino.

— É bom ver o quanto vocês podem ser animadas pela manhã – eu disse me sentando ao lado de Ino.

— Bom dia meninas – Hinata disse meiga enquanto se sentava ao lado de Sakura e de frente para mim.

— Bom, diferente de algumas pessoas eu durmo a noite. – Sakura retrucou.

— Troco a qualquer hora que quiser trabalhar por mim. – respondi um pouco ácida pelo sono – Só dormi por três horas antes de Hinata me arrancar da cama e me arrastar para cá.

— Qual é a sua noite de folga? – Ino perguntou curiosa.

— De acordo com Sasori é as quartas e aos sábados – respondi deitando a cabeça sobre a mesa.

— Carol não durma ai – Hinata me repreendeu tentando me alcançar pelo outro lado da mesa para me fazer levantar.

— E quais são os dias de folga do Sasori? – Ino perguntou dessa vez a voz cheia de malícia.

— Aos sábados e as... – parei de falar abruptamente e me sentei ereta – Porque quer saber?

— Eu sabia! Aposto que é as quartas também – a loira ao meu lado se vangloriou – vocês voltaram! – ela cantarolou.

— Deidara bocudo. – resmunguei.

— Quem disse que foi Deidara que disse alguma coisa? – Sakura perguntou sorrindo.

— E quem mais seria? – debochei.

— Shikamaru! – Ino disse enquanto acenava para Mio.

— Aquele cabelo de porco espinho bocudo, metido a sabe tudo, bisbilhoteiro e abelhudo, fofoqueiro de uma figa vai se ver comigo! – disse tudo em um folego só.

— Esse tem que ser o chingamento mais comprido da história da humanidade. – Sakura disse parecendo impressionada.

— E como foi que ele soube? – perguntei chateada.

— Ele viu Sasori entrando logo depois de você na sala de descanso dos funcionários da Akatsuki e depois sair de lá sorrindo muito satisfeito alguns minutos depois – Ino contou toda feliz – Depois disso ele só precisou somar dois mais dois.

Lembrei-me que Shikamaru e Temari estavam na Akatsuki ontem a noite. Suspirei chateada e esperei pelo interrogatório que eu sabia que viria logo após minha confirmação das suspeitas dela. Elas fizeram tantas perguntas que até fiquei zonza. Ino chegou ao cumulo de perguntar que cor era cueca que Sasori estava usando quando sai de casa hoje pela manhã, eu estava tão atordoada por causa do questionário delas que acabei respondendo.

— Nenhuma. Sasori dorme nu – dei um tapa na minha própria testa, mas era tarde demais, já tinha dito.

— Eu estava brincando. Eu não achei que você fosse responder – Ino disse e então começou a rir ao notar o quanto Hinata estava vermelha.

— Eu entrei no quarto para acordar você – Hinata meio desesperada, meio em choque.

— Sem problemas, ele estava coberto – tentei acalma-la.

— Hinata pare de imagina Sasori nu. – Sakura disse brincando.

— Sakura que bobeira. É claro que ela não está imaginando isso. – eu disse e Hinata pareceu se acalmar um pouco – Ela está é imaginando se o Naruto também dorme nu.

Com isso Hinata começou a hiperventilar, me preocupei por uns instantes com a possibilidade de ela desmaiar. Mas ela não desmaiou só escondeu o rosto entre as mãos até se acalmar e então me encarou. Pensei que ela fosse devolver as provocações, mas ela realmente é uma santa, pois deixou isso de lado e começou um novo assunto. Hinata nos contou sobre Hanabi e como ela já está quase no terceiro mês de gravidez porque ela demorou a criar coragem para fazer o teste. Ela também reclamou sobre a dieta alimentar que ela está seguindo junto com Hanabi, mas foi convencida a comer um pedaço de bolo de chocolate quando prometemos manter segredo sobre isso.

Naruto pOv’s.

Eu estava esparramado no sofá do apartamento do Sasuke com o controle do videogame na mão travando uma batalha acirrada de Tekken 5 com ele. Quando Sasuke ganhou pela segunda vez consecutiva quase atirei a latinha de cerveja que eu havia tomado naquela cara convencida dele. Sasuke levantou da poltrona onde estava e foi para a cozinha.

— Me traz uma cerveja – gritei para ele.

— Não estou usando roupa de empregada, Dobe – apesar de reclamar ele voltou trazendo duas latas com ele.

— E então já descobriu onde fica o QG do clube da Luluzinha? – perguntei enquanto abria lata de cerveja que ele trouxe para mim.

— Não – ele bufou. – Sakura jura que nunca irá me contar.

— Aposto que poderia convencer alguma delas a me dizer – disse num tom de voz convencido.

— Só nos seus sonhos – ele retrucou – De acordo com Sakura elas foram extrair informações da Carol.

— Como assim?

— Parece que ela e Sasori voltaram ou coisa assim – ele deu de ombros – Não estava realmente prestando atenção.

— Carol realmente tem mau-gosto – comentei.

— Não mais que a Hinata – Sasuke disse isso debochando e de alguma forma isso me incomodou.

— Mas ela não tem namorado – rebati.

— É não tem, mas isso não a impede de gostar de alguém.

— De quem? – perguntei e Sasuke me olhou como se me achasse um idiota.

— Um completo idiota.

Sasuke me encarou e eu olhava para ele um pouco confuso. Era difícil imaginar, Hinata era tão delicada, bonita e gentil o tipo de garota que lembra uma boneca de porcelana. As vezes era difícil lembrar que ela era de verdade. Imaginar ela apaixonada parecia irreal, ainda mais se o cara era um completo idiota. Pensando bem Hinata já tinha vinte anos então era um pouco obvio que já deveria ter se apaixonado ao menos umas duas vezes.

Tomei um gole da minha cerveja e peguei o controle de novo. Esse tipo de coisa não deveria me incomodar, não era da minha conta. Eu e Sasuke escolhemos nossos personagens no jogo e voltamos a jogar. Hinata era uma garota muito ingênua. Fiz um combo apertando os botões do controle com mais força que o necessário. Eu provavelmente só estava preocupado que uma amiga tão legal ficasse magoada por causa de algum babaca. Sasuke conseguiu derrubar meu personagem e eu soltei um chingamento. Não havia nada demais em querer o bem estar de uma amiga, não é?

Quando me dei conta Sasuke havia vencido mais uma vez. Tentei acertá-lo com o meu tênis, mas ele desviou rindo feito um retardado.

Sasori pOv’s.

Apalpei acama procurando por um corpo macio e quente, mas tudo que encontrei foram os lençóis e minha camiseta largada sobre a cama. Abri os olhos e observei o quarto vazio. Alguns minutos depois eu me lembrei de que Hinata praticamente raptara Carol de manhã. Levantei da cama e caminhei até o banheiro, iria tomar uma ducha e só depois que tomasse o café da manhã é que pensaria em qualquer coisa.

Quando desci as escadas encontrei Deidara deitado no sofá assistindo um filme de comédia. Dei bom dia apesar de não fazer ideia de que horas eram. Fui para a cozinha, mas não achei nada decente para comer. Quase meio dia. Ela já deveria ter voltado? Eu não conseguia me lembrar de que horas eram quando ela saiu apesar de Hinata ter dito.

E agora o que? Ia viver em função dela? Balancei a cabeça tentando afastá-la do pensamento, mas foi ineficaz. Passara tanto tempo sem ela que agora que a tinha de volta não queria dividi-la nem mesmo com as amigas dela.

Deidara havia deixado seu material de desenho em cima da mesa da cozinha. Peguei seu caderno e olhei os desenhos. A página em que estava aberto tinha o desenho de uma jovem garota, cabelos longos e olhos grandes que apesar de ser um desenho a carvão eu sabia que eram castanhos. Um grande sorriso no rosto e uma postura confiante a data do desenho era de uns cinco anos atrás. Folheei o caderno e a mesma garota estava lá na maioria das páginas.

Um pouco depois o loiro entrou na cozinha e fechou o cara após me ver com o caderno de desenhos na mão. Veio andando calmamente na minha direção, mas tomou o caderno com violência e o fechou.

— Foi você quem largou ele aberto – falei dando de ombros.

— Não importa – ele bufou – Tanto faz.

Depois de dizer isso ele saiu da cozinha. Peguei um lápis de carvão e quando me dei conta estava desenhando no vidro da mesa. Tanto eu quanto Deidara nos formamos em artes, mas ele gostava de desenhar retratos enquanto eu preferia desenhar paisagens e por isso fiquei muito surpreso ao ver que tinha desenhado um rosto sorridente, se eu fosse pintá-lo os olhos seriam verdes. Esfreguei a mão sobre a mesa borrando o desenho já que eu não queria que ninguém mais visse o quanto eu estava me tornando obcecado por ela.

Levantei da cadeira e peguei a chave do meu carro no chaveiro atrás da porta. Hora de sair e comer alguma coisa, ficar aqui só com meus pensamentos iria me enlouquecer.

— Deidara – gritei para ser ouvido.

— O que você quer? – ele gritou de volta da sala.

— Quer almoçar? – perguntei indo para a sala.

— Quero. Estou afim de comer lasanha – ele disse – Porque? Você vai cozinhar?

— É claro que não. – tive vontade de bater nele – Levanta essa bunda dai e vamos indo.

— Você é quem manda Danna – ele riu – Já que é você que vai pagar.

— Quem disse que eu vou?

— Ninguém, mas eu sei que vai.

Ele me olhou todo convencido. Resmunguei alguma coisa sobre amigos aproveitadores enquanto saia de casa, destravei as portas do carro pelo controle e sentei no banco do motorista. Deidara entrou no carro depois de trancar a casa. Ele escolheu um dos meus CD’s para tocar. Nenhum de nós dois estava com muito animo para conversar. Fui a um restaurante italiano, era pequeno e pouco conhecido, mas faziam a melhor lasanha que eu e Deidara já havíamos provado. Nós almoçamos em silêncio o que foi muito estranho já que normalmente Deidara não para de falar. Mas eu o conhecia melhor. Eu sabia em que ele estava pensando e que era melhor deixa-lo em paz.

Quando deixamos o restaurante o loiro já parecia ter retornado ao seu estado de animo normal e me fez parar na sorveteria no caminho de casa. Eu fiquei no carro e não muito depois ele voltou com três potes de sorvete e ignorou meu olhar reprovador. Carol estava esperando sentada no meio fio da calçada já que ela não tinha uma chave. Ela sorriu aliviada ao nos ver.

— Eu já estava me perguntando se tinha feito errado ao dizer a Hinata que ia esperar vocês aqui – ela disse.

— Você deveria ter nos ligado – repreendi-a.

— Estava começando a considerar isso – ela retrucou.

— Quanto tempo está aqui no sol? – Deidara perguntou preocupado.

— quinze minutos mais ou menos – ela respondeu sorrindo para ele.

Nós entramos e Deidara foi guardar o sorvete. Carol se jogou no sofá o rosto ainda corado pelo tempo no sol. Ela se abanou com a própria blusa e pude ver a barriga lisa dela. Sentei no sofá colocando a cabeça dela no meu colo e ela sorriu para mim. Olhando aquela boca bonita tive vontade de mordê-la e já estava indo para fazer isso quando a voz do Deidara nos interrompeu. Ele perguntou da cozinha se ela iria querer sorvete e ela concordou. Logo ele apareceu na sala com duas taças de sorvete.

— Obrigado por se lembrar de mim – fui sarcástico só para provocar Deidara.

— Eu tive a impressão de que você não queria sorvete – ele respondeu cínico.

— Aqui.

Carol me ofereceu uma colherada e eu comi apesar de só ter dito para provoca-lo. O loiro ligou a TV e começamos a ver um filme qualquer que estava passando. Estava quase na metade do filme quando percebi que Carol tinha dormido. Tirei a taça do sorvete da mão dela e coloquei em cima da mesinha de centro para não derruba-la e então ergui Carol no meu colo e a levei para o andar de cima. Entrei no meu quarto e a coloquei com cuidado em cima da cama. Ela se mexeu deitando de lado enquanto eu tirava a sandália dela dificultando minha tarefa. Tive que movê-la devagar para não acorda-la enquanto retirava a calça jeans para ela dormir mais confortável. Deitei ao lado dela abraçando-a pela cintura com um braço e com a outra mão fiquei acariciando o cabelo dela.

. . .

Eu acordei com Carol enrolada em volta de mim e o rosto enfiado na curva do meu pescoço. Olhei para a janela e vi que o céu estava alaranjado do por do sol. Levantei da cama tomando cuidado para não acordar Carol e fui para o banheiro. Tomei um banho rápido e enrolei a toalha na cintura e fui até o guardarroupa. Depois de me vestir percebi que Carol estava acordada e me observando.

— Apreciando a vista? – perguntei.

— Muito. Você tem uma bunda muito redonda – ela disse me fazendo rir.

— Isso deveria ser um elogio? – perguntei divertido.

— É claro que sim – ela disse tentando parecer séria.

— Se você diz – eu disse me aproximando da cama e beijando de leve os lábios dela – Se eu soubesse que você já estava para acordar teria esperado para tomar banho com você.

— Você é um pervertido – ela disse rindo.

— Não era eu que estava observando outra pessoa se trocar.

Ela riu, mas estava corada por que eu estava certo. Ela se levantou e foi tomar um banho. Esperei por ela para devolver o “favor”. Quando ela saiu do banheiro enrolada em uma toalha branca eu estava sentado na cama. Ela se trocou rapidamente porque estava constrangida comigo a observando mesmo que ela morreria antes de confessar isso. Ela estava usando uma saia que deixava boa parte das pernas bonitas e morenas a mostra.

— Está na hora?

Eu perguntei e ela sabia que eu estava me referindo a nossa conversa que ela estava adiando. Ela moveu a cabeça para os lados em sinal de não. Eu podia esperar mais um pouco, até porque não demoraria muito para termos que ir para a Akatsuki trabalhar. “Amanhã” eu disse só movendo os lábios, sem fazer som. Ela franziu as sobrancelhas ficando tensa e eu sabia que ela tinha entendido.


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Notas finais do capítulo

Perguntinha... querem essa conversa pelo ponto de vista de quem? Sasori ou Carol?



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