assassinato Ás Três Horas -o Batom Preto escrita por Lilli


Capítulo 4
Capítulo IV - O meu irmão


Notas iniciais do capítulo

Capitulo IV
O meu irmão
— Eu queria meu irmão de volta. Eu o amo.



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Listing estava já na delegacia.
- Como assim não viram o corpo? Então ele não morreu! - Listing dava voltas pelo escritório de Schäfer
- Morreu, o irmão disse que morreu. No estado que encontraram o garoto parece que não era de se duvidar que Bill havia morrido. Parece que Tom estava chorando, desesperado, gritando que havia perdido o irmão. Eram gêmeos.
- Estranho ... - Listing estava com os documentos na mão.
- Vai investigar? - Pergunta Schäfer acendendo um charuto.
- Ah, não sei se eu tenho tempo... o caso da psicopata que esta a solta está me predendo demais. Estou a ponto de enlouquecer.
- Deveria tirar um dia de descanso.
- Eu poderia, mas é a assassina que não tira descanço, e sendo assim, não posso. - Listing parecia mesmo cansado.
- Quer me deixar cuidar disso? Que tal, tire um dia todo de folga, sua mulher deve estar com saudades de você, eu cuido disso.
Listing solta um riso baixo seguido de um suspiro, mas, parecia não gostar muito da ideia de deixar seu caso nas mãos do delegado, não que não confiasse nele.
- Não sei, vou pensar ... - Listing se levanta e quando esta saindo - Madrugada ... três horas.
- Sim, também estou apreensivo pela madrugada. Vai sair novamente?
- Não. Não adianta. - Listing para na porta e encara novamente o delegado.
- Mas hoje você quase a pegou, estava a quadras da onde ela estava! - Dizia Schäfer dando tragadas em seu charuto.
- Ela é mais esperta do que eu pensava e, o que aquele garoto nos disse hoje me deixou meio apreensivo.
- Como? - Disse Schäfer se supreendendo - Você esta com medo do que disse aquele cara?
- Não é medo. É que ... talvez, seja verdade. Bom, vou voltar ao trabalho, mas vou pra casa. Qualquer coisa, já sabe.
- Sim, qualquer coisa eu ligo. Até mais detetive Listing!

Listing estava quase chegando em casa quando seu celular toca.
- Alô - Ele atende, dirigindo.
- O meu irmão ...
- Tom Kaulitz? É você? - Listing estaciona o carro em frente sua casa.
Ele houve barulhos, mas o garoto não falava mais nada.
- Tom, me responde! O que está acontecendo? O que tem seu irmão?
Então, ele desliga.
- Droga ... - Diz Listing olhando para o celular - Número restrito.

O detetive entra em sua casa e vai direto para o seu escritório, lá vê um bilhete de sua mulher dizendo que havia saído para fazer compras. Após ler e jogar o papel no lixo, senta em sua cadeira, confuso.
- Caso da assassina ... caso dos Kaulitz ... eu não sei que mistério é pior ... - Então, ele solta um longo suspiro - Tom Kaulitz ... que segredo você esconde hein rapaz ...
Nisso, a campainha toca.
Quando Listing vai atender, ao ver quem estava na porta, se assusta.
- Tom Kaulitz?
O rapaz não falava nada, estava mudo, pela sua expressão, estava assustado.

- Por favor, sente-se.
Listing havia levado a visita ao seu escritório, depois de tomar um gole de água com açucar o rapaz começa a falar:
- Eu queria meu irmão de volta. Eu o amo.
Talvez, bem no interior do detetive ele estava pensando 'oras, não sou psicólogo pra ficar aconselhando pessoas emocionalmente' , mas o caso ali era mais grave, mais grave que Listing podia imaginar.
- A morte realmente é uma coisa dificil de lidar ...
Listing não sabia o que falar, o silêncio para ele estava constrangedor.
- Eu sei que deve ser dificil pra você ... - Continuou Listing - Mas me diga, do que seu irmão morreu?
Tom faz uma expressão assustada, ele realmente não queria falar sobre aquilo. Não, aquela pergunta não podia ser respondida.
- Me diga Tom, me disseram que foi causas desconhecidas, mas isso ... não é possível, você deve saber certo o que aconteceu ...
- Não, eu não sei. E não quero falar disso, vou embora. - Diz Tom, de modo seco, se levantando.
- Tom, espere, então me responda uma outra pergunta.
- Fale. - O garoto estava de costas para Listing, pronto para sair dali.
- Onde o corpo de seu irmão esta enterrado? Você pode me levar até lá?

O carro seguia até o cemitério central da cidade, o garoto no banco do passageiro não havia abrido a boca desde que sentara ali. O detetive até que tentou algumas conversas, mas sem sucesso.
Não era nenhum dia especial então o lugar estava meio vazio, Tom seguia o caminho com as mãos nos bolsos, logo atrás dele Listing seguia com a cabeça baixa, cemitério não era seu lugar favorito.
Sem aviso prévio o garoto para diante de um túmulo grande coberto de piso preto, ele mantinha a cabeça baixa, usava um moletom preto e a touca sobre sua cabeça escondia seu rosto impedindo Listing de ver sua expressão.
A foto no túmulo era de um garoto jovem, de cabelos longos e pretos, usava maquiagem, e estava com uma expressão serena e doce.
- Era seu irmão gêmeo? - Listing não conseguiu esconder um espanto na voz
- Sim.
O homem se ajoelhou no chão e fechou os olhos, logo depois fazendo o sinal da cruz.
- Isso é ridiculo! - Exclama Tom
- O que foi? - Pergunta Listing, se levantando.
- Nada, vamos embora, já viu o que queria ver ...
Tom da meia volta e segue andando na frente, então, exclama de modo baixo para si mesmo:
- Palhaçada isso ...

Tom já estava em sua casa, sentado na mesa vendo fotos, eram fotos de quando ainda ele tinha seu irmão, fotos que mostravam o quanto eles eram unidos e felizes.
- Você faz falta Bill, faz muita falta ... eu não sei se vou aguentar mais muito tempo sem você ...
- Quanto drama, meus Deus ...
Tom se levanta rapidamente olhando aquela figura que estava a sua frente.
- Como ... como entrou aqui? O que esta fazendo aqui de novo? Eu não falei mais nada para o detetive!
- Calma maninho ... - a pessoa solta uma risada - Por que sempre quando eu venho você me enche de perguntas? E por que fica tão assustado?
A expressão de Tom era de ódio e medo.
- Eu vou te matar ... - Disse Tom, cheio de raiva.
A pessoa a sua frente começa a gargalhar.
- Matar? Duvido que teria a coragem de machucar seu irmão.
- Você não é meu irmão! - Tom estava gritando.
- Você não pensa assim no fundo Tom, você sabe a verdade. Você sabe que seu irmão não esta morto ... ainda não. - Dizendo isso aquela pessoa sobe para o sotão.
Tom vai atrás, mas quando chega lá, ele não estava mais. Havia sumido.
- Meu irmão ... - Tom senta no chão, abaixando a cabeça.

Listing estava em sua casa, telefonando para Schäfer.
- Eu vi o túmulo! E o garoto da foto ... não parecia muito com Tom, bem, pelo fato de serem gêmeos. Estava maquiado, tinha os cabelos compridos, pretos. Não sei ...
- Sim, eu falei, ele realmente esta morto.
- Venha aqui, você pode? Eu ainda não estou convencido de que Bill Kaulitz esta morto.
- O que tem em mente? Você me assusta falando assim.
- Quero ver o corpo.
- O quê?

Listing e Schäfer estavam em frente ao cemitério. Já estava anoitecendo, o relógio marcava 19:00h.
- Senhor Listing, faz quase um mês que ele faleceu, não acha que o corpo já vai estar se decompondo?
- Um corpo demora de um a dois anos para se decompor totalmente! Vamos ...
Os dois entram no cemitério, procurando o coveiro.
- Lisença, - diz Schäfer ao ver o homem passando a vassoura em alguns tumulos, então, ele mostra sua identidade - Delegado Schäfer, e esse é o detetive Listing.
- Olá senhores, em que posso ajudar? - O homem tentava conter o nervosismo na voz causado pela presença de tais pessoas.
- Queremos que abra um túmulo para podermos dar uma olhada no corpo.
- Como? Não entendo ...
- Está surdo? - Continuou Schäfer - Queremos que abra um túmulo, precisamos ver um corpo, assunto policial. Está bem?
- Tem a permissão da familia? - Perguntou o coveiro
- Não precisamos de permissão, só abra o túmulo. É a autoridade que esta mandando. - Respondeu Listing se dirigindo ao túmulo de Bill Kaulitz
O coveiro pegou as chaves e abriu o túmulo, subiu o caixão com a ajuda de cordas. Então, o coveiro abriu as travas e levantou a tampa do caixão.

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Notas finais do capítulo

Prêmio pra quem desvendar todo o caso antes do detetive Listing e do delegado Schäfer (: -n



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