assassinato Ás Três Horas -o Batom Preto escrita por Lilli


Capítulo 3
Capítulo III - O garoto de boné preto


Notas iniciais do capítulo

Capitulo III
O garoto de boné preto
— Você não sabe no que esta se metendo. Não se trata só de assassinatos ...



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O telefone toca acordando Listing, era 07:30 da manhã, o homem se levanta rápido para que o barulho não acordasse sua esposa.
- Alô? - Com a voz sonolenta
- Listing, sou eu, Schäfer. Rápido, venha para a delegacia. Tem alguem aqui que você vai gostar de ver.

O detetive chega na delegacia, um policial diz que Schäfer o estava esperando em seu escritório.
Ao entrar, ele vê que Schäfer não estava sozinho. Tinha um garoto com ele que parecia estar lá contra a sua vontade, ele estava todo de preto, tinha rastas em todo o cabelo, e usava um boné preto.
Listing o comprimenta com a cabeça, porém o olhar do garoto era de ódio.
- Bem ... - começa Schäfer - Esse garoto aqui se chama Tom Kaulitz, e foi ele que ligou para o senhor aquela noite, detetive.
- Sim ... - Diz o garoto.
- Ele confessou? - Perguntou Listing.
- Sim, perguntei uma vez só e ele ja me falou.
- E não quis me falar pelo telefone seu nome ... por quê?
- Detetive Listing ... - Falou Tom Kaulitz - Você não sabe no que esta se metendo. Não se trata só de assassinatos ...
- Como?
- Você não esta lidando com simples assassinatos, com um simples serial killer ... - Tom se controlava para não rir diante aqueles homens que pareciam crianças curiosas
- Um? É um homem?
- Não sei ... pode ser uma assassina quanto pode ser um assassino, não acha?
- Usa batom ... - Listing o encarava
- Talvez ...
- Talvez? O que você sabe sobre isso?
- Não tanto mais que o senhor sabe ... - Tom lhe dá um sorriso
- Garoto ... - Schäfer começa a falar - Conte-nos tudo que você sabe ...
- Ai é que você se engana ... eu não sei. A única coisa que eu sei vocês deveriam saber, mas parece que não conseguem enxergar ... - Ele começa a brincar na cadeira que girava de um lado para o outro - Lamentavél isso, não acham?
- Garoto, pare de brincar e diga logo!
- Calma senhor detetive ... temos o dia todo, né?
- Negativo. - Diz Schäfer - Você deve ter o dia todo, já que me parece um marginal, nós temos vários assuntos importantes pra tratar. Então pare de brincar e diga logo, espero que não seja bobagem ou perda de tempo.
Kaulitz dá um risada curta e diz como se fosse uma coisa qualquer:
- É um ritual, não percebem?
Listing, que antes encarava o nada tentando recuperar a paciencia, agora encarava o garoto das calças largas com uma expressão indecifravél, e logo responde:
- Ritual? O que quer dizer com isso?
- Bruxaria? - Pergunta Schäfer
- Pode ser bruxaria ou não, isso eu já não sei. Sabem que não sou vidente. Só deduzi algo óbvio.
- O que quer dizer com "algo óbvio" ?
- Já percebeu que se ligar os locais da morte vai formando simbolos? Já percebeu que as vitímas todas são mulheres com a idade menor que 30? - Tom continuava girando pra lá e pra cá na cadeira
Todos ficaram em silencio, porém em breve foi quebrado por Schäfer:
- Isso é ridiculo! Besteira ...
- Acha que é tudo coincidencia? Eu não ... - Disse Tom - Enfim, posso ir agora?
- Por que quer ir? Não disse que tinha a tarde toda? - Repreendeu Listing
Tom apenas dá uma risada baixa.
- Bem, só uma pergunta e você pode ir ... - Continuou Listing
- Sou todo a ouvidos ... - Disse Tom, em tom de brincadeira
- Você não notou isso de primeira, você pesquisou ou ... sabe de algo mais ...  - Listing ainda o encarava
- Não sei de mais nada, apenas reparei isso quando vi as noticias e fotos nos jornais.
- Pode ir. - O detetive vai até a porta e a abre, pedindo para o garoto se retirar.
- Espere garoto . - Diz Schäfer se levantando - Você mora com quem?
- Sozinho.
- Sozinho? Não tem familia, irmãos?
- Minha mãe mora com meu padastro em outra cidade ... - Diz Tom, já perto da porta - E meu irmão ... morreu.
- Era só isso, tudo bem, pode ir. - O delegado se senta novamente, e o garoto se retira com um sorriso de canto.


Depois que o garoto saiu, Listing estava sentado de frente para Schäfer.
- O que acha? - Perguntou Listing
- Ele é suspeito. Não podemos nos descuidar dele ou deixar que ele suma.
- Não acha que deveriamos prende-lo? Pelo menos por algumas semanas, ai, se os assassinatos pararem ... já sabe ... - Era a única coisa que Listing tinha em mente.
- Não, tenho outro plano ... - Schäfer dá um sorriso de canto.
- Qual?

Tom Kaulitz chega em sua casa, era um lugar pequeno de apenas dois comodos e o sotão, ficava quase no final da cidade, entre dois prédios grandes abandonados na metade da construção.
Quando ele entra tem uma agradavél surpresa, seus poucos móveis estavam todos jogados no chão.
- De novo não ...
Quando vai no banheiro a surpresa é pior.
No espelho do armárinho estava escrito, de batom preto.

Fique com a boca calada, ou terei que cala-la eu mesmo, para sempre.

Tom, nervoso pega um vidro de perfume que estava no chão e taca no espelho, ao olhar na pia, vê marcas de sangue. A pessoa que entrou ali e fez aquilo devia estar com as mãos sujas de sangue.
O garoto estava nervoso, porém, dava pra ver por dentro a dor que sentia. Aquilo o feria. Ele senta no chão contendo as lágrimas.
De repente, algo desce do sotão.
- O que esta fazendo sentado no chão? - Diz uma voz familiar para Tom
 O garoto se levanta secando algumas lágrimas teimosas que haviam caido.
- Estava chorando? - A pessoa suspeita começa a rir.
Tom não fala nada, apenas se levanta e vai para a cozinha, levantando a mesa que estava jogada no chão, começa a catar as coisas quebradas e colocava em um jornal.
- O que esta fazendo aqui? - Pergunta Tom, bravo.
- Oras, vim ficar com meu irmãozinho ... - Soltando uma risada baixa.
- Você não é meu irmão! Saia daqui, seu ... monstro! - Grita Tom, bravo.
- Nossa, calma maninho ... eu vou, mas se eu tiver que voltar não vai ser as suas coisas que vou quebrar ... - a pessoa vai até a porta - mas sim, seus ossos.
E então, a pessoa que antes Tom amava, vai embora. Agora, o sentimento que ele tinha era ódio. Mas no fundo, sabia que sempre amaria, afinal, era sangue de seu sangue.

Listing estava em seu escritório, duas quadras depois da delegacia, olhando as noticias nos jornais quando seu telefone toca.
- Alô? Oi delegado Schäfer, tudo bem?
- Lembra de que Tom Kaulitz disse que tinha um irmão que havia morrido?
- Sim ... o que tem?
Mandei pesquisar, e realmente, tem um irmão.
- Tem? Não morreu? - Listing fica surpreso.
- Chamava Bill Kaulitz, sim, pelos registros morreu faz um mês.
- De quê?
- Causas desconhecidas ... porém ... - Listing sente a tensão na voz de Schäfer
- Porém?

~


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Notas finais do capítulo

Tenso né? -q
Tom entrando na história *-* own .



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