Vida Cruzada escrita por Razi


Capítulo 11
Descoberta


Notas iniciais do capítulo

Finalmente!



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Acordo sentindo meu corpo dolorido pela noite mal dormida na posição que estava.

Faço o ritual matinal antes de colocar o uniforme e saber que saindo de casa estarei emergindo no caos que é Housen.

Allan vai pagar com a vida inteira pelo que está fazendo.

-Katherine – ele me grita como de rotina.

Pego minhas coisas e saio do quarto encontrando apenas Allan na sala, o que me faz ficar temerosa com o que Hana possa ter preparado pra mim.

-O que fez? – Allan pergunta enquanto saiamos de casa.

-Uh? – indago curiosa.

-Sua cara me diz que aprontou algo.

-Eu? – franzo a testa – Imaginação sua.

-Vamos fingir que é isso então – ele declara dando um tapinha nas minhas costas.

Formo uma careta pra ele que se limita a sorrir enquanto íamos rumo a estação de metrô conversando sobre meu termino com Tora que foi absorvido naturalmente por Allan, coisa estranha demais.

-Você sabe de alguma coisa? – indago olhando-o inquisitiva.

-Por que eu saberia? – ele replica dando seu clássico sorriso nervoso.

-Allan – o incito equilibrando-me nas barras, já que não havia nenhum assento vago no vagão em que estávamos.

-Kath – ele diz dando de ombros – Presumia que não ia demorar muito pra isso acontecer. Afinal, você sabe como ele preza a imagem de “bom garoto” e namorar uma garota que estuda em Housen não ajuda nisso.

-E sabe que tudo isso é culpa sua – o acuso trincando os dentes.

-Não tem de quê – ele satiriza enquanto saía do trem.

O sigo de cara amarrada, só que ele não tinha tanta culpa assim, afinal eu meio que queria terminar mesmo.

Assim melhor ver que Allan me faz um favor do que ter me atrapalhado.

Com um suspiro demovo meus olhos pra frente encontrando Hana encostada na parede com suas mãos ocupadas com seu jogo portátil.

-Bom-dia Hana-chan – Allan a cumprimenta antes de continuar seu trajeto, já que tínhamos nos encontrando na esquina da rua do colégio.

Ela murmura algo pra ele antes de seus olhos voltarem pra mim.

-E então? – ela indaga guardando seu brinquedo – Qual a explicação para ontem?

-Eu estava sendo perseguida, assim tive que entrar em um restaurante para despistar...

-Tudo bem – ela me corta começando a caminhar – Já vi que sua noite foi turbulenta.

-Isso quer dizer que me desculpa? – indago receosa.

-É – ela concorda – Só que avisa da próxima vez. Fiquei preocupada.

-Não quero segunda vez – discordo fazendo um beicinho.

Ela sorri, mas seu sorriso some quando olha ora frente e sigo seu olhar me deparando com dois japoneses que talvez parem o trânsito.

O primeiro tinha o cabelo negro, liso com uma mecha cobrindo metade de seu rosto que transmitia uma aura meio assustadora, a pele alva cobrindo o corpo baixo com boa estatura. Os olhos, lentes com certeza, eram o misto de azul com verdes maravilhosos.

O outro já possuía o cabelo longo, batia na nuca, caramelo e de um penteado bem bagunçado, a pele bronzeada revestindo o corpo mediano tanto em altura como fisicamente. Os olhos chamavam atenção igual ao outro, eram um misto de cinza com lilás profundo, tal como uma faixa branca meio grossa cruzava seu na altura do nariz.

Ambos usavam o uniforme de Housen dando seus toques originais.

O de cabelo negro usava o casaco completamente aberto com a camisa entreaberta já o outro o usava mais comportado com a gola da camisa pra cima e a calça um pouco pra baixo para não dizer mais.

Os dois deixam que seus olhos recaiam sobre nós antes de entrarem no colégio onde no segundo seguinte ouço um grito uníssono agudo.

-Não é que eles têm fã-clube? – Hana indaga ao meu lado retórica enquanto pega seu brinquedo de novo.

-Você não muda – resmungo puxando-a para dentro do colégio.

-Olha quem fala – ela se defende arrancando um sorriso meu.

-Kath-san – Uruha diz aproximando-se – Hana-senpai.

Ela a olha antes de assentir com a cabeça.

-O que foi, Uruha-san? – pergunto vendo seu estado inquieto.

-Eles vão brigar – ela responde apontando para dentro do colégio – Temos que impedir.

-O certo seria se moverem pra enfermaria – Hana sugere.

-Uma glamurosa idéia – concordo.

-Mas Haji-senpai pode acabar se ferindo e Hideki-senpai também – ela tenta nos convencer.

-Espero que fiquem com bons ferimentos – reflito – Assim aprendem a deixar de serem idiotas.

-Kath-san! – ela exclama quase chorando – Como pode ser tão cruel?
-Takada – Hana diz locomovendo-se para dentro do colégio – Vamos dar uma olhada.

Dou um sorriso antes de segui-la.

Afinal não é sempre que Hana entra numa briga.

Não damos muitos passos para ver a reunião dos alunos no saguão e os demais alunos ocupando a escada com seus celulares pegando cada movimento.

Logo vejo Hajime junto com Allan e Hideki e o resto de seu “clã” enquanto do outro extremo reconheço o cara de ontem que entrou na sala ao lado da minha junto com seu “clã”.

Reviro meus olhos, recaindo-os numa parte da escada onde o carinha de cabelo branco estava ao lado do de cabelo negro e o que tinha uma faixa ao redor do nariz.

-Tem certeza, Domyouji? – Hajime indaga num tom divertido.

-Agora é sua deixa – Hana diz ao meu ouvido antes de me empurrar para o meio daquela rixa.

Endireito-me xingando-a mentalmente antes de ver Hajime arquear uma sobrancelha e o tal Domyouji cruzar os braços me encarando.

-Katherine – Allan me chama – O que está fazendo?

-Er – digo mordendo meu lábio inferior depois – Parando essa briga.

-Não seja tola – Hajime diz – Pensei que tinha parado com isso.

-Posso dizer o mesmo – replico lançando-lhe um olhar irritado.

-Se sua irmã não sai da frente – Domyouji vinha na minha direção – Passo por cima dela.

-Encosta um dedo ela e quebro você em dois – disseram em uníssono Hajime e o cara de cabelo branco, ah e o Allan também.

Ele para não sabendo se olhava Hajime e Allan ou para o cara de cabelo branco. Só que Hajime o olha igualmente a mim e seus dois companheiros esquisitos.

-Não devia se intrometer nos assuntos dos outros, Ken – Hajime o critica.

Arregalo os olhos enquanto um sorriso aparece em seus lábios.

-Ken Oshikoto – pronuncio surpresa.

Ele move seus olhos para o meu rosto enquanto me acalmo.

-Prazer – ele diz num tom suave – Agora sabe meu nome.

-Ponto pra mim então – satirizo olhando-o.

-O que está acontecendo aqui? – Hajime pergunta, sabia que estava direcionando a mim.

-Não é nada preocupante – respondo solene.

-Vão encher o saco em outro lugar! – Domyouji berra caminhando até mim.

-Um passo e vai estar nos hospital depois – Ken o intima numa voz assustadora.

Ele o encara enquanto absorvo aquela postura de Ken.

-Ah – Hana diz aproximando-se de mim – Quanto estardalhaço. Acaba logo com eles, Takada-chan.

Olho-a surpresa enquanto os alunos começam a incentivar por uma briga.

-Katherine – Ken me chama, fazendo meu olhar retornar pra ele – Pode não gostar de brigas, mas como se intrometeu vai ter que resolver.

Abro minha boca, mas não pronuncio nada. Só meus olhos recaem em Domyouji que me olhava furioso.

-Tritura eles, Takada-chan – Hana me incentiva calmamente ao lado de Allan e Hideki.

Dou um suspiro e formo uma careta antes de olhar para Domyouji.

-Vamos nessa então – decido jogando meu casaco para Hajime.

Ele me olha por um segundo antes de vir pra cima de mim com suas mãos em forma de punho. Passo por sua defesa cravando minha mão em seu pescoço e aplicando força para levá-lo ao chão.

Todos gritam ao mesmo tempo enquanto me endireito tendo Domyouji retraindo-se de dor. Respiro fundo antes de me afastar dele pegando meu casaco não sabendo o que era pior.

Brigar ou saber que estava na lista de procurados agora.

Afinal quem mandou ser boa de briga?


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Notas finais do capítulo

Bem, acho que devem deduzir que são os acompanhantes de Ken, não?
Segundo muita coisa vai rolar a partir de agora.
Sendo que é pausa das brigas e depois vem um pouco de tensão.
Até o próximo cap.
o/