A Bruxa-olimpiana. escrita por FuckingKirios


Capítulo 5
Capítulo 5




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Abri meu maior e mais bonito sorriso. Minerva tirou da minha cabeça o Chapéu maluco e apontou-me a mesa verde.

Sorri. Eu gostava um pouco da cor verde.

Enquanto eu caminhava em direção a mesa verde procurando um lugar para eu me sentar, os bruxos da outra mesa afastavam-se. Decidi deixar de lado, pois só ia me machucar mais ver que meu plano de enturmar-me com todos não daria certo.

A diferença da casa que eu iria entrar era que todos dela sorriam para mim. Eles tinham um ar de misteriosos e travessos. Todos gostavam muito de vestir preto.

Enquanto eu caminhava olhando para todos que estavam na Sonserina, todos abriam um sorriso enorme. Eles me lembravam os filhos de Hermes, com o sorriso travesso, só que vestindo-se completamente de preto.

Meu olhar alcançou uma mão levantada. Quando olhei para a pessoa que tinha a mão levantada, o analisei bem, ele encaixava-se completamente nos padrões que eu havia observado para aquela mesa.

Os cabelos claros e engordurados foram colocados totalmente para trás, sua pele era albina e tinha, como os outros, um sorriso travesso dançando em seus lábios finos.

Sorri diretamente para ele e vi-o tremer.

Ele apontou para um lugar vago ao seu lado e ao de seus amigos.

Sentei-me lá mesmo.

Cruzei meus braços sobre a mesa e olhei para cada um presente, não deixando de fora o garoto albino com cabelos para trás.

Tinha dois gordos que estavam com cara de choro. O garoto com cabelos gordurosos que ao meu lado estava sentado cutucou-me.

Olhei para ele e sorri. Ele esticou a mão para mim.

-Olá, sabia que somos parentes? – ele perguntou com um sorriso amigável, mas que não deixava de ser travesso.

-Somo é? – perguntei confusa.

-Sim, meu nome é Draco Black Malfoy, mas chama-me apenas de Draco Malfoy.

-Então chama-me apenas de Hadia Lestrange.

-Não uso o Black porque muitos sujaram esse nome, como o completo idiota Sirius Black – Malfoy havia cuspido aquelas palavras e feito uma cara de repulsa. Seus olhos pairaram na mesa vermelha e fitaram um garoto moreno que, quando se virou, pude ver uma cicatriz em forma de raio.

Senti-me incômoda com aquele garoto, mas não será agora que vou citar o por quê.

Desviei o olhar assim que o Chapéu falante gritou o nome da casa de meu irmão ficaria.

-Sonserina!

A mesa verde encheu-se de palmas.

Nico correu até mim e eu olhei para o garoto que estava ao meu lado não deixando espaço para Nico.

-Hadia, pode mandar Crabbe para o lado e aí seu irmão senta – Malfoy disse olhando para o gorducho ao meu lado.

-Crabbe, afaste-se – pedi.

O gordinho arregalou os olhos e se afastou ligeiro.

Franzi o cenho.

 Nico sentou-se ao meu lado e cumprimentou Malfoy junto com os outros.

Achei uma caixinha escrita: “Feijõezinhos de Todos os Sabores”. Peguei-a.

-O que é? – Perguntei para Malfoy.

Ele sorriu e pegou o pacote da minha mão o abrindo. Malfoy pegou um e colocou na boca. Mastigou e, depois que engoliu, ele sorriu de novo.

-Cera de ouvido – ele declarou.

-O que? – perguntei novamente.

-Tem sabores exóticos – Malfoy respondeu. – Sabor de tudo!

-E o que você pegou tinha gosto de cera de ouvido? – Perguntei torcendo o nariz fazendo uma cara de nojo.

-É, infelizmente – nós rimos.

Peguei o pacotinho de suas mãos e retirei um, devolvi-o a Malfoy que tirou um. Colocamos na boca juntos.

Quando mordi aquilo, minha boca começou a queimar.

-Pimenta! – exclamamos juntos pegando algo para beber em seguida.

-Aqui é o Salão Comunal da Sonserina – Malfoy me apresentou.

Quase que eu solto algo como um “Uau!”, mas preferi ficar quieta.

Na porta, uma enorme cobra no recebia, por dentro era totalmente luxuoso. Descobri que eu amava luxo.

-Bem bonito – torci um pouco o nariz para demonstrar indiferença.

Malfoy riu um pouco.

-Suas coisas estão no dormitório feminino. Não adianta torcer o nariz, mesmo que chame seu exército, Dumbledore não fará nada para deixar isso aqui mais luxuoso – Malfoy soltou e jogou-se numa poltrona.

-Vou trazer umas coisas que meus amigos me deram para lhe mostrar – eu disse na direção que seria o dormitório feminino. – Vou te mostrar um amigo secreto, também, mas vê se não conta para ninguém!

Malfoy riu de novo.

-Meus lábios estão lacrados com feitiço! – ele gritou.

Foi a minha vez de rir.

Abri a porta do dormitório e, dali mesmo, procurei minhas coisas esticando meu pescoço.

Vamos dizer que eu estava em um lugar privilegiado. A cabeceira da minha cama estava encostada na maior janela o que me daria uma bela vista a noite.

Sorri.

Peguei o espelho de Logan e os presentes dos meus amigos. Cada presente eu lembrei-me do rosto de cada um. O de Percy foi o que mais ficou na minha mente, ele começou olhando para baixo, depois levantou a cabeça e sorriu para mim. Não pude deixar de sorrir com a lembrança.

Corri de volta para mostrar a Malfoy que ficou sentado no mesmo lugar.

Coloquei o espelho apoiado no sofá, aos pés de Malfoy que me observava. O alvo eu pendurei em um prego sutil que havia na parede. Sentei-me ao lado do Malfoy que me olhava confuso.

-O que você vai fazer? – ele me perguntou.

Eu ri tirando o arco e as flechas e apontando para o alvo.

-Aposta o que? – Perguntei para Malfoy que tinha um sorriso pequeno nos seus lábios.

-Cinco caixinhas de “Feijõezinhos de Todos os Sabores”, pode ser?

Ri.

-Pode – respondi.

-Aposto que acerta – disse Nico encostado na porta do Salão.

Ele sorria.

-Vem, Nico, estamos apostando Feijõezinhos – eu chamei.

-Ah, sim! Aquelas gostosuras com sabor de meleca – Nico entortou a cara fazendo-me rir.

-De pimenta é o melhor – Malfoy disse e eu assenti atirando a flecha no centro do alvo. – Ah!

Sorri presunçosa.

-Já sei que vou me deliciar com feijõezinhos – provoquei olhando para Malfoy que estava com um beicinho.

Nico foi o primeiro a rir, seguido por mim e Malfoy.

-Então... esse foi um dos presente? – Malfoy perguntou recuperando o fôlego.

-Sim – eu disse ofegante. – Tem mais.

Mostrei a Malfoy o frasco com água que Percy me deu e quando eu abri, o cheiro do mar me invadiu por completo. Era bom.

Sorri.

-Meu melhor amigo que deixei pra trás – soltei um pequeno sorriso. – O mais leal de todos os campistas.

Olhei para Nico, ele assentiu.

Peguei a flauta que Grover deu-me e arrisquei uma nota. Foi um desastre. Afinei demais e ficou um som estrangulado.

Tirei a flauta da minha boca e encarei Malfoy e Nico. Caímos na risada.

-Ah, o.k., o.k. – eu disse pegando então o ramo de junipero. – Está murchando!

-Olha, tente não fazê-la morrer e quando a gente crescer e eu souber um feitiço, vou enfeitiçar essa árvore – prometeu Malfoy.

Apenas sorri.

-Bom, agora vamos ao meu melhor amigo – peguei o espelho e mostrei para Malfoy que franziu o cenho confuso.

-Um espelho? – Malfoy perguntou.

Nico riu junto comigo.

-Logan – chamei. Lá apareceu meu garoto com cabelos castanhos e olhos verdes.

Logan estava irritado, seus braços estavam cruzados. Ele recusava a olhar para mim.

-Uau! – Exclamou Malfoy.

Logan espiou o garoto loiro a sua frente e fez uma careta.

-Seu novo amigo? – finalmente Logan me olhou.

Assenti.

-Logan, esse é o Draco Malfoy, meu mais novo amigo – apresentei-os.

Logan olhou com indiferença para Malfoy, como se conversassem pelo olhar.

Até que Logan fez algo que me surpreendeu, se seu rosto já não estava com expressão de muitos amigos ele piorou. Logan ficou sério e encarou Malfoy mortalmente, mas o bruxinho não se intimidou e riu o que deixou Logan mais estressado.

-Então foi tudo bem, princesa? – Logan mudou sua expressão para preocupado.

-Não muito, fantasminha – respondi lembrando-me de todos aqueles que se afastavam. – Eles ficam afastando de mim toda vez que chego perto, acho que errei quando mostrei meus poderes do Mundo Inferior.

-Claro que eles afastam! – Malfoy segurou para não gritar. – Você é filha de Belatrix Black Lestrange! Ela é uma Comensal da Morte!

-Comensal da Morte?  - perguntei sem nada entender. – O que são?

-Eles matam – gelei.

-Qualquer um? – Nico perguntou assustado.

-Não – Malfoy respondeu. – Apenas os que são trouxas ou mestiços.

-E como classificar? – Nico perguntou sentando ao meu lado.

-Os trouxas são aqueles que não eram para ser bruxos, porque eles não têm pais bruxos. – Nico tremeu. – Os mestiços são aqueles que são filhos de trouxas com bruxos puro-sangue – foi minhas vez de estremecer.

-Quer dizer que Hadia corre perigo? – Logan perguntou descruzando os braços.

-Não – Malfoy respondeu breve com um sorriso de canto. – Pessoas assim não vêm para a Sonserina. Ocupam as outras casas, mas não a Sonserina. Só os puros sangues vêm para cá.

Pude ver Logan suspirar aliviado. Ele me pegou o fitando e soltou um sorriso sem graça. O correspondi.

Depois daquela conversa e nos dias que se seguiram eu, Malfoy e Nico viramos amigos inseparáveis. Malfoy me pagou sim os Feijõezinhos, e eu me deliciei sozinha olhando para ele e para Nico no Salão Comunal.

Todos os dias na hora da refeição, nós pegávamos pacotes de feijõezinhos e quem achasse o de pimenta primeiro teria que levantar a mão. Não poderia mentir.

Nós corríamos perto do lago e brincávamos felizes. Fazíamos origamis voadores e depois saíamos atrás para não deixá-los escapar. Isso tudo num final de semana.

Na semana nós estudávamos e tirávamos as melhores notas.

O Professor Snape chegou a elogiar Draco por suas notas e lhe disse que suas novas companhias eram das melhores.

Havia dois únicos problemas. Um: Draco cismava em mexer com aquele trio Grifinório, eu sempre tinha que puxá-lo para que ele retomasse a caminhada pelos corredores (eu não deixava, pois eles me lembravam meus amigos). Dois: Todo esse tempo eu não havia visitado Logan.

Mais para frente, juntei-me a Crabbe e Goyle que haviam afastado-se e os ajudei com a matéria, já que eu tirava as melhores notas. Depois dos dois gorduchos veio Pansy Parkinson que, não foi muito com a minha cara, mas depois viramos amigas. Astoria Greengrass veio em seguida e outro muitos. Não sei porque, mas fiquei famosa em ajudar nas lições. Acho que era o jeito que eu ensinava.

De manhã eu era aluna, de tarde eu era professora, à noite eu era olimpiana (treinava toda a noite) e aos finais de semana eu era uma criança livre freqüentando o mundo da magia junto com meus dois garotos amigo/meio-irmão Draco Malfoy e Nico di Angelo.

Apenas depois de meses eu lembrei-me do Logan. Ele estava tristonho, e cabisbaixo, sua voz era como um sussurro mesmo que quisesse gritar.

-Olá, Logan – eu disse.

-Oi – ele me deu um fraco sorriso.

-As coisas andam muito bem por aqui.

-É, eu sei – ele disse e percebi ao máximo que evitava me fitar.

-Sabe, eles me chamam para eu ensinar tudo, o desempenho do pessoal melhorou de mais. – Sorri.

Logan olhou pra mim e sorriu contagiado por mim. Depois ele desviou o olhar de novo e ficou sério.

Então era isso? Ele não queria olhar para mim para não sorrir?

-Tá chateado comigo, não é? – perguntei.

-Você não fala comigo há meses... - ele soltou um sussurro.

-Andei muito ocupada...

-Mas não ocupada o bastante para passar o final de semana inteirinho se deliciando com feijõezinhos e correndo lá fora, não é?

-Quem te contou?

Logan soltou uma risada nervosa.

-Você iria mentir para mim? Hadia, sou eu! Seu melhor amigo... Por favor, deixe-me voltar a fazer parte de sua vida – ele pediu tristonho.

-Você já faz!

-Não parece. Até seu priminho que você conheceu agora parece ser mais importante do que eu.

-Priminho? Que primo?

-O Malfoy, Hadia, a mãe dele se chama Narcissa Black irmã de sua mãe Blatrix Lestrange.

-Como você sabe disso?! Quem vem visitar-te, Logan?! Você sabe que não pode ser mostrado a ninguém além de mim!

-Não foi o que pareceu quando você apresentou-me a Malfoy.

Segurei minhas lágrimas, não queria chorar, iria parecer que era por Logan, mas não era, era raiva de saber meu parentesco com Malfoy daquele jeito. Era estranhamente estranho.

-Eu te amo – Logan disse calmo e então sumiu.


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Notas finais do capítulo

preciso de uma beta, por favor, pois eu sei que tem muitos erros, mas como eu lembro o que eu escrevi eu não os reparo :(



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