Love, Fame And Lust escrita por Najayra
Notas iniciais do capítulo
Como pensei... Os casais vão sair fora de ordem mesmo, mas nada que precisem se preocupar ^^
Quero agradecer aos reviews e, claro, pedir mais *-*
É sempre bom um incentivo extra na hora de escrever ;)
No dia seguinte, todos estavam reunidos em torno da mesa, tomando café da manhã. Os irmãos não se falavam, não se olhavam e os pais começaram a se entreolhar, preocupados. Karinne terminou de comer, agradeceu, foi até a porta e pegou sua mochila que estava ao lado da porta.
- Espere, minha filha. – disse a mãe – Seu irmão te acompanha até a escola.
- Não precisa... Ele deve ter coisas mais importantes para fazer... – Philipe se levantou, sem falar nem olhar para ninguém. Foi até a porta e a abriu, tirou a mochila pesada dos ombros de Karinne e saiu. Os pais sorriram ainda sentados à mesa.
- Philipe!! Espera! – Karinne corria atrás do irmão.
Durante todo o percurso, ambos ficaram quietos. Philipe carregava a mochila sobre o ombro direito enquanto mantinha a mão esquerda no bolso da calça. Karinne ficou abraçada ao fichário. Já estavam próximos do colégio e ainda nenhuma reação, Karinne tentou engatar um assunto.
- Você disse que iria procurar emprego, não é?
- Já achei um. – foi só o que ele respondeu, sem nem piscar.
- Hum... Que tipo de trabalho? – ele não respondeu. Parou de andar, virou e entregou a mochila para Karinne.
- Chegamos. Boa aula. – ela pegou a mochila com uma expressão melancólica. Ele apenas se virou e foi embora.
Karinne caminhou cabisbaixa até a sala, quando abriu a porta teve uma grande surpresa.
- Ka-rin-neee!!! – todos gritavam seu nome. Ela arregalou os olhos para a multidão que vinha na direção nela. Os meninos estavam com raiva enquanto as meninas estavam encantadas.
- Ei, ei! Quem é aquele gato? Ele tem namorada?? O que vocês estavam fazendo juntos? – este era o questionário delas.
- Por quê, Karinne? Com tantas opções aqui, por quê aquele carinha? O que ele tem que a gente não tem? Diga, Karinne!! – e este...o dos meninos.
Karinne lembrou que seu irmão estudou em um colégio diferente do dela e, por isso, nunca foram juntos para a escola. Ninguém ali o conhecia, mas as meninas estavam fascinadas e os meninos com ódio. Todos viam Karinne e seu irmão como dois deuses gregos da beleza. Eles não conseguiam entender o porquê e morriam de raiva disso.
- É o meu... – ela parou na hora de dizer “irmão”. De certa forma pensou bem no que ia dizer e acabou mudando de ideia – Amigo.
Durante a aula, ficou pensando no que havia dito. Se dissesse que eram apenas amigos, não teria problema se as pessoas os vissem juntos, mas por outro lado... Eles não iriam ficar juntos! O que passou por sua cabeça?! Devia ter dito que eram irmãos, mas... Foi isso durante toda a aula. No horário do almoço, bateu o sinal indicando o término.
- Ei, ei! Karinne, vamos sair? – perguntou Victoria, uma amiga.
- Bi, estou muito cansada. Hoje não.
- Ah, vamos! – insistiu Megan – Sair com as amigas ajuda a espairecer. – ela disse sorrindo.
- Melhor não... Vou atrapalhar vocês com meu humor.
- Vamos logo! – as duas disseram.
- Ahn... Tá... Tudo bem. – as duas amigas a puxaram pelo braço.
Realmente seria bom se ela se divertisse com as amigas ao invés de voltar pra casa e trocar palavras com o teto de seu quarto. Elas pararam em frente a um café, uma porta de madeira com um sininho pendurado e uma enorme placa.
- M&B Café? – perguntou Karinne.
- Maid e Butler Café. – explicou Victoria.
- Vocês me trouxeram para um café cosplay???
- Uhum, algum problema? – disse Megan.
- Eu vou embora. – Karinne se virou, mas logo as amigas pegaram em seus braços e a arrastaram para dentro do estabelecimento.
Ao entrarem, o sino tocou anunciando. “Ridículo”, pensou Karinne.
- Sejam bem vindas ao nosso café. – disse uma maid, com um sorriso maravilhoso – Mesa para três ou esperam mais alguém?
- Não, apenas nós. – Victoria respondeu babando pela maid.
- Ok. Levarei vocês até sua mesa então. – nós a seguimos.
Ela nos conduziu a uma mesa, próxima da janela, nós nos sentamos e Victoria continuou a babar.
- De acordo com as regras do café, um butler deve servi-las. Farei com que sejam atendidas rapidamente, ok? – ela deu uma piscadinha que fez Victoria derreter e saiu.
- Ai ai. – soltou Victoria.
- Você é lésbica? – perguntou Megan.
- Não. Mas posso ser se ela quiser. – respondeu
- Victoria não é atraída por homem ou mulher. Ela é atraída por beleza. Por isso a chamamos de “Bi” fazendo brincadeira com o apelido “Vi”. – Karinne explicou.
Todas riram. Em meio ao ataque de risos, chegou o butler.
- O que desejam, senhoritas? – Karinne arregalou os olhos ao reconhecer a voz e levantou o rosto.
- Philipe??!!!
- Ka-Karinne??!!! – ele se assustou tanto quanto ela.
- Ora, ora. – seu sorriso agora era maldoso – Então aqui é o seu novo trabalho... – ele se encolheu. As meninas tentaram se incluir na conversa.
- Eu vou querer um cappuccino. – disse Megan.
- E eu, um sundae de Morango. – Philipe foi anotando.
- E você? – ele perguntou para Karinne com má vontade.
- E você...? – ela queria o complemento. Ele resmungou baixinho, engoliu seco e fez seu trabalho.
- E você, milady?
- Um suco de laranja, por enquanto.
- Garota azeda... – ele sussurrou para si mesmo.
- Como é??!! – ela ouviu.
- Nada não. Irei providenciar seus pedidos.
Philipe e Karinne ficaram trocando olhares o tempo todo, mas diferentemente dos olhares da Victoria pra cima da maid, eles se metralhavam com os olhos. O encontro das meninas acabou junto com o expediente de Philipe. As meninas iriam passar em uma biblioteca antes, como Karinne recusou a oferta elas foram sozinhas. Karinne esperou Philipe e foram para casa. Desta vez, foi ela quem não abriu a boca.
- Por que fez aquilo? – ele perguntou.
- Aquilo o quê?
- Me forçando a te chamar de “milady”.
- É sua função, não é? Só estava te ajudando a cumprir com o seu trabalho.
- Nossa. Devo agradecer? – ele foi sarcástico.
- Só se quiser...
Philipe aproveitou o muro ao lado deles para pegar Karinne pelos braços e jogá-la contra a parede.
- Você adora me provocar. – ele sussurrava em frente ao seu rosto.
- Não me lembro de ter feito nada demais. – Philipe sorriu de canto e a beijou. Seus lábios dançavam em perfeita harmonia, como se não tivesse ninguém no mundo capaz de atrapalhar aquele momento. Ao cessarem, Karinne sussurrou:
- Você não consegue nem ficar um dia inteiro sem me beijar. – ela sorria maliciosamente.
- Quem não consegue ficar sem mim é você, garota.
- Foi você quem me beijou.
- Mas você não impediu.
- Por que cada um tem que cumprir com a sua parte do acordo. Eu estou cumprindo com a minha. Se eu te impedisse de me beijar, estaria te ajudando a cumprir com a sua.
- Engraçadinha como sempre.
- Que tal me soltar? – ele a soltou e voltou a caminhar. Karinne fez o mesmo, não se preocupando muito em acompanhá-lo.
- Vamos ver por quanto tempo irá agüentar. – ele sussurrou e Karinne fingiu não ouvir, apenas abriu um sorriso de canto.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que tenham gostado, amores ^^