Love, Fame And Lust escrita por Najayra
Philipe adentrou o quarto da irmã, para lhe perguntar sobre um CD, e viu que ela cochilava. Ali, deitada sobre os lençóis verdes da cama, seu corpo encontrara uma posição aleatória e seus cabelos se espalharam. Cabelos compridos, fios cor de chocolate. Seu peito se movimentava sutilmente acompanhando sua respiração calma, Philipe sentou-se na beirada da cama e tocou com a ponta dos dedos os lábios de Karinne. Lábios macios e tão atraentes, aquilo era demais para Philipe, ele não conseguia resistir. Conduziu seus lábios em direção aos dela e fez com que eles se encontrassem, delicadamente. Aquele leve toque foi o suficiente para que Karinne acordasse.
- Philipe. Meu Deus, o que você... – ela se levantava subitamente.
- Shh. – Philipe tocou seus lábios com o dedo indicador, calando-os – Não desperdice este momento.
- Se virem isso...
- Não vai aparecer... Ninguém. – ele lhe deu um selinho.
A garota passou a contornar os traços faciais dele com o singelo toque dos dedos, analisava seu cabelo loiro acastanhado, seus olhos cor de mel, prestava atenção em cada detalhe dele. Ele sorriu gentilmente e ambas as respirações começavam a acelerar. Eles colaram seus corpos e suas bocas, Philipe a puxou pela cintura enquanto ela lhe agarrava os cabelos. Um beijo afoito, cheio de desejo, ansioso. Karinne também queria aquilo, ela girou na cama com o irmão e se colocou sobre ele. Ele sorriu maldosamente e satisfeito, passou as mãos pelas coxas dela e as afastou, colocando-se entre suas pernas. Com o movimento, Karinne pode sentir a “animação” de Philipe. Philipe arrastava suas mãos para dentro da blusa dela, tentando retirá-la quando ouvem o grito de sua mãe.
- Meninos!
Ambos saltaram com o susto e caíram da cama. Karinne sentou-se no chão, ao lado da cama, pegou um livro, endireitou mais ou menos as roupas e fingiu que estava lendo. Philipe subiu às pressas na cama e virou de bruços, afinal tinha de esconder sua nada discreta ereção, pegou um caderno e uma caneta, e fingiu estar escrevendo. A mãe deles apareceu logo depois na porta.
-Meus filhos, o jantar está pronto. Desçam logo.
- Tudo bem, mãe. – os dois responderam.
Bastou a mãe fechar a porta. Karinne deu um suspiro aliviado e se sentiu cair no chão. Na verdade, Philipe descera da cama e a deitou, avançando contra o pescoço dela.
- Philipe! – ele sabia que os sucessivos beijos em seu pescoço a desconcentravam – A gente quase se ferrou dessa vez!
- Mas infelizmente a mamãe chegou. – Karinne não riu da piada de dupla sentido que ele tentou fazer – Relaxa. Daqui a pouco a gente desce.
- Philipe, solte-me. Chega de brincadeira. – ela tentou se livrar dele.
Ela o empurrou um pouco e se arrastou pelo chão, saindo da prisão que os braços dele formavam. Philipe fez bico protestando, então a pegou pela cintura e a puxou para si novamente. Mais uma vez, suas intimidades, sob as roupas, se encontraram.
- Ah! – Karinne gemeu com o movimento brusco do irmão – Phi-li-pe!! – ela estava nervosa.
Ele lambeu seu pescoço desde a clavícula até a orelha, ela se contraiu e enlouqueceu, afinal este era seu ponto fraco.
- Isso... – ela dizia entre gemidos – Está errado...
- Errado por quê? – ele sussurrou em sua orelha e a mordeu – Não somos irmãos de sangue.
- Por favor... Pare... – ouviram o grito de sua mãe novamente e, no susto, livraram-se um do outro.
Karinne se levantou e apoiou as mãos em sua escrivaninha, retomando aos poucos o ritmo normal da respiração. Philipe se levantou e deu um soco na parede, estava muito revoltado.
- Que inferno! Não se pode ter um minuto de paz nessa casa!
Karinne riu baixinho, arrumou a roupa e caminhou em direção ao irmão.
- Por acaso queria fazer tudo em um minuto? – ela tinha um sorrisinho maldoso e passou a mão sobre a calça dele, na região do membro. Ele estremeceu.
- Ah, filha da... – ele tentou pegá-la. Ela saiu correndo em direção à porta.
- Recomponha-se. – ela saiu e fechou a porta antes que ele a alcançasse.
- Maldita. – ele sentou-se sobre a cama e respirou fundo. Esperaria alguns minutos e poderia jantar, depois ele resolveria aquilo no banho. Depois de alguns anos de treinamento, já tinha a capacidade de se acalmar e passar a vontade. Afinal, sempre que estavam prestes a “engatar” alguém aparecia.
Já estava mais calmo então desceu para a sala. Lá, Karinne ajudava a colocar os pratos sobre a mesa. Philipe aproveitou a deixa para se vingar, deu seu sorrisinho atrevido e foi até a irmã. Aproveitou que a mãe estava concentrada no fogão e a puxou pela cintura, logo em seguida mordendo a parte de trás de seu pescoço. A garota reprimiu um grito e como se assustou, iria derrubar os pratos, porém Philipe sabia que isso iria acontecer e estava preparado, colocou uma mão sob os pratos aparando-os e impedindo sua queda.
- Maldito! – ela sussurrou para ele. Ele deu uma gargalhada, satisfeito.
Todos já estavam sentados à mesa quando os pais deles deram início ao assunto.
- Philipe e Karinne. – os dois levantaram os olhares – Vocês dois são irmãos, mas não compartilham do mesmo sangue. Sua mãe e eu conversamos e achamos que não há problema.
- Não há problema em quê? – perguntou Karinne bebendo de seu suco enquanto Philipe beliscava a comida de seu prato.
- Não vemos problema em vocês namorarem. – Karinne quase botou pra fora todo o suco que tinha bebido e Philipe quase morreu engasgado com o pedaço de frango.
- Calma ai, meu velho. – falou o rapaz se recompondo – Quem disse que nós temos esse tipo de relacionamento?!
- O que vocês dois estavam fazendo lá em cima quando chamei por vocês? – perguntou a mãe. Karinne sentiu o suco provocar novamente sua garganta e a tosse se intensificou – Como falamos, NÓS não vemos problemas. Mas a vizinhança, seus colegas de escolas... Todos irão estranhar, afinal conhecem vocês como irmãos.
- Não existe nada desse tipo entre nós. Não se preocupem. – finalmente Karinne se manifestou.
Todos voltaram a comer, os dois jovens um pouco mais angustiados que antes. Ao término, o pai foi para a sala assistir TV enquanto a mãe lavava louça na cozinha. Karinne se levantou e subiu as escadas indo em direção ao seu quarto. Philipe a seguiu e, ao acabarem os degraus, ele a virou jogando-a contra a parede.
- Ai, Philipe! – ela tentou empurrá-lo com as mãos, não conseguiu. Philipe a prendeu entre a parede e o corpo dele, tirando uma das mãos de seu peito e apertando o pulso.
- Nossa chance de “sair do armário” e você rejeita na maior? – ele começou a beijar delicadamente o pescoço dela.
- Ah não... Por favor... Pare com isso...
- Então me diz. – agora ele estava sério, encarando seus olhos – Por que rejeita tanto a ideia de ficarmos juntos?
- Por que todo mundo vê a gente como irmão e...
- O problema não é “todo mundo”. – ele a interrompeu – O problema é com você, não é? – Ela se encolheu e deu um suspiro.
- Philipe. EU vejo a gente como dois irmãos.
- Mentira. Nenhuma irmã fica excitada quando o irmão a joga contra a parede.
- Como você... – ele mostrou os seios dela. Como não estava usando sutiã (e estava excitada) os mamilos duros marcavam a regata lilás. Ela corou e desviou o olhar.
- Não se preocupe... Não vou mais correr atrás de você. – ele a soltou e ela o encarava, desacreditada – Nunca mais.
- Não! – ela o segurou pelo braço.
- Solta o meu braço!
- Não quero que se afaste de mim!
- Então me deixe ficar o mais próximo possível.
- Não é assim!! – ele deu uma arrancada com o braço e foi para o quarto. Ignorou sua irmã, que saiu chorando em direção ao quarto dela. Ela entrou, bateu a porta e se jogou na cama afundando o rosto no travesseiro. Ele entrou no quarto, quase quebrou a porta ao bater, se jogou na cama e apoiou o braço direito sobre a testa.
Na sala a mãe ouvia os bateres de porta e o choro de Karinne. Ela deu um suspiro e se sentou ao lado do marido.
- E você acredita que não há nada entre eles? – o marido riu.
- Essa história ainda vai render, querida.
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