Ficamos lá mais um tempo conversando com ela até que decidimos ir embora, afinal ficamos muito tempo lá, saí daquele quarto um tanto receosa, sabia muito bem da conversa que teria agora. O Justin definitivamente vai querer algumas respostas.

Segui pelos corredores em direção à saída, sentia o Justin andando atrás de mim e o olhar dele queimando as minhas costas, não ousei olhar pra trás nem um instante se quer, sabia o que me esperava se olhasse, um Justin com um olhar severo sendo lançado de maneira uniforme e ininterrupta em minha direção.

Quando cheguei na recepção dei um tchauzinho pra recepcionista que ainda estava trabalhando lá e segui em direção ao carro, parei em frente à porta do carona esperando ele destravar a porta, o que não tardou a ser feito. Logo estávamos nós dois sentados em um carro em movimento em direção à nossas casas, momentaneamente estávamos ambos quietos, um silêncio quer até chagava a ser constrangedor, mas definitivamente não era eu quem iria quebrá-lo.

- Então... - Pois é, acho que ele já ficou de saco cheio desse silêncio também. - Quando você pretendia me contar que sabia tocar vilão?

- Bem... originalmente eu não pretendia contar, nem pra você nem pra ninguém, mas eu contaria se você tivesse perguntado.

- Então que tal uma promessa? De ambos os lados, eu conto tudo pra você e você conta tudo pra mim. Que tal? Sem segredos, só um casal que se ama e confia um no outro.

- Tudo bem.... Você começa. - Pronto, já passei a bola, a ideia foi dele, ele que comece.

- Então ta. - Ele estava temeroso, acho que ele queria que eu contasse tudo e portanto ele desistiria e não me contaria nada, acorda, vai precisar de novas tecnicas, eu praticamente criei isso. - Sabe o Scooter?

- Claro........ que não! Você sabe muito bem que mal conheço seus amigos.

- Não é meu amigo.......... não extamente....... é meu empresário.

- Você sabe muito bem que eu boio mas na sua carreira do que no seu círculo de amizades. - Disse com uma voz que já aparentava cansaço, de tanto que ele ficava enrolando.

- Então, ele ta querendo que eu e a Selena...... sabe, a Selena Gomez....... Ele, tipo que quer que a gente namore sabe, ele diz que...

- COMO? E O QUE VOCÊ PRETENDE FAZER? - Não deixei nem ele terminar de falar, assim que eu consegui entender o que ele pretenda dizer eu explodi.

- Ele diz que acha que isso vai alavancar as nossas carreiras mas tipo, você sabe não sabe!?

- Não - Fui curta e grossa, já conseguindo manter minha voz estável.

- Amy, eu não quero. Eu te amo. Você é a unica que eu desejo ao máximo estar sempre perto, aquela que povoa os meus pensamentos a cada instante, aquela por quem eu levaria um tiro, por quem eu morreria. Só que se ele diz que isso vai melhorar minha carreira, eu pensei que...

- Qual foi sua resposta? - Perguntei já impaciente.

- Eu não respondi, disse pra ele que prevcisava pensar, e então estou aqui te dizendo isso. Eu posso até fazer isso, mas eu definitivamente não seria capaz de fazer sem você, sem seu apoio e sem seu amparo. Sem seu sorriso pra iluminar meu caminho a cada esquina escura, pra me fazer ter força pra levantar e continuar a cada vez que eu tropeçar. Podemos ser completamente diferentes, mas isso só prova como eu preciso de você. Eu preciso de você como o fogo precisa do ar, por favor, não... - Quando olhei pela janela notei que já estávamos em frente a minha casa, e consequentemente praticamente em frente à dele também, olhei pra ele e pude ver os olhos molhados, mas ele não deixava nenhuma lágrima escorrer, ele estava tentando ser forte, não só por ele, mas por nós dois, ele sabe que se ele chorasse eu não ia conseguir ficar sem chorar também, então pus meu indicador em frente aos lábios dele com a intenção de calá-lo, o que teve sua função rapidamente atingida.

- Desculpa Jus, mas assim não da pra ficar. - Aproveitando que já estava sem o cinto de segurança em um movimento rápido abria pota e pulei pra fora do carro mais rápido do que eu julguei possivel pra mim o fazer. E enquanto eu corria em direção à minha porta pude ouvir o Justin "gritando" ainda no carro:

- Por favor Amy, não me deixa numa hora dessas, eu preciso de você. - Quando alcancei a porta e me virei para fechá-la pude vê-lo, ele já tinha desistido de manter as lágrimas, e eu também. Tudo que eu pude fazer foi sussurar umAdeus Justin. enquanto acenava e fechava a porta.

Depois que fechei e tranquei a porta, disparei em direção a escada e segui correndo ao meu quarto, onde eu só me dei o trabalho de tirar as botas antes de me jogar na cama e me desmanchar em lágrimas até que a inconsciencia me domasse e me levasse para o mundo dos sonhos, onde eu esperava não sofere tanto quanto eu sofria por aqui.