Encontros e Desencontros escrita por Miokyo


Capítulo 1
Primeiro Emprego!




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Já faz alguns dias que eu fiz meu décimo oitavo aniversário, acabei de cursar o Ensino Médio nesse ano, e nesse momento vou para a minha primeira busca de emprego.

Estou quase correndo, por causa do atraso do ônibus, e para o meu azar, um vento forte fez com que o meu currículo voasse!

- Ah! Volte aqui!

E eu fiquei que nem desvairada correndo atrás do meu currículo, e eu vi que ele estava quase caindo em uma poça de água, quando eu me deparo com um homem, de aparentemente minha idade, o pegar, e eu disse:

- Muito obrigada, e desculpe pelo transtorno.

- Nada, mas acho melhor você ir rápido, ou perderá o próximo ônibus.

- Ônibus?

...

- Ah! É mesmo! Estou atrasada! – falei aterrorizada – Muito obrigada, e tchau!

E sai correndo de novo, mas eu me pergunto, como é que ele sabia, bom mais isso agora não importa, estou atrasada.

E então avistei o ponto de ônibus, e vi que ônibus estava fechando as portas, e então eu gritei desesperadamente:

- Pare, por favor!

Mas nada disso adiantou, o ônibus partiu sem mim, agora não tem mais jeito de eu chegar a tempo para a entrevista... E então me sentei no banco de espera para esperar o ônibus para eu voltar para o meu apartamento, já na minha primeira entrevista eu me dou mal, algumas pessoas dizem que na passagem do Ano Novo, tudo o que acontecer para a pessoa, acontecerá todo o resto do ano... Já é quase Ano Novo, e eu já falhei na minha primeira entrevista. Procurei o dinheiro do ônibus, e para a minha surpresa, não havia dinheiro algum lá! Isso só pode ser brincadeira, primeiro perdi o ônibus e não poderei mais ir para a entrevista, e agora não tenho dinheiro para voltar para casa! Bom, agora só me resta voltar a pé para casa, andei pelas ruas em que eu havia corrido minutos atrás, passei pelo carrinho de cachorro-quente no qual eu havia quase “atropelado”, e o vendedor está me olhando como uma louca varrida, continuei caminhando para o meu apartamento, que eu nem sei como eu consigo pagar, ah! Não sou eu que paga, é minha família, agora eu sei como eu pago... Bom não pode ficar pior que isso... Comecei a sentir um vento gelado, fazendo meu corpo ficar com frio e meu rosto vermelho, e então fitei o céu, ele estava preto, indicando que iria dar tempestade, oba! Que legal, e agora vai dar um pé d’água, só isso que faltava! E para minha “felicidade” começou a chover forte, e então tive que sair correndo de novo! Corri e corri, atravessei a rua, quase fui atropelada pelo carro, e continuei a correr mesmo meu pé não agüentando mais ficar no meu sapato de salto. Eu estava perto de chegar no meu apartamento, e então um carro passa por uma poça de água com lama que cai sobre mim, e então eu disse:

- Que beleza!

E finalmente cheguei ao apartamento, subi as escadarias, e peguei a chave do meu apartamento e abri, joguei meu currículo na mesa, tirei e larguei meus sapatos em qualquer canto e fui tomar banho, me despi, e entrei na água, e fui ver, a água estava gelada, fui tentar ligar a luz do banheiro e não ligava, ou seja, acabou a energia. Fui olhar pela pequena vidraça do banheiro, e percebi que a rua inteira estava sem energia, bom, hoje certamente não é o meu dia, quer saber? Vou tomar banho gelado mesmo!

E tomei o banho gelado, fiquei tremendo que nem vara verde, e peguei uma toalha, me seguei, coloquei meu pijama, e minhas pantufas, e fui para a cozinha, procurei alguma coisa para comer, não dava para usar energia, pois não tinha, e então vi um saco de pão, e abri a geladeira à procura de mortadela, e achei, e então peguei uma faca, cortei o pão, coloquei a mortadela, e comi assim mesmo.

Folheei o jornal, à procura de empregos...

- Empregado doméstica?

- Não, não gosto nem de lavar a minha louça, imagine a dos outros.

- Zeladora de apartamentos?

- Não, não cuido nem da minha casa, imagine cuidar a dos outros.

- Secretária de Escola?

- Hm... Não me parece tão mal assim, é, vou mandar meu currículo para esse.

30 de Dezembro de 1972 – Nova York – Estados Unidos

- Aaahhhhh!!! Que bela manhã! Não sei por que, mas acho que hoje vai ser um dia bom!

Sai da cama, de forma sorridente, e fui para o banheiro, fiz minha limpeza matinal, fiz um café da manhã reforçado, me troquei, peguei meu currículo, peguei minha bolsa, e por fim, antes de sair de casa, peguei uma bala de menta, para emergências, e sai pronta à procura de emprego.

Hoje o clima está fresco, que bom! Pelo menos parece que não terei que sair correndo para casa por causa da chuva.

E então eu estava indo para aquela tal escola. Não era tão longe assim, na verdade era bem perto de casa, então não precisava ir de ônibus ou coisa parecida. Cheguei! Poxa, não pensava que era uma escola tão bonita assim, e outra coisa que deixei passar despercebido, era uma escola particular, por isso que era bem tratada. Bom, agora não posso amarelar. E então estufei o peito, ajeitei a coluna, arrumei o cabelo, peguei minha bala de menta, abri um sorriso, e entrei. Deixei com uma moça lá meu currículo, posso dizer que eu devo ter ido bem, e o pessoal de lá é simpático, e a moça de cabelos loiros disse:

- A resposta sairá hoje a tarde, senhorita Hinata.

- Muito obrigada.

E sai de lá ainda sorrindo. E pensei porque eu deveria voltar para casa agora? Não tem nada para fazer, e também o resultado, se eu irei ser aceita no emprego ou não sairia daqui a poucas horas... Bom, vou tomar um café. E então fui para a lanchonete da esquina. Pedi um café e um pão de queijo. Tomei meu café com calma, olhando o movimento da rua, o tempo passou, e percebi que já tinha tomado três copos de café, mas tudo bem, eu tenho dinheiro o suficiente para o café, paguei os três copos de café, e o pão de queijo, e sai de lá. Já estava quase na hora, e então eu iria esperar por lá mesmo.

Sentei em um dos bancos e fiquei esperando. E vi um menino de cabelo preto, de aproximadamente 6 anos de idade, chorando, e ele sentou ao meu lado, e eu perguntei o que havia acontecido, ele disse que tinha caído e ralado o joelho. E eu falei que estava tudo bem, que a mãe dele não iria ficar brava, mas para meu arrependimento, ele disse que não tinha mãe, fazendo-me sentir muito mal por ter falado, mas ele completou falando que achava que o pai dele fiaria bravo. Dessa vez não falei nada. Mas só disse que iria ficar tudo bem, e então ouvi a porta abrir, e o homem de ontem entrou, e disse indo em direção ao menino:

- Alex! O que aconteceu meu filho? Você está bem, deixou o papai tão preocupado.

E então nesse momento o filho começou a chorar e correu para os braços do pai. Senti-me tão completa ao ver a cena, foi tão bonito. E então ouvi a moça de cabelos loiro chamar-me:

- Senhorita Hinata.

E então levantei e fui até ela. E ela disse:

- Você foi aceita...

E então fiquei tão feliz que só lembro-me de ter ouvido mais um “Você começará amanhã” e que as roupas sei lá o que, mas só sei que depois de alguma forma eu arranjo.

E sai pulando de alegria. Voltei pelas mesmas ruas onde havia passado. E cheguei até cedo em casa. E entrei pulando degrau por degrau. Entrei, tirei minhas sandálias, e pulei no sofá, mas sem perceber acabei dormindo.

31 de Dezembro de 1972 – New York – Estados Unidos

Hoje é o dia! Meu primeiro emprego! Fiz meu desejum, fiz minha higiene matinal, vesti a roupa do meu emprego, era bonita, uma blusa formal branca, uma saia formal preta, uma fita vermelha, e um sapato preto. E eu amarrei meu cabelo em um coque perfeito, para dar um ar de madura.

E fui para lá.  Cheguei bem cedo até. E então os alunos chegavam, e eu dizia-lhes bom dia com uma sorriso no rosto, alguns respondiam, outros não, acho que até uns por vergonha, e então vi o moço de antes, com seu filho Alex, falei bom dia, mas de uma forma estranha, como se fosse direto do coração, não sei, é estranho, mas um dia eu acho que irei descobrir o que é.

E então o moço respondeu meu bom dia, sinceramente fiquei muito feliz mesmo. E então eu disse:

- Até.

E ele respondeu-me com um até, e deu um sorriso de canto e saiu. E Alex ficou no lado só observando, chegou perto de mim e falo em meu ouvido:

- Acho que papai gosta de você.

Gelei, mas gelei de felicidade, aii!!! Mas para não perder a postura falei:

- Acho que sua aula já começou.

E então ele foi lembrar-se do horário, e saiu correndo.

E enquanto via-o ir para sua sala, e pensei sorrindo comigo mesma:

- Quando a aula acaba mesmo?


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Notas finais do capítulo

Ainda não acaba por aqui!



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