No capitulo anterior...

“- Alice... Explique-me gora do que você esta falando! – Exigi, vendo que ela abria a boca mais nenhum som saia, ela não sabia o que falar.

Olhei-a nos olhos mostrando que saberia se ela mentisse para mim. E isso a deixou ainda mais nervosa.

Era um fato! Alice sabia o que Bella estava me escondendo, e agora eu iria exigir que ela me falasse o que era.”

Capitulo 19 – Investigação

Edward PDV

 - Edward... Eu estava falando de Elisabeth... – Ela olhou para o chão. Mentira. Alice sempre gostou muito de minha primeira esposa, nunca falaria algo assim em relação a ela.

 - A verdade, Alice. Você sabe que não consegue mentir para mim.  – Ela voltou a olhar em meus olhos, suspirando fortemente.

 - Desculpe Edward, mas não vou falar nada sobre isso. Ainda não é o momento.  – Girou seu corpo, voltando a obervar os trabalhadores da fabrica.

 - Como não vai falar, Alice?! Ela é minha mulher! – Eu já estava nervoso, porque eu sempre tinha que ser o ultimo a saber das coisas? E ainda mais isso, Bella poderia estar correndo risco de vida e ninguém queria me falar do que se tratava esse segredo dela. Não existia nada mais frustrante.

Alice continuou calada, assim que eu iria insistir que me contasse minha mulher voltou com meu pai. Eu fiquei em silencio, transferindo meu olhar de Alice para Bella, que parecia estar muito feliz depois de conhecer as instalações da empresa.

 - Tudo bem por aqui? – Ela perguntou, olhando para Alice.

 - Sim. – Sorri de leve indo em sua direção. Passei meu braço por sua cintura, voltamos a andar. – O que achou?

 - Incrível.  – Ela sorriu brilhante olhando-me nos olhos.  – Parece inacreditável que aquelas louças delicadas e frágeis são feitas naquelas maquinas imensas.

 - Sim, é lá que a mágica acontece.  – Falei pensativo, senti seus braços rodeando minha cintura em um abraço forte. Era tão reconfortante.  Virei-me para encara-la.

 - Nós vamos conseguir. Você vai ver... – Tocou a ponta de seu dedo em meu nariz. Sim, iríamos, se ela continuasse ao meu lado como estava agora. Eu sentia que poderia fazer qualquer coisa. Assenti e ela voltou a sorrir.

Voltamos à cobertura, entrando em meu escritório. Alice seguiu com meu pai para a sala dele, ela estava me evitando, eu sabia.

Sentei na grande cadeira de couro atrás de minha mesa e puxei Bella para que sentasse em meu colo. Passei meus braços possessivamente por sua cintura e sorri quando vi que suas bochechas estavam tingidas de vermelho. Ri, passando as pontas de meus dedos por aquela área, eu não cansava de admirar aquele novo reflexo que a deixava tão encantadora. Ela era maravilhosa, como uma boneca de porcelana que andava e sorria enquanto abraçava você. Perfeita.

Olhei profundamente em seus olhos. A luz da manhã entreva forte pela grande parede de vidro atrás de minha mesa, iluminando todo o escritório. Girei um pouco minha cadeira, fazendo com que o sol pegasse diretamente em nossos rostos. Eu não piscava, seus olhos estavam tão próximos aos meus que era possível enxergar cada mínimo detalhe, suspirei. Os olhos dela estavam mais claros, eu tinha certeza. Não era a claridade, estava bem ali na minha frente, eu conseguia ver através deles, estavam suaves e... Inocentes?! Senti um frio diferente a baixo do estomago e um pensamento inesperado passou por minha cabeça.

Poderia ser possível? Inclinei minha cabeça para o lado, olhando seu rosto detalhadamente, tentando encontrar qualquer outra mínima diferença. Podia visualizar mínimas sardas – quase imperceptíveis – em seu nariz, passei meu dedo por lá, comprovando que as manchinhas estavam mesmo lá. Era tão... Adorável. Continuei contornando seus traços, a linha do nariz era a mesma, seus lábios também pareciam normais a nãor ser pela leve impressão de estarem mais suaves.

Senti que ela ficou nervosa. Voltei a olhar em seus olhos. Mas isso não era possível era?!

 - Algum problema, Edward? – Sua voz estava embargada, vi o exato momento em que ela engoliu em seco.

 - Não amor, nenhum. Só admirando sua beleza.  – Suas bochechas voltaram a corar, depositei um leve beijo em cada lado, fazendo com que o tom rosado se intensificasse ainda mais. Escorreguei meus lábios para os dela, dando um selinho demorado, antes de aprofundar o beijo. Demorou alguns segundos para que ela correspondesse – o que não passou despercebido por mim – mas logo nossas línguas se movimentavam na mesma dança.

Seu gosto estava tão adocicado, era tão saboroso. Eu não conseguia me controlar, meus braços já despejavam mais força em meu abraço, passei minhas mãos por sua costa e senti quando ela estremeceu. Assim que o ar foi necessário, nos separamos.

Ela respirava com dificuldade, assim como eu. Seus lábios entre abertos enquanto buscava ar, quando vi que já conseguíamos respirar normalmente, voltei a atacar sua boca. Ela era irresistível para mim. Fui correspondido, mas depois de algum tempo senti suas mãos me afastando carinhosamente, ela levantou do meu colo e meu corpo sentiu falta do dela imediatamente. Ela respirou fundo, desamassando sua roupa.

 - Temos trabalho a fazer, não é? – Falou nervosa. Suspirei concordando com ela. É Edward você tem que se controlar homem! Puxei uma cadeira para o meu lado fazendo com que ela se sentasse. Peguei alguns papeis e tentei explicar o mais simples possível todos os gráficos e informações que ela precisaria saber. Fiquei surpreso ao ver que ela havia entendido tudo direitinho, pediu que eu me aprofundasse mais e foi o que fiz.  Fiquei repassando os dados à ela ate às treze horas, que foi quando nos levantamos para almoçar. Iríamos a um restaurante que ficava a uma quadra da empresa. Bella havia saído para chamar Alice e meu pai para nos acompanhar na refeição.

Fiquei em pé ao lado da minha mesa, pensando. Lembrando dos pequenos detalhes que eu havia encontrado, da diferença no modo como ela falava e agia. O mesmo pensamento absurdo passou por minha mente mais uma vez, talvez eu estivesse imaginando coisas demais. Mas como Alice sempre dizia: nada era impossível nessa vida.

Tomei minha decisão. Meu sexto sentido dizia que eu deveria seguir por esse caminho, e não faria mão a ninguém. Peguei rapidamente meu telefone discando o numero de Jasper, namorado de Alice. Ele era um excelente advogado e com certeza poderia me ajudar a encontrar quem eu precisava.

 - Jasper. – Falei assim que ele atendeu.

 - Edward, tudo bem?

 - Tudo sim, Jasper. Preciso de um favor seu, é urgente.  – Olhei para a porta vendo se ninguém vinha.

 - Claro, pode falar cara.

 - Preciso do melhor investigador que você conheça.

 - Investigador? Hunn... Bom, conheço o melhor do estado, Jean Jack. Com certeza ela poderá ajudar você.

 - Ah valeu, cara.

 - Você esta com algum problema, Edward?

 - Não sei, é isso o que eu preciso descobrir. Me passa o contato, Jasper. – Ele passou, anotei rapidamente em um pedaço de papel rasgando logo em seguida.

- Ah Jasper?

 - Sim?

 - Não conte que eu pedi isso a ninguém, pode ser? Nem mesmo a Alice...

 - Claro, pode deixar.  – Jasper era um cara honesto e integro, eu sabia que podia confiar na palavra dele.

 - Ok, muito obrigado.   – Desliguei o telefone e encarei o numero, decidi que não poderia esperar mais, disquei o numero do investigador, que atendeu ao terceiro toque.

 - Jean Jack.

 - Senhor Jack, aqui é Edward Cullen, preciso dos seus serviços.

 - Oh claro, senhor Cullen, em que posso ajuda-lo.

- Preciso que você investigue minha mulher, Anabella Annie Cullen. Preciso saber de tudo, o que ela fez durante sua ultima viagem, o que fez depois que voltou e o que vai fazer esses próximos dias.  – Senti-me estranho ao falar aquilo, parecia errado, mas eu não via outra alternativa no momento.

 - Sim, já estou anotando tudo senhor.  – Passei mais alguns dados sobre Bella e desliguei. Ele me garantiu que entraria em contato assim que conseguisse alguma informação. Suspirei, guardando o pequeno papel em meu bolso e segui para o corredor, Bella sai da sala de meu pai, Alice a enlaçava pelo braço e meu pai vinha logo atrás.

Melhor é esquecer esse assunto enquanto o investigador não entrasse em contato, seguimos para o restaurante andando, já que ficava perto demais para ir de carro, entrelacei meus dedos com os de Bella, que pareceu não se importar, chegamos e pedimos pratos simples. Aproveitamos o horário de almoço para conversar sobre amenidades, Bella falava animada como Antony estava se adaptando bem a nova escola. Eu só a olhava, o que uma mulher tão maravilhosa como ela poderia estar me escondendo?

Voltamos para a empresa e eu continuei a explicar para Bella como tudo funcionava, Alice decidiu sair mais cedo e conseguiu convencer Bella a ir junto com ela, eram cinco horas e dali à uma hora e meia eu também iria para a casa. Estava assinando o pagamento dos funcionários preocupado, se não nos levantássemos rápido não teríamos como pagar todos eles. Foi quando meu celular vibrou encima da mesa, atendi sem ver quem era.

 - Alô?

 - Senhor Cullen, é o Jean, já tenho algumas informações para lhe repassar.  – Ele era realmente muito eficiente. Deixei de lado o que estava fazendo, levantando e me aproximando da grande parede de vidro e me concentrei para ouvir atentamente o que ele tinha a dizer.

 - Diga, Jean.

Continua...