A Aposta escrita por Noblesse


Capítulo 25
Capítulo 25 - Cabana


Notas iniciais do capítulo

cap reescrito -eee



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─ E então? ─ Gerard abriu os braços, mostrando o campo e a cabana. ─ O que achou?

─ É um bom lugar para se fugir da civilização. ─ Sorri. ─ É bem calmo e agradável. Deve ser legal acampar aqui. E meditar também.

Ele sorriu e se deitou na colcha estendida.

─ É um ótimo lugar. Melhor até do que o meu quarto.

─ Uau, então deve ser bom mesmo.

Rimos. Deitei-me ao lado dele, aproveitando a luz do sol. Uma brisa leve começou a acariciar meu rosto, enquanto o calor do sol me dava sonolência. Foi numa dessas que eu apaguei.

Eu não sonhei ─ pelo contrário. Minha mente estava alerta aos movimentos perto de mim – o braço de Gerard ao meu redor, o indicador dele passeando nos meus lábios, as canções quase inaudíveis, o calor no meu rosto, o frio da brisa na minha pele –, mas meu corpo estava completamente relaxado. Tanto que eu mal conseguia me mexer. Era como se meu corpo tivesse “vontade própria” e desobedecesse minha mente.

Devo ter ficado ali por algumas horas.

─ Dormiu, hein? ─ Gerard riu quando eu abri os olhos e me espreguicei.

─ Apaguei. ─ Ri. ─ Perdi alguma coisa?

─ Não muita coisa.. só um stripper que passou por aqui e fez um show pra mim.

─ Que pena.. ele podia te dar algumas aulinhas. ─ Rimos.

─ Vou me lembrar disso na próxima vez. ─ Ele piscou e sorriu.

 

Começamos a brincar no sol como duas crianças. Pique-pega, pique-esconde, até apostamos corrida. Nem vimos a manhã passar, a tarde correr e o anoitecer chegar com nuvens, ventos frios e alguns arrepios.

─ Já anoiteceu? Nossa... ─ Murmurei. Gerard me abraçou por trás e beijou meu ombro.

─ Vai chover. Quer ir pra casa?

─ Não vai dar tempo, Gee. Não gosto de pegar estrada com chuva. ─ Estremeci.

─ Por quê?

─ Minha mãe estava na estrada e estava chovendo quando o carro da contra-mão perdeu o controle... ─ Minha voz falhou.

─ Desculpe.

─ Não, tudo bem. Já faz muito tempo. Está na hora de esquecer...

─ Das coisas ruins. Nunca está na hora de se esquecer de nossa família. ─ Ele interrompeu meus pensamentos com um beijo. ─ Vamos entrar então. Na cabana tem um telefone, por incrível que pareça.

Rimos.

Acabamos tendo que entrar, porque a chuva chegou inesperadamente, nos encharcando em questão de segundos.

─ OMG, você está toda molhada! Vou buscar uma toalha. ─ Gerard disse e correu pros fundos para pegar uma toalha.

─ Vou ligar pro Bob!

─ Fique à vontade!

Disquei o número de casa, e quem atendeu foi a Mel.

─ Alô?

─ Mel? É a Sarah.

─ Onde você está? Já anoiteceu, sabia? E que barulho é esse?

─ Eu e Gerard estamos numa cabana. Nós estávamos curtindo a tarde, lembra? Mas começou a chover e, bem, não estão caindo gotas.

─ Está chovendo pedra?!

─ Não. Baldes de água, Mel. Está caindo muita água. Eu estou morrendo de medo de pegar a estrada com toda essa água.

─ Então fique aí. Vou avisar pro Bob que você vai dormir aí. Aliás... onde é esse “aí”?

─ Estamos fora da cidade. Nem eu sei direito, Mel, mas prometo voltar pra casa assim que parar de chover!

─ Okay. Beijos e aproveite a noite. ─ Ela riu maliciosamente.

─ Tosca.

─ Mas é sério. Aproveite se acontecer alguma coisa.

Comecei a rir de nervoso.

─ Não vai acontecer. Beijos, boa noite e avise pro Bob!

─ Sim senhora! Tchau.

─ Tchau.

Desliguei o telefone e Gerard me envolveu numa toalha quente e seca.

─ Obrigada.

─ Se você continuar com essas roupas vai se resfriar. Venha, vou pegar umas roupas minhas pra você.

─ Vão ficar ridículas. ─ Murmurei.

─ Entre moda e saúde o que você prefere? ─ Ele me encarou e depois sorriu. ─ Além do mais, qualquer coisa fica sexy em você.

Rimos.

Gerard me levou pro quarto, onde abriu uma das gavetas da cômoda e começou a procurar por algumas roupas.

─ Eu tenho certeza de que tenho umas peças pequenas aqui. Ah, sim, é meio constrangedor, mas... Você vai ter que trocar de calcinha.

Fiquei como uma pedra. Ele corou um pouco.

─ Tenho umas cuecas novinhas aqui. Sabe, daqueles parentes chatos e distantes que acham que você é mais novo e te dão roupas pequenas. A maioria vem pra cá. Alguma deve dar em você.

Seria ridículo. Eu de cueca. Que ótimo.

─ OMG... isso é uma coisa que eu nunca imaginaria ter que fazer... ─ Minha voz revelou todo o constrangimento e desespero que eu sentia.

─ Não vou repetir a parte do “qualquer coisa fica sexy em você”. ─ Gerard pôs as mãos na cintura e rolou os olhos. ─ Agora toma, achei uma blusa que não deve ficar muito enorme em você. E, bem, esse short não vai ficar grande em você nem ferrando.

Ele me mostrou o short; era pequeno. E era de menina.

─ De... quem... é... esse... short? ─ Perguntei tentando esconder o ciúme.

─ Calma, meu amor. O Mikey ganhou quando era mais novo, sabe... Foi uma brincadeira nossa no aniversário dele. Acabou que demos aquela maldita torradeira que passa o dia no quarto dele. ─ Ele sacudiu a cabeça, sorrindo.

─ Eu tenho medo daquela torradeira. ─ Brinquei.

─ Você já está com a toalha, agora vá tomar um banho quente.

─ Mas e você?

─ Assim que você terminar eu corro pro banheiro. Agora vai logo.

Tomei meu banho e pus as roupas de Gerard. A blusa parecia um vestido ─ era larga até mesmo para o corpo recém malhado dele ─ e o short ficou justo. Eu já estava aquecida, seca e longe de um resfriado. Fui para a sala, onde Gerard estava de pé olhando para a janela enquanto se abraçava.

─ Gee, toma um banho. ─ Beijei seu ombro. Ele estava gelado. ─ Meu Deus, Gerard! Você está bem?

─ Estou ─ ele virou-se para mim.

─ Sua pele está fria...

─ Um pouco. ─ Ele deu de ombros e me abraçou. Ele estava inteiramente gelado!

─ Gerard! Meu Deus! Anda, vem pro banho! Você parece um picolé gigante!

Arrastei Gerard para o banheiro e o joguei debaixo da água quente. Ele tremeu violentamente, mas depois relaxou e recuperou a cor rosada nos lábios. Fui buscar as roupas secas enquanto ele se aquecia, depois o deixei no banheiro e fui pra sala.

Tinha um sofá antigo num tom caramelo e um tapete felpudo, além de uma estante com alguns livros. Sem televisão no esconderijo do pintor. A chuva ainda caía em baldes ─ como se chovesse tudo o que não choveu durante o verão e o início do outono.

Gerard apareceu de bermuda, secando o cabelo. Seus lábios estavam vermelhos em seu sorriso calmo.

─ Com fome?

─ Só depois de você colocar uma blusa.

─ Eu sou tão gostoso assim? ─ Ele pôs uma mão na cintura e sorriu abertamente.

─ Vai ficar resfriado. ─ Ri.

Ele colocou uma camiseta e me levou pra cozinha.

─ Já tem um tempo que eu não trago alguma coisa pra cá, então o jantar vai ser uma sopa, okay?

─ Sem problemas.

─ É uma pena que esteja chovendo. Eu queria te mostrar os vaga-lumes no campo. ─ Gerard disse enquanto pegava água e acendia o fogão.

─ Tudo bem. Da próxima vez nós vamos ver. ─ Sentei-me numa cadeira. Ele abriu um largo sorriso ao ouvir “da próxima vez”.

─ Quando começar a esfriar vou te levar no lago aqui perto. As folhas das árvores caem e deixam o chão colorido. Fica lindo.

─ Deve ser mesmo.

Começamos a conversar sobre lugares bonitos e nossos próximos passeios. Gerard serviu a sopa em dois pratos e arranjou um tempero delicioso.

─ Essa casa é da sua mãe?

─ Não. Era do meu avô. Minha avó Helena disse que eu poderia vir aqui sempre que quisesse. Ela me deu em Abril, quando eu fiz 18 anos. Além de nós dois, só ela sabe desse lugar.

─ E o seu avô?

─ Morreu. ─ Ele disse simplesmente.

─ Perdão.

─ Está tudo bem. Sabe, eu não me importo muito. Todos morrem um dia. ─ Ele encarava a sopa e sorriu. ─ É a única certeza que temos.

Ficamos em silêncio por algum tempo enquanto aproveitávamos a sopa.

─ O que vamos fazer? ─ Rompi o silêncio.

─ Não sei. ─ Ele pareceu pensar. ─ Tenho um baralho, serve?

─ Serve. ─ Sorri.

─ Ou podemos conversar, namorar, contar piada, etc... ─ Ele sorriu.

─ Namorar? ─ Ergui uma sobrancelha.

Ele deu de ombros.

─ Sugestão. Não consigo parar de te beijar. Seus lábios são as minhas drogas agora.

Levantei-me e me sentei em seu colo, beijando seu ombro, seu queixo, sua bochecha, seu nariz e depois sua boca. Seus lábios estavam mornos e se aqueceram conforme o beijo se aprofundou. Gerard passou uma mão na minha nuca enquanto a outra descia pelas minhas costas e parou na cintura.

─ São mesmo suas drogas? ─ Sussurrei, roçando meus lábios nos dele.

─ São sim. ─ Ele também sussurrou e me puxou para mais perto com uma sede tremenda.

─ E o que você faria por essas drogas? ─ Separei nossos lábios e ele gemeu de reprovação.

─ Qualquer coisa. O que você quer que eu faça? ─ Ele não voltou a me beijar e fitou-me intensamente.

Mordi o lábio inferior – acho que pareceu sexy, porque Gerard deu um sorriso malicioso e me puxou para mais perto, beijando meu pescoço de um jeito comprometedor. Fechei os olhos, aproveitando aquele momento, todas as sensações que a língua dele me causava ao tocar minha pele já fervente.

Ele se levantou quase num pulo, segurando-me em seu colo. Entrelacei minhas pernas em sua cintura enquanto ele andava para o quarto e continuava a beijar meu pescoço, meu queixo, e mordia levemente meu lábio inferior.

─ Tem certeza?

─ Nunca estive tão certa disso.

─ Absoluta? ─ Ele sussurrou.

─ Aham. ─ Estremeci com seu hálito na minha pele.

Eu não queria raciocinar naquele momento ─ estava tudo tão perfeito! Eu amava Gerard mais do que podia imaginar, e ele também parecia me amar. Estávamos bem. Estávamos ótimos.

─ Eu te amo, Gerard. ─ Sussurrei enquanto ele passava pela porta do quarto.

Ele nos deitou na cama enquanto subia minha blusa e continuava a lamber meu pescoço, a pele sobre a clavícula e subia para a minha boca. Sua língua explorou minha boca, enlaçando-se na minha língua, criando uma coreografia perfeita. Tirei sua blusa num único puxão e comecei a morder de leve sua pele, deixando algumas marcas rosadas – que eu rezava para desaparecerem no dia seguinte.

Gerard fez pressão contra o meu quadril, retirando de mim um arfar um tanto alto. Agarrei seu cabelo da nuca, puxando-o para perto de mim numa sede louca por seus lábios. Uma de suas mãos passou por dentro da minha blusa e foi até meus seios, apertando-os levemente num movimento suave e delirante.

Desci uma das mãos por suas costas, contornando a cintura e chegando até seu zíper. Abri-o rapidamente enquanto beijava o pescoço dele e encontrei a minha tão amada boxer preta. Gerard tirou minha blusa e, num movimento extremamente rápido, arrancou meu sutiã. Ele passou um dedo por dentro do meu short e o desceu lentamente, beijando minha barriga enquanto descia as mãos pelos meus joelhos.

Nos despimos rapidamente e, quando vi, Gerard estava de olhos fechados, com a cabeça apoiada no meu ombro. Ele abriu os olhos – levemente dourados com a pouca luz e contrastando com a pele pálida gerada pela luz dos relâmpagos – e suas íris estavam dilatadas de excitação.

Segurei sua cintura e o puxei lentamente para dentro de mim, sentindo arrepios violentos e constantes ao senti-lo tão perto. Ele ofegou alto e gemeu, piscando violentamente enquanto segurava meu quadril no seu. Uma onda de prazer me invadiu por inteira e, numa reação súbita, Gerard estava me beijando violentamente. Desci meus lábios por seu queixo, seu pescoço, até seu abdômen. Ele ofegou ao pensar no que eu provavelmente faria.

Mas eu não fiz.

Deitei-me por cima dele e comecei a subir e descer lentamente, enquanto o provocava com beijos não terminados. Gerard protestou e, com a força que ele tinha, puxou-me para ele, deitou-se por cima de mim, segurou minhas mãos no alto da minha cabeça e me penetrou de uma só vez. Gemi alto, ficando meio constrangida por isso, mas ele não pareceu notar.

Gerard forçou seu corpo contra o meu, levando-nos a gemidos altos e arranhões nas costas dele. Senti uma onda de eletricidade passando pelo meu corpo, arrepiando cada centímetro da minha pele, aumentando meu ofegar. Fui tomada por um prazer enorme, que quase me fez ver estrelas. Numa dessas ondas elétricas, gememos alto e nossos corpos estremeceram, relaxando de uma só vez. Ele se deitou ao meu lado, passando um braço pela minha cintura enquanto acariciava meu cabelo. Estávamos suados e muito, muito felizes.

─ Eu te amo, Sarah... ─ Ele sussurrou para mim.

─ Eu também te amo... ─ Sussurrei. Sorrimos e fechamos os olhos.

 

Eu não poderia estar mais feliz em toda a minha vida. Nossa primeira noite de amor foi simplesmente perfeita.


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Notas finais do capítulo

R: A Anna está traumatizada, tadinha..
B: Sim... Tadinha...
A: Eu estou bem, gente... eu acho..
R: Okay então. *sai*
B: O_o
R: *volta* BOB, seu gordo! Você disse que ia chamar o Frank! Cadê ele??
B: E-Ele vem, eu juro.. O_O"
R e A: Acho bom u_ú
B: *tira o celular do bolso* Frank, elas estão louca pra te ver, sabia? É... se der traz ele também. A Anna vai adorar o Gee e...
A: O Gee?!? OMG!
B: É, traz ele o_o

A e R: UHUL!! *saem pulando*
B: Well... deixe sua opinião sobre o capítulo e, especialmente, dê uns toques sobre como poderia ser essa NC que, cá entre nós, ficou meio estranha mesmo e..
A: T_T
B: *abraça* Nãão, Anninha.. Não achora amor.. Vou fazer brigadeiro, você quer?
A: Okay... Ç_Ç

—x-

críticas, sugestões, toques, elogios... qualquer coisa que expresse a sua opinião é válida aqui! -> [15/10/2009] vim reescrever esse cap, finalmente \o/ lembrei que não se agradece depois de uma transa -qq e enfim, deve ter ficado melhor ^^