A Aposta escrita por Noblesse


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Segundo capítulo pra vocês, espero que gostem!
Ah, sim.. Não julguem mal a Sarah, ela é apenas uma adolescente que gosta de apostar. Ela não é do mal, juro!
[será mesmo? esperem os próximos caps e descubram!]



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Foram para a sala, sentaram-se nos fundos, lado a lado. Alguns alunos já estavam lá, entre eles Gerard Way e Frank Iero, dois amigos de Bob e, logo, dois “intocáveis”.

— Ficamos na mesma turma, Bob. Isso não é demais? — Frank aproximou-se dos dois com um enorme sorriso no rosto.

— Se é, cara! — Sorriram. — Gerard ainda está de TPM?

— Não, é frescura dele mesmo! Hey, quem é a garota?

— Não conhece pigmeu? — Gerard finalmente disse algo. — É a irmã do Bob. A patricinha nerd e popular.

— Gerard, vai dormir! Essa é Sarah, minha irmã.

— Oi, sou Frank.

— Eu sei. — Sarah foi fria e seca, causando certo espanto em Bob.

— Okay, você está de TPM... — Frank virou-se para frente, mexendo no piercing. Parecia magoado.

— Perdão por ter sido grossa, realmente não foi minha intenção. — Sarah tentou desculpar-se.

— Ela está triste porque a amiguinha não ficou na mesma turma. — Gerard falou novamente, em tom de deboche, com a cabeça apoiada na mesa, quase dormindo.

— Cala a boca, Gerard! — Bob tentou calar o amigo, vendo que sua irmã já estava irritada com o moreno.

— Deixe-o falar o que quiser. Não ligo, não importa. É a mais pura verdade. Então, Frank, você me desculpa?

— Sem problemas, não guardo rancor. Isso é coisa de idiota. — Sorriram. O professor entrou na sala, sério e quieto. Deixou os livros sobre a mesa e começou a se apresentar.

— Esse professor é fácil de enganar. —Frank sussurrou para os amigos. —E a aula é chata. Encontro vocês lá fora? — Sarah não entendia nada.

— O Gee vai. — Bob olhou para a irmã. — Vou ficar aqui.

— Que seja. Até mais.

A aula acabou e o intervalo começou e Chelsea entrava na sala de Sarah, encontrando a amiga conversando com Frank e Bob.

— Oi Sarah.

— Oi Chelsea! Esses são...

— Robert Bryar e Frank Iero.

— Oi. — Frank deu um sorriso amigável e acenou com a mão.

— Não fale comigo, você é um deles. — Sarah ficou sem graça com a atitude da amiga. — Sarah, vou pegar um lanche e guardar seu lugar, okay?

— Okay. Já estou indo. — Chelsea saiu da sala. — Garotos, desculpem-na. Chelsea simplesmente se importa demais com a popularidade. Ela não fez por mal e...

— Pare de tentar explicar a atitude dela, Sarah. Você também era assim. Ela não quer se “sujar” conversando conosco. O problema é dela. — Frank respondeu rápido e objetivo, enquanto olhava para a garota. — Venha, Bob, vamos lanchar. — Frank e Bob saíram da sala.

— Hey, esperem por mim! — Sarah saiu apressadamente atrás dos garotos.

No refeitório, ao ar livre, os grupos já estavam separados; populares no centro, nerds num canto, góticos e roqueiros debaixo das árvores, artistas no outro canto e, na escadaria, os “intocáveis”.

Sarah estava sentada junto com algumas garotas, simplesmente as mais populares e invejadas daquele colégio, enquanto Bob, Frank e Gerard sentavam-se na escadaria junto com outros dois garotos. Um aparentava ser mais novo, era alto, magro, cabelos castanhos e olhos verdes. O outro era alto, olhos verdes, cabelos ruivos cacheados e com volume. Eram os excluídos, considerados o “lixo” do colégio.

Ela apenas os observava. Bob, Frank e os outros dois conversavam animadamente, enquanto Gerard tinha em mãos um bloco branco. Parecia desenhar algo, estava concentrado e nem percebeu quando alguém jogou-lhe uma bola de futebol na cabeça.

— Sarah, você está bem?

— Não está querendo se juntar aos “intocáveis”, né?

— Qual seria o problema? Eu me tornaria menos popular? Seria excluída das festas? Oras meninas, eu já estou me excluindo delas! Este ano pretendo passar com notas máximas. Quero ir para uma boa faculdade.

— Ela é nerd. É a nerd mais popular desse colégio, talvez a única, e não aproveita isso. Sarah, você é estranha às vezes. — Chelsea olhava a amiga.

— Quer se unir a eles?

— Não.

— Você nem conseguiria, Sarah. É patricinha, popular, tem medo de perder tudo isso. Tem medo de perder essa vida.

— Encarem. Vocês têm medo de perder “tudo isso”. Têm medo de se tornarem anônimas. Somos fracas, todas nós somos. Temos medo da sociedade e de suas arbitrariedades.

— Que tal uma aposta? — Uma garota ruiva disse, em tom desafiador.

— Que tipo de aposta? — Sarah amava apostas.

— Você se envolve com eles, escolhemos um dos lixos para que você o torne aceitável e, na festa de fim de ano, você o massacra impiedosamente. Quero a maior humilhação já vista pelo Corpo de Alunos.

— E o que eu ganho com isso? — Sarah não podia esconder o sorriso de quem acabava de entrar numa aposta e, pelo espírito competidor, acabara de ganhar não só respeito, mas um prêmio.

— Mais popularidade, uma boa vida e...

— Grana. Muita grana. — Chelsea disse rapidamente.

— Quanto? — Sarah ficou séria.

— Cem mil. — Chelsea sorriu.

— Cem mil? — Sarah avaliou bem a situação, pensou bastante e enquanto isso o silêncio dominava a mesa. — Hoje à noite, todas na minha casa. Vou dar a resposta. — Sarah levantou-se e foi para a sala.

— Ela já aceitou meninas. — Chelsea sorria triunfante. — Sarah não resiste a uma boa aposta.

— Assim esperamos Chelsea. — O sinal tocou.


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Notas finais do capítulo

B: Posso parar de malhar?
A: Ahm....
B:*-*
A: Não! E pode começar as abdominais! 50 só pra começar!
B: x_x alguém me salva..