Amazona Yasmin escrita por Gemini_Yasmin


Capítulo 7
Capítulo 7 - Yasmin




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O tempo, sendo o senhor da razão, avança sem ponderar. A felicidade fica guardada, como em uma caixa de pandora, no coração daqueles que nela acreditam.

            Sete anos se passaram desde que Saga perdeu sua razão. Aparentemente, o Santuário não mudou em nada, apenas pela ausência dos cavaleiros de Áries, Sagitário e Libra, que foram tidos como traidores. Os demais continuaram fiéis, acreditando no Grande Mestre.

...

            Naquela bela tarde, podia-se ouvir o canto dos pássaros. Tudo era uma grande calmaria, como se o tempo tivesse dado as mãos para a felicidade e parado, junto com ela.

            Uma bela jovem, alta, elegante, de cabelos ruivos e encaracolados subia rapidamente a escadaria das doze casas. Ela nem parava para ver se havia alguém em alguma daquelas casas, e nem era notada, pois seu cosmo já era familiar naquele lugar. Ela não conseguia pensar em nada, sentia que seu coração estava saindo pela boca. Um pouco por felicidade, outro pouco por se sentir uma fugitiva.

            Ela chega em frente a porta da sala do Grande Mestre. Excita por um instante. Teme ter-lhe acontecido algo, ou no pior das hipóteses, que ele nem esteja lá. Entra. O trono está vazio. Tudo parece muito tranquilo. De repente ela sente a ponta de uma lança em sua nuca. Ela olha para trás. É um cavaleiro, alto, vigoroso, com sua bela armadura dourada. Ela o reconhece e diz, com um grande sorriso:

            - Aioria, não se lembra de mim? Eu voltei.

            O jovem cavaleiro olha sério por alguns instantes, desconfiando de que aquilo pode ser um truque, mas ele não consegue tirar os olhos de seu iluminado sorriso, como naquele feliz dia de competição na praia. Ele larga a espada e a abraça, dizendo, emocionado:

            - Como pode ser você Yasmin? Está tão grande e até falando!

            Yasmin, também chorando, diz:

            É, eu cresci. – se afastando para que o amigo possa vê-la melhor – E também estou falando.

            De repente a menina muda de expressão, agora ansiosa, e pergunta:

            - Mas Aioria, e o Saga?

            Aioria demora para responder. Olha para baixo, respira fundo e diz, com expressão séria.

            - Ele está em seus aposentos Yasmin, como de costume.

            Yasmin dá um grande sorriso, aliviada. Encara o amigo, colocando a mão em seus ombros e diz:

            - Então, eu posso entrar?

            Aioria aponta o hall de entrada do quarto do Grande Mestre e diz, ainda com expressão séria:

            - Claro, a casa é sua.

            Yasmin agradece com a cabeça e vai se dirigindo, vagarosamente, onde seu amado descansa. Ela novamente excita, agora pensando em como ele poderia estar: se está bem de saúde, como está sua aparência e principalmente, se ele sente a falta dela ou ao menos ainda se lembra dela.

            A bela jovem abre a porta, o recinto está vazio. Ela fecha os olhos e ouve barulho de água. Lembra-se que atrás daquela grande cortina vermelha há uma fonte termal, onde sempre foi costume os grandes mestres se banharem, para relaxamento e meditação. Ela entra. Vê um belo homem, de cabelos muito longos, de costas para a porta. Ela fica paralisada, observando. À sua mente volta tudo o que ela viveu ao lado dele, o quanto ela o ama. Ela agacha e começa a chorar, tapando o rosto. Não queria que ele a visse chorando. De repente, o silêncio do recinto é rompido por uma voz que Yasmin sonhou durante os últimos sete anos:

            - Yasmin?!

            Ela para de chorar, se levanta e responde, em um tom sério, respeitoso, como um discípulo deve falar com seu mestre:

            - Sim, mestre, sou eu, eu voltei. – e novamente cai agachada, tapando o rosto.

            - Ah, minha menina, você está falando? – diz, com voz doce, ainda de costas.       E continua:

            - Yasmin, aguarde-me perto do trono. Vou me vestir e já saio.

            A menina faz sim com a cabeça.

            Saga demora alguns minutos, que para Yasmin parecem uma eternidade. O lugar está vazio. Ela olha em volta e vê que nada mudou. Há um grande e pacífico silêncio. De repente ela ouve suaves passos vindo atrás dela. Ela nem se vira para olhar. Sabe que é Saga. Ele se aproxima, encosta o rosto em seus cabelos e lhe dá um forte abraço, dizendo:

            - Como eu senti sua falta, minha menininha.

            Yasmin não se contém. Chora agora copiosamente. Ela vira-se para ele, faz um demorado carinho em seu rosto, que para ela, continua exatamente o mesmo, e diz:

            - Eu te amo, Saga. – e o abraça apertado.


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