Amazona Yasmin escrita por Gemini_Yasmin


Capítulo 17
Capítulo 17 - Proposta




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Passa-se alguns meses desde que Kanon se mudou para a mansão. Todos tem muito trabalho a fazer: Athena montou um orfanato, só um pouco diferente pelo fato de os internos serem treinados por cavaleiros. Cada cavaleiro tem a sua turma, que ainda são pequenas, mas aos poucos vão crescendo. Athena resolveu fazer isso porque são tempos de paz e assim os cavaleiros trabalham, ajudam crianças necessitadas e “adoçam” o coração, assim como aconteceu com Saga e Yasmin.

            O horário é de Saga treinar sua turma. Praticamente todo o trabalho é realizado nos jardins da mansão. Yasmin observa, da janela do salão principal, Saga treinando as crianças. Ela pensa que poderia ficar lá, por horas, vendo a maneira carinhosa e firme ao mesmo tempo que Saga fala com as crianças. Nesse momento, ela sente algo diferente: sente um friozinho no peito, ouve uma doce música em sua cabeça e versos como:

Como queria poder viver sem ar

Como queria poder viver sem água

Eu adoraria querer-te um pouco menos

Como queria poder viver sem você.

Mas não posso, sinto que morro

Estou me afogando sem teu amor.

Como queria poder viver sem ar

Como queria poder acalmar minha aflição

Como queria poder viver sem água

Eu gostaria de roubar teu coração

Como poderia um peixe nadar sem água?

Como poderia uma ave voar sem asas?

Como poderia a flor crescer sem terra?

Como queria poder viver sem você.

Mas não posso, sinto que morro

Estou me afogando sem teu amor.

Como queria poder viver sem ar

Como queria poder acalmar minha aflição

Como queria poder viver sem água

Eu gostaria de roubar teu coração

Como queria poder te lançar ao esquecimento

Como queria poder te guardar numa gaveta

Como queria poder te apagar com só um sopro

Eu gostaria de matar essa canção.

Maná: Vivir sin aire

            Sente que não deveria estar sentindo aquilo tudo e de uma maneira tão intensa, mas pela primeira vez ela admite para si mesma o quanto ama Saga, o quanto é apaixonada por ele. Nesse momento, ela sente alguém segurando-a pelo braço. Ela olha para trás: é Aioria. Ela fica muito nervosa, tenta se soltar dele. Ele apenas diz:

            - Yasmin, é muito importante, vem! – e continua puxando a menina

            Quando eles chegam, lá embaixo, em um tranquilo canto do jardim, ele aponta para baixo e diz:

            - Yasmin, por favor, sente-se. – com uma expressão preocupada.

            Yasmin senta, com uma expressão de poucos amigos, pois não gostou de praticamente ser arrastada até ali. Aioria senta-se em seguida, ao lado dela. Ele olha com uma expressão triste e diz.

            - Yasmin, eu só tenho feito bobagens, sou um idiota. Eu gosto tanto de você e no entanto, estou te perdendo completamente. Lembra de quando éramos crianças? Ah, nós nos dávamos bem, mas agora, a gente praticamente nem dá bom dia um para o outro. Também, você só faz andar com aqueles gêmeos...Quando era só o Saga, você ainda tinha algum tempo para mim, mas agora, com esse Kanon, que não desgruda de você...Toda vez que te vejo com ele, ele olha para mim como um cão de guarda feroz. Tenho vontade de socá-lo. Mas se eu fizesse isso, tenho certeza que você correria para socorrê-lo e me acharia a pior pessoa na face da terra. – Aioria faz uma pausa, pega nas mãos de Yasmin e prossegue:

            - Yasmin, como fazemos para voltar a ser como éramos antes?

            Nesse momento, Yasmin está calma. Acredita na sinceridade do rapaz. Ela olha para ele, com um doce sorriso no rosto e diz:

            - Aioria, foi você que nos afastou, quando disse que desejava a morte da pessoa mais importante na minha vida. Como você queria que eu não me zangasse?

            - Perdão, Yasmin. Me perdoe por dizer essa bobagem, eu não desejo a morte de Saga. Foi um momento de fúria meu. Agora que sei que ele não matou meu irmão, está tudo resolvido.

            Ele olha para a menina com um olhar muito doce e pergunta:

            - Podemos ser amigos novamente?

            Yasmin o abraça, sorri e diz:

            - Claro que sim, quanto mais amigos, melhor. E eu sou uma pessoa abençoada: não tenho muitos, mas ótimos amigos.

            Aioria a interrompe, pensativo:

            - Yasmin, deixe eu te fazer uma pergunta:

            - Sim, diga.

            - O Kanon, você é apaixonada por ele?

            Yasmin leva um grande susto:

            - O que?

            - É, vocês se conhecem há tão pouco tempo e se dão tão bem que parecem apaixonados...

            Yasmin o interrompe:

            - Não, eu não sou apaixonada por ele. Satisfeito?

            - Não, não estou satisfeito. Se você não é apaixonada por ele nem por ninguém...Namora comigo?

            Yasmin leva outro grande susto, fica sem jeito, mas responde:

            - Aioria, o que é isso de repente? Por que acha que deveríamos namorar?

            - Eu sei que sou mais velho que você, mas nem tanto, apenas sete anos. E também, porque, oras, porque sou apaixonado por você, não percebeu?

            Nesse momento, Yasmin fica mais calma, chega até a rir levemente. Olha para Aioria e prossegue.

            - Eu não sei se você me ama da maneira que pensa. Pelo menos nunca conseguiu demonstrar, mas Aioria, não, não dá mesmo, sinto muito.

            Aioria pega novamente nas mãos de Yasmin, agora visivelmente irritado e diz:

            - Por que não dá? Se não é Kanon, é outro. Me diga, quem?

            Yasmin não gosta da atitude de Aioria. Solta a mão e diz:

            - Aioria, a vida é minha. Não te interessa se eu amo alguém ou não, isso é assunto meu, só meu, eu divido com quem eu quiser, de preferência com alguém que eu confio, não com alguém instável como você...Se quiser ser meu amigo, ótimo, mas vai ter que me aceitar como eu sou e não ficar querendo que eu faça as coisas que você gostaria que eu fizesse...Já vou indo, tenho coisas para fazer. Até mais. – e sai, apressada.

            Aioria permanece sentado, agora muito nervoso e fala baixinho:

            - Se não é o desgraçado do Kanon, quem será? Vou descobrir. – e sai, pensativo.


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