Sincronicidade escrita por WinnieCooper


Capítulo 4
Tanto Faz




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Tanto Faz

- Não exagere Peter! – Rose gritava.

- Não exagerar? Você estava trancada sozinha numa sala com aquele cafajeste e ficou até tarde da noite. O que estava fazendo?

- Estudando.

- Ah, não minta Rose! – ele urrou apontando o dedo para ela.

- O que acha que eu faria? Peter você me conhece, só estou fazendo um favor à diretora!  - ela sentou-se no chão chorando.

Estavam no corredor de frente ao quadro da mulher gorda, era altas horas da noite. Peter havia a tirado da sala que a garota “estudava” com Scorpius minutos atrás, depois que descobriu por uma Lily exasperada sobre os estudos.

- Quando eu cheguei lá não parecia estudos! – ele voltou a gritar.

Rose não respondeu, abraçou suas pernas fortemente e encharcou sua calça com suas lágrimas.

- Não faça isso – ele disse mais calmo.

- Isso o que?! – ela perguntou gritando.

- Chorar desse jeito.

Ela sacudiu a cabeça e escondeu seu rosto em seus joelhos.

- Droga! – ele deu um chute na parede – Nossa primeira briga. Culpa daquele puro sangue nojento.

- Não é culpa dele, é sua culpa, já que não acredita em mim.

- Até defende ele, isso! – voltou a gritar.

Rose levantou do chão e passou pelo buraco do retrato sem falar uma palavra com seu namorado.

- Rose! – ele gritou vendo a entrada para o salão comunal da Grifinória se fechar e ele não tendo como passar.

- Aiiiiiiiii amiga! – gritou Lily abraçando Rose na manhã seguinte – Eu só queria te salvar do nojento do Malfoy, não queria provocar uma crise no seu relacionamento com o Peter. E outra – ela parou de abraçar a prima a olhando – Eu avisei que contaria a ele se você não voltasse até as dez.

- Muito obrigada – Rose disse sarcástica – Ele não é tão mal. Agora o Peter...

- O que? – Peter perguntou atrás de Rose.

Lily arregalou os olhos e disse:

- Eu vou fingir que vou ao banheiro, mas na realidade vou deixar vocês sozinhos para se acertarem. Ouviram bem? Para se acertarem... Bom deixa eu ir no banheiro – Lily saiu apressada pelo corredor e Rose virou encarando ele.

- Se veio aqui para me acusar...

- Desculpe pelo meu ataque de ciúmes ontem, ok? Sei que me comportei feito criança.

- Ah Agora está raciocinando – Rose sorriu se aproximando dele – Te desculpo se me prometer não mais implicar com as aulas particulares.

- Ok! – ele sorriu segurando ela pela cintura – Será que temos um tempinho antes da aula chata do Slughorn? – Peter perguntou tentando grudar seus lábios nos lábios dela.

- Ah! – Rose gritou saindo dos braços dele – Estamos atrasados. Vem.

A aula de poções tinha poucos alunos. Três grifinorios, um lufo, cinco corvinais e dois sonserinos. Entre eles Scorpius.

Peter não gostou dos olhares furtivos que o loiro lançou em sua namorada assim que a viu entrar na sala com ele, por isso se apressou a sentar o mais junto que conseguiu na mesa que dividiam.

- Hoje iremos relembrar a poção do morto-vivo. Como todos sabem os NIEM’s estão próximos e vou passar um pouco de cada poção que vocês iram ver em seus testes. Alguém pode me dizer qual o efeito da poção do morto-vivo? Sim, senhorita Weasley. – disse o professor assim que viu a mão de Rose levantada.

- Faz a pessoa adormecer por muitas horas.

- Muito bem, dez pontos para a Grifinória. E a senhorita saberia me dizer o porquê dela ter esse nome?

Rose sorriu confirmando com a cabeça e voltando a responder ao professor:

- Ela tem o nome de poção "do Morto Vivo", pois a pessoa que a toma, fica tão sonolenta que parece mesmo um morto vivo e não consegue fazer nada, o máximo que consegue é falar durante o sono e pensar que tudo que se passa no sonho seja realidade.

- Mais dez pontos a Grifinória. Será que alguém aqui além da senhorita Weasley, saberia me dizer os ingredientes dessa poção, e como prepará-la? –

O professor Slughorn perguntou a classe esperançoso. E quando viu que ninguém se manifestou voltou a falar:

- Será que vou ter que apontar? Então... – ele ergueu a mão no ar apontando para Scorpius que estava mexendo com cartas de baralho – Senhor Malfoy, me responda à pergunta.

Rose sorriu e cochichou a Peter:

- Ele sabe a resposta, estudamos isso ontem.

Peter não gostou nada do sorriso que Rose lançou para Scorpius, mas ficou quieto, afinal não queria brigar com ela.

- Não – Scorpius respondeu ainda mexendo nas cartas.

- Bom, pelo menos tente – insistiu o professor.

- Bom ingredientes? Pegue uma mulher qualquer e um homem qualquer, os faça criarem um filho em 1700, faça esse filho ser gordo, deixe esse filho gostar da matéria poções e lecionar na escola de Hogwarts desde 1730, deixe esse filho envelhecer uns 400 anos e pronto teremos um morto-vivo bem na sua frente, mais conhecido como Horácio Slughorn. Acertei professor? – Scorpius perguntou o mais inocentemente que conseguiu.

Slughorn o olhava fungando pronto para falar.

- Já sei, detenção? – Scorpius leu os pensamentos do professor levantando-se da carteira que estava sentado.

- Espere – disse o professor pegando uma pena e começando a escrever freneticamente num pergaminho. Quando acabou virou para a turma e ergueu o papel em direção a Rose – O acompanhe até a sala da diretora, senhorita Weasley? Não confio nele. Entregue a ela esse papel onde está o motivo da detenção.

Rose concordou com a cabeça, estava querendo mesmo falar com o Scorpius, pegou o papel e seguiu o Sonserino até fora da sala.

- Porque fez aquilo? – perguntou a garota.

- Pode fazer o discurso Rose, pode dizer que não devia ter ofendido o professor, diz que sou um delinqüente como todos dizem. Pode dizer.

- Sim, vou dizer e escute bem – ela olhou para os lados e viu que estavam sozinhos – Você sabe que é mais esperto que muitos dessa escola, você só leva cinco minutos pra terminar de ler um livro, você lê de tudo, você lembra de tudo, tiraria de letra todas as matérias e sei que sim pois se não conseguisse não estaria fazendo poções no último ano, pois precisamos de um Excedente Expectativas nos NOM’s. Então porque não faz isso?

Scorpius olhou para cima e bagunçou seus cabelos.

- Você não precisa de um tutor, é loucura eles falarem em te reprovar.

- Tanto faz...

- Você pode fazer qualquer coisa que quiser, você pode ser qualquer coisa que quiser.

- Rose...

- Está querendo chamar atenção é isso?

- Não...

- Então o que é? Me explique – ela pediu paciente.

- Eu não quero ter nenhuma profissão que eles oferecem em Hogwarts, então porque perder tempo com os estudos?

- Que profissão quer fazer então? Te ajudo...

- Por favor... – ele disse tampando seu rosto com as mãos pedindo paciência.

- O que? Me diga. Não tem outros planos além disso aqui?

- É claro, planejo sair o mais rápido possível daqui e ir embora da casa de meus pais.

- Ir pra onde?

- Tanto faz.

- E fazer o que?

- Tanto faz.

- Tanto faz, tanto faz – ela o imitou.

- Vou morar onde estiver no momento e vou trabalhar quando precisar de dinheiro, satisfeita?

- Não, você pode fazer muito mais.

- Até que enfim, está chegando o discurso.

- Não, não é discurso, é só que você pode fazer mais.

Scorpius balançou a cabeça positivamente.

- Vamos... Precisa me levar para a diretora que vai me dar outra detenção – ele abriu espaço pra Rose andar na frente dele.

- Só mais uma coisa.

- O que?

- Você poderia pelo menos fingir que está apreendendo alguma coisa com as aulas particulares? O Peter vai me matar quando nos encontrarmos novamente, eu disse que tinha lhe “ensinado” a poção do morto-vivo ontem.

Rose começou a andar e Scorpius a seguiu com as mãos no bolso e sorrindo.


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Notas finais do capítulo

N/B: Ah, Scorpius, Scorpius... Você realmente pode fazer mais... E eu sei que você está afim da Rose, está na cara, só falta ela começar a se apaixonar por você ;)
A história está mara como sempre *-*
Beijos e espero que todos estejam gostando ;*

N/A: Muitos já me disseram que a minha Rose parece a Rory de Gilmore Girls e o Scorpius o Jess, volto a repetir, estou me inspirando naquele casal, qualquer semelhança não é mera coincidência.
Espero que estejam gostando...
Cenas do próximo capítulo:
“- Uma vassoura! – Scorpius gritou tirando uma velha vassoura de dentro de um dos armários – Vem! – ele puxou Rose pela mão sem seu consentimento.”

Comentários animam consideravelmente meu dia ^^
beijinhos