Sincronicidade escrita por WinnieCooper


Capítulo 3
Tudo menos estudos




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Tudo menos estudos

- Lily me faz um favor? – a ruiva confirmou com a cabeça.

As primas estavam dentro de uma sala de aula. Eram oito horas da noite e Rose esperava por Scorpius para o estudo do dia.

- No caso, não acho que ele irá, mas...se o Peter perguntar por mim diz que estou estudando sozinha?

Lily ergueu as sobrancelhas e disse:

- Eu achei que esse seu estudo com o Malfoy não era nada demais no seu relacionamento com ele.

- E não é...

- Então porque está pedindo para eu mentir?

- Não estou pedindo para mentir...Só estou pedindo para omitir o fato de eu estar estudando com o Scorpius.

- E isso não é mentira?

Rose bufou e fechou os olhos.

- Então faz o favor de não dizer absolutamente nada?

- Então se ele chegar para mim e dizer: “Lily querida onde está minha linda namorada, a qual lhe dei uma maravilhosa pulseira com um pingente no formato de uma rosa? Não me diga que está ainda estudando?” Eu simplesmente não irei responder?

- Exato!

- Ainda não contou ao Peter sobre os estudos não é?

Rose negou com a cabeça apreensiva.

Elas ouviram a portar ranger e um garoto loiro passar por ela.

- Ei, professorinha.

- Ei – Rose respondeu triste.

- Vocês já terminaram?

- Ainda não – respondeu Lily rudemente.

- Ok, vou estar esperando ali – ele apontou um canto da sala – Hei, nós vamos fazer algum rock com os ingredientes que precisamos para determinada poção? Porque eles dizem que isso tornar o aprendizado estimulante.

Ele finalizou dando um sorriso amarelo.

- Vá para aquele canto de uma vez! – gritou Lily.

- É horrível ter que desperdiçar uma mente... – disse o garoto andando para longe delas.

- Cara repugnante – ela sussurrou para Rose.

- Eu vou ficar bem, ele não é um comensal da morte.

- Não que agente saiba. Se não voltar até dez horas da noite conto ao Peter.

- Lily!

- Você sabe que eu conto – ela abraçou Rose – Tchau!

- Eu não estou no meio de uma guerra sabia? – gritou Rose para a prima vendo-a passar pela porta. Virou seu olhar para frente e se deparou com Scorpius. Colocou sua mão no coração pelo susto.

- Então, pronto para começar? – perguntou a garota.

- Sim, estou.

Ela olhou para as mãos do jovem que estavam vazias.

- Onde estão seus livros?

- Hum, não sei...

- Como nós vamos estudar sem seus livros? – perguntou indignada pela falta de responsabilidade dele.

- Eu acho que não dá. Que pena! E então, que tal um passeio pela floresta proíbida?

- Pegue seus livros – ordenou.

- Fiz um truque de desaparecimento com eles.

- Pegue seus livros ou irei embora.

- Espere ai – ele disse quando viu que ela estava arrumando sua mochila para ir embora.

Ele pegou sua capa que usava, virou do avesso para que Rose visse que não tinha nada, tornou a virá-la para ele e retirou rapidamente de frente da sua mão revelando os livros.

- Pronto – ele disse sorrindo e sentando-se na mesa de frente a ela.

Rose sacudiu a cabeça negativamente, tentando reprimir um sorriso que insistia em sair.

-...A poção do morto-vivo tem este nome por qual motivo? – perguntou Rose.

Scorpius mexia com cartas de baralho.

- Scorpius! – a garota gritou quando viu que ele não estava ouvindo – Eu estou aqui mais de meia hora falando sobre a poção do morto-vivo e aposto que não prestou atenção em nada.

Ele continuava a mexer com as cartas. O jovem as pegou em sua mão as abrindo feito um leque colocando na frente dela.

- Escolha uma carta.

Rose bufou e pegou o baralho da mão dele rudemente jogando todas as cartas no chão.

- Hum, bom isso dificulta o truque – comentou o loiro olhando as cartas no chão.

- Scorpius concentre-se.

- Cadê o seu namorado gigante?

- Agente acabou de ler sobre essa poção... – ela continuou ignorando a pergunta dele – Não tem como ter esquecido.

- Na sala comunal lendo um livro? – ele continuou a perguntar a ignorando.

- Se continuar assim vou fazê-lo escrever a resposta cinqüenta vezes no quadro-negro...

- Provavelmente ele está livre, então ele não se importa de você estar aqui?

- Não, Peter não se importa – ela finalmente respondeu – Deve estar fazendo alguma coisa com seus amigos no salão comunal da Corvinal.

- Então ele não sabe?

- Não importa... – Rose começou a bater a pena no livro que lia anteriormente.

- Então você irá dizer para ele sobre as aulas particulares? Afinal não vamos ter só essa – ele perguntou interessado.

- Não tem nada demais – ela disse mais para si mesma – Nós só estamos estudando.

- Você está estudando, eu estou indagando sua vida pessoal.

- Scorpius, porque você não tenta pelo menos lembrar sobre a poção do morto-vivo?

- Ok, pergunte – ele levantou os braços se rendendo.

Rose sorriu como se tivesse ganhado uma batalha.

- Porque a poção do morto-vivo tem esse nome?

- Ela tem o nome de poção "do Morto Vivo", pois a pessoa que tomá-la, fica tão sonolenta que parece mesmo um morto vivo e não consegue fazer nada, o máximo que consegue é falar durante o sono e pensar que tudo que se passa no sonho seja realidade – Rose sorriu satisfeita com a resposta – Outra pergunta? Ah sim...o que essa poção faz? Faz a pessoa adormecer por muitas horas. Outra pergunta? Ok então... quais seus ingredientes e como se prepara a poção? Bom precisa-se de: Losna, Raízes de valeriana, Raiz de asfodelo em pó e Vagem suporífera. Deve-se picar as raízes de valeriana e botar no caldeirão, após isso ela deve apresentar-se lisa e cor de groselha, o ideal. Após feito, deve-se cortar a vagem suporífera (amassar com uma faca de prata) e botar no caldeirão. Mexendo no sentido anti-horário, que resulta em uma poção violeta. Adicionar a raiz de asfodelo em pó e a infusão de losna. E pronto ai está sua poção perfeita. Mais alguma pergunta? – ele colocou seu cotovelo na mesa e encostou seu rosto em sua mão direita.

Rose mordeu os lábios e fez não com a cabeça desviando seu olhar do dele.

- Vem comigo! – ele gritou levantando da cadeira e pegando na mão da garota.

- Onde? – ela perguntou deixando ser levada por ele.

Os dois correram pelos corredores de Hogwarts, até que Scorpius passou por um acesso subterrâneo, onde havia um corredor largo muito bem iluminado com archotes e decorado com pinturas alegres de comidas. O loiro chegou até uma pintura especifica e fez cócegas em uma pêra. A fruta se contorceu rindo se transformando em uma maçaneta.

- O que é isso? – Rose perguntou.

- Acesso a cozinha do castelo – e então ele girou a maçaneta e a pintura se abriu dando entrada a cozinha.

Era um espaço amplo, com o teto absurdamente grande, repleta de tachos e panelas empilhadas por toda volta, um enorme fogão de tijolos ao extremo oposto e no centro havia quatro longas mesas, idêntica ao salão situado acima.

- Senhor Malfoy o que Winky pode fazer pelo senhor? – perguntou uma elfo doméstica de olhos castanhos e nariz arredondado.

- Eu estava com minha professorinha particular – começou a dizer Scorpius abraçando Rose pelo ombro.

A garota se assustou com o movimento, já que até então estava ocupada reparando no aposento.

- E estamos famintos por um lanchinho antes de irmos dormir.

- Ah, Winky tem muitas tortinhas de diversos sabores – a elfo doméstica pegou prontamente duas bandejas lotadas de tortinhas e entregou ao jovem – Winky pode lhe entregar mais se quiser.

- Oh está perfeito... – ele se inclinou agradecendo a elfo – Obrigado!

- Espere um momento... – começou a falar Rose

Scorpius puxou a mão da morena a arrastando para fora da cozinha, não permitindo que ela terminasse seu pensamento.

- Espera! – ela gritou quando voltaram para o corredor repleto de quadros de comida – A minha mãe luta pela libertação dos elfos antes mesmo de eu nascer e não posso aceitar o fato de você...

- De eu pegar um lanchinho oferecido por eles? Ah Rose, você sabe que eles ganham dinheiro para cozinhar para a gente graças a sua mãe...

- Você sabe quem é minha mãe? – ela questionou intrigada.

- ...sem contar que você come todo dia a comida que eles preparam e pelo que notei come muito, eu não consigo comer metade do que você come diariamente.

- A minha mãe diz que puxei ao meu pai nesse aspecto – ela sorriu – Ei! Você me observa comendo? E como sabe dessas coisas sobre minha mãe? – ela perguntou de repente seguindo o garoto que agora se dirigia voltando à sala vazia que estudavam tempos atrás.

- Qual quer? – ele estendeu uma bandeja para ela, quando a viu passar pela porta de entrada ofegante.

Rose o olhou nervosa, ele estava sentado na cadeira com as pernas sobre a mesa, em cima dos livros, e dos pergaminhos e comendo uma tortinha de amora aparentemente, pois seus lábios tinham ganhado uma coloração vermelha bem forte.

- Nenhuma! – ela respondeu começando a recolher seu material.

- Ah, qual é Rose! Encare isso como intervalo.

- Intervalo? Intervalo? – ela gritou com a voz extremamente fina – Eu fiquei o tempo inteiro tentando lhe explicar a poção do morto-vivo e no fim descobri que você a sabia inteira, até melhor do que eu e depois me arrastou para a cozinha do castelo...Ainda acha que vou ficar aqui?

- Você já leu “O mundo perdido” de Arthur Conan Doyle? É menos famoso que seus livros do Sherlock Holmes...

- Não venha falando sobre livros...

- A história é fascinante, é sobre um cientista que descobre dinossauros na Amazônia e...

- Dinossauros? – Rose perguntou interessada sentando-se na cadeira.

-...E ele organiza uma expedição para...

- Ah não! – ela gritou – Você fez isso de propósito, só para me interessar no livro.

- Eu tenho, se quiser te empresto – ele disse mordendo outra tortinha.

Rose suspirou e apontou o dedo para ele.

- Me diga um motivo bem convincente para essas aulas particulares, que até agora não foram aulas particulares.

- Eu não tenho motivo, estou aqui porque me mandaram estar aqui.

- E agora você faz as coisas porque te mandaram fazer? – ela perguntou cedendo ao seu impulso de pegar uma tortinha na bandeja.

- Primeiro eu não queria morar numa mansão, mas mesmo assim moro, porque me mandam morar, não queria estudar nessa escola e por essa razão não me esforço nas aulas, mas mesmo assim aqui estou, e não preciso de aulas particulares como você mesma notou, mas mesmo assim aqui estou porque me mandaram.

- E...

- E que nem quero mesmo completar o ano escolar, então porque me esforçar?

Rose balançou negativamente a cabeça.

- Quais são suas grandes ambições? – perguntou Scorpius.

- Bom, vou terminar Hogwarts e tentar ingressar na carreira de repórter.

- Uau! – ele exclamou retirando seus pés de cima da mesa – Rita Skeeter?

- Não! – Rose exclamou – Pretendo trabalhar em campo, fazer grandes matérias e não simplesmente escrever livros contando mentiras ou fofocas sem fundamento algum.

- Hum, vai ser correspondente internacional?

- Sim, vou ser – ela sorriu.

- Vai se instalar em hotéis horrendos, subir em cima de prédios, enquanto ocorre feitiços por toda parte, feitiços lançados entre aurores e bruxos delinqüentes? – ele narrou sacudindo a cabeça.

- O que? – ela levantou as sobrancelhas – Acha que não consigo?

- Não, não é isso, é que parece um pouco...

- Um pouco... – ela o encorajou a continuar pegando outra tortinha.

- Grosseiro demais para você – ele segredou.

- Bem, não é grosseiro demais para mim – ela olhou para o lado – Eu espero que não seja grosseiro demais para mim, eu falo disso desde sempre.

Ela suspirou meio triste.

- Eu não sei o que faria se...

- Ei – Scorpius colocou sua mão sobre o queixo da garota o erguendo – eu não queria te assustar, desculpa. Tenho certeza que vai conseguir. Você vai, eu prometo.

Rose sorriu e o jovem retirou sua mão do queixo dela.

- Eu te ajudo a praticar ok? – ele ergueu as mãos no ar encenando sua fala – Amanhã, você fica no meio do campo de quadribol com um bloquinho na mão tentando escrever sobre a partida que esta acontecendo e eu vôo em direção a você e você tenta desviar e...

Ela começou a rir.

- ...e eu estou gritando em uma língua estrangeira.

- Bem, você precisa aprender uma língua estrangeira primeiro – ela disse em meio aos risos.

- Olha, eu tenho sorte de ter arranjado uma tutora então? – ele sorriu.

Rose mordeu os lábios balançando a cabeça negativamente.

- Você me empresta o livro que estávamos falando há pouco? – ela perguntou.

Ele confirmou com a cabeça sorrindo.


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Notas finais do capítulo

N/B: Talvez alguns me conhecem, talvez outros não, bem, aqui é a RoseWeasley falando *-* Não, não sou a Rose da fic -q
Bem pessoal, tenho que dizer que a Winnie está de parabéns, esse capítulo foi concerteza um dos melhores até agora! Espero que estejam gostando, porque eu sinceramente estou amando ^^ Ah... Pra ser sincera, eu amo o fato de Scorpius fazer truques de mágica trouxas, mas não entendo essa obssessão, ele é um bruxo, não? Bem, ele parece ter um lado Fred e George... Beijos a todos e aproveitem a fic ^^


N/A:A Rose é minha beta mais eficiente *-*
Espero que tenham gostado desse cap pois foi uns dos que mais gostei de escrever e acho que ficou bem claro que essas aulas vão ser tudo menos aulas
Cenas do próximo capítulo: "- Droga! – Peter deu um chute na parede – Nossa primeira briga. Culpa daquele puro sangue nojento."
Comentários deixam meu dia tão mais feliz ^^

beijinhos