Kurama no País das Maravilhas escrita por Sweet Capricorn, Yukari Rockbell


Capítulo 6
Capítulo 6 - A Rainha


Notas iniciais do capítulo

Ultímo capítulo da minha história. Espero que gostem =3



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Era um jardim magnífico. Havia uma imensa roseira branca, formando um corredor com inúmeras e impecáveis rosas e, próximo as rosas viu três homens com roupas dignas daquelas de animações dos três mosqueteiros, porém a peça de roupa, quadriculada, havia apenas quatro quadrados, tanto na frente quanto atrás. Os quadrados pretos possuíam as estampas de “copas” e “ouros” enquanto os dois vermelhos tinham “paus” e “espadas”. Kurama reparou que os homens estavam pintando as rosas de vermelho e o mais absurdo era que as rosas absorviam a tinta e adquiria uma tonalidade natural.


Kurama chegou perto e se assustou ao ver quem eram os três homens.


- Cuidado cinco, você é muito atrapalhado esta jogando tinta em mim! Retrucou o homem que estava pintando as rosas de baixo.


-Como é que é? Eu sou atrapalhado? Quem plantou as roseiras brancas ao invés das vermelhas por acaso fui eu?


- Calem a boca inúteis. Andem logo que se a rainha perceber estaremos fritos. – disse o homem que estava mais a frente, pintando as rosas com um olhar quase assassino .


Kurama se aproximou o suficiente para ouvir a conversa “Eu ouvi bem? O Yusuke chamou o Kuwabara de cinco?”.


– Hã... Com licença, mas o que esta acontecendo aqui? – Resolveu iniciar as conversas aos poucos, concluiu que o Shura não seria o único a estar estranho por aqui.


- Não esta vendo idiota? Estamos pintando a roseira. – disse o mais baixo em tom agressivo.


- Eu estou vendo sim, agora tem certeza que o idiota sou eu? Eu não estou pintando uma roseira branca de vermelha só porque confundi as sementes. – Disse Kurama com rispidez encarando Hiei. Agora tinha certeza de que eles não o reconheciam, caso contrário Hiei jamais falaria assim, afinal ele tem amor a vida e, principalmente, os três estariam implorando para ele fazer crescer novas roseiras ao invés de pintá-las.


      - Não liga pro anão de jardim, ele é irritadinho mesmo. – disse Yusuke ignorando os protestos de Hiei. – É que esse retardado aqui plantou sementes erradas e se não dermos um jeito logo a rainha nos mata. – disse Yusuke apontando para Kuwabara.


- Eu não deveria, mas vou ajudar vocês, vou fazer essas rosas se tornarem vermelhas em questão de minutos. – disse Kurama plantando sementes próximas raízes das rosas brancas. Realmente em questão de minutos as rosas brancas começaram a secar e outra roseira começou a nascer e em menos de quinze minutos, a imensa roseira branca deu lugar a uma belíssima roseira vermelha.


- Ah, você salvou nossas vidas! Como posso te agradecer? – disse Kuwabara agarrando a perna de Kurama, se debulhando em lágrimas.


- A Rainha vem vindo! – gritou Yusuke. Imediatamente os demais ajoelharam-se e curvaram-se. Kurama também se ajoelhou e se curvou um pouco, queria ver o que estava por vir só que não conhecia o território, então tinha que dançar conforme a música.


Por aquele corredor Kurama avistou doze soldados se aproximando andando em pares, cada qual usando uma armadura diferente, só que todas eram douradas. Kurama sentia um imenso poder emanado pelos indivíduos que as usavam e percebeu que das armaduras também emanavam energias. Ao se aproximarem, Kurama percebeu que as armaduras lembravam os doze signos do zodíaco.


 Também viu vários outros convidados seguindo o cortejo logo atrás dos soldados. Viu as meninas, a ruiva e a morena acompanhada pelo cozinheiro e pelo homem de pedra, o Conde, o chapeleiro e a menina que o acompanhou no chá, Shura e várias outras pessoas. As duas pelucias estavam entre os convidados também.

Atrás deste cortejo vinha cinco garotos com armaduras coloridas. O garoto que estava na frente possuía cabelo castanho curto, olhos igualmente castanhos e uma expressão bem alegre. Ele usava uma armadura branca com bordas vermelhas, uma roupa vermelha por baixo e carregava em uma almofada bem vermelha com bordas douradas além de uma coroa de ouro com pontas baixas e abaixo de cada ponta havia um rubi em forma de coração. Os demais carregavam nos ombros uma menina sentada em um carro cesto dourado com vários relevos de corações.


- Parem! – Ordenou a menina, que tinha longos cabelos roxos e olhos azuis. Usava um vestido de mangas bufante branco e rosa, com alguns corações desenhados em vermelho na barra do vestido.


-Quem é você? – Perguntou a rainha para Kurama.


- Meu nome é Kurama. – Disse o Youko ainda de joelhos.


- Certo...Sabe jogar críquete? – perguntou a rainha ignorando os demais.


- Sei. – respondeu Kurama, pensando no que essa pirralha queria com uma pergunta tão estranha.


- E os três que estão ai, também conhecem o jogo? – perguntou ela com  tom superior.


- Sim minha senhora. – responderam os três em uníssono.


- Então venham. Quanto mais gente melhor. – disse a rainha com tom triunfante.


Kurama e os demais se misturaram com o restante dos convidados, olhando curiosamente para aqueles que conhecia, pois estes não demonstram sequer um sinal de que soubessem quem ele era.


Chegaram ao campo de críquete e Kurama ficou abismado ( nessa altura do campeonato ele duvidava que se surpreenderia com mais alguma coisa... belo engano), pois viu os convidados pegando flamingos como taco. Reparou que as bolas eram ouriços e os aros eram cartas de baralho.
Decididamente Kurama não jogaria aquilo. Era ridículo demais e afinal, se a rainha enchesse muito o saco a mataria, mas seria um problema um batalhão de youkais e humanos super poderosos no seu encalce.


- Saia daí Mazoku, sei que está me observando. – disse Kurama para uma árvore que se encontrava ao lado de onde estava.


- Muito perspicaz, admito. Mas e então como está se saindo com o jogo? – perguntou o Mazoku.


- Eu quero sair deste lugar, me diga como faço. – disse impaciente.


- E então o que achou da rainha? – perguntou o Mazoku ignorando a pergunta de Kurama.


- Dane-se essa menininha saliente e soberba, se você não vai me dizer como sair daqui então, me dê licença que vou atrás de um meio de sair desse lugar absurdo. – disse Kurama se retirando sorrateiramente para averiguar o local, passando atrás de uma rainha convencida por estar ganhando o jogo, afinal os aros de baralhos mudavam de posições, enquanto fugiam dos outros jogadores iam direto para onde a rainha atirara o ouriço, além de que o próprio ouriço da rainha desviava dos demais ouriços.


Enquanto andava pelo jardim o youko começou a ouvir os gritos da rainha dizendo freneticamente que “cortem-lhe a cabeça!”. Ignorou e continuou a explorar o lugar. Em poucos passos se deparou com um grifo decidindo que era melhor não se aproximar do animal, pois poderia por abaixo o que conseguiu até agora.


- Está perdido raposa?


Kurama se surpreendeu pelo fato do Grifo ser racional, ou um ser pensante já que tudo neste local saída de qualquer lógica e razão.


- Pode me dizer como faço para sair deste local? – Disse Kurama cordialmente.


- Garanto que se soubesse eu já teria feito há muito tempo.


- Certo... Muito obrigado.

Kurama estava se despedindo do grifo quando uma trombeta se fez ouvir.

- Vai começar o julgamento! – Gritou o grifo. – vamos, depressa!

- Julgamento? Que julgamento?

- Oras Alice, o seu julgamento! – disse subitamente o chapeleiro ao aparecer atrás de Kurama.

- Do que esta falando? – perguntou irritado e assustado. – Porque eu estaria sendo julgado?

- Por não ter jogado críquete com a rainha. Ela ficou furiosa com a sua ausência. – respondeu o Mazoku.

Kurama voltou sua atenção ao Mazoku e, repentinamente sentiu seu braço ser segurado pelo chapeleiro. Kurama se apavorou por dentro, pois sabia do perigo que corria com os dois.

- Vamos raposinha, você não deixará a rainha esperando certo? – disse o chapeleiro em tom infantil.

Kurama se assustou de tal forma que a única coisa que pensou em fazer foi se afastar daqueles sujeitos. Acabou perdendo o senso e a capacidade de  raciocinar naquele instante, fechando os olhos e socando a primeira que coisa que apareceu na sua frente, usando toda a força que conseguiu reunir.
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- AAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!! - *Capoff*


- Heim...O que esta acontecendo? – Kurama abre os olhos e vê que estava em cima de um Yusuke inconsciente, embaixo da cerejeira que tinha no seu quintal. Ainda era noite e a lua estava alta no céu. Imaginou que provavelmente o empurrara de cima da àrvore e ambos caíram juntos.
“Nossa, que sonho estranho... Se eu soquei o Yusuke com a força que eu sonhei, quando ele acordar ele vai me matar...” – pensou Kurama.


- Ai....Alguém anotou a placa... – disse Yusuke voltando a si.


- Yusuke você esta bem?  E... O que esta fazendo aqui?


- Era para estar?...Se você não tivesse me socado e me derrubado do galho mais alto da árvore com essa força absurda que você me socou eu estaria, ai... isso dói! Eu te vi dormindo e... Alias, porque você estava em cima daquela árvore e na forma de Youko? E quem é esse chapeleiro?


- Me desculpe Yusuke. Eu ando voltando a forma de Youko em noites de lua cheia, e não pretendo fazer isso na frente da minha mãe, do meu padrasto ou de meu irmão e, quanto ao chapeleiro... vai por mim, você não vai querer saber.


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Notas finais do capítulo

Finalmente cheguei ao final da minha história... espero que não vocês não me matem xD.