Diz que Me Ama escrita por Sleepless


Capítulo 6
O6


Notas iniciais do capítulo

Estou demorando a atualizar, sei disso... mas to tentando nao deixa-los na mao
o tempo ta curtissimo.
desculpem-me
espero que entendam.



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O dia seguinte foi muito interessante, isso até eu chegar ao colégio e passar mais uma vez pelas pisadas dele. Na hora do intervalo ele me olhava com raiva e ao mesmo tempo, com medo. Minha mente bagunçou de vez. Medo? De mim? Mas o que eu poderia fazer a ele?

               

Ele saiu cedo do colégio, a mãe dele tinha ido buscá-lo. Fiquei curioso, ela parecia muito misteriosa. Dei um jeito de sair também. Era muito fácil fugir do colégio, foi o que eu fiz. Peguei um taxi e os segui. Depois de alguns minutos eles pararam em frente a uma clínica psiquiatra. Eu não sei descrever minha surpresa, mas não era nada certo, não é? Poderia ser ela que tivesse fazendo tratamento, não ele. Mas, será?

               

Esperei eles entrarem e paguei o homem do taxi. Quando entrei na clínica cuidadosamente para não ser visto por eles, o vi sentado com uma cara séria, do lado da sua mãe. Estava lindo, com uma camiseta vermelha que davam para ver seus poucos, mas lindos, músculos. Estava com o mesmo penteado que ele chegara na vila. Lindo. Eu realmente não conseguia mais disfarçar. Mas minha atenção voltou a ele, quando uma funcionária chamou seu nome e ele foi sozinho seguindo ela até uma sala.

Sua mãe ficou ali, lendo uma revista, como se fizesse aquilo sempre. Eu não sabia o que fazer, era perfeitamente visível que meu garoto interrogação tinha algum problema. Fiquei imaginando muitas coisas, mas não consegui chegar a um resultado, até que na minha distração, a mãe dele me viu e ficou surpresa. Achei melhor ir ate ela.

- Oi! Você também se consulta aqui? – disse ela, um pouco constrangida.

- Não. Eu... Vim marcar uma consulta para minha mãe. – falei sem pensar.

- Nossa. Então você já vai?

- Eu acho que vou. Não tem vaga para amanhã, vou tentar outro dia. – eu disse, inventando tudo, pois tinha que ter uma boa desculpa para estar ali.

Ela ficou olhando para direção da sala onde seu filho tinha entrado e para mim ao mesmo tempo, como se não quisesse que eu estivesse ali quando ele saísse. Eu percebi e fiquei confuso.

- Diga a sua mãe que nós vamos dar um jantar hoje, não fazemos algo assim faz tempo. Diga que é em agradecimento a boa vizinhança.

- Está bem. Eu vou dizer a eles. – me encaminhei a porta, sabia que ela queria que eu saísse logo, mas esperei ela mudar o olhar e entrei no banheiro.

Passei um tempo lá, esperando ele aparecer e depois de uma hora ele apareceu. Saiu da sala e um doutor cumprimentou a mãe dele. Logo eles se encaminharam a porta, eu sai do banheiro e para meu azar acabei tropeçando no tapete da entrada. O resultado foi garoto ao chão e sendo descoberto.

Pedro virou de uma vez assustado e com um notável constrangimento. Sua mãe ficou branca e seu rosto nem tremia com um olhar fixo em mim.

- Alex! Você não tinha ido embora? – perguntou ela.

- Pois é... Eu... Fui ao banheiro antes e... Bem... Tropecei... No tapete. – falei, nervoso. Pedro olhava para mim e se mantinha inerte, sem expressar nada.

- Quer uma carona? – perguntou ela.

- Claro. – me surpreendi.

- Vamos.

Eu fui com eles até o carro e entrei no banco de trás. Ela ligou o carro sem dizer nada e Pedro afivelou o cinto e continuou calado.

Eu estava me sentindo muito mal. Eles o tempo todo em silencio. Por um instante fiquei com medo de ser seqüestrado ou algo do tipo. Mas depois de um tempo a mãe de Pedro se pronunciou.

- Eu espero que não tenha se assustado. O Pedro é muito amigo do doutor Enrique, na verdade ele foi seu primeiro pai e como ele só pode vê-lo poucas vezes, eles sempre se vêem no trabalho. – Disse ela, enquanto dobrava uma avenida.

Eu realmente não acreditei naquela historia e observava que Pedro sentia-se completamente envergonhado.

- Entendo. Mas eu não pensei nada não.

- Que bom! Como esta indo na escola, o Pedro tem se comportado? – perguntou ela, obviamente mudando de assunto.

- Está ótimo.

A gente chegou na casa deles. Ela desligou o carro e Pedro foi logo na frente, entrando em casa.

- Não esqueça do jantar de hoje.

- Tudo bem. Não vou esquecer. Obrigado pela carona.

- De nada.

Eu estava indo para minha casa quando ela me chamou atenção.

- Alex.

- Oi.

- Seria melhor não comentar com sua mãe onde nos encontramos só para ela não ficar preocupada sem motivo. – disse ela.

- Claro! Verdade.

Assim que cheguei em casa fui recebido de um jeito não muito legal. Minha mãe estava uma fera por eu ter fugido do colégio.

- Você está encrencado mocinho! Suba para seu quarto e va tomar um banho, subo com seu almoço depois, está de castigo por uma semana, do colégio para casa e da casa para o colégio entendeu? – Falou ela curta e grossa.

- Sim mãe. Já estou indo.

- E seu pai não esta sabendo ainda, espero que não me dê motivos de contar para ele. – comentou ela, enquanto eu subia.

O castigo era o de menos para mim. Eu tinha descoberto uma coisa aquele dia. E não me arrependia de nada. Pedro, meu garoto interrogação, o garoto que eu amava, tinha algum problema e obviamente seus pais não queriam que ninguém tivesse conhecimento e muito menos ele. O que eu faria agora?

Da minha janela não goste quando, olhando para janela dele, eu a vi trancada. Provavelmente nunca mais ele queria me ver e isso era como se uma lança atravessasse meu coração.


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