“Domingo, 19 de dezembro de 2010.

Ah, oi diário!

Você deve estar pensando o porquê de eu não ter escrito o popular “querido diário” em você, mas eu não tenho cara de escrever isso, pois eu sou Shim ChangMin, mas pode me chamar pelo o meu nome artístico que é Max ChangMin... Eu sei que você deve-se estar perguntando, um grande garoto... Você achava que eu escreveria pequeno homem? Não, o pequeno homem é o JaeJoong, meu amigo e colega de trabalho, JunSu chama ele de tampinha, YunHo chama ele de compacto e YooChun chama ele de chibi... Coitadinho do JaeJoong... Ah sim, voltando... O JunSu me deu de presente você para registrar a viagem que eu vou fazer para o Brasil hoje de tarde, vou passar o natal em São Paulo.

Pelo que eu vi na internet sobre esse lugar, parece que é um lugar que nessa época fica muito linda com as luzes de natal... Ah, vou ter que dar uma paradinha, pois o YunHo está gritando para eu descer porque mais tarde ele iria visitar os pais dele com YooChun e ele vai me levar até o aeroporto...

Oi de novo! Já estou no aeroporto e resolvi antes de escrever em você diário conversar um pouco com o YunHo, pois faltava quarenta minutos para o meu voo.

— Chang, aproveite o feriado lá no Brasil. — Disse YunHo ao colocar a mão no meu ombro.

— Claro que vou Yun, vou conhecer várias pessoas lá. — Respondi.

— Ah! Tome cuidado com as fãs.

— Hã? — Não entendi o que ele queria dizer.

— É que é para você tomar cuidado para não criar um tumulto por onde você passar, se você for reconhecido. — YunHo me deu um sorriso.

— Certo, mas provavelmente eu serei reconhecido... Fazer o que, não é? — Dei uma tapinha nas costas dele. — Ah, tenho que ir para o portão de embarque apesar de faltar meia hora para o avião decolar.

— Então vamos. — Respondeu YunHo.

Depois que me despedi do YunHo, embarquei no avião que me levaria para o Brasil, pelo que eu sei vai demorar mais de 24 horas para chegar... Vou tirar uma soneca, pois o avião já decolou... Bom, boa noite para você diário, depois eu escrevo mais.”

“terça-feira, 21 de dezembro de 2010.

Hum... Bom dia! Finalmente o avião vai pousou em território brasileiro.

Quando sai da área de desembarque, eu acabei localizando o guia que irá mostrar para mim a cidade e traduzir as coisas que irão dizer para o meu idioma ou para o japonês.

— Olá Sr. ChangMin. — Disse o meu guia.

— Ah, olá senhor...

— Yong Santos, Sr. ChangMin. — Ele me respondeu.

— Ok Yong... Posso te chamar só de Yong? Chame-Me só de ChangMin, não precisa ser tão formal. — Eu disse para deixar melhor o clima.

— Sim ChangMin... Vamos, eu levarei você até o hotel onde o senhor ficará.

— Obrigado Yong. — Agradeci.

Yong me levou até o carro e fomos em direção ao hotel... Passamos por vários bairros que eram interessantes pelas suas diversidades e avenidas, mas uma chamou a minha atenção.

— Yong, que avenida é esta?

— Ah, esta é a avenida paulista e pelo que você ver já está toda decorada para o natal. — Yong respondeu prestando a atenção no transito.

—Avenida paulista... Apesar da grande quantidade de prédios é bem arejada. —Disse ao olhar o sentido contrário do trânsito na outra pista.

—Sim, ela é bem grande quando se refere ao espaço, posso mostrar para você a avenida dia 24 de noite antes da ceia no hotel.

— Claro que sim Yong. — Respondi.

A chegada ao hotel foi bem tranqüila, registrei-me e fomos para o meu quarto. Quando entrei me surpreendi, o quarto era espaçoso e muito bonito, tinha duas camas de solteiros e vários objetos de decoração, mas um deles chamou-me a atenção.

— Uma árvore de natal sem enfeites?

— Não ChangMin, tem uma caixa do lado dela com os enfeites, é para que o hóspede dê o toque pessoal a ela, para ficar do seu jeito, esse hotel faz isso para os clientes. — Respondeu Yong.

— Que legal. — Disse ao abrir a caixa.

Abri a caixa e comecei a enfeitar a árvore, sem ao menos ter defeito as malas ou trocado de roupa.

— Ok ChangMin, enquanto você está fazendo isso, vou desfazer as suas malas e colocarei tudo no guarda-roupa. —Disse Yong.

Eu concordei e continuei a arrumar a árvore de natal.”

“quarta-feira, 22 de dezembro de 2010.

Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhh... Estava com muita fome, apesar de ter tomado o café da manhã faz meia hora, estava com vontade de comer algo mais oriental. Fui até o Hall do hotel onde Yong estava sentado em um sofá.

— Yong.

— Sim ChangMin?

— Tem algum local que vende comida oriental nessa cidade? —Perguntei com uma pose de observador.

— Ah, tem! E esse local se chama bairro da Liberdade.

— Bairro da Liberdade? — Perguntei.

— Sim, é um bairro oriental, mas precisamente um bairro japonês. — Yong respondeu.

— Japonês?

— É, mas lá você encontra praticamente todas as nações... Da Japonesa, que é a maioria, brasileira, coreana e muitas outras.

—Então me mostre onde é, quero comer um Yakissoba. — Disse.

— Ok, vamos. — Disse Yong.

Fomos de taxi para o bairro da Liberdade, e quando chagamos lá eu pensei que estava no Japão... É um bairro muito bonito, fomos no primeiro restaurante que vendia Yakissoba.

— Eh... Dois Yakissobas, por favor... Você quer de quê ChangMin?

— De lula.

— Certo... Um de lula e um de frango, por favor. — Yong disse ao garçom.

O local era tranqüilo, apesar de bastante movimentado... Os nossos pedidos chegaram rápido e... Hummmm... Estava muito bom, uma delícia!

— Quais os lugares mais freqüentados desse bairro? — Perguntei quando o Yong pagava a conta.

— Bom, tem vários... Mas a Liba é a mais famosa, muito freqüentada por jovens, quer ir lá?

— Quero. — Respondi.

— Tem certeza?

— Tenho.

Saímos do restaurante e fomos para esse local chamado Liba, e... Realmente, eu me surpreendi... Tinha muitos jovens naquele local e pelo o meu conhecimento reconheci os estilos de alguns, vi algumas garotas de lolitas, outro jovens de visual kei e mais alguns outros estilos, mas quando fui entrar em uma lanchonete famosa ouvi o meu nome seguido de um grito.

— É o ChangMin do grupo Dong Bang Shin Ki! Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Congelei ao ouvir o grito e virei para ver quem tinha gritado... Quando eu fiz isso havia mais de dez garotas atrás de mim.

— ChangMin Oppa, você veio para o Brasil!

Não consegui entender quase nada do que ela disse, só entendi o ChangMin Oppa e Brasil.

— Yong, me ajude aqui! Não consigo entender o que ela está dizendo.

— Por quê?

— Por que eu não sei falar português! — Santa paciência eu tinha com o Yong.

— Ok!... Olá garotas, o que desejam? — Yong é muito educado com as garotas.

— Podemos tirar algumas fotos e pegar autógrafos? — Disse uma garota de cabelos pretos.

— Sim, mas devolvam-me o ChangMin inteiro ok?

— Ok! — Elas responderam em coro.

— O quê?!?!? — Arregalei os olhos em direção a Yong.

Yong apenas deu um sorriso antes de uma garota de cabelo castanho me abraçar.

Tirei várias fotos com elas e eu não sei como é que eu não acabei com minha mão quebrada de tanto apertarem a minha mão e de dar vários autógrafos!

— Oppa! Quando é que você vai embora do Brasil?

— Eh... — Fiquei sem saber como responder, mas o Yong traduzia tudo o que elas diziam.

— ChangMin Oppa! Você já tem namorada?

— Eu...

— ChangMin Oppa, posso assistir com você aqueles filmes “especiais”* que você assiste?

— Hã?!?!?

Nesse momento eu virei para a garota que havia dito isso com uma cara de confuso, mas não era só eu que tinha feito isso... Olhei para o grupo de garotas e para Yong, todos estavam do mesmo jeito e estava sem saber o que responder.

— Essa não dá para responder querida, qual é a sua idade? — Perguntou Yong.

— 16 anos.

— Definitivamente não dá mesmo...

Ele olhou para mim e segurei ao máximo para não dar risada, não da garota, mas da expressão que o Yong fez ao responder para a garota.

— ChangMin, temos que ir se não vamos criar um tumulto, pois pelo que eu vejo deve ter mais fãs do seu grupo por aqui. — Yong sussurrou no meu ouvido.

— Vamos.

— Garotas... Temos que ir agora, pois ChangMin precisa descansar. — Yong sorria ao falar com as garotas.

— Ok, mas se ele quiser entrar em contato com as fãs daqui do Brasil é só procurar na internet o fã-clube Solstice*.

— Ok.

Saímos do bairro da liberdade e pegamos um taxi para voltarmos para o hotel... No meio do caminho fiz uma pergunta para o Yong.

—Por que eu iria formar um tumulto lá?

— Por que a notícia de que você está aqui iria se espalhar... Se não já se espalhou... — Respondeu Yong.

— Se espalhar?

— sim, pelo Twitter.

— Ah sim... — Que burrice a minha!

Chegamos ao hotel e amanhã eu escrevo mais, pois eu vou relaxar no banho antes do jantar.”