Falling Inside The Black escrita por Enchantriz


Capítulo 11
Capítulo 11: Sacrifice Silencieux


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente... desculpe pelo atraso da fic.
E em segundo... espero que gostem do ultimo capítulo.



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Acordei abrindo os olhos vagarosamente devido a alguns raios de sol que vinha da janela.


Será que eu dormi demais?


Olhei para o relógio em cima da TV.


08h02min.



Me levantei do chão um pouco zonzo. Meu corpo doía e minha cabeça parecia que ia explodir a qualquer momento!

Me dirigi até a cozinha, abri a geladeira e peguei uma garrafa de vinho que estava na porta. A virei goela abaixo enquanto fechava à geladeira. Peguei um copo no armário ao lado, enchi com a bebida e joguei a garrafa dentro da pia.

Andei até a sala bebericando e sentei-me a mesa observando pensativo o copo em minha mão.

Deixe-me relembrá-los de alguns detalhes. Aconteceu uma coisa boa, e duas ruins. A boa... é que na noite passada, Marion ficou em pé do meu lado o tempo todo escutando eu chorar. Não disse absolutamente nada depois de falar meu nome. Apenas me fez companhia silenciosamente.

É estranho isso ser bom, eu sei, mas já vou chegar lá...

- De todas as pessoas que já vieram aqui... – dizia ela. – Você é a mais problemática!

Quando eu parei de chorar e estava prestes a me levantar para ir embora, meu amado pesadelo me surpreendeu.

Senti dois braços frios me envolverem a cintura num abraço e alguém encostar a cabeça em minhas costas ao sussurrar:


- Eu nunca fiz isso com ninguém, e nem ao menos senti isso por alguém... me desculpe, mas eu não sei como te confortar...




Agora que minha mãe se foi... eu só tinha ela. E essa, é a primeira coisa ruim... minha mãe me deixara neste mundo insuportável. E a outra... é que conseqüentemente meu padrasto Max será o meu responsável daqui por adiante.


- Aaargh! – quebrei um pedaço do copo em minha mão. Fiquei admirando friamente meu sangue escorrer.


Sinceramente, acho que nunca me senti tão confortável em meio à dor antes. Apertei mais o punho sentindo os cacos de vidro furarem a palma da minha mão.


- Marion... – disse abrindo a mão e vendo o estrago que eu fizera.


Ah, como eu odeio o fato de só poder lhe ver todas as noites em meus sonhos.     


Eu não acho que exista um modo de ficar para sempre ao seu lado... além do sono eterno...


Mas... O que será que acontece após a morte?


Embora eu não tenha garantia alguma de que isso vá dar certo...


- Eu vou me juntar a você. – sussurrei. – Não tenho nada a perder mesmo. Só... não me deixe sozinho, por favor... – pedi.


- Eu nunca te deixei... – ouvi sua voz nitidamente em minha cabeça me assustando um pouco.


Sorri de canto.


É uma desgraçada mesmo... Se apoderando da minha mente...


Levantei derrubando a mesa no chão. Fui até o banheiro e peguei a caixa de remédio que ficava debaixo da pia. Destaquei 3 comprimidos grandes diferentes, respirei fundo e os engoli de uma vez.

Eu não fazia idéia do que me deu!

Meu corpo parecia estar se movendo sozinho!


Minutos depois meu corpo latejava, uma tontura se apoderava de mim, minha cabeça doía fortemente.

Eu já não estava mais agüentando aquela dor insuportável. Estava perdendo completamente o controle para a insanidade!


Me dirigi até a cozinha me debatendo entre as paredes. Abri uma das gavetas do armário perto da geladeira e peguei uma daquelas facas grandes de cortar carne. Apoiei uma das mãos na parede tentando respirar fundo, parecia que tinha uma pedra no meu pulmão... Novamente, andei cambaleando até o quarto e observei a cama bagunçada ao centro, aproximei e fechei os olhos com força ao cravar a faca em meu estomago com as mãos tremulas.

Toda aquela loucura... estava a ponto de acabar...

Retirei a faca a jogando no chão, deitei-me na cama com o rosto afundado no travesseiro e uma das mãos sobre o corte. Dei um leve riso. Agora sim eu podia sentir perfeitamente o meu sangue quente inundar aquele lençol branco.


De onde é que eu tirei essa coragem?


Minha respiração estava falha... meu coração doía agudamente... talvez isso fosse o sinal de que faltava poucos minutos.

Parecia ter acontecido tudo tão rápido...


Eu não sei o que eu estou fazendo...

Eu não sei o que eu estou pensando...

Eu estou... tão... não... eu estou completamente perdido!


Tentei gargalhar. Mas não há mais nada que possa me prender neste mundo. A única pessoa que tinha a minha "corrente" fora embora... e aquele que estará com ela em breve, é justamente a pessoa que eu não suporto!


E porque...?


Eu nunca gostei muito de como este mundo é, o jeito que as pessoas são... parece tudo ser uma farsa e um jogo para que você caia num precipício mais tarde.


Eu não sei o que fazer daqui por adiante...

Eu estou mergulhando dentro de uma grande confusão...

Mas agora... acabou. Acabou.


Tossi manchando meu travesseiro de vermelho vivo, sentindo meu coração bater forte contra o peito. Sorri em meio a outro baixo riso.

Meus olhos pesavam... Estava tudo tão... calmo... em um silencio... tão confortável. Nada mais doía, e aquela angustia enfim sumira.

Esse com certeza era meu fim... e meu tão esperado começo.


Fechei os olhos lentamente abrindo um leve sorriso... então eu... adormeci...

...eternamente.




10h17min.



Ao longe, eu escutava a sirene de uma ambulância que passava em alta velocidade pelas ruas aqui perto do prédio todo de vidro na cor azul cintilante.


Tão estranho...

Eu não sinto nada... mas, porque eu ainda... consigo ouvir? Tão baixo...


- Moleque irresponsável...! – disse Max provavelmente cruzando os braços ao ver alguém me cobrir.

- Já era de se esperar algo desse tipo vindo dele, depois do acidente com a mãe... – disse Rose com a voz melancólica. – Eu sabia que devia ter mandado alguém ficar de olho nele...

- Esqueça Rose, não teria como você prever isso.

- Você ao menos poderia ter sido um pouco mais gentil com ele ontem. – o repreendeu seria.

- Ser carinhoso com quem me odeia não faz o meu tipo... – andou. – Mas estou sendo gentil agora, vou fazer o enterro dele junto com a mãe... Esta gentileza está boa para você?

- Vindo de você, o que mais eu posso esperar, néh!?


Rose saiu andando, deixando os barulhos do salto no chão.


O que foi isso...?

...




Hãn...!? Onde eu estou? Está tudo tão escuro... não consigo enxergar nada!


- ...Elliot...


Senti meus lábios se mexerem e uma forte luz através de minhas pálpebras. Abri os olhos piscando algumas vezes devido a luz branca. Quando eu pude ver melhor, era a luz de uma enorme lua sobre meus olhos. Virei o rosto um pouco para o lado; ajoelhada ao meu lado com seus olhos cor de sangue a me fitar, Marion.


- Pensei que você tinha dito que não podia ficar aqui. – sussurrei, a provocando. – Agora que eu estou aqui... Quem é você?


Marion sorriu.


- Deixe-me dizer, Elliot... As almas que adoecem de paz costumam me chamar de liberdade... Mas na verdade... Represento os Portões dos Céus e a Chave para o Inferno. Me apresento... Eu... – ela sussurrou lentamente com aquele sorriso zombeteiro. – sou a Morte!




Fim.


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Notas finais do capítulo

Bem, é isso...Acabou... infelizmente!Reviews?



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