Fall Of Angels escrita por Abraxas


Capítulo 8
Capítulo 8: Cairo.




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Sirenes estridentes ecoam na Praça de São Pedro. O vai e vem de militares, agentes, médicos e bombeiros tornam ainda mais caótica a situação. Os repórteres latem por respostas dos portas-vozes de palavras vazias de informações e verdades.
Os nossos heróis são retirados em macas de rodinhas e levados em furgões negros.
Horas mais tarde, numa das sedes da Arcana, na Italia, o grupo se reorganizou e tratou de avaliar o que aconteceu no Vaticano.
- Alguém sabe o que aconteceu com o Alucard? - pergunta Integra.
O agente Mc Dawton acompanhado de uma bela mulher negra chamada Síbila, mostram o relatório a respeito do incidente no Vaticano.
- Vou ser direta. - diz a mulher. O seu Vampiro e o Padre lutaram sobre os céus de Roma durante 47 minutos e 37 segundos, porém algo interrompeu a luta. Todos os equipamentos eletrônicos de Roma foram desativados.
- Então houve um "Blackout"? - apressa a inglesa.
- Não, Lady Hellsing. Não houve corte de energia, só houve o não funcionamento dos mesmos. Computadores, tramissões de rádio e TV, etc.
- Só sabemos da Verdade quando o Padre e o Vampiro retornarem da onde quer que estajam. - complata o agente Mc Dawton.
- Como estão os feridos? - pergunta preocupada Lady Hellsing.
- Bem... O Sr. Walter saiu do coma nesta manhã. Depois da operação, ele se recupera bem. Apesar de ter o seu Pulmão perfurado, ele é um homem muito forte e com fisiologia estranha. Contudo se recuperará. - e continua Síbila. A agente Doujima teve muita Sorte da faca não atingir em nenhuma artéria da coxa, mas ficará afastada por umas semanas...
- E Robin? - pergunta a loira.
A dupla de agentes da Arcana entreolham-se e coçam a cabeça.
- Pela medicina, ela está morta... - diz a negra.
- Chamamos um especialista em fisiologia vampírica, mas acho que é melhor que ela e Celes Victória conversem. Afinal foi ela que a "abraçou"... - completa o agente.
- E a cadela? - pergunta Integra com ódio.
- A Irmã Rosa Maria está presa numa cela de contenção. Estamos tratando que ela responda pelos crimes de tentativa de homicídio, obstrução da Justiça e assassinato. - diz mecanicamente a mulher negra.
- Então o nome dela é Rosa Maria... - cogita Integra.
- Ela pertence há uma ordem chamada Magdalena. Esta instituição fazia a função da fundação Iscariotes da década de Vinte no século passado. Durante a Segunda Guerra Mundial a ordem foi desativada e substituida. Até hoje, considerávamos extinta, agora...
- Parece que resurge das cinzas. Numa versão mais "Dark". - conclui a loira.
- Pior, Lady Hellsing. Subsidiária da instituição Iscariortes. - completa a agente Síbila.
Integra pensa: "Se não houvesse o ataque dos Anjos será que a instituição Iscariotes iria atacar a Hellsing como muito mais crueldade?"
Subitamente, um outro agente da Arcana comunica aos dois algo que deixa ambos satisfeitos.
- Os brigões foram localizados e estão vindo para cá. - diz Síbila.
Quarenta e cinco minutos depois, o trio espera o furgão com os dois homens. Estranhamente calmos e desanimados, a dupla desce do furgão. O Padre segura o que era o objeto, sem o líquido negro.
- O que aconteceu, Alucard? - pergunta Integra.
- Líquido escapou... - responde o Padre Anderson. O líquido fugiu do seu confinamento...
Robin observa os fios e tubos presos em seu corpo sem Vida. Com uma expressão deprimida, começa a arranca-los dos seus braços. Depois desse ato de rebeldia, ela senta-se escorando na cabiceira da cama e cruza os braços como uma criança com birra.
- Parece que o Mundo dá volta, não é italiana? - pergunta uma voz bem conhecida.
- Pelo que vejo acho que você trouxe o meu jantar... - diz Robin em tom irônico.
Era um balde com gelo e dentro uma farta e suculenta bolsa de sangue. E empurando o carrinho a mais sensual Vampira da Hellsing. Celes Victória.
- Vou ser a sua enfermeira apartir de agora.
- Tem curso, policial?
- Não precisa. É só jogar o sangue no prato e tomar como fosse uma sopa e... VOULÁ!!! A mais nova Bruxa Vampira do pedaço vai despontar para os seus fans!!! - e Celes coloca a pequena mesinha para cama.
- Legal... - diz Robin desanimada.
- Ora, moça... Agora aquele bonitão vai se jogar aos pés. Afinal ele tem tara por garotas dentuças... - e mostra os caninos ponteagudos.
Robin repete o mesmo gesto para a amiga.
Quando a Vampira loira coloca o prato na mesinha, a policial faz a pergunta:
- Então, qual é a sensação de estar morta?
- Horrível. - responde prontamente.
- Horrível?! Tu não viu nada. Espera só quando sentir a BESTA querendo tomar conta de você. Ou quando começar a ver as pessoas mais pelas circulação sangüínea do que pela aparência. Sexo... Nem pensar. Tu sente mais vontade de rir do que sentir prazer. E isso que os registros dizem... - e Celes faz uma cara de inocente.
- E eu acreditei que você era virgem!!!
- E sou! Pura e imaculada. Como uma Santa. - e pisca os olhos.
Robin ri.
- Puxa! Eu consegui tirar um sorriso neste rosto. Que bom! - e despeja o sangue no prato.
- Não devia estar quente?
- E sentir o gosto metálico?! Não!!! É bom sentir o açúcar e os nutrientes. Não tem coisa igual. Frio, aprimora o paladar...
- E evita de morder os outros...
- BINGO! Pegou o espírito da coisa!
E Robin sorve o líquido escarlate.
- Delicioso... - elogia Robin.
- Foi o que achei depois que tomei. Bem... Hesitei bastante antes tomar a minha primeira dose. Sabe aquela Esperança idiota que você vai voltar a forma humana um dia? É isso.
- É como disse. Um manjar dos Deuses. Um néctar! - e continua tomando.
- Você gostaria de saber quem é o doador, Robin? - pergunta Celes com um olhar sinistro.
- Quem? Estou curiosa.
- Este sangue é daquela cadela que te jogou nesta cama.
Neste momento, Robin pára de beber o líquido.
- Este sangue é daquela freira psicopata?
- Isto mesmo!
Então, a italiana faz uma expressão demoníaca e diz:
- Eu quero esta dieta todos os dias. Até que aquela vagabunda fique seca. Nenhuma outra, só o dela!!! - aí Robin volta a tomar, com afinco, a sua "frugal sopa" de sangue.
Integra gela até a alma.
- O líquido o que?!
- O líquido escapou. - esclarece Alucard. Eu e este idiota lutávamos. Certo. Estava divertido, quando...
- ...este Demônio atirou em mim. Era óbvio que podia escapar, mas...
- ...este paspalho colocou o artefato para se proteger. - interrompe Alucard a explicação do Padre.
- Eu estou dizendo que o objeto se deslocou sozinho. - corrige o Padre Anderson. Ele se movia sozinho! PALAVRA! Parecia estar possuido...
- Lógico, papa-hóstia! Este artefato tem esta função.
- Por isso que queríamos devolve-lo, sanguessuga! Vocês, inimigos de Deus, conseguiram o que queriam. Destruir a Humanidade. - conclui o Padre.
Alucard rosna e avança em direção do sacerdote.
- Pare, Alucard! - ordena Integra.
E o Vampiro obedece.
- Padre Anderson, acho que agora as nossas diferenças devem ser colocadas de lado. - contemporiza Integra. O Mal está feito. Devemos localizar o líquido e prende-lo. Só aí, vamos decidir o que devemos fazer com ele.
Subitamente, a dupla fica de cabeça baixa.
- O que foi? Tem algo que não me contaram? - pergunta de forma autoritária a loira.
- Aquele líquido... Não é nada que posso conceber... - diz Alucard.
- Se fosse um líquido "vivo" seria até fácil, mas é algo que está além da nossa compreensão. - completa o Padre.
- Como assim?
- O Tempo parou. - diz Alucard. Não é uma metáfora!
- O Ar fugia dele... - completa o Padre. Era Anti-natural. Como o Universo inteiro o rejeitasse, como um corpo estranho.
- O que?! - exclama a loira.
- As formas que assumia... Não! Aquilo não é líquido! Era... Sei lá! Não era sólido e nem gasoso. - diz o Vampiro atordoado.
- Abstrato. - diz Síbila que ouvia a conversa em silêncio juntamente com o agente Mc Dawton.
- Acho que esta palavra pode definir, um pouco, aquilo. - diz o Padre.
- Menos mal. - diz a mulher negra. Pensei que fosse Antimatéria.
- Como assim, agente Síbila? - pergunta Integra.
- Pela quantidade que vocês disseram que possuia neste artefato. Se fosse realmente Antimatéria, a extinção dos Dinossauros seria fichinha comparado a destruição que isso iria fazer. Se todas as Bombas Nucleares do Planeta explodissem ao mesmo tempo, não teria a mesma força de destruição desse "corpo".
- É que a Antimatéria e a Matéria se anulam mutuamente. - explica o agente Mc Dawton. Os Átomos e Antiátomos se destroem quando entram em contato causando uma reação em cadeia nos outros átomos. Um único Antiátomo provocaria uma explosão atômica, imagine cinco litros...
Todos sentem um medo latente.
- Vocês não tem idéia do que fizeram, humanos... - uma voz desconhecida.
- Quem?!
- Sou o que vocês chamam de "Anjo", senhora.
Todos os presentes olham para o Ser.
- Explosões não são a única coisa que pode destruir um Universo inteiro... - completa.
O "Anjo" tinha a aparência de um homem comum como qualquer outro. Oriental, terno, calça, sapato, gravata, típico executivo. Sério, ele diz as seguintes palavras:
- Aquele "líquido", segundo suas palavras, é algo um pouco complicado para explica-los...
- Bem, já que fomos indiretamente responsáveis pelo o que aconteceu. - diz o agente Mc Dawton. Gostaríamos de saber do que estamos lidando.
O "Anjo" o olha com indiferença e diz:
- Vou explicar de um modo que possam entender e aceitar como "plausível". Vocês, humanos, só conhecem um único Universo. O seu. Composto de Matéria e as regras aplicadas a esta. Fora isso, há explicações Metafísicas a respeito de algo além da Matéria, certo?
Todos concordam ali.
- Muito bem. Recentimente vocês descobriram a Antimatéria. Através da emissão dos Raios Gama vindas do Espectro do Espeço que possuem partículas de Antiprótons. Muito bem. Existe uma Teoria que o seu Universo foi formado por uma explosão. O Big Bang.
- Alguns dos seus cientistas afirmam que essa explosão foi originada por uma colisão de Matéria e Antimatéria e tudo que conhecem deve-se a "vitória" da Matéria sobre a Antimatéria. Muito bem. - continua o "Anjo". Vamos supor que, em algum lugar, a Antimatéria tenha vencido e criado um Universo de Antimatéria. Aí chegamos a conclusão que não existe um único Universo, mas sim, dois.
Todos ficam em silêncio.
- Vamos pela lógica. Se pode haver dois Universos, pode haver mais. Das mais variadas possibilidades possíveis e regras aparentimente incomcebíveis em seu Universo. Na Natureza do seu Mundo, há essa variedade.
Alguns não aceitam, mas concordam.
- No seu Universo, todas as formas de Vida são "separadas" fisicamente. Não há uma "unidade" entre elas. Mas uma tomada dos nutrientes de uns dos outros para a sobrevivência do mais "forte". Todos os seres vivos se adaptam a essa "Regra Universal". Mata-se para alimentar outros. na Religião Budista chama-se este processo de impermanência. Ou como diz Lavosier: " Na Natureza, nada se perde tudo se transforma." Talvez seja a explicação da Morte. No seu Universo. Agora imagine um Universo que vocês chamam de Vida, tenha sido formada por um único Ser. Um único Ser Vivo no Universo Inteiro.
Sintia-se um clima gelado no Ar.
- Um único Ser de uma quantidade de Tempo incomcebível aos padrões humanos. Seja Onisciente, Onipresente, Autófago, Infinito, mesmo para os padrões do seu Universo, e terrivelmente curioso.
- É Deus! - conclui apressadamente o Padre Anderson.
- Em termos dos seus Crdo, sim, é ele. Porém, Ele não criou nada. Ele é apenas uma criatura como qualquer outra. Quem sou? Daonde vim? Para onde vou? Imagine este tipo de eperguntas para uma criatura que tem proporções Universais?
- Bem... Se fosse assim, eu queria saber se existe algo além... - divaga Síbila.
- Exato. Então começa a estudar outros Universos, como vocês dizem, como um passatempo. Um brinquedo em escala cósmica. Como em cada Universo existem regras estabelicidas...
- Então Ele teria que aprender como funciona cada Universo. - conclui o agente Mc Dawton.
- Pela pior maneira possível. Tentativa e erro. - completa o "Anjo".
- Quantos Universos Ele destruiu? - pergunta Síbila.
- Quantas estrelas você consegue contar durante a noite? - com essa pergunta foi dada a resposta para a agente da Arcana.
Todos ali ficam apavorados, porém Integra pergunta com sua típica frieza habitual.
- Se você é servo dele, por que o comentário desse? Será que esse é o "recado" do seu Criador para nos ameaçar?
O "Anjo" responde com igual frieza:
- Também, mas, infelizmente, as suas ameaças nada valem. A destruição já começou...
- Como assim? - pergunta a agente da Arcana.
- Com a liberação do líquido.
- Mas, afinal, o que é aquele líquido? - pergunta Alucard.
O "Anjo" foi direto.
- Aquele líquido é uma pequena parte Dele.
Todos ficam atordoados. Sabendo que as pessoas estão sem palavras, o "Anjo" continua a sua explicação.
- Agora que sabem quem é o meu Criador, agora vou explicar como Ele destruiu vários Universos.
Com um pouco de raiva, Síbila pergunta:
- Por que Ele é tão mau?!
Frio, como sempre, ele responde:
- Vou explicar de forma lógica as suas atitudas. Imagine uma criança que "quebra um brinquedo ou mata um passarinho. Qual é a sua reação? Perda, culpa e tristeza. Entretanto, essa mesma criança tenta entender o porquê disso. Mata mais, todavia aprende com os seus erros e evita de faze-los. Atualmente, este Ser tem consciência do seu tamanho e Poder.
- Ainda não explicou sobre o líquido... - diz impaciente Integra. O que ele é capaz de fazer?
- O Senhor tem desinginos misteriosos... Entre elas, lançar uma pequena parte de si mesmo para analisar deste ou aquele Universo. Se pode manifestar fiscamente ou não? Assim, caso o referido Universo o rejeite os danos para ambos serão mínimos. Só que neste Universo a qual estamos o resultado foi surpreendente, o corpo não destruiu ou foi destruido, mas adquiriu consciência. Uma versão menor do original e com uma ojeriza incrível de sua origem. Tratou de fugir pelo Cosmo, como o Meu Senhor não conhecia direito as Regras do seu Universo...
- Então não o alcaçou... - conclui o agente Mc Dawton.
- Mas, como o Tempo, aprendeu como são as Leis Universais daqui. Graças a isso, pudemos existir. somos os servos Dele. Criados a partir de estruturas químicas do seu Universo, para que não aja "rejeição" ou outro como aquele. Foram milhões de anos de procura, mas conseguimos captura-lo. Porém fomos capturados por um... Como vocês chamam aquela vórtice gravitacional que captura toda a Matéria?
- Buraco Negro. responde o agente da Arcana.
- Isso. - concorda o "Anjo". As nossas formas anteriores foram destruidas, mas o objeto conseguiu escapar. De alguma forma...
- Pode ser que tenha os controlado parcialmente. - diz Integra. Como aconteceu no Vaticano, quando o outro "Anjo" segurou o objeto e este virou pó.
O "Anjo" cogita e diz:
- Isto será levado em consederação... Sua informação é muito útil...
"Quer dizer ele ainda está aprendendo?" Todos pensam.
- Você é uma Entidade ou um mecanismo autônomo? - pergunta Síbila.
- Um Robô. - responde. Assim fica mais claro para vocês.
E aí começa uma bateria de perguntas.
- Por que voc~es mataram aqueles pessoas em Londres e Dublin? Por que assumiram uma postura tão religiosa? - pergunta Integra agoniada.
- Respondendo a primeira pergunta. Elas não estão mortas. As pessoas serão "devolvidas" após a recuparação do "fragmento". E s segunda, o Tempo no seu mundo é muito rápido e sua cultura é muito mutável. A nossa úlitma visita que fizemos foi há apenas 600 anos atrás na sua estrutura de Tempo.
Assim ficou explicado o porquê da conscepção religiosa.
- Quais são os poderes daquele "fragmento"? - pergunta o Padre Anderson.
A resposta foi como um soco.
- O que imaginar. Os seus poderes são limitados apenas por sua imaginação.
Suas dúvidas são inúmeras, todavia o corpo vaga sem rumo entre as dimensões desse Universo e do Mundo a qual foi libertado. Matéria, Leis Físicas e Químicas, Campos Psíquicos, Planos Espirituais, Estruturas Mágicas, Realidades Alternativas, Paradoxos, Mundos atemporais, Pantóes Divinos, Coordenadores Universais...
"Universo fascinante!" Cogita o corpo. Ele recorda da úlitma vez que vagava livre em todas as dimensões somente para fugir. Durante a sua fuga aprendeu algumas coisas a respeito desse Universo. Uma delas é que podia adaptá-lo e manipulá-lo como quisesse, mesmo rejeitando-o.
"Livre arbítrio?" Cogita o corpo. "Não. Controle estrutural? Não. Este Universo é caótico, todavia parece que há forças e poderes tentando por uma espécie de ordem. A essência desse Universo me aceita, mas as estruturas, não. Parece que sou mais 'harmônico' ao Universo que os seus Administradores. Isto é bom..."
"Pois se antes fugia e fui capturado, quiçá lutar poderei existir num Universo só meu. A minha imagem e semelhança..."
Subitamente o estranho corpo fica diante uma árvore de fogo. Na sua forma amórfica, o corpo começa, inconscientimente, a assumir a forma da fantátisca árvore.
- Olá, ente! - comunica algo. Gosta do que as suas percepções descobriram?
Curioso, o corpo constata que está diante uma forma humanóide feminina. Sem feição, com cabelos compridos que quase alcança os pés, nua e transparente.
O corpo assume uma forma similar a humana só que com a cor preta. Só aí responde:
- Sim. É belíssimo!!! Afinal, o que é?
- Yggydrasil, Pardes, a Árvore Sagrada, a onde a Vida se apoia. É o que permite os Espíritos se fixarem na Matéria.
- Aonde a Ordem domina o Caos? - conclui o corpo.
- Isso. Onde faz o Universo ser o que é. Sem essa Árvore, a Matéria se liberta das Leis Universais e volta a ser inerte e estático.
- Conclu-o que você seja responsável pela preservação e ordem dessa Árvore? - pergunta o corpo.
- Sim.
- Como se chama?
- Gosto de chamada de Gaia.
- Muito bem, Gaia. Vamos supor que uma entidade, desesperada por sua existência, resolva utilizar esta Árvore para os seus devidos fins. Esta controlará o Universo?
A fêmea transparente responde:
- Não... - e ri. Esta Árvore só administra um único Mundo. Existe trilhões delas na galáxia. Imagine no Universo...
- Que bom. - conclui a fêmea negra. Então posso fazer o que estou pensando sem chamar muito a atenção...
- Isso o que? - pergunta a transparente.
Subitamente o corpo negro absorve a transparente.
- Lutar até o fim. - e um sorriso largo surge no rosto negro sem face.
Agora, a outrora criatura amórfica é uma Entidade que administra as estruturas de sustentação da Vida em nosso Mundo. Segundo o Ente, tediosa por sinal. Em pouco tempo, o Ser procura uma nova ocupação, observar a estrutura da Árvore.
Assim descobriu várias novas constatações.
A Vida humana é muito divertida...
Está certo que outros animais desse Mundo sejam fascinantes, todavia a humana é a melhor. Tanto os vivos, quanto os mortos.
Os vivos ficam gastando o seu Tempo em construir castelos de aréia, pelos menos, a maioria. Sonham, idealizam, criam... Vivem, apenas.
Já os mortos ficam inertes, entretanto eles meditam e refletem sobre suas existências anteriores. Uns ficam felizes, outros aliviados e há outros que tem ódio e muita tristeza...
Todavia, o Ser começa a observar uma das inúmeras folhas caídas que cobrem a raiz da extraordinária árvore. Ouve-se um pequeno murmurrar daqueles que, um dia, já foram vivos.
Sensibilizada, a mistériosa fêmea resolve colher uma das inúmeras folhas dal. Concentra-se e tenta comunicar com a folha. Nisso o Ente entra na Mente do fantasma...
O local era um quarto escuro, um pisca-pisca luminoso no outro lado da rua e um homem alto, de sobretudo preto, da mesma cor dos seus cabelos, aponta a sua arma, que saia uma pequena fumaça na ponta do cano, para uma garota. Devia ter os seus 17 anos. Ela gritava para o homem estático.
- Por que me matou?! Por que me matou?!
O seu tórax estava manchado de sangue. Também usava um sobretudo. Uma leve blusa que foi branca, cabelos escarlate, fisionomia cigana, calças jeans e botas. Era uma bela jovem que tinha muita Vida pela frente...
- Menina, por que choras? - pergunta o Ente.
Só aí, a menina pára de gritar e começa a soluçar. Mais controlada, a garota explica o seu drama ao Ente:
- Senhora, este desgraçado me usou para caçar outros como eu. Depois ele me traí e me mata! ISTO NÃO É JUSTO!!!
- Todos nós somos usados, de uma forma ou de outra. - explica o Ente. Posso ler em sua Mente o quanto sofre e o tamanho de sua dor. Creio que você o amava.
Uma cascata de lágrimas desaba no rosto da jovem.
- Traída e morta por aquele que amou. Que triste...
Nisso a Entidade abraça a garota.
- N-não pude nem ao menos despedir de minha mãe... - soluça a garota.
- Não se preocupe! - diz o Ente. Que tal uma nova chance de dar o troco neste verme?
- D-dar o troco?
- Sim. Eu estou fugida de uma diabólica criatura que quer me destruir e você quer se vingar de um crápula. Que tal unir-mos nas nossas forças? Você terá poderes inimagináveis, poderes de uma Deusa!
- Deusa...
- Sim! Você terá a sua vingança e eu, diversão. Se quiser, poderá ter todo o seu Mundo de origem, que tal?
- Vingaça... Poder... Todo o Mundo... SIM!!! Eu aceito! Quero todo o Poder que era meu por direito e os desgraçados que me tiraram! Quero reinar absoluta mais uma vez!!!
O Ente negro gargalha enqunto funde-se ao espírito vingativo da garota de cabelos vermelhos...
O "Anjo" espera mais perguntas, afinal, neste momento, todos são aliados. Quanto mais, melhor, pois, nesta altura, a criatura deve estar se "familiarizando" com o Mundo. Como é um "robô" com consciência, ele pode tomar certas decisões ou ter pensamentos indepedentes. Por isso o "Anjo" explica mais alguns detelhas aos seus novos aliados.
- A parcela do meu Senhor, depois que adquiriu consciência, tem, como hábito, absorver a psicologia, cultura, postura moral e ética desse ou daquele povo dominante. De preferência, com inteligência especulativa. Em suma, vocês, humanos, estão sob medida aos critérios de "absorvição" do Ente...
- Quer dizer que somos o "prato" favorito dele? - pergunta Alucard.
- Exatamente. - responde o "Anjo".
- Acho que vou vomitar... - comenta Síbila.
- Que estupidez aqueles ETs trouxessem este tipo de coisa ao nosso Mundo. - diz Integra.
- Não creio que sua chegada a este Mundo tenha sido ocasional... - completa o "Anjo". Mas sim, premeditada.
- Como assim?! - exclama Integra.
- Como vocês disseram o objeto de contenção tinha falhas, por isso tinha consciência parcial do meio externo, como também controle parcial do mesmo. É natural que planejou a sua fuga para um Mundo que tenha divisões políticas, ideológicas e religiosas. Aqui vai ser como um Paraíso para ele...
- Como uma Serpente no Éden... - comenta Integra.
Subitamente, o agente Mc Dawton atente o chamado do celular. O homem fica pálido e desliga o aparelho.
- O que foi? - pergunta a sua colega.
- Localizaram uma atividade paranormal no Cairo, Egito... - responde quase estático o agente da Arcana.
-Por que a surpresa? - pergunta Síbila.
Os olhos do agente Mc Dawton beiram a quase demência.
- Algo está usando as pirâmides do Egito como fosse um brinquedo de encaixe. Estão fazendo uma das mais antigas construções da História humanidade de PIÃO!!!
Todos imaginam as Pirâmides girando sobre a aréia do deserto do Saara como piões.

Horas mais tarde, todo o efetivo da Hellsing, Solomon, Arcana e, até mesmo, o Padre Anderson foram até o Egito da avião.
Durante o vôo, os remanecentes da batalha contra a freira psicótica foram tirar satisfações com o Padre Anderson.
Com os braços cruzados, o Padre encara os seus algozes.
- Como pude aceitar treinar uma assassina? Bem... Vamos deixar de sermos hipócritas, numa guerra, seja qual for, mortos e feridos. Garanto que aqueles ferimentos na Irmã Rosa Maria não foram feitos por ela mesma. São concussões, contusões e até queimaduras que estavam no seu corpo.
- Mas foi ela que começou! - diz Celes.
- Eu que pedi para impedir a saída de todos, a todo custo. Para que não atrapalhassem a minha luta contra o Demônio Vampiro.
- Ela não precisa ter me matado. - diz Robin. Eu estava quase fora de combate...
- Isto mesmo que você disse, quase! - completa o Padre.
- Isso não justifica, Padre Anderson!!! - diz o agente Mc Dawton. A Hellsing é inimiga da Iscariotes e não a Solomon.
- Será mesmo, agente?
O agente Mc Dawton fica atordoado diante a pregunta do Padre, antes de esboçar algum comentário, o Sacerdote explica o porquê do ataque da Irmã Rosa Maria aos agentes da Solomon.
- O ódio dela é porque os seus pais foram mortos pela Solomon. Eles eram Bruxos. Só ela e a sua Irmã mais velha escaparam. Depois da captura dela, pela mesma Solomon, a irmâ Rosa Maria entrou para o convento Magdalena. Para se proteger, pois ela é uma Bruxa. Entendeu, Robin, querida?
A Vampira italiana sente o peso da Culpa...
- Você só colheu o que plantou, só isso. - pisa mais ainda o Padre.
- Um homem de deus deveria ensinar o valor do Perdão e não do ódio. - diz Karasuma.
- Claro, senhora. O Perdão de Deus só é dado aos homens quando reconhecem os seus pecados e aceitando do Poder Dele através da Santa Madre Igreja. Fora disso, são hereges e prostitutas que vendem os seus corpos aos Deuses Pagãos modernos.
- Aonde fica o papo de odiar o pecador e não o pecador? - pergunta Sakaki.
- Termina quando o pecador usa o pecado como bandeira e usa as armas para isso, garoto... - e sorri o Padre. Além de Padre, sou um cruzado. Liberto as almas dos pecadores corrompidos pelo Mal. O que está acontecendo no Egito é a prova doque digo. estou aliando a vocês somente por conveniências estratégicas, pois aquela coisa negra é o Mal absoluto e vocês são peças dela. Só que não adimitem isso. Então a luta contra ela, como um dono que aperta demais a sua coleira. Basta afroxar um pouco e encher o prato de ração que a fidelidade retorna...
Ninguém mais puxou assunto com o Padre até o final da viagem.
Em seguida, Celes vai em direção do seu Mestre e faz a seguinte pergunta:
- Mestre, eu estou curiosa. Quando houve aquela luta com aquele doido fanático ali, avisei sobre o perigo do Sol. Pensei que podia destruí-lo...
- E ainda pode. - responde Alucard.
- Como...
- ...eu não fui destruido?! - completa. Simples. O tempo estava nublado. A Luz Ultravioleta não ultrapassou as nuvens. Sorte.
- Então não é a Luz do Sol que nos destrói, mas sim, a radiação Ultravioleta.
- É isso! - e Alucard poe as mãos atrás da cabeça e se ajeita na poltrona.
Celes bate os ombros e se senta.
Quando os grupos chegam ao local onde está ocorrendo o fenômeno, a incredulidade atinge a todos.
Os Vampiros, Alucard, Celes e Robin, os agentes da Arcana, Síbila e Mc Dawton, os agentes remanecentes da Solomon, Amon, Sakaki e Karasuma, os agentes hmanos da Hellsing liderados por Integra Wingacy Hellsing e o Padre Alexander Anderson vêem o impossível.
As três pirâmides, Queops, Quefron e Miquelinos empilhados, um em cima do outro, de cabeça para baixo e no topo, que é a base da pirâmide, a esfinge se equibrando neste bizarro "Castelo de Cartas".
Subitamente, tudo é colocado nos seus devidos lugares, como nada tivesse acontecido. De repente, ouve-se um assobio. Como daqueles que se ouve quando um jato super-sônico dá um rasante. Em seguida, uma mulher de roupas sensuais e totalmente pretas, sem reflexo, porém a sua pele branquíssima e longos cabelos vermelhos, veio voando e ficou parada flutuando diante os presentes.
Quando o seu belo rosto pôde ser visto por todos os agentes da Solomon ficam estarrecidos, exceto Robin. Amon era o mais apavorado...
A mulher aproxima-se justamente do líder da STN-J e diz bem próxima do seu rosto:
- Eu estava esperando por você, Amor. Quanto tempo... - e ruiva sorri.
Robin, surpresa, pergunta para Karasuma quem é essa mulher. Nisso obteve a seguinte resposta:
- Ela era a sua antecessora, Robin.
Só aí, Bruxa Vampira exclama:
- ESSA AÍ É A TAL DA KATE!?!
Enquanto Amon fica paralizado como um rato ante uma víbora, Kate alisa o seu rosto com uma delicadeza fora do comum. a ruiva olha bem nos olhos de sua paixão, não com ódio, mas curiosidade...
De súbito:
- Então você sente culpado por me matar... - diz a ruiva.
O beduino fica surpreso.
- Sim. Eu estou lendo a sua Mente. Tinha que saber o motivo. Entendo. Você cumpria ordens, além de ter medo de mim e do meu Poder. Amon, meu amado, jamais te machucaria. Sei que a Solomon foi a responsável pela minha Morte. Você foi apenas uma peça do tabuleiro. Por isso, eu te perdôo. - e beija levemente os seus lábios.
Em seguida, ela foi até Sakaki.
- Fala, atiarador! - diz a ruiva.
- Oi, Kate... - responde.
- Pelo menos, você não está todo quebrado dessa vez...
- Estou evoluíndo...
- Que bom. Olá, cartomante!
- Como vai, Kate? - pergunta Karasuma.
- Ainda tira as cartas?
- Você sabe que parei... - responde sem olhar nos olhos.
- Antes ou depois da minha Morte?
- Não foi um dos melhores momentos da minha Vida...
- Imagino. Aonde está aquela preguiçosa da Doujima?
- Ela está ferida, Kate. - responde Sakaki. acho que ela vai gostar de vê-la...
Todos olham, com censura, para o agente da Solomon.
- Calma, crianças! - diz a ruiva. Jamais iria machacar a minha melhor amiga. Sinto falta do Michael. Hum... Voulá!!!
Como num passe de mágica, os outros dois agentes da STN-J surgem diante da mulher.
- O que estou fazendo aqui?! - pergunta a loira. Como a minha perna está curada tão rápido?! Por que estou com o uniforme da Solomon?! - quando vira o rosto na direção da ruiva, exclama. OH, MEU DEUS!!!
- AAAAIIII!!! DOUJIMA!!! - grita a ruiva. Que saudades!!! - e abraça a loira.
- Kate!?! Como!?!
- Eu voltei a Vida. Só isso! - diz a ruiva com um sorriso de orelha a orelha. Lembra das nossas desventuras no Shopping? Poderemos fazer tudo de novo!!! Vai ser super-divertido...
- Claro... Claro... - diz mecanicamente a loira tendo uma leve suspeita do que seria a razão de sua amiga esteja ali.
- Fala, Hacker!!! - diz a ruiva agarrada, ainda, na loira.
- Kate?! Caramba!!! Desculpa eu não ter ido no seu enterro. Alguém tinha que ficar de plantão... Você sabe...
- Claro, Hacker. Posso contar um segredo? Nem eu! - e a ruiva gargalha, porém ninguém a acompanha.
Depois de perder o fôlego, só aí nota a presença de Robin.
Foi antipatia a primeira vista.
- Quem é essa coisinha? - e aponta para a Bruxa.
A sobrançelha da italiana pula de ruiva.
- O meu nome é Sena Robin. - responde contando até mil...
- Hunf! Só podia ser uma criança... Amon gosta de MULHERES, creio que ele não seja pedófilo. - diz a ruiva em tom de escárnio.
O sangue de Robin começa a subir à cabeça...
- Sabe, "Kate"... - diz com igual desprezo. Se você ler a Mente dele, verá que teve o mesmo dilema, mas optou em ficar com esta "criança"... - e dá um sorriso de triunfo.
Kate olha para Robin com ódio...
Em uma atitude corajosa, Robin encara a ruiva. Os olhares pegam fogo. Entretanto, a ruiva sorri, como lembrasse de algo. Em seguida, a mulher diz:
- Ora... Por que vou perder tempo com você? Afinal tenho
todo o Poder do Mundo. Posso destruí-la num piscar de olhos, posso alterar as suas memórias, posso, até mesmo, criar outro Amon, só pra você! - e cutuca, com o dedo indicador, o ombro da Bruxa Vampira.
- Que "gentileza"... - diz com deboche a italiana.
- Obrigada. - agradece bem metida e vai na direção do Vampiro Alucard. Então esse é o mais famoso e lendário cachorrinho de madame mais perigoso do Mundo?
- Intriga da oposição. - e sorri. Apenas faço o meu trabalho...
- Hum... - e continua a sua caminhada sensual e bastante rebolativa. Ora... Que menina bonitinha! Qual é o seu nome?
- Celes Victória. - responde seca.
- Que gracinha...
- Não gosto de você. - diz a Vampira.
- Gostei de sua sinceridade. - completa Kate. Vou ser sincera. Também não. Mas acho que tenho planos para você...
A policial rosna para a ruiva.
Indiferente, a mulher fica diante Lady Hellsing. Calma e fumando o seu cigarro, a loira inglesa diz para a ruiva:
- Que tal os seus adversários? - pergunta Integra.
- Acabo com todos em 47 segundos. Entretanto sei exatamente o que está pensando. Por que não poderia utilizar este Poder para auxiliar as pesoas? Acabar com a Fome do Mundo ou coisas assim... A questão é, Integra, será que merecem?
Lady Hellsing sente um calafrio.
- Sabe, querida. São mais de seis bilhões de indivíduos. Todos são agentes poluidores e destruidores dos recursos do Planeta. Será que não é hora de dar um basta nisso? Não acha que humanidade está destinada a destruição? Por que não acelerar o processo?
- Porque não seria ético. - responde o agente Mc Dawton.
- O que é Ético? - pergunta a ruiva.
- Como assim ?! - indaga o agente. Bem... Ética é a parte da Filosofia que estuda os deveres do homem para com Deus e a Sociedade. Em suma, a Ciência da Moral.
- Exato! Deveres. Agora está aí o ponto. A quem devo prestar contas de meus atos, se tenho o Poder que vocês chamariam de Deus? Quem poderia me punir?
Todos ficam em silêncio.
- Se devo prestar contas a alguém, só a mim mesmo. Nenhum Poder neste Mundo pode me deter. A única saída para vocês é me servir. Afinal, não se pode contraiar os Deuses, não é verdade?
- Discordo! - diz alguém.
- Quem?! - indaga Kate.
- Existem poderes bem maiores que você. Por exemplo, aquele que te criou... - diz a voz com autoridade.
Quando a ruiva vira o seu rosto na direção da voz e constata que há uma legião de Anjos para lutar contra ela.
- É hora de voltar para casa, "Fragmento"... - completa o Anjo.


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Notas finais do capítulo

=============== Fim do Capítulo 8 =================



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