Um Conto de Fadas Diferente. escrita por Val-sensei


Capítulo 2
O conto de fadas que acontece.




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Capitulo 2: O conto de fadas que acontece.

Ariel foi crescendo e crescendo...

- Ei autora, eu já disse que a história e minha, deixa que eu conto ela, da pra parar de se intrometer.

- Está bem. Há história e toda sua, pode prosseguir.

- Obrigado autora. Bom continuando a minha história.

O tempo foi se passando e aquela história de conto de fadas meio que começou a acontecer comigo. Eu já tinha sete anos quando uma mulher linda e rica se aproximou do nosso pequeno barraco de lona e disse:

- Ei menino, chame seu pai, eu quero falar com ele.

- Sim senhora.  

- Pai, tem uma mulher querendo falar com você lá fora.

- Eu irei vê-la. _ meu pai disse saindo da tenda improvisada.

Assim que meu pai saiu, viu a senhora distintamente montada em luxo.

- O que a senhora deseja?

- Me casar com você?

Nós dois olhamos àquela senhora espantando.

- Mas como à senhora vai se casar com alguém que a senhora mal conhece?

- Pelo contrario, eu os conheço muito bem, investiguei tudo sobre vocês.

- Como?_ perguntei a ela.

- Com detetive particular, é para isso que o dinheiro serve meu garotinho.

- Mas por que a senhora quer se casar comigo?_ Meu pai perguntou a ela.

- Porque eu precisava encontrar alguém viúvo ou solteiro e eu encontrei você Manuel, é o único na cidade. _ disse a mulher o olhando com certo nojo e desprezo para nós.

- Mas por que eu? Eu não tenho nada, além disso, vivo ao deus dará e depressivo desde que minha esposa morreu. Por que a senhora escolheu a mim?

- Não é escolha Manuel é falta de opção mesmo. _ disse ela como se meu pai fosse o ultima opção. - Eu preciso me casar amanhã ou meus bens se vão e eu ficarei na vida que você está. Eu não quero viver na pobreza. _ ela disse como se a pobreza fosse uma coisa nojenta e suja e prosseguiu. - E também quero que meus filhos tenham um futuro no luxo que eles estão acostumados.

Nesse momento apareceram dois meninos em volta da mulher luxuosa. Um devia ter uns dez anos e o outro uns nove anos. Os dois aparentavam ser mais velhos que eu.

- Mas, não conhecemos a senhora. _ eu disse receoso.

- Ariel, não é?

- Sim, senhora.

- Há questão é, quer ou não quer uma vida melhor que essa que vocês vivem?_ disse ela.

- Se meu filho for ter uma vida melhor que essa, eu caso com a senhora, mesmo sem conhecê-la.

- Mais pai...

- Ariel, não se intrometa.

Eu tive que abaixar a minha cabeça e obedecer ao meu pai.

- Meu nome e Cindy e esses são meus filhos Ruan e Robert.

- Muito prazer._ papai e eu dissemos juntos.

Os garotos olharam com desprezo e a mulher disse:

- Seu filho terá emprego na minha casa, uma boa escola para estudar, comida e roupas. Ele será o filho do jardineiro. – Você Ariel, não poderá chamá-lo de pai e será seu empregado, dos meus filhos e meu.

Eu sabia que aquilo era fachada, pelo ao menos teria um tento pra viver. Eu olhei triste para meu pai e ele me disse:

- Filho, eu quero que pelo ao menos estude e seja alguém na sua vida, que tenha o que comer, onde dormir sem sentir frio, fome, ou os dois, eu quero que seja feliz meu filho e que sonhe em ser alguém importante em sua vida.

Eu sorri para o meu pai e a mulher nos levou para sua casa. Chegamos lá ela me mostrou o meu quarto. Era um quarto humilde ao lado do quarto do jardineiro, tipo quarto do empregado mesmo, mas eu estava feliz, muito feliz, eu finalmente teria um teto para dormir.  Cindy veio e me chamou, fomos fazer compras, ela, meu pai e eu. Pro meu pai, ela comprou tudo de grife, marcas da mais alta qualidade, para mim as promoções de calçados e roupas, mas eu estava feliz, muito feliz mesmo, teria roupas novas, sapatos novos, livros, cadernos e a tal da Cindy conseguiu uma bolsa de estudos integral para mim na escola onde só estudava os garotos da alta sociedade da cidade de Maribel. Claro que ela não iria gastar seu rico dinheirinho comigo pagando escola, mas estava ótimo eu iria estudar na escola dos filhinhos de papai, já estava de bom tamanho.

Depois nós fomos ao cabeleireiro e lá papai e eu, recebemos um trato no cabeleireiro. Eu estava vivendo um conto de fadas diferente, mas estava.

O dia passou rapidamente e o outro já amanhecia.  Eu comi com o jardineiro e nem vi meu pai naquele dia, afinal era o casamento dele e eu nem ia vê-lo se casar, mas mesmo assim eu estava feliz pela a vida que havia ganhado e me arrumei rapidamente e fui para nova escola.

Cheguei à sala e fui apresentado a todos, mas como eu era mais novo que os filhos de Cindy, eu fiquei em salas diferentes, os dois também foram à aula, já que a senhora não gostava que os filhos matassem aula à toa.

Eu me sentei a uma cadeira um pouco tímido ainda quando uma garotinha falou comigo.

- Oi meu nome e Julia.

- Muito prazer Ariel.

- O prazer e todo meu. _ eu disse a Julia e voltei à atenção a aula.

Chegou a hora do recreio rapidamente e adivinha o que aconteceu...

- Oi, pirralho pobretão, só vamos avisar duas coisas, você, não nos conhece, nunca nos viu, entendeu, ou sua medíocre vida vai virar um inferno. _ disse Ruan e Robert em sussurros quando passaram perto de mim.

Eu sabia que aquilo ia acontecer claro que eu sabia estava bom de mais pra ser verdade. Eu sai meio tristonho e fui para a biblioteca, porque eu sabia que aquela escola seria pior que a outra ainda mais se soubessem que eu fui menino de rua, ai que pioraria.

Comecei a estudar na biblioteca, ela era mil vezes maior que a da minha escola, quando Julia entrou e disse:

- Eu estava te procurando Ariel.  O que faz aqui no recreio?

- Eu fazia isso, na minha outra escola, não sou muito bom pra amigos.

Ela sorriu e disse:

- Então você acha a sua amizade nos livros, certo.

- Certo.

- Eu também.

- Serio, desde quando estuda aqui Julia?

- Desde bebe. Eu comecei no berçário daqui, as pessoas me olhavam enquanto meus pais iam trabalha e só voltava de noite pra casa.

- Nossa!

- E você veio de que escola?

- Se eu disser você não vai mais conversar comigo.

- Me diz vai.

- Escola Municipal Maribel.

- Então você ganhou na loteria, pra estudar aqui. _ ela sorriu.

- Não, para eu estar aqui hoje, meu pai teve que se casar com uma mulher rica só porque ela ia perder a fortuna dela e agora eu nem posso chamar meu pai de pai e ainda estudo aqui com bolsa de estudos e se tirar notas ruis eu a perco.

Ela me olhou assustada e disse:

- Nossa, me fala mais sobre você Ariel.

- Eu nasci em uma casinha na favela, ai minha mãe faleceu há um ano e meu pai perdeu tudo com dividas. Ele e eu morávamos em baixo da ponte até hoje e agora eu recebi essa chance e eu vou aproveitá-la ao máximo e dar orgulho ao meu pai, mesmo estando meio distante dele. Acabei virando filho do empregado.

Ela me olhou sorriu e disse:

- Viu você ganhou na loteria.

- Julia, não conte nada a ninguém, se não eles vão infernizar a minha vida.

- Pode deixar é nosso segredo.

Não sei por que, mas naquela hora senti que aquela garotinha era diferente.

Há aula acabou depressa e eu votei em casa, para começar meu trabalho, aos sete anos de idade comecei a aprender o oficio de jardineiro.

Meu pai não voltou naquele dia, devia ter ido a uma lua de mel de mentira, já que a tal de Cindy estava casando com ele só de fachada.

Ao anoitecer Ruan e Robert apareceram no meu quarto e disse:

- Você entendeu nosso recado na escola, não e mesmo pobretão.

- Sim.

- Então agora você nosso empregado e a partir de amanhã você fará as nossas mochilas, nosso lanche e vai passar os nossos uniformes.  _Ruan

- Mas eu não sei fazer isso.

- Aprenda com a passadeira, a cozinheira e com a arrumadeira._ Robert.

Eles saíram do meu quarto rindo...

Eu peguei aquele livro da historia da cinderela e me sentia própria, só que na versão masculina e pior eu era mais criança que ela.

Na manhã seguinte eu aprendi tudo direitinho e fiz o que os lordes me pediram e fui atrasado para a escola.


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