último Pedido escrita por uke_san


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

^^" tá um lixo, finalzinho tosco meu --"



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Parecia até uma palavra mágica. No momento em que disse isso Ruki virou uma estátua. Na verdade, não Ruki, e sim Matsumoto Takanori.

-Matsumoto Takanori. Acusado de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. De acordo com a ficha, a quadrilha já matou 32 pessoas. E também...

Não foi preciso falar mais. Ele agarrou a minha mão com força.  – E eu sou uma dessas vítimas. – a pressão na minha mão aumentava. Era possível sentir uma parte da montanha russa de emoções na qual ele passava. Uma espécie de explosão de memórias. Tudo devia estar voltando.

- Todo esse tempo eu já estava morto pra eles, Reita. Eu já estou morto.

E soltou a minha mão. Seu olhar ficou vago e marejado, como se estivesse vendo a vida passar pelos seus olhos. Com certeza Ruki não era culpado. Conheço bem os “esquemas” dessa prisão. Não há dúvidas que acusaram de ser o assassino, quando na verdade era a vítima.

-Ruki, Ruki! – Disse, tocando o seu ombro. – acorde! – mas ele permanecia imóvel. Por mais que eu chamasse seu nome, por mais que eu o sacudisse não conseguia nenhuma resposta, nenhum sinal de vida.

Como por instinto, abracei-o com força. Se Ruki já estava morto, eu ia fazê-lo voltar à vida. Graças a deus, ele não está perdido. Mas ele não pode morrer por algo que não fez. Não pode ficar assim. Não com ele.

-Ruki, escute. – respirei fundo. – Hoje a noite, fique acordado, em um canto do quarto onde as câmeras não te vejam. – respirei novamente, tomando fôlego. – Eu irei abrir a porta para você sair.

-Eu vou fugir? Mas com certeza vão descobrir que você me soltou! – O meu pequeno acabou de sair do transe.

-É lógico. Afinal, eu vou junto com você.

Está tudo acontecendo tão rápido! Meus pensamentos não conseguem acompanhar. De um dia para outro já vou fugir da prisão, sem ter nada planejado, sem saber como vou viver...

Mas isso não me importa. Vou viver. Viver ao lado dele. Vamos enfrentar juntos. E se não der certo, irei morrer feliz, com a certeza que tentei fugir do destino e com o meu último pedido em mente.

Me posiciono no local onde não é possível me ver pelas câmeras. E espero. Será que ele virá?

9 Horas da noite. Nada. 10 Horas, as luzes se apagam. 11 horas, silêncio total. Às 11 e meia esse silêncio foi cortado por passos.

O coração acelerando. As mãos tremendo. O corpo suando frio. Será Reita? Ou será que descobriram o nosso plano? Foi longo o caminhar da pessoa pelo corredor, até que parou em frente à minha cela e a porta se abriu. Era ele.

Saí de minha cela e no meu lugar ficou um papel, um bilhete que eu não sabia o que tinha escrito. Andamos silenciosamente pela prisão, tomando cuidado para não fazer o menor barulho. E para enganar as câmeras eu coloquei um uniforme policial para passar por despercebido.

Reita tinha as chaves. Passamos por todas as portas sem problemas. Só restava o portão. O vigia estava em sua cabine. Me aproximei dela. Ele estava distraído demais vendo uma revista qualquer.

Aproveitando a situação, avisei Reita com um sinal. Me virei para trás e vi um guarda se aproximando dele. Não, não, não! Anda Reita, anda!

Felizmente ele veio correndo, sem entender os meus gestos. Enlaçou nossos dedos e cruzamos a porteira. O barulho das cirenes não me importa. As luzes não me importam.

Não me importa que daqui para frente serei um procurado. O que me importa é que vou estar ao lado da única pessoa que confiou em mim e me amou de verdade.

A única pessoa que eu realmente amo.

O meu único e último pedido:

Reita. Quero ser feliz ao seu lado.


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Notas finais do capítulo

~musiquinha de titanic ao fundo~



Sério, odiei esse final xD