Fugindo da Escola escrita por Madu_Montserrat


Capítulo 4
Capítulo 4 - Paraíso de Verão




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 Paraíso! Isso só pode ser o paraíso! Será que eu morri? Deeeb, me belisca! - Bem-vindos a Cancún passageiros! - interferiu o capitão efusivo - Sim, Clarice, estamos vivas no paraíso! Viemos para o Caribe!

 As duas não se continham de tanta felicidade, mas essa felicidade logo acabou quando Clarice pensou como iriam sair despercebidas do navio. Mas Débora alertou que o problema não era sair do navio, e sim passar pela alfândega do Caribe sem documentação. Isso era realmente muito complicado.

 Como elas enganariam a polícia? As famílias à bordo já se colocavam em fila para desembarcar, quando um menininho disse para a mãe que precisava de seu ursinho que estava na mala. Daí surgiu a idéia, as meninas novamente teriam que se esconder, mas aonde? Nem a maior mala caberia as duas. Foi quando elas avistaram um navio que carregava container's. Era isso. Elas entrariam em um deles e quando eles fossem colocados no pátio de desembarque de bagagem as meninas iriam fugir.

 - Anda Clarice entra aqui!É um container de roupas, podemos pegar algumas peças para nos trocarmos quando necessário.

 - Se é o único jeito, então vamos nessa!

 Deb deixou a tampa semi-aberta para não ficar muito escuro e também para que pudessem enxergar, quando ninguém estivesse vendo, as duas saírem do container.E foi isso que aconteceu. Elas conseguiram fugir, com uma muda de roupa.

 A cidade era linda, o mar era de um azul turquesa e a areia de um branco sem igual que ofuscava qualquer outra coisa, a cidade era moderna e só tinha gente bonita e rica. Elas não tinham dinheiro, mas não era tão ruim como em Nova Jersey, porque elas passaram do inferno para o paraíso. Também não morreriam de fome com aquelas robustos e exóticos coqueiros.

 Ao anoitecer a seguinte pergunta invadiu a mente das garotas... onde elas dormiriam? Foi quando elas olharam ao mesmo tempo para um hotel à beira mar e viram sua enorme piscina de água cristalina com um gigante tobogã e cascatas rodeando-a.

 Quando deram por si já estavam se deliciando naquelas águas refrescantes. De longe, obsevava-as Romerito, o jovem nativo que servia coquetéis aos hóspedes no quiosque da piscina.Ele estava fascinado pela beleza estonteante de Clarice. 

 De repente surge o segurança do hotel dando-lhes uma bronca e levando-as para a gerência. Chegando lá, estava o bem vestido e arrogante gerente. Este começou a humilhar as meninas dizendo que aquele lugar era um hotel de pessoas ricas e elegantes e que a presença de meninas de rua era inconcebível, ordenando que elas se sentassem e esperassem a vinda da polícia para levá-las dali. Ao sair trancou a porta para que elas não fugissem.

 Romerito, que tudo acompanhou a distância,destrancou a porta e mandou que fosse correndo para o estacionamento. Mesmo não entendendo o porquê, obedeceram pois estavam aterrorizadas diante da possibildade de voltarem pra Jersey. No estacionamento, Romerito fez com que entrassem em seu velho carro. Assim que entraram escutaram as sirenes dos carros de policia. Romerito tentava dar a partida mas seu carro velho insistia em não ligar. As sirenes estavam cada vez mais próximas e o nervosismo tomou conta dos três. As sirenes cessaram e agora escutavam passos agitados dos policiais que faziam a busca. Clarice e Deb se abaixaram no banco de trás e no último segundo, finalmente, o carro deu a partida e eles foram embora discretamente para que não levantassem suspeitas.

 Depois de andarem por algum tempo, chegaram a um bairro simples, de trabalhadores onde morava Romerito.

- Quem é você e por quê está nos ajudando? - perguntou Clarice um tanto desconfiada.

- Ah, desculpe, sou Romerito, um nativo que trabalha no Park´s Cancun Resort. Vi que estavam encrencadas e resolvi ajudar.

- Poxa, obrigada, mas, você tem carteira de motorista? - riu Deb

- Tenho sim, por quê? - Aparenta ser tão jovem! - respondeu surpresa.

- Tenho 16, ganhei este carro de meu pai antes dele ir para África. 

- África? O que leva alguém a ir para a África? - interferiu Clarice

- O sonho do meu pai sempre foi acabar com a miséria dos países subdesenvolvidos. Mas ele não me deixou ir. Então fiquei com a minha tia que mora na casa da frente . - disse triste.

- E sua mãe? - perguntou Deb curiosa.

- Não a conheci.

- Ah, desculpe, não fazia idéia. - disse arrependida da pergunta.

- Sem problemas,bom, chegamos meninas! Elas olhavam aquela humilde casa, tão felizes! Dormiriam debaixo de um teto e teriam o que comer. Para elas não importava onde era, ao menos era, e isso era o que contava.

 Romerito teve que voltar para o hotel, do contrário saberiam que ele estava envolvido na fuga das meninas.

 Depois de comer desesperadamente as duas precisavam de um passatempo, ou se não, enlouqueceriam. Deb começou a cantar, ela tinha uma voz tão linda que Clarice ficou espantada, depois bem descontraídas enquanto Deb cantava a outra dançava. Nessa bagunça toda elas nem perceberam a chegada de Romerito, que se encantou também com a voz de Deb.

 Romerito se lembrou de que no hotel estava hospedado um grande produtor musical e começou a pensar em um jeito de fazê-lo ouvir a Deb cantar. Então ele tinha em mente um plano que faria com que Deb cantasse na praia e o produtor a escutasse. Ele colocaria uma carta debaixo da porta do empresário convidando-o para o luau que haveria na praia na noite seginte, prometendo uma grata surpresa. Ele levaria as meninas e Deb cantaria.

- Oi gente, desculpa interromper esse momento descontaido de vocês mas eu tenho um convite.- disse Romerito jogando esse mistério nas meninas.

- Mesmo? Que convite? - perguntou a mais curiosa, Deb.

- É um luau. O luau da Noite Tropical. Acontece todos os anos na cidade, vem gente de todos os lugares e vocês não podem perder!

- Mas não é arriscado? - Perguntou Clarice

- Não. Eu digo que vocês são minhas primas do Canadá, e o que ocorreu na piscina foi um lamentável incidente, aí o gerente deixará vocês em paz.

- Se é assim então nós concordamos - responderam.

 Romerito comemorou em seu pensamento.

- Mudando de assunto - comentou Clarice - Você sabe de algum trabalho aqui? Nós precisamos de dinheiro e você não pode nos sustentar.

Romerito com um sorriso suspeito na boca falou:

- Isso logo se arranjará...


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Notas finais do capítulo

Pronto! Fim do mistério,, deixem reviews *_*



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