• Você é muito cara de pau de me trazer na sua casa sem nem mesmo         dizer o seu nome. - foi a frase mais amarga da minha vida, e com         certeza isso não fazia nenhum sentido para ele, mas eu estava com         raiva, muita raiva.

• Desculpe-me. - um longo espaço de tempo perdurou em silêncio,         tempo que usei pensando na melhor maneira de fugir dele. Não! Para         quê fugir? Eu preciso é me vingar! - Mas o seu nome é? - pense         rápido, Maka!

• Isso não vem ao caso – fui amarga mais uma vez, droga, isso não         vai funcionar assim! Eu preciso me acalmar, pensar numa maneira de         fazê-lo sofrer!

• Eu digo o meu nome e você não me diz o seu?

• Exatamente. - agora eu forjei um sorriso.

É engraçado como os homens valorizam as mulheres que desprezam eles, os seres humanos são assim em certas ocasiões, ele foi extremamente educado e gentil comigo o resto da noite.

• Desculpe-me por não poder te oferecer nada melhor, mas você pode         tomar banho no banheiro do meu quarto e dormir lá, deixei umas         roupas minhas em cima da cama, não sei se vai te servir, mas em         fim, fique a vontade.

• Obrigada. - estava séria, mas eu outras ocasiões seria algo como:         “Que fofoooo! Você é tãão educadinho e fofooo! Quero apertar e         morder suas bochechas!” Mas eu estou com raiva! Apesar de estar         rindo por dentro da minha mente podre, eu estou com raiva!

Fiz tudo o que disse, estava agora vestida com as roupas dele, que eram enormes, só a camiseta parecia um vestido em mim que sou tão baixinha e magrinha.

• Soul.

• Hum. - ele estava deitado já no sofá, parecia estar com sono.

• Está com sono?

• Não – mentiu.

• Está bem. - percebi que ele queria dormir então ia embora para o         quarto, mas voltei atrás. - Quer dormir comigo? - senti meu rosto         corar. - Q-quero dizer... N-não, não nesse sentido que você         d-deve estar pensando!

• Eu não estava pensando em nada. - Safado! Ele quer que eu seja a         pervertida da estória!

Ele o fez, estávamos dormindo, se bem que eu não, lado a lado.

• Loirinha, - ele não tinha um outro nome para me chamar? - está com         sono?

• Não. - fui sincera.

• Eu perdi o sono. - olhávamos nos olhos agora. Aquele olhos rubros,         nossa!

• E agora pretende fazer alguma coisa pervertida. - pensei alto, minha         voz estava tão baixa que mais parecia um sussurro, abaixei meus         olhos.

Eu estava com minhas pernas encolhidas, a cama era pequena daí estávamos muito próximos, mas não se anime, nada aconteceu.

• Poço fazer uma pergunta? - ele voltou a falar depois de um bom         espaço de tempo.

• Só não sei se poço responder. - sorri.

• Certo. Por que você gosta de música punk?

• Não gosto de ser uma menina bonitinha.

• Isso não funciona. - riu, eu ri também..

• Não gosto de ser apenas uma menininha. Eu gosto de estar onde o         meninos estão. E você? Você toca alguma coisa além de fazer         críticas?

• Eu toco piano, minha família é uma família de músicos         influente, os Evans.

• Já devo ter ouvido falar.

• Você deve conhecer o meu irmão: Wes Evans, ele é melhor do que eu         e mais famoso.

• Ele é punk?

• Não! - fez uma careta.

• Não conheço. - ele riu. - Poço fazer um pedido?

• Só não sei se poço atender. - ele riu.

• Você pode sim. Beija-me mais uma vez.

• Quantas vezes você quiser. - ele sorriu maliciosamente e atendeu o         meu pedido, foi lindo.

Caramba eu estou quase esquecendo o plano! Calma aí! Eu não tenho um plano! Ele estava passando a mão pela minha perna, subindo da minha coxa até a minha barriga, levantando a camisa que eu usava, mostrando a minha calcinha Sério, se fosse em outra ocasião eu terminaria fazendo tudo o que ele quisesse mesmo por que eu também estava a fim. Mas como eu havia lembrado do plano que eu não tinha. A única coisa que eu soube fazer foi morder a língua dele com raiva e dar um golpe que eu aprendi com o meu quinto namorado que era faixa preta no karatê. Daí ele caiu no chão, coitadinho. Fui muito má?

• Cara, por que você fez isso? - ele se assustou.

• É melhor você não dormir comigo. - e sussurrei: - Se é para ter         más intenções...

• Mais o que você quer, afinal? Você além de puxar assunto comigo         no bar, vir para minha casa de madrugada, vestir as minhas roupas,         dormir na minha cama junto comigo, me pede um beijo e não         quer nada? Você só está me deixando confuso!

• O problema é seu. - ele ficou com uma veia na testa.

• Está bem! - ele sorriu sarcasticamente depois de um longo período         em silêncio. - Eu não vou mais tentar te entender! - e foi embora.

Na manhã seguinte parecia que não tinha acontecido nada, tomávamos café quando me veio a pergunta:

• Que horas são?

• Umas dez horas, você despertou tarde.

• He he- ri sem graça com uma gota na testa. - Papa com certeza não         vai gostar muito disso.

• Quer que eu a leve na sua casa?

• Isso não vai ajudar.

• E vai sozinha? - ele estava um tanto decepcionado.

• Sim, e vou agora. Beijinhos. - terminei o café e peguei meu skate.

• Espera! - eu olhei para traz. - Eu... Não sei o seu         nome, e não sei mais nada sobre você.

• E?

• E... como agente vai se ver novamente?

• Certo. - pensei. - Dá-me seu número de telefone.

• Telefone? - perguntou com uma gota. - Em quanto a um MSN?

• Assim você descobriria meu nome, não acha? - também estava com         uma gota.

• Mas por que eu não poço saber?

• Um dia você vai saber.

Ele me deu o número do telefone depois de alguma insistência. Acabei gostando de ser uma garota misteriosa. Quando cheguei em casa o papa tava berrando.

• Quando eu era mais jovem eu jamais faria esse tipo de coisa!

• Para de mentir, papa! Qualquer um sabe que você era o maior         mulherengo.

• Blasfêmia!

• Com certeza. - ironizei.

O telefone tocou interrompendo o sermão do velho. Graças a Deus! Era Tsubaki, queria me avisar de um ensaio de ultima hora por que tocaríamos essa noite no Shinigami'sBar, ensaiaríamos mais sedo se não fosse pelo meu atraso. Em fim, não hesitei nada em chegar no local combinado, onde eles já estavam afinando os instrumentos.

Babe, baby, baby, I'm Gonna Leave You

I said baby, you know I'm gonna leave you

Oh I'll leave you when the summertime

Leave you when the summer comes a rolling'

Leave you when the summer comes along

Baby, baby,(...) babe, I don't wanna leave you

I ain't joking' woman, I got to ramble. Oh, yeah,

baby, baby, I won't be there

Really got to ramble

I can hear it calling' me the way it used to do

I can hear it calling' me back home

• Tá, chega! - eu parei de cantar, isso não é muito normal, por que         sempre o idiota do Black Star toma a iniciativa de parar de tocar.

• Agora? Eu já estava ficando empolgado! - Star se decepcionou.

• Eu não consigo mais cantar.

• Não consegue? Você estava ótima! Nunca cantou tão bem, palavra         de deus metal!

• Você cantou muito bem, Maka! - Patty cantarolou.

• E estava linda! - Tsubaki sorriu.

• Tanto faz! - respondi asquerosa.

E saí deixando todo mundo sem entender, tanto faz, nem eu mesma me entendia nessa hora. Fiquei com o meu skate sentada de umas caixas no fundo da casa do Star, onde tocávamos. A verdade é que eu estava trite, muito triste. Aquele idiota arrogante do Soul não sai da minha cabeça, o que eu faço? Ele é tão arrogante, não vou mais pensar nele! Mas eu bem queria que ele me ouvisse cantando essa música... Droga, eu estou pensando nele de novo!

• O que está acontecendo comigo?

• Poço ate judar? - me virei para ver quem me falava.