Manus Life escrita por Apiolho


Capítulo 17
Conhecido


Notas iniciais do capítulo

Reaparecendo, acho que todo mundo ta na mesma praia. ESPERO QUE CURTEM E OBRIGADA.

FIQUEI PENSANDO DESDE O COMEÇO NESTA CENA QUE ACABEI ME ESQUECENDO DE ALGUMAS PARTES E FIZ MEIO DIFERENTE.



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CAPÍTULO DEZOITO - CONHECIDO

"O amor é tão mais fatal do que eu havia pensado, o amor é tão mais inerente quanto a própria carência, e nós somos garantidos por uma necessidade que se renovará continuamente. O amor já está, está sempre. Falta apenas o golpe da graça - que se chama paixão"

(Clarice Lispector)

            Sentei-me lentamente pela dor que estava sentindo em minha cabeça. O que me ocorreu? Era o que eu pensava. Ao meu redor estavam umas doze pessoas olhando-me de maneira preoculpada, mas uma eu pude reconhecer. Matthew estava entre eles, mesmo que eu tivesse a quilomêtros de distância eu o reconheceria.

            Pedi para alguém me ajudar a levantar, que disse algo como "desculpa por lhe acertar com um tênis, estavamos dando embaxadinhas", e ao pedir licença pos-me em frente ao meu "conhecido", claro porque era assim que ele significava para mim agora um estranho conhecido.

            Ele me puxou para o banco mais próximo, mas eu não tinha coragem de olhar em seu rosto. Magoaria-me muito perceber que ele poderia estar rindo de mim neste momento. Mas algo me fez olha-lo e o que vi me surpreendeu, ele estava arrasado.

- O que você está fazendo aqui Matthew? Por que não está lá com seus amigos rindo de mim? Se seu proposito era me humilhar deveria estar satisfeito... - não pude completar pois ele pôs o indicador em meus lábios.

- Nunca mais repita algo como isso. Eu nunca, nunca mesmo ia querer te humilhar. - puxou-me para mais perto e brincando com uma mecha que estava desarrumada em meu cabelo olhou em meus olhos de forma sincera - Não sabe o quanto pensei em te encontrar nestes dias e te explicar o que aconteceu - respondeu de um modo distraído.

- Então me diz. Eu estou aqui para isso, não estou? - respondi apenas, estava com o pé atrás por tudo o que ele me fez.

- Dizer ainda não seria necessário, eu teria que lhe provar. Não é? - assenti rapidamente, fazendo ele puxar o seu celular - Então espere um pouco - rolei os olhos.

            Entrou em um site de vídeos da escola e clicou em um vídeo da festa que estava escrita "BRIGA! BRIGA! BRIGA!" e ao carregar o curta começou a passar.

EXIBIÇÃO DO VÍDEO

            Ao som de "Teenage Dream"  umas pessoas estavam dançando e só dava para enxergar vários cabelos balançando de um lado para o outro.

- Júnior está tendo uma briga, vamos ver. - começou um menino com o tom de voz fino.

            Eles se postaram em frente a multidão. A cena que estava sendo vista era de um menino com o cabelo preto brigando com um loiro, mas verbalmente. Mesmo sendo díficil de ouvir por causa dos berros dos outros alunos a conversa pode ser entendida.

- Eu fiz um favor para você, Matthew. - Fábio disse a frase aos berros - Ou você me diz que está com pena da antissocial?

- Não, estou confuso em relação ao que ela significa em minha vida - respondeu bufando de raiva - Mas graças a você eu não pude conhece-la melhor - sua voz saiu em um sussuro.

- Você não engana ninguém, muito menos ela - começou ao se aproximar dele - Todos sabemos que você só usa as pessoas e que poderia magoa-la.

- EU NÃO SOU ASSIM! - berrou ao dar um soco no amigo - Não sabe como me sinto ou como estou. Você que é um otário por sempre estragar a vida dos outros.

- Quem é você para falar assim de mim? - perguntou com ar de superioridade.

- Alguém que pode lhe estraçalhar neste momento - a raiva estava vísivel em seu semblante.

            Só dava para ver os dois lutando e soltando palavras chulas até se cansarem. Cada um foi para o seu lado ao som de vaias vindas da "platéia" local.

(•••)

            O cenário estava composto de várias pessoas curtindo, mas uma dessas que estava cambaleando por estar bêbada era conhecida.

- Onde você está feiosa? - perguntou ao cair no chão - Você deve estar feliz por me ver arrasado. Não é?

- Oh, Matthew. Eu te amo - disse o menino ao imitar uma voz feminina.

            Ao perceber que estava sendo filmado levantou-se e foi em direção a camêra botando a mão na frente da exibição, deixando-a escura.

- Desliga essa camêra de uma vez. ANDA!

            Ao som de risadas a camêra foi desligada.

FIM DA EXIBIÇÃO DO VÍDEO

            Por um momento eu não acreditei, pensei que era ensaiado. Só percebi que era verdadeiro ao notar que as expressões eram reais e nem um ator poderia fazê-las.

            Levantei- o do banco e sorri ao perceber o quanto estava aliviada. Após comprar água de coco fui correndo em direção ao Matthew que estava me esperando de braços abertos e caimos ao chão ao pular em cima dele.

             Só percebi que estavámos muito próximos quando seu hálito batia em minha face e suas mãos estavam alternadas entre meu rosto e meu cabelo deixando-me costrangida.

            Ao sairmos desta posição ele pegou as minhas pernas botando-me em suas costas.

- O q-que você está f-fazendo? - perguntei ruborizada.

- Não está obvio? Agora eu não posso lhe carregar também?

- P-pode claro - respondi nervosa.

            Estava desconfortável por sentir meu corpo balançar para cima e para baixo ao saber que Matthew estava correndo pela praia. Sabia que pulava de propósito para ouvir meus resmungos de dor ou minhas reclamações em relação a isso, mas eu estava gostando disso mesmo não querendo admitir.

           

(•••)

- Por que você não assume que estava com saudades de mim? É tão facil - disse ao me carregar.

- Porque eu não estou - menti.

- Mesmo você não admitindo eu sei que você estava, assim como eu também senti a sua falta - respondeu deixando-me abalada.

- E por que você não para de dizer mentiras? - mas por dentro estava torcendo para que fosse verdade.

- Não é eu que tenho de parar de dizer mentiras, mas sim você que tem que parar de ser insegura e confiar em mim - Confessou.

- Quer saber a verdade então? Eu também senti a sua falta. Até de suas brincadeiras de mal-gosto - arrependi-me por falar isto sem passar.

- Ainda bem que você confessou algo para mim. Não é princesa? - perguntou.

            A única parte que eu peguei foi "princesa". Por que ele me chamaria assim? Aliás, eu não sou uma e nunca vou ser.

-  Por favor, não me chame mais de princesa - começei abatida - Eu não acredito em contos de fadas e muito menos que isso exista.

            Seu próximo ato me deixou atordoada, pois ao me puxar pude ficar em uma posição que ainda pude ser carregada só que pela frente. Seus olhos demostravam frieza, mas ainda poderiam penetrar minha alma facilmente. Ao ver como estava sua expressão mudou para dolorosa.

- Alguém lhe magoou, não foi? - declarou de um modo calmo - Deveria ter lhe destruido por inteira. Diga-me, quem foi?

            Não respondi. Como ele sabia disto tão rápido? Queria lhe responder, mas minha voz insistia em ficar calada. Ele me olhou de um modo distraido, como se estivesse pensando por horas para chegar a tal conclusão.

- Foi o Fabio que fez isso contigo? - meus lábios se abriram em espanto e ele soube a resposta rapidamente.

            Ele me soltou de um modo brusco e começou a andar de um lado para o outro pelo nervosismo que sentia.

- O que aquele desgraçado fez contigo? - completou deixando-me confusa.


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Notas finais do capítulo

APARECEU O MATTHEW *-*

Gostaram? Reviews?

Desculpa os erros de ortográfia e OBRIGADA.