Duelo de Emoções escrita por Flor de Cerejeira


Capítulo 7
Duas vezes te odeio!




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Capítulo VII

Ele a queria. No quarto de hotel, parado diante da janela e olhando para as ruas desertas, às duas da madrugada, Sesshoumaru tomou sua decisão. Tinha certeza de que queria Rin de uma forma como jamais quisera outra mu­lher em sua vida. E chegava a desfrutar do tormento que o desejo por ela lhe provocava, porque, assim, teria ainda mais prazer em conquistá-la, em tomá-la sua. E só em imaginar que ela poderia, de fato, pertencer-lhe, estar em sua cama, desejan­do-o da mesma forma, deixou-o ainda mais louco de desejo.

Precisava controlar seus pensamentos e ainda mais sua ima­ginação, aconselhou a si mesmo, ou poderia perder o controle de tudo. Sorriu, diante da descoberta de tal sentimento. Sim, desejara fisicamente muitas outras mulheres, e tivera a maioria delas. Sesshoumaru, afinal, era honesto e prático. Sabia muito bem que, quando um homem atingia o status de milionário, mesmo que se parecesse com um gorila e se comportasse como um homem das cavernas, poderia ter todas as mulheres que qui­sesse, ou quase todas, se soubesse pagar o preço certo a cada uma delas.

Sabia, também, que o reverso era verdadeiro da mesma for­ma. Os homens costumavam se vender, fosse por dinheiro, posição ou fama, ou, até mesmo, pela ilusão do amor.

Era assim, e pronto. Mas, claro, havia exceções, tanto entre homens quanto entre mulheres, reconhecia. Havia os que não estavam à venda e Sesshoumaru tinha um pressentimento estranho de que Rin era uma das mulheres sem preço que estava pas­sando agora em sua vida. E ele próprio era assim também, não se vendia.

No entanto, havia atrativos que iam além do dinheiro. Certas pessoas eram capazes de fazer qualquer coisa, arriscar tudo, comprometer suas vidas, por um amor verdadeiro ou por de­voção à família. Sesshoumaru tinha quase certeza de que Rin era assim, e deixava que sua mente divagasse em imaginações exuberantes junto dela.

Como seria beijá-la? Deitar-se com ela? Como seria tocar seu corpo? Fosse como fosse, pretendia conseguir o que dese­java. E queria Rin em sua cama e a empresa do pai dela sob seu controle.

Rin dormira muito mal, graças ao encontro perturba­dor com Sesshoumaru. E o pior de tudo era que ele não fizera nada de condenável, a não ser repetir várias vezes seu nome, com um tom zombeteiro. Mas o fato era que a simples presença dele a deixava perturbada. E isso não era nada bom, conhecendo-se como conhecia.

Levantou-se da cama e seguiu para o closet, olhando-se no espelho de parede inteira que ficava aos fundos dele. "Idiota!", pareceu ouvir uma voz interior acusá-la. As olheiras que co­meçavam a aparecer em seu rosto irritaram-na ainda mais por­que eram as marcas que atestavam sua noite mal dormida por ficar pensando naquele quase estranho e nas reações que seu corpo produzia ao pensar nele.

Mas era adulta, uma mulher feita, racionalizava. Tinha o direito de ter fantasias eróticas. Seu corpo era jovem e saudável e fazia muito tempo, quase um ano, desde que tivera seu último contato sexual com alguém. Era como se seu corpo agora es­tivesse protestando pela demora... E seu corpo parecia já ter escolhido o homem que deveria matar sua fome de amor.

Rin quase gritou de raiva. Deu as costas ao espelho e voltou ao quarto, onde abriu a valise, passando a vasculhar dentro dela. Estava impaciente e isso perturbava seus nervos. Sua impaciência era em relação a si mesma, a Sesshoumaru, por ele ser tão tentador, mas, acima de tudo, sua impaciên­cia voltava-se contra seu pai e a bomba que ele ligara por causa de sua fraqueza com o jogo.

A manhã estava terminando e fora péssima, ela avaliava. Norman, agindo de maneira covarde, não falara ainda com a esposa sobre o que fizera à firma. Rin seguira para a mesa do desjejum, esperando ter de consolar sua mãe, mas encon­trou-a serena como sempre, cuidando para que o café da manhã fosse saudável e delicioso como em todos os dias.

Mas isso ainda não fora o pior, Rin lembrava, cada vez mais exasperada. Janeth não só gostara de Sesshoumaru como também assumira o papel de conselheira matri­monial para a filha. E Rin tinha a vaga e perturbadora sensação de que sua mãe estava já imaginando sua filha única vestida de véu e grinalda, seguindo para o altar onde aquele sujeito a esperava!

— Mas que droga! — ela protestou mais uma vez, lembrando-se da conversa infrutífera que tivera com seu pai.

E foi como se a cena toda estivesse mais uma vez repetindo-se diante de seus olhos.

— O quê, em nome de Deus, o senhor pensa que está fa­zendo? — ela lhe perguntara, assim que sua mãe deixara a sala de jantar para ir retocar a maquiagem antes de seguirem para a igreja. — Precisa contar a ela, não vê?

— Eu vou contar, filhinha, mas...

— Não quer mesmo mudar de ideia e vir conosco, querida? — Janeth voltava, mais alegre ainda. — Já faz algum tempo que você não vai à missa.

— Hoje não, mamãe. Preciso fazer algumas coisas em casa antes de ir me encontrar com Kagome e Sango para o jantar.

— Está bem, então. Dê minhas lembranças a elas.

Rin sorriu ao imaginar a expressão das amigas quando lhes dissesse que sua mãe lhes mandava lembranças. As duas adoravam Janteth, como, aliás, todas as pessoas que se apro­ximavam dela. Depois de dispensar a faxineira, que saiu antes das três da tarde e após colocar suas roupas da semana no varal, Rin deu-se de presente um longo e relaxante banho de imer­são, para livrar-se da tensão dos últimos dias. Cuidou em especial dos cabelos, que lavou com extremo cuidado e massageou com um creme caríssimo, para dar um brilho extra as madeixas negras. E estava fazendo isso exatamente quando o telefone tocou. Esperava que fosse seu pai, ligando para avisá-la de que a roupa suja tinha, por fim, sido lavada, por isso correu a atender.

— Olá, Rin!

Sesshoumaru continuava ironizando o nome dela e deixando-a fu­riosa com isso. Ele parecia perceber isso mesmo do outro lado do fio, porque riu aquela sua risada gostosa e provocante que causava arrepios de toda espécie.

— O que deseja? — ela perguntou, sem o mínimo cuidado com os modos.

— É exatamente por isso que estou ligando.

— O quê?

— Por causa do que desejo...

— Escute, sr. Akasi, tenho muito a fazer e...

— Muito bem, já que está querendo uma conversa direta, eu cheguei a uma solução para a situação problemática da empresa de seu pai.

— Sei. E qual é essa solução?

— Acho melhor não falarmos a respeito disso pelo telefone.

— Escute, já tenho certeza de que, seja o que for, não vou gostar nem um pouco — Rin cerrou os olhos. Sua dor de cabeça estava de volta. — E tenho razão, não tenho?

— Vai querer ouvir sobre minha ideia?

Não!, ela pensou, mas disse apenas:

— Sim.

— Não gostou do peixe? — Sango perguntou, sem entender por que sua amiga ficava picando a posta no prato, esmigalhando-a daquele jeito.

— Não, não... está ótimo — Rin explicou, colocando, por fim, um pedaço de peixe na boca. E achou-o horrível, mas engoliu-o com bravura.

— Mas o que há com você hoje? — Kagome, à sua frente, inquiriu. — Parece preocupada... Está com problemas no trabalho?

— Não... — Rin negou com a cabeça, depois respirou fundo, reavaliando: — Bem, na verdade, há um problema, sim — afinal, estava diante de suas duas melhores amigas. — Mas não é em meu trabalho.

— Então, é um homem! — Kagome analisou de imediato.

Sango e Rin trocaram um olhar cúmplice diante da ex­clamação da amiga. As três se conheciam desde a infância e, das três, Kagome era a grande feminista, sempre pronta a dar sua opinião contrária a tudo que fosse homens.

— De certa forma, sim —Rin teve de admitir.

— Qual é o modo que sempre funciona com um homem? — Kagome ponderou, com ar de sabedoria. — O deles! Porque tudo, sempre, tem de ser feito como "eles" querem. Correto?

Kagome até parecia ter certa razão, Rin analisou consigo mesma, mas, em voz alta, preferiu discordar:

— Nem sempre, Kagome. Nós, mulheres, vencemos muitas vezes também.

— Sim, mas só quando os colocamos contra a parede!

— Oh, pare com isso! — Sango protestou. — Eles não são monstros tão tenebrosos assim! — o sorriso dela era sereno. — Miroku é um amor!

— Oh, eu poderia até vomitar aqui mesmo, durante nosso jantar, tamanha a sua doçura com esse sujeito! — Kagome rebateu.

— Nem se atreva! — Rin avisou, tentando fazer uma cara de brava, mas acabando por rir.

Kagome também riu e acrescentou:

— Será que nunca vai conseguir deixar de bancar a detetive durona e chata? Quero dizer... Ser policial feminina é uma coisa, mas não precisa ficar agindo como a chefe de polícia o dia inteiro.

— Não estou agindo assim. E você devia saber muito bem disso.

— Muito bem, vamos parar por aqui antes que vocês duas acabem discutindo — Rin interferiu, colocando as mãos nos braços das amigas. — Estamos aqui para apreciarmos um bom jantar, passarmos bons momentos juntas, e não para bri­garmos feito gato e cachorro.

Kagome cedeu primeiro, como sempre fazia. E olhou para Sango, à espera de sua reação.

— Sinto muito — disse. — Sei que você adora seu trabalho tanto quanto eu adoro estar casada com Miroku e ser mãe dos meus gêmeos.

A referência às crianças fez com que Sango sorrisse. E seu sor­riso não era algo fácil de se conseguir...

— É fácil amar eles — comentou ela. — São criaturinhas maravilhosas.

— Por que não tenta ter filhos também? — Sango sugeriu, ousada.

— Sei. E talvez chova ouro amanhã e todas nós nos torne­mos milionárias também —  Kagome ironizou.

— Não sei por que diz isso. Você poderia ter filhos, sim. Tenho certeza de que você seria uma mãe maravilhosa! E sei também que o homem perfeito está em algum lugar esperando que você apareça. Por que não desfaz a cara amarrada e olha ao seu redor?

— Não, obrigada. Não estou interessada — Kagome rebateu, tei­mosa. — Agora, por que não falamos de coisas mais interes­santes? — ela voltou os intensos olhos para Rin. — De que tipo de problema estava falando, e como podemos ajudá-la?

— É verdade! — Sango, de repente, estava séria e atenta. — Como podemos ajudá-la, querida?

Rin sentiu a garganta se apertar. Sentia vontade de chorar e tentava convencer a si mesma de que estava apenas cansada. Mas emocionava-a ver que suas amigas estavam pron­tas a defendê-la em qualquer situação.

— Obrigada — murmurou, com voz embargada. — Mas acho que não vão poder me ajudar desta vez.

— Vamos lá, quem é ele? — Sango tomou a dianteira mais uma vez. — Posso mandar verificar a vida toda do sujeito através do FBI, você sabe.

— Não, pelo amor de Deus, não! — Rin não sabia se ria ou se chorava. — Não é desse tipo de problema que estou falando.

— Então... de que tipo de problema é? — Sango quis saber. Das três, era sempre a mais direta.

— Negócios. Na verdade, negócios do meu pai. E a iminên­cia de alguém tomar-lhe a companhia.

— O quê? — Kgome surpreendeu-se.

— Está brincando! — exclamou Sango incrédula. — Achei que esse tipo de situação nem existisse mais...

— É, mas existe ainda.

— Há sempre um peixe grande à espreita, capaz de engolir os pequenos — Sango observou. — Jogo de homens, não importa se são grandes ou pequenos, eles sempre adoram jogar e comer uns aos outros.

— É, mas, desta vez, não é um jogo — Rin suspirou, desejando que fosse. — Meu pai pode, sim, perder a empresa.

— E quem está ameaçando lhe tomar os negócios? — Sango agora perguntava como se estivesse em um interrogatório cri­minal. — Algum aventureiro?

— Não.

— Quem, então?

— O nome dele é Sesshoumaru Akasi e é dono da firma que fornece aço para a empresa de meu pai.

— Nunca ouvi falar...

— Mas eu já ouvi! — Kagome interferiu. — Esse sujeito quase nunca dá entrevistas, mas há muitas histórias sobre sua ascen­são fabulosa no mundo dos negócios. E você, Sango, também teria ouvido falar nele se começasse a ler coisas além de seus rela­tórios criminais e de casos de polícia nos jornais.

— O quê? Vai querer que eu leia colunas sociais também? — O tom de Kagome era sarcástico.

— Não, mas podia, ao menos, ler sobre negócios — Sango respondeu da mesma forma. — Pelo amor de Deus, Kagome!

— Pelo amor de Deus, por quê? Quem, afinal, dá importân­cia a esse tipo de assunto?

Sango revirou os olhos, sabendo ser impossível vencer a ami­ga em uma discussão.

— Bem, mas, voltando ao assunto: não há nada que seu pai possa fazer para afastar a ameaça desse tal Akasi?

Rin negou com a cabeça.

— Não, não há nada que ele possa fazer agora. Mas acho que eu mesma posso fazer algo para impedir que Sesshoumaru tome a direção da firma.

— Você? Mas o que poderia fazer? — Sango estranhou. — Nem mesmo trabalha lá ou tem ligações com esse tipo de ne­gócio! O que acha que pode fazer?

— Bem, isso é parte do meu problema? Não sei... Falei com ele esta tarde e ele disse ter uma solução para a situação. Quer me ver para discutirmos o caso, e concordei em nos encontrar­mos às oito para tomarmos uma bebida e conversarmos.

Kagome consultou seu relógio e comentou:

— Daqui a uma hora...

— Olhe, pelas fotos do sujeito, que vi nos jornais, não pude ver grande coisa. Ele é bonito?

— Mas, o que a aparência dele tem a ver com o caso? — Kagome protestou, impaciente.

Sango olhou-a, parecendo assustada com sua reação.

— Eu apenas queria saber... — tentou explicar.

Kagome deu de ombros, e Rin explicou:

— Se ele é bonito? Bem, não nos moldes dos artistas de cinema.

— Não? Então, em que moldes? — Sango insistiu.

— Sango, pelo amor de Deus, pare com isso! — Kagome exaspe­rou-se. — Que diferença faz?

— Eu já disse, estou só querendo saber...

— Você é curiosa! Eu sei! Mas, pelo amor de Jesus Cristo, será que não consegue perceber que Rin tem mais com que se preocupar do que com a aparência do sujeito?

Rin sentiu que sua dor de cabeça estava voltando.

— Oh, desculpe-me, Rin — murmurou Sango arre­pendida.

Rin sorriu-lhe. Admirava aquele ar de inocência e dis­tração em sua amiga, embora soubesse o quanto ela era inte­ligente. E adorava Kagome também, que, com seu jeito durão e seu falatório, não deixava de ter o ar aristocrático e feminino que tentava, em vão, esconder.

— Não precisa se desculpar — murmurou. — E quanto à aparência dele... Eu diria que, à primeira vista, você o acharia um tanto grosseiro, com uma postura muito profissional. Muito masculino...

Sango assentiu, e Kagome revirou os olhos, aborrecida.

— Maravilha — comentou. — Um King Kong conquista o mundo dos negócios!

Rin sentia a dor de cabeça piorando à medida que a hora de encontrá-lo se aproximava, e suas amigas continuavam falando sem parar.

— Ele tem um bonito sorriso — acabou por observar. E arrependeu-se por ser tão restrita em sua observação. Afinal, Sesshoumaru tinha um sorriso simplesmente maravilhoso, devastador!

— Sabe, essa é a primeira coisa que noto em um homem — Sango fez questão de salientar.

— É? Pois eu sempre noto os músculos — Kagome arrematou logo.

Rin e Sango olharam-na assustadas e disseram ao mes­mo tempo:

— Deve estar brincando!

— Mentira!

— Verdade, ora... Gosto de homens fortes. — Desta vez, ela ergueu as sobrancelhas, inquiridora, em direção a Rin, para indagar: — Esse Akasi tem um corpo forte?

— Eu não sei! Não notei! — mas ela mentia, porque notara, sim. Notara as pernas longas e firmes, seus músculos, as costas largas e o peito forte. E também suas mãos grandes, dedos longos e elegantes. Sim, ela notara quase que detalhadamente, mas jamais admitiria tal coisa, muito menos para Kagome. Por isso preferiu mentir: — Eu estava um tanto distraída em nosso pri­meiro encontro, na verdade...

— Sei, sei — Kagome não parecia satisfeita com a explicação. — Bem, mas de quem é a vez de pagar a conta esta noite? Minha?

— Não, minha! — Rin lembrou-a.

— Está realmente preocupada com o encontro que vai ter com ele daqui a pouco? — Sango quis saber.

— Eu nem sei direito. Acho que estou muito cansada. Não sei, ultimamente ando pensando muito em praias distantes, a brisa soprando suave, água de coco...

— É verdade! Você vai viajar no próximo domingo! —Sango lembrou-se.

— Exatamente, e mal posso esperar. Mas primeiro vou ter esse encontro...

— Não há com o que se preocupar, então — Kagome comentou, prática. — Ele é apenas um homem, seja ou não um grande executivo. Vá conversar com ele, ouça o que ele tem a dizer e, se ele a fizer sentir-se mal de alguma forma, é só me avisar!

— E a mim também! — Sango acrescentou depressa. — Vamos acabar com ele! Há meios, você sabe...

Rin emocionou-se de novo e estendeu as mãos para tomar as das amigas.

— Obrigada mais uma vez — disse. — Obrigada por esta­rem aqui, ao meu lado, e por serem como são.

— Ora, pare com isso — mesmo tentando manter a pose, Kagome também tinha os olhos marejados.

— É mesmo. Estamos ficando umas fracas, isso sim! — Sango apoiou, secando os olhos. — Mas, afinal, aonde vai se encontrar com ele?

— Naquele barzinho, duas ruas abaixo da minha. Sabem onde fica?

— Claro — Sango respondeu. — Já fomos lá algumas vezes. Achei que fosse um lugar legal...

— E é, com um clima bem jovial. — Kagome pensou um pouco, depois segurou o braço de Rin e arrematou, em seu tom duro de sempre: — Não se preocupe, querida. Basta ir até lá e acabar com a besta-fera do mundo dos negócios.


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Notas finais do capítulo

Boa noite e boa leitura!