Paramos em frente a uma casa linda, com um jardim muito florido e uma enorme macieira na frente. Era bem distante do centro de NY, longe de todo aquele tumulto. O lugar parecia saído de um conto de fadas de tão perfeito. Do lado de fora, a casa era perfeita. As paredes cor de mel, as janelas espelhadas num azul clarinho, rosas crescendo no jardim. - o que achou? – ele perguntou curioso com um sorriso bobo na cara. - é... nossa?? – gaguejei nervosa. - sim. Não gostou? – ele disse desapontado. - se não gostei??? É... perfeita. – suspirei. Ele abriu um sorriso e segurou os dois filhos pequenos que estavam adormecidos em meus braços. - então entre. – ele indicou a porta com a cabeça. Eu segurei a maçaneta com a mão que tremia menos (se isso fosse possível) e girei. A porta já estava aberta, só esperando nossa presença. Quando entrei na casa, meu coração deveria estar batendo como uma máquina a vapor prestes a explodir. Minhas bochechas deveriam estar brilhando de tão vermelhas. - isso é algum tipo de presente? - meu pai. Ele nos deu essa casa de presente. – eu fiquei boquiaberta. – Ele quer que saiba que gosta muito de você. Como uma filha de verdade. - nossa... ele não existe. – eu suspirei. - e ele ficou muito feliz quando viu os netinhos. – ele sorriu olhando pros bebês. A sala era do tamanho perfeito para uma família como a nossa, as paredes eram em sua maior parte cobertas de quadros feitos por Gerard, e um em especial chamou minha atenção. Era um quadro de minha imagem grávida, com o olhar fixado em minha barriga enorme. Lágrimas surgiram em meus olhos, assim como nos dele. - eu fiz quando ainda estava longe de você. Era assim que eu te imaginava. – ele secou as lágrimas com as costas da mão, cuidadoso para que não acordasse Marie. - é lindo, Gerard. – o beijei no rosto. - vem, vamos deixar nossos anjinhos dormirem sossegados. Ele me guiou até um quarto que eu tive logo certeza de pertencer às crianças. Dentro dele havia dois berços, um azul e um rosa, e nas paredes vários desenhos de luas e estrelas pintados à mão livre. Uma coisa linda e mágica, como um sonho. Gerard colocou cada um em seu berço e eles nem se mexeram. Continuaram dormindo como anjos. - agora você vai conhecer o melhor lugar da casa. – ele deu um sorriso malicioso e segurou minha mão, me guiando para fora do quarto. Ele me guiou pelo corredor até chegarmos a um quarto lindo, com uma cama branca e enorme coberta por um edredom cor marfim. Algumas pétalas de rosas vermelhas estavam espalhadas sob a cama, dando um ambiente extremamente romântico ao lugar. - Gerard... – eu estava de boca aberta. - shiii... não precisa dizer nada. – ele colocou os dedos em meus lábios, me impedindo de continuar. Naquele momento, não havia nada no mundo além dele novamente - seus braços me envolveram, sua respiração suave no meu rosto, seu lábios a apenas centímetros do meu - e não havia nada que poderia me distrair agora. Ele puxou meu rosto para mais perto com uma ferocidade repentina, um gemido baixo em sua garganta. O som mandou uma corrente elétrica pelo meu corpo beirando a loucura, e rápido o suficiente nós já estávamos compartilhando nossos corpos novamente. Era bom estar de novo em seus braços, depois de tanto sofrimento, de tanta agonia. Agora nós éramos só nós dois, ou melhor, nós quatro, vivendo no nosso mundinho pra sempre. *~*