Quando Sabemos Amar escrita por CaFG


Capítulo 1
Mudanças


Notas iniciais do capítulo

Ola pessoal, eu estou começando essa nova história, e espero que gostem.



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*Eu era uma menina vista como chata, ignorante e excluida na minha outra escola. E era dessa forma que eu queria ser vista.

As pessoas nunca sabem o que passa pela minha cabeça, afinal, não tinha amigos.

Agora me pergunte, por que ?

Porque eu já não sei, só não queria que os outros me entendessem.

~~

- Gabriella, as suas férias já estão acabando, e nós vamos nos mudar hoje. Suas coisas já estão prontas?

- Sim mãe. Só não entendo porque vamos nos mudar.

-  Filha, um dos motivos é para o seu próprio bem. Te tirei daquela escola, e vamos ver se você conseguirá se inturmar na nossa nova cidade e em sua nova escola.

- Eu não quero nada disso mãe.

- Saiba que é para seu próprio bem. E afinal,, eu não quero muitas coisas, mas tenho que fazer.

- Cadê o pai ?

- Não sei, ele não voltou do trabalho.

- Isso não é normal.

- Sim, eu sei, mas veremos. Eu mandei uma mensagem dizendo que o caminhão da mudança chegou e que já estamos indo para nossa nova casa.

- Está bem.

~~

*Uma das coisas que eu mais odeio é quando meu pai não chega em casa. no horário de sempre, na verdade ele nunca faz isso. E a última vez que ele fez isso foi porque ele tinha sofrido um acidente de carro.

~~

- Estamos quase chegando Babi.

- Bacana mãe.

- Acho que você deveria se alegrar um pouco. Estou fazendo de tudo para você ter uma vida melhor.

- Já disse que não queria uma vida melhor.

- Você gostava de ser chamada de chata ?

- Não, mas para mim não fazia diferença.

- Sim, mas para mim, seu pai e para os outros fazem.

~~

*Eu não queria uma vida nova. Não gosto mesmo de ser chamada de chata e apelidos babacas, afinal desde meus 13 anos isso acontece e eu já tenho 16. Acho que minha mãe está certa, está na hora de acabar com isso.

Seize the day or die regretting the time you lost

(Aproveite o dia ou morra lamentando o tempo perdido)

* E foi um caminho longo até chegar na casa, cujo número 539, um sobrado bem grande, em uma rua sem saída. Mas valeu a pena, a casa era bonita, e a rua era tranquila, bem do jeito que eu e minha mãe gostamos. Já meu pai vai ter sérios problemas com o trabalho. Minha mãe trabalha em casa, é artista, pinta tantos quadros lindos.

~~

- Dona Clara ?!

- O que foi filha ?

- Acho que você tinha razão, estava na hora de mudarmos a minha vida.

- Sim, mas não vai ser só sua vida que irá mudar. Estava na hora que mudar a minha vida também. Isso não foi um favor só para você.

- Ah, não sabia disso. Acho que você deveria contar mais coisas para mim.

- Certo, eu só conto as minhas coisas se você prometer que vai ser mais feliz, ter vários amigos, e uma paixãozinha (risos)

- Mãe você está sonhando muito já. Amigos eu até vou tentar fazer, mas uma paixãozinha eu não vou te prometer, ainda mais porque eu não quero.

- Ok. Veremos se o seu esforço valerá a pena.

- Credo mãe, até parece que as suas coisas são tão misteriosas assim.

- É, não são. Mas quero ver de qualquer forma seu esforço. Quero te ver mais feliz do que nunca. E também, eu não tenho muita coisa para te contar, é praticamente tudo que você já sabe. Não se esqueça que nós conversamos muito.

- Não exagera mãe.

- Ta bom filha. Vai conhecer primeiro a casa, e depois desça aqui e vamos começar a arrumar algumas coisas.

- Ta, né.

~~

*Olhando a casa, vi que tinham 5 quartos muito quandes, e inúmeros banheiros, só não sei para que tanta coisa. Escolhi um dos maiores quartos, para poder caber todas as minhas coisas. Vendo que não tinha mais o que ver lá, desci e começei a ajudar minha mãe.

~~

- A casa é legal.

- Sabia que você iria gostar.

- É.

- Então, combinamos que se você aceitasse mudar, sem brigar e nem nada, fariamos um quarto especialmente para você. Então amanhã sairemos a procura de um decorador para vermos o que faremos no seu quarto novo.

- Brigada mãe.

- Promessa é promessa.

- Sabe, eu acho que eu não vou conseguir me inturmar. Não sou uma pessoa disso.

- Shiu filha. Você vai conseguir sim. Eu te ajudo.

- Não quero sua ajuda para isso mãe.

- Então está bem.

~~

' Chegou mais tarde e meu pai ainda não havia chego. E eu e minha mãe estávamos desesperadas. Até que teve uma hora que decidimos ligar para a polícia.

Procuramos em tudo quanto era parte. E não achavamos ele. Então a policia nos deu uma notícia.

- Dona Clara, o seu marido está no hospital, acho que ocorreu um acidente de carro, e o hospital não conseguiu informar vocês.

- Meu deus. Vamos para lá agora.

*Minha mãe quase não deixou eu ir até o hospital, mas de qualquer forma, se ela mandasse de qualquer jeito eu ficar em casa, eu figiria.

~~

Chegando no hospital, a moça da recepção nos informou que ele estava passando por uma delicada cirurgia. E que ele ocorria chances de não sobreviver.

E assim passaram horas e horas. Quando acordamos no outro dia ainda na sala de espera, alguns minutos depois o médico veio nos informar....

- Bom senhoritas, eu sinto muito lhes informar, mas, o seu marido Thiago não sobreviveu. Ele teve um traumatismo craniano. E não conseguimos ajudar ele. Eu sinto muito.

- Ah, você sente ? Você sabe o que é perder alguém assim ? E vocês desse hospital não fazem nada ?! Eu vou processar vocês. Vocês mataram o meu marido.

- Calma mãe. Eles não tem culpa, fizeram o que podiam. Vamos embora, e depois pegaremos o corpo dele.

- Você acha isso justo Gabriella ?

- Não mãe.

- Eu vou processar todos vocês desse hospital de merda.

- Vamos mãe. Desculpa doutor, ela está nervosa.

- Tudo bem, é normal.

- Obrigada por tudo.

~~

*Chegando em casa, eu e minha mãe nos acabamos de chorar. Eu me senti muito mal, lembrei que as minhas últimas palavras com ele, foi brigando porque não queria que ele cuidasse da minha vida, falando o que eu deveria ou não fazer. Acho que essa foi uma das mais dolorosas dores que eu já senti.


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