Capítulo VII: Sétimo tiro.

Tudo o que eu queria era dormir. Sério mesmo, eu apenas queria dormir! Mas eu pude dormir? NÃO!
E sabe por quê? Porque eu estava com uma maníaca tentando invadir o prédio dos professores. Isso mesmo, eles tinham um prédio! Da para acreditar? Eu pensei que os dormitórios deles eram no nosso corredor. MAS NÃO, eles tinham uma m* de prédio só para eles.
E vou te dizer, não é nada fácil entrar lá!

Eu e a louca da Temari havíamos, com quase muito sucesso, conseguido pular da nossa janela (que ficava no 3 andar! Da para imaginar a queda? Eu me esfolei toda!) e fomos em direção a um prédio que eu nunca havia visto antes! Poxa vida! Eu estudo nessa escola a mais de 10 anos e nunca tinha visto a p* desse prédio! Juro! Acho que isso se dá ao fato de que você tem que atravessar uma mata selvagem para chegar até lá. E vai por mim, não é nada fácil atravessar uma mata selvagem.
Ainda mais quando se tem pessoas atrás de você querendo te matar.
Pois bem, ninguém havia me falado que o dormitório dos professores, além de ser um prédio e estar no meio da “mata amazônica”, também era vigiado por... digamos 1000 homens armados?

Era como estar em uma guerra. Porém sem aqueles atores bonitões e musculosos que aparecem do nada para salvar as mocinhas. Ah não! Nem isso eu tinha o direito de ter.
A única coisa que eu tinha eram um monte de bombas e balas nos meus bolsos, e sem falar das armas.
Devo admitir que eu achei que não iria usar tudo. Afinal, eu nem sabia que teria que atravessar uma mata para chegar ao meu destino.

Já Temari parecia que fazia isso todo o santo dia. Sério! A garota era tão habilidosa em jogar bombas e em segurar uma metralhadora quanto eu era habilidosa em arrumar o meu cabelo. Certo, não é uma comparação muito boa, mas devo admitir que o meu cabelo é perfeito, ok? Ele é muito bem cuidado e ...
E foi ai que eu quase morri.
Nossa, te juro! Eu ia morrer pensando no meu cabelo!
Tudo tinha sido muito rápido.
Eu estava pensando no meu cabelo enquanto tentava abrir a “tampa” de uma das bombas. Quando um dos caras que estava tentando nos matar apareceu atrás de mim. Ainda bem que Temari viu e correu na minha direção para me salvar. Porém com o susto eu acabei jogando a bomba para cima.
É, nunca joguem bombas para cima! Ela pode cair na sua cabeça e arruinar com o seu cabelo. E com a sua vida.

Temari já havia “cuidado” do cara e me olhou com uma cara de espanto quando a bomba explodiu
Felizmente algo fez com que a bomba fosse parar bem longe.
Algo não. Alguém!
Descobri quando senti uma mão familiar puxando o meu braço e girando meu corpo para que eu o encarasse. Gaara.
Porém não tive muito tempo para pensar. Logo ele estava me pegando no colo (não da forma romântica, mas sim como um SACO DE BATATAS! Dá para acreditar?!) fazendo com que eu ficasse de cabeça para baixo enquanto ele corria com Temari no nosso lado em direção a algo que eu não vi, pois, hello? Eu estava de costas e de cabeça para baixo.

- Vocês são muito demoradas! – Falou Gaara enquanto atravessamos algo que parecia uma caverna. Tudo havia ficado muito escuro.
- A culpa não é minha. Ela que é muito atrapalhada. – Temari falava enquanto acelerava o passo para alcançar o irmão.
O que eu queria falar era “Minha culpa? Desculpa se eu não sou uma terrorista como você.” Porém, como estávamos correndo e digamos que o ombro do desgraçado do Gaara estava esmagando o meu estomago, tudo o que saiu foi:
- Minha ... aiii . ... terrorista... aiii... – Sou Patética, não é mesmo?
- Calem a boca, vamos entrar agora. – Gaara falou e imediatamente tudo havia ficado muito claro. Acho que ele abriu um tipo de porta ou sei lá o que. Não tenho certeza pois ele ainda estava me segurando.

Nós entramos e ele me largou tão rápido que eu fiquei tonta.

- Eu já consegui desconectar as câmeras, vocês tem menos de 30 minutos para pegar as assinaturas e sair daqui. Eu irei distrair todos eles. Rápido! Não temos muito tempo.
- Assinaturas para que? – Falei. Por que as pessoas nunca me dizem o que esta acontecendo?
- Você verá. Agora vão! – Ele nos empurrou e Temari começou a correr. Eu segui ela.

Devo admitir que a minha vontade era de arrebentar com a cara do Gaara. Afinal, ele não poderia fazer isso sozinho? Já que ele morava nessa m* de prédio ele poderia muito bem roubar as assinaturas.
Mas não tive muito tempo para pensar, pois logo estávamos entrando nos quartos dos professores (Temari era muito eficiente em abrir portas trancadas). E pegamos qualquer tipo de documento ou papel que continham as assinaturas deles.
Não demorou muito para que nós terminássemos. E logo estávamos correndo novamente em direção á passagem secreta que Gaara havia aberto para nós entrarmos.

- Por que as garotinhas não estão na cama? – Estávamos prontas para sair quando ouvimos uma voz falando atrás de nós. Juro que eu gelei!
Fiquei paralisada durante alguns segundos, porém lentamente comecei a virar em direção á voz medonha.
Era o Coordenador Orochimaru.

- Nós estamos aqui para falar com a diretora! É um assunto muito urgente! – Temari falou enquanto discretamente guardava os papéis dentro da sua bolsa.
- É tão urgente assim? Não sabem que é muito perigoso andar por esses corredores? – Falou o Coordenador enquanto nos olhava com um olhar frio.
- Sabemos, mas temos algo muito urgente para discutir com a diretora. Mas se não somos tão bem-vindas assim, então vamos para o nosso quarto. Certo Ino?
Temari me olhou com um olhar que dizia “Fale certo ou eu te arrebento”.
- Certo, certo! – Falei apavorada. Sinceramente, eu não sei de quem tenho mais medo. Do Orochimaru ou da Temari.
- E vocês acham que vou deixar vocês saírem? – Falou ele enquanto caminhava lentamente na nossa direção. Cada passo que ele dava para frente eu dava dois para trás.
Porém ele parou de andar. Seu olhar ficou vidrado e ele começou a cair no chão.