Capítulo 5- Liberdade Vigiada.

Para que ela pudesse me entender eu precisava demonstrar o que eu sentia. E foi pensando nisso que preparei um jantar especial e a luz de velas. Eu havia comprado algumas roupas para ela a alguns dias atrás, mas hoje eu pensei em algo mais singelo e bonito. Dei-lhe um vestido de cetim azul de presente, lembrando de como essa cor ficava linda nela. Pois no dia em que a vi no Baile de Inverno do Torneio Tribuxo, vestida em um lindo vestido azul, foi que, muito provavelmente, entendi que sentia algo por ela.

Foi lembrando daquele dia que desci as escadas até o porão onde ela estava. Claro que o porão sofrera melhorias, eu coloquei um cama para ela poder dormir, um sofá, tinha vários livros, era bem arejado e me arrisquei até em colocar uma janela, claro que com grades.

-Hermione? –bati na porta e ela a abriu.

-O porquê do vestido? –disse ela me encarando curiosa, ela deu um passo para trás para que eu pudesse ver melhor o vestido em seu corpo e eu só tinha uma palavra para esclarecer o que eu sentia naquele momento: deslumbrado. Eu estava deslumbrado pela mulher a minha frente.

-É uma ocasião especial, tenho algo para lhe contar. –eu disse ainda admirando-a.

-Você vai me libertar? –disse ela sorrindo cinicamente. –Já não era sem tempo. –disse ela passando por mim.

-Não, eu não vou te libertar. –eu disse meio ferido por suas palavras.

-Não? Então por que de tudo isso?

-Você vai ver. –eu disse sorrindo para ela e vi que ela havia corado um pouco e sorri mais amplamente ainda. –Vamos? –estendi a mão para guiá-la até a sala de jantar.

Assim que entramos no lugar ela olhou tudo a sua volta. Continuei guiando-a até e a sala de jantar e assim que chegamos lá, arrastei uma cadeira para que ela pudesse se sentar.

-Obrigada. –ela sussurrou baixinho. E com um acenar da minha varinha fiz com que a comida visse voando da cozinha para a mesa. Sentando-me ao lado dela nos servi.

Comemos em silencio e depois da sobremesa ela tentou puxar assunto.

-Então... O porquê de tudo isso? –ela perguntou.

-Para anuncia a sua liberdade vigiada. –eu disse meio hesitante.

-Liberdade vigiada? –ela perguntou meio irritada.

-É. - eu disse olhando-a. –Você vai poder andar livremente pela casa, claro que não tem como você fugir. –eu disse assim que vi um brilho intenso em seu olhar. –Cerquei a casa com magia para que você não o tente.

-E a minha varinha? –perguntou ela calmamente, como se planejasse algo em sua mente.

-Esta muito bem guardada. –eu disse. –E não esta nessa casa.

-Mas eu quero a minha varinha! –ela disse meio irritada.

-Eu sinto muito, mas essas são as minhas regras. –eu disse me levantando e me afastando dela para que ela pudesse ver as intenções por trás de meus gestos.

-Se eu ao menos soubesse do que estamos jogando. –resmungou ela passando por mim. –Regras! Ora essa! –a vi sumir pelas escadas que levavam até o porão e ouvi o som da porta batendo. Se ela queria assim que era eu para contrariá-la?