Capítulo 6 – Revelações.

Ela estava quieta demais. Não que ela não permanecesse em silencio durante toda a sua estadia aqui, mas agora ela estava mais silenciosa do que o normal. Eu me segurei para não correr até o porão para ver o que ela estava fazendo, eu andava de um lado para o outro ansioso. E se tivesse acontecido alguma coisa com ela? Se ela tivesse caído e batido a cabeça e desmaiado, a essa autora ela poderia ter entrado em coma...

Eu sou um fraco! Eu apenas arrumei um argumento para poder vê-la e aqui estava eu agora, parado em frente à porta do porão e com uma mão na maçaneta, abri a porta lentamente entrando de mansinho no quarto. Estava muito escuro lá dentro e quando meus olhos se adaptaram na escuridão olhei a minha volta procurando-a.

Ela estava deitada em sua cama, coberta dos pés a cabeça. Fui andando lentamente até ela, ela podia estar com febre, mas então eu ouvi o som da porta se batendo e só então percebi o que acontecia ali.

-Merda! –gritei e corri até a porta. –Alorromora! –eu gritei o feitiço e a porta se abriu com um estrondo.

Corri escadaria a cima, eu sabia que não tinha como ela fugir dali, mas só a possibilidade de que ela conseguisse me matava de ansiedade. Ao chegar à sala a vi tentando desesperadamente abrir a porta e quando ela me viu ela saiu correndo. Fui atrás dela e como eu era muito mais rápido consegui prende-la a mim.

-O que você pensa que esta fazendo? –perguntei virando-a de frente para mim.

-Me deixa ir embora. –eu me assustei ao ver lágrimas em seu lindo rosto.

-Eu não posso. –eu disse soltando-a dos meus braços.

-Por quê? –ela perguntou fungando, eu apenas acenei negativamente com a cabeça, não era a hora de falar ainda, mas se eu não falasse talvez eu não pudesse mais seguir em frete com isso. –Por quê?

-Por que... Porque sim. –eu respondi e ela ergueu uma sobrancelha bufando e se virando de costas para mim, e seguiu em direção as escadas que levavam para o porão.

Naquele momento eu senti que perdia algo, algo muito precioso e então, tudo o que fiz a seguir foi por puro impulso. Corri atrás dela e a virei para de frente a mim e a beijei como eu desejei desde o momento que descobri que era apaixonado por ela.

Eu pensei que ela lutaria contra, que tentaria me bater, que me xingaria mas não... Ela retribuiu com tanta vontade e desejo quanto eu.

-Tudo isso Hermione,  é porque eu te amo merda! –eu revelei meus sentimentos a ela quando respirar foi necessário para ambos, eu estava de olhos fechados enquanto mantinha nossas testas coladas, mas mesmo assim percebi que ela sorria. Quando olhei para ela vi que ela tentava chorar e sorrir ao mesmo tempo. –Isso é uma emoção boa ou ruim? –perguntei.

Ela não me respondeu apenas me beijou sem sentido, como se o mundo estivesse prestes a acabar.