-Não deveria tê-los atacado! –uma voz furiosa foi ouvida.

-Você sabe que depois de tudo eles não fizeram nada. Nos esqueceram como todos os outros reis que passaram por nós. –uma voz feminina retrucou.

-Ela está certa pai. Eles não fizeram nada para impedir mortes do nosso povo, o Senhor querendo ou não sabe que eles só se importam com o reino da terra. –A voz jovem de um rapaz apoiou a menina.

-Que lado vocês estão meus filhos? Luíze você precisa ir ajudar o povo da terra, e você Atílio precisa me ajudar a cuidar das coisas aqui. Os dois sabem que estou muito doente para lutar minhas próprias batalhas, vocês como irmãos e meus filhos precisam fazer o certo. –o pai não deu alternativas aos demais.

-O que espera que façamos?Que eu chegue lá e lute com eles e não contra eles? E que Atílio governe o reino dos céus enquanto o Senhor fica ai deitado na cama o dia inteiro? –a menina chamada Luíze quase gritou tudo.

-Tente ser razoável Luíze, eu realmente preciso da ajuda dos dois. O mais novo não pode fazer nada e vocês sim. Luíze você é uma guerreira, sabe todas as artes de guerra e como montar uma estratégia. É inteligente para saber como prever os movimentos do oponente e sempre esperar ele atacar primeiro. Eu te peço minha filha, vá a luta junto com o povo da terra e vença a Feiticeira Branca, afinal você é a princesa deste reino. –o pai falou entregando-a um arco fino de cristal que colocou na cabeça da filha, o tal arco contornada direitinho à volta da cabeça da menina fazendo os olhos dela ficarem mais medonhos. A menina assentiu com a cabeça, então saiu mais não antes de falar algo.

-Não espere que eu faça muita coisa! E você sabe porquê! –então saiu batendo a porta do trono real.

Acordei suando frio, não sabia se aquilo tinha sido uma previsão ou apenas um sonho. Já tinha amanhecido todos já estavam de pé, menos eu. Quando resolvi sair da cabana em que estava me deparei com todos olhando para o céu.

-O que foi? –perguntei a Lúcia.

-Parece que tem alguém discutindo lá em cima! –ela continuou olhando.

-Lá em cima? –repeti. De repente desceram vários grifos em direção a floresta. Todos nós fomos correndo até o local, eram diversos não dava nem para contar, no meio deles tinha um em especial que todos olharam diretamente. Não era por causa de nada em especial, mas sim pela pessoa que ele carregava nas costas.

-Olá! –aquela mesma pessoa que tinha nos atacado acabava de aparecer para dizer “Olá”? E sem mais nem menos. Ela riu, realmente era ela. Eu tinha gravado a risada daquela pessoa depois que ela tinha nos atacado.

-O que quer aqui? –perguntou Caspian autoritário.

-Pediram ajuda dos céus, então eles lhe enviaram ajuda. –falou a pessoa misteriosa.

-E porque nos atacou? –indagou Pedro.

-Não interessa! Mas não quiserem minha ajuda eu volto lá pra cima. –deu de ombros. Caspian e Pedro se encararam por um tempo e então assentiram com a cabeça.

-Aceitamos ajuda. –falou em fim Caspian.

-Então terá toda a ajuda que o céu poderá lhe dar!

-Eu não confio em alguém que eu não sei como é o rosto! –eu que até então estava apenas olhando o que conversavam acabei falando.

-Então não confie! –retrucou.

-Me mostre seu rosto! –insisti.

-Pra que?

-Apenas me mostre! –falei.

-Tudo bem! –aquela pessoa tirou a máscara que cobria o rosto. Os cabelos estavam presos então se soltaram, eles eram castanhos e longos, a cor era igual a chocolate. Os olhos eram de um verde intenso e a pele era clara. O sorriso? Não vi! Ela não sorriu, apenas ficou me encarando. Ela era linda. –Melhor assim? –me perguntou.

-Enviaram uma menina? –perguntou Pedro indignado.

-Uma menina não! Enviaram a princesa deles. –respondeu Caspian.

-As aparências enganam! –ela apenas disse isso.

-Qual é seu nome? –perguntou Susana!

-Luíze. –ela limitou-se a falar.