A Lua que Eu Te Dei escrita por Samsung


Capítulo 2
Caspian e uma outra pessoa


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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-Caspian? –Susana sussurrou seu nome.

-Ao vivo e em cores! –brincou o príncipe, ou melhor, rei.

-Isso quer dizer que estamos em Nárnia! –falou Lúcia contente.

-Nárnia?-Pedro ficou pensativo. –Pensei que eu e Susana não voltaríamos mais...

-Verdade. –minha irmã soltou um suspiro pesado.

-Venham. Vamos logo antes que algo nos ataque. –ele estendeu a mão a Susana e mesma segurou na mão dele.

- “Algo nos ataque?” –repeti enquanto o seguia.

-Sim, algo! Quando vocês foram  tudo ficou normal, só que de repente algumas pessoas se revoltaram e conseguiram fazer o pacto com a Feiticeira Branca. –narrou Caspian.

-Isso significa que ela voltou, não? –falou Susana.

-Sim! –ele balançou a cabeça afirmando.

-E Aslam? –quis saber Lúcia.

-Aslam? Aslam some e quando dá na telha dele, ele volta. –Caspian falou sem interesse algum.

-O que você está fazendo para impedir isso? –Pedro perguntou.

-Destruíram tudo! Esse bosque ainda continua intacto. Mas ela fez acontecer tudo de novo. Tudo ficar com neve e congelar aqueles que não a obedecem.

-O que aconteceu com aqueles que fizeram o pacto? –perguntei.

-Foram congelados. Ela só queria ser libertada, e com certeza ela está mais forte do que a ultima vez que vocês a enfrentaram. –O Rei parou de andar e ficou olhando envolta.

-O que foi? –perguntou Lúcia.

-Os narnianos querem ver vocês... –barulhos por todas as partes foram ouvidos. Olhávamos de um lado para o outro sem conseguir ver nada além das árvores, então começamos a escuta barulhinhos de patinhas correndo pelo chão na nossa direção.

-Ah! –Caspian foi jogado no chão e encima dele estava um rato.

-Um rato... –comentei.

-Um rato não meu senhor. O rato! –disse o pequeno animal nos reverenciando.

-Ele ainda continua com a fofura. –falou Lúcia e Susana juntas.

-É um detalhe. –falou o rato envergonhado.

-Venha Caspian, eu te ajudo! –Susana segurou a mão do Rei e o ajudou a levantar.

-Obrigado! –agradeceu.

-Então o que faremos? –perguntei.

-Vamos para ao antigo castelo de vocês. Lá acho que ficaríamos seguros. –Caspian começou a mostrar o caminho de onde deveríamos seguir. Ele conversava na frente animado com a Susana, Lúcia e o rato se divertiam e eu e Pedro apenas ficávamos zombando de algumas coisas. Demoramos quase três dias para chegar no nosso antigo Castelo. Quando chegamos percebemos que ele continuava em ruínas, só que um pouco mais arrumado se assim pode dizer. Vimos os centauros aparecerem para nos olharem, depois os animais e alguns grifos. Era ótimo está ali, de volta a Nárnia.

Lúcia saiu correndo na frente enquanto Caspian levou Susana a algum lugar. Eu fiquei sentado em uma das pedras enquanto olhava a praia, um centauro chegou perto de mim e me entrou uma espada.

-É sua! –ele se limitou a falar.

-hã...Obrigado! –encarei a espada por um tempo e vi que realmente era minha.

-Seus trajes estão lá dentro. Não é apropriado para um Rei ficar andando de pijama por aí. –então a criatura se afastou. Olhei para as minhas roupas, realmente estava de pijama, mas eu tinha uma desculpa. Um quadro do meu porão me puxou para dentro dele. Balancei a cabeça de forma negativa, não é lá uma das melhores desculpas. Entrei no lugar onde o centauro havia me indicado, me troquei e logo fui para junto de meus irmãos. Eles estavam envolta de uma fogueira esperando a carne ficar pronta, todos estavam com uma cara meio tensa, deveriam estar falando da feiticeira.

-O que fizeram até então? –Pedro continuou o assunto.

-Chamei todos os narnianos, todos o que pertenciam ao seu reino. Até mesmo aqueles que não pertencem. –Caspian respondeu.

-Como assim aqueles que não pertenciam ao meu reino? –indagou Susana.

-Os céus não pertencem a vocês! O resto sim. –ele deu de ombros.

-Então significa que existe outro reinado? Um acima de nós. –perguntei.

-Isso mesmo! –o rato que então estava calado falou.

-Antes que continuemos com essa história toda, vamos patrulhar. –Caspian se levantou. –Pedro e Edmundo começam a patrulha. –bufei quando ele disse isso, me levantei e peguei minha espada. Pedro já havia saído de lá, quando eu saí ele nem me esperou foi andando pela floresta. Por todo o caminho ficamos calados, nada dizíamos então uma pequena adaga quase nos acertou.

-Uma adaga? –sussurrei.

-Pelo visto tem alguém aqui que não nos quer vivos. –ele brincou um pouco. Mas adagas foram jogadas, tivemos que nos esconder. Um grifo apareceu atrás de Pedro e o jogou longe, alguém me atacou. Não dava para ver o rosto, o mesmo estava coberto por algo preto, igual ao corpo. Ele tinha uma espada na mão e começou a me atacar, eu apenas defendia esperando que Pedro aparecesse, a tal pessoa conseguiu me atingir no braço e me fazendo largar a espada. Lúcia apareceu na hora com Susana, a pessoa que estava lutando comigo conseguiu se desvencilhar de mim e pegar a Lúcia. Ela colocou uma adaga no pescoço da mesma, enquanto eu tentei atacá-la; ela me chutou e eu caí no chão ela me manteve ali preso no chão com o pé.

-Lúcia! –gritou Pedro.

-Quem é você? –perguntou Caspian. –Diga-me. –e tal pessoa nada disse.

-Não façam nada ele vai acabar matando a Lúcia. –Susana implorou. Olhei para Pedro e ele confirmou com a cabeça, respirei fundo e dei um jeito de jogá-lo no chão. A pessoa soltou a Lúcia e eu me coloquei em cima dela apontando a própria espada da mesma para ela.

-Vai nos dizer quem é, ou teremos que descobrir por nós mesmo? –dei alternativas. Deu para escutar o riso dela, ela pegou uma adaga com uma mão e colocou no meu pescoço, que enquanto com a outra me puxou pela gola da camisa. –Ta bom, você nos conta. –levantei os braços em sinal de rendição.

-Se afastem. –o grifo que atacou Pedro apareceu. A pessoa olhou para ele e me empurrou, logo se levantou e saiu correndo para o animal. Subiu no mesmo e ele levantou vôo.

-O que exatamente foi isso? –perguntou Pedro.

-Feiticeira? –chutou Lúcia.

-Eu diria que não! –comentou Caspian olhando a adaga.


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Notas finais do capítulo

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