A Lua que Eu Te Dei escrita por Samsung


Capítulo 18
Loucura


Notas iniciais do capítulo

Esse foi pequenininho, mas no próximo prometo colocar mais!



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Passaram-se uma semana desde que Luíze foi atacada, ela não havia voltado a me procurar e cada vez mais sua freqüência na escola estava menor, quando aparecia estava pálida e ficava até com medo de se aproximar de algumas pessoas, ou melhor, todas. Houve um dia em especial em que ela não apareceu na escola, ninguém sabia o que havia acontecido e eu esperava que nada.

Minha cabeça latejava com vários pensamentos que estava tendo e uma dor imensa se apossava do meu coração ao pensar que algo de ruim tivesse acontecido com ela e eu não estava lá para protegê-la.

Assim que o sinal do final do dia tocou, eu me levantei com a certeza de fazer uma coisa: procurá-la.

Luíze havia me entregado seu endereço que para quando precisasse eu fosse procurá-la em sua residência, e aquilo eu considerava como emergência. Saí da escola correndo, não me importando com o fato de ter deixado meus irmãos para trás, demorei muito para chegar a casa dela, porém quando cheguei e me deparei com uma residência simples, mas aconchegante; havia uma varanda na frente e a casa chegava a ser grande; havia um lindo jardim na frente e eu suspeitava que houvesse algo mais atrás da casa. Eu iria me atrever a bater na porta e ver no que dava, só que assim que escutei um barulho de vidro se quebrando na parte superior da casa eu dei a volta e fiz o favor de escalar a casa até a janela maior, minha sorte é que a janela estava aberta e joguei minhas pernas primeiro depois o resto do corpo.

-O que houve aqui? –murmurei ao perceber que o quarto estava completamente destruído. As roupas de cama e o colchão estavam rasgados; o vidro da penteadeira estava quebrado e as gavetas foram jogadas para longe; o armário estava escancarado e algumas roupas estavam rasgadas e até mesmo sujas de algo vermelho que eu suspeitava ser sangue; havia flores pelo chão junto com restos de um vaso de cristal; as cortinas foram puxadas de fora selvagem, mas ainda conseguiam se sustentar um pouco.

Escutei um barulho atrás de mim e me deparei com uma Luíze encolhida, com os olhos arregalados e os cabelos soltos e bagunçados.
-Luíze, você está bem? –larguei a mochila no chão e corri até ela. A garota ao perceber a minha presença apenas virou o rosto para me olhar e ficou piscando um pouco os olhos, talvez para reconhecer quem fosse. Havia algo no olhar dela que era sombrio, algo como névoa que nunca vai se dissipar.

Luíze

Memórias me assombravam desde do dia que estava na casa do Edmundo, memórias que eu não reconhecia como minhas. Aquilo estava me enlouquecendo e me deixando confusa, começou de forma rara, mas agora estava começando a se tornar freqüente.

“-As aparências enganam! –falei apenas isso.”

Pare!

“-Qual é seu nome? - perguntou Susana.

-Luíze. –ela limitou-se a falar.”

Não são minhas!
E elas se tornavam mais violentas e sangrentas à medida que eu tentava lutar contras as lembranças. Eu nunca tinha as vivido e muito menos sabia como conseguia me lembrar de tantas coisas. Feiticeira, leão, guerreiros, céu, reis, rainhas... Isso estava começando a complicar a minha mente.

-Luíze? Responde-me. –eu conheço essa voz, mas de onde? –Luíze!

Eu comecei a tremer sem parar, meus olhos não pararam em um só lugar, minha boca havia secado e aquela perturbação só aumentava.

Eu reconheço essa voz. Segurei o braço do Edmundo com força e então o encarei por um momento, sentindo um alívio ao encarar aqueles olhos negros, o único problema foi que o alívio durou pouco até eu desmaiar de cansaço.


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Notas finais do capítulo

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