O Caminho do Guerreiro escrita por dede black


Capítulo 8
O estranho


Notas iniciais do capítulo

Ola, bem fui rapida ne? kkkkkkkkk
Como promeitido o capitulo está maior.
Espero que gostem, deixem a vossa opiniao.
Beijo e boa leitura



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Soujirou e Sayo continuavam a sua demanda a caminho a Edo com o propósito de conhecer o velho samurai que ensinaria o que o jovem aprendiz precisa.

A estrada era longa e não demoraria muito para que mais um dia chegasse ao fim. Ambos teriam que arranjar um abrigo para passar a noite, e ao mesmo tempo que fosse bom o suficiente para não serem surpreendidos por alguém, especialmente o exército que ainda os procurava pelo sucedido na vila.

Mas o que os dois jovens cansados não notaram foi que há algum tempo alguém os seguia escondido na sombra, apenas observando.

- HÁ Himura não aguento mais, meus pés estão ardendo eu preciso parar. – A jovem ninja reclamou se sentando no chão mostrando que não daria nem mais um passo.

Soujirou a encarou desanimado, a noite estava próxima mas não queria parar já.

Mas aparentemente Sayo não lhe estava dando alternativa.

- Certo, então se deixe ficar ai que irei rondear os arredores e procurar um abrigo para dormirmos. – Soujirou advertiu a jovem ninja que sorriu alegremente com as palavras do rapaz.

- E veja se traz alguma comida Himura. – Sayo gritou já após Soujirou estar a largos metros dela.

- Se eu conseguir abrigo já vai ser uma sorte… - Resmungou para que a jovem ouvisse.

Sayo se levantou do chão abanando a roupa que trajava, e se recostou numa árvore, sempre era mais confortável.

Fechou os olhos e deixou se levar pelas lembranças daqueles por quem ela ansiava rever em breve, em especial aquele homem que de criador protetor se transformou em amor dentro do seu coração.

Tudo o que Sayo mais desejava era poder voltar a rever o rosto de Anji, imaginava o que os anos teriam feito com ele, mas estava certa que apesar dos estragos que o tempo pudessem ter feito com ele, isso não mudaria os seus sentimentos. Ela o amava, simplesmente o amava.

Um barulho mínimo que passaria despercebido a um viajante comum mas não a uma Ninja despertou Sayo.

Rapidamente a jovem levou uma de suas mãos dentro das suas vestes agarrando um Shuriken pronta para atacar quem se revelasse atrás do arbusto de onde seus ouvidos tinham captado o barulho.

- Você ai escondido saia agora e se revele. – A jovem ordenou firme a pleno pulmões, embora um pouco receosa, não por medo de ter que enfrentar alguém, mas sim por não saber quem ou o quê se escondia atrás do arbusto.

Não ouve resposta apenas o silêncio imperava. Isso deixou Sayo mais nervosa, então decidida caminhou em direção ao arbusto, ela ia ensinar o brincalhão que com Sayo Seta não se brinca.

- Saia dai agor…- Suas palavras foram interrompidas por alguém que a surpreendeu nas suas costas lhe cobrindo a boca com um pedaço de pano usado e sujo.

- Calma garota não lhe quero fazer mal. – O estranho informou Sayo, a mantendo presa em seus braços que a apertavam com tal força que mesmo ela se remexendo tentando se soltar o aperto não cedia nem um pouco.

- Vou- lhe destapar a boca e você vai responder uma pergunta, sem gritar. Se aceitar pare de se agitar. – O homem que mantinha a ninja presa propôs, nesse mesmo instante Sayo cedeu e parou de lutar para se soltar.

- Ótimo, então é o seguinte eu quero saber o que você uma ninja e aquele garoto que carrega uma espada fazem por aqui. – A pergunta parecia ser simples, o estranho apenas queria uma resposta simples. Mas Sayo não estava determinada a ser uma boa menina e colaborar.

- Vai para o inferno seu traste. – A jovem lhe respondeu azeda voltando a batalhar contra os braços em torno de seu corpo.

- Solte ela imediatamente, estranho. – Soujirou surpreendeu o agressor que mantinha Sayo presa.

O estranho olhou fixamente para Soujirou o vendo pronto para sacar da espada a qualquer momento.

- Não se preocupe eu não irei machucar esta menina indefesa. – O estranho sorriu com suas palavras achando piada ao que acabara de dizer.

- Você não devia de lhe ter chamado indefesa, isso foi um erro. – Soujirou advertiu sorridente recebendo um olhar confuso do agressor. – Você já vai entender. – Finalizou.

Como esperado por Soujirou Sayo não iria admitir que homem alguém lhe chamasse indefesa, a jovem ninja encolheu suas pernas conseguindo as posicionar perto da barriga do estranho que a prendia, assim usou a barriga como apoio e se impulsionou com força para a frente se soltando e deixando o infeliz caído no chão.

- Eu avisei. – Sorriu Soujirou caminhando em direção ao estranho.

- Vai chamar indefesa a outra, idiota. – Bufou Sayo irritada.

- Certo agora me diga quem é você e o que quer? – Soujirou exigiu saber levantando o estranho de cabelos negros e lisos do chão pelo colarinho da blusa cinzenta que usava. Aquela roupa outrora foi um fato de gala ou algo parecido, agora não passavam de panos velos e sujos cobrindo um corpo.

- Calma não se enerve jovem, eu não agi corretamente mas não foi com más intenções. Simplesmente vi vocês entrarem por este trilho e me perguntei. O que raios um miúdo com uma espada e uma ninja fariam por aqui, tão longe de tudo e de todos. – O estranho se apresou a contar os seus factos, não queria arriscar deixar um miúdo impulsivo com uma espada furioso.

Soujirou olhou para Sayo confuso, esta também se mostrava confusa. Afinal o homem parecia estar a ser sincero.

- O que nos trás por aqui é problema nosso, e agora lhe faço a mesma pergunta o que faz um vagabundo tão longe de tudo e de todos? – Soujirou largou o homem e expôs a sua pergunta.

- Posso ser um vagabundo mas tenho nome, me chame Hiko por favor. – Informou o estranho e logo continuou. – Eu não posso voltar para a vila, sou apenas um vagabundo sem teto nem dinheiro. O exército não vê com bons olhos pessoas como eu. – Ao terminar seus olhos estavam fixos no chão.

- Entendo. – Foram as únicas palavras que Soujirou conseguiu dizer, nunca fora bom a expressar sentimentos ou com palavras de conforto. E vida lhe ensinará a ser frio.

- Porque não perguntou apenas Hiko? Não me precisava agarrar daquela maneira. – Protestou Sayo sorrindo.

- E você ia responder se eu apenas perguntasse? – Retrucou Hiko.

- Não. – Sorridente a ninja respondeu.

- Bem certo já se entenderam? Ótimo. Agora Sayo vamos a noite esta caindo, o abrigo que eu preparei é perto. – Soujirou apressou a jovem ninja, que se mostrou inquieta.

- Himura! Ele não me parece ser má pessoa, e você é um chato. Convida ele para se juntar a nós? – Sayo sussurrou ao ouvido de Soujirou, que a olhou estupefacto com o pedido.

- Ta louca? Claro que não. Nos não sabemos nada a cerca dele, como podemos pedir para ele se juntar a nós? – Soujirou não conseguiu evitar e acabou elevado a voz mais que o pretendido, para ele o pedido de Sayo era absurdo.

- Você também não sabia nada á cerca de mim e me aceitou como companheira de viagem, e no fim me reveli bastante útil, quem sabe com ele não pode ser o mesmo, ou você esta com medo? – Insistiu Sayo confiante em trazer mais um louco com eles.

- Faça o que quiser, não vale a pena discutir com você, mas o convite vai você fazer, e caso ele te esgane ou te rapte. Não me chame. – Soujirou deu por terminada a conversa e se afastou para Sayo poder então convidar Hiko a se juntar e eles.

Sayo pulou alegremente e se aproximou de Hiko.

- Estavam falando de mim certo? – Quis saber certo de que era a seu respeito que os dois jovens falavam.

- Você acertou. Bem eu quero-lhe fazer uma pergunta. Posso? – Questionou se sentando no chão ao lado de Hiko.

- Claro, porque não. – Consentiu enquanto atirava algumas pedras para longe.

- Eu quero saber qual a sua opinião sobre o novo governo. – Sayo fez questão de examinar a reação do homem que estava ao seu lado perante a sua pergunta.

Este parou de jogar pedras, e ficou apenas com uma dentro de seu punho fechado.

- Eu os odeio a todos, quando o governo de Tokugawa foi deposto e o de Meiji erguido perdi pessoas importantes e perdi a minha vida. Por isso a minha opinião é, eu os odeio com todas as forças. – Terminou sua frase jogando a pedra que tinha na mão com toda a força contra o chão, abrindo um pequeno buraco onde ela embateu.

Sayo sorriu feliz com a resposta de Hiko, para ela alguém que odiava o novo governo não podia ser má pessoa. E apesar de não saber nada sobre este desconhecido, estava confiante que ainda iriam viver muitas aventuras ao lado de Soujirou, caso assim Hiko o desejasse.

- Você quer se junta a mim e a Soujirou? Nos somos apenas dois jovens que vão para Edo, não gostaria de nos fazer companhia? – Sayo fez por fim a pergunta, como sempre estava sorridente.

Soujirou bufou de onde estava, mas Sayo pode ouvir.

Hiko olhou Sayo nos olhos, não percebia como mesmo depois do que fez ela a estava convidando para seguir rumo com eles.

- Na verdade eu gostaria imenso, há alguém em Edo que eu quero ver. – Por fim a resposta que Sayo queria foi dada, não se conteve e soltou um pulo de alegria. Ela era uma menina e uma mulher, apenas ela tinha o poder de decidir quando e por quanto tempo seria a menina e a mulher. Mas neste momento era apenas a menina feliz.

- Certo, certo vamos indo para o abrigo família feliz. – Ironizou Soujirou descontente e seguiu caminho floresta á dentro, sendo seguido por Sayo e Hiko.

Nessa noite eles eram apenas três conhecidos desconhecidos, mas o que eles não sabiam é que o futuro lhes reservava grandes surpresas.


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Notas finais do capítulo

Gostaram??
No proximo capitulo havera mais POVs do desconhecido ( neste nao me pareceu bem por), algum palpite de quem ele é???
kkkkkkkkkk Ate o proximo Beijos



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