O Caminho do Guerreiro escrita por dede black


Capítulo 4
Encurralados


Notas iniciais do capítulo

Ola gente!!!
Bem mais um capitulo para voces, espero mesmo que esteja do vosso agrado.
deixem a vossa valiosa opiniao por favor.
e...
FELIZ ANO NOVO!!!!!!!



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Sayo impaciente reclamava da lentidão de Soujirou, que dava passo após passo lentamente quase que imóvel.

– Há Himura escolhe outra altura para ser folgado, vamos logo quero comer algo. – Reclamava Sayo puxando a mão de Soujirou com força, mas sem grandes progressos.

Não era uma questão de pressa, mas Soujirou sentia-se inseguro em parar numa vila desconhecida, ainda mais por carregar consigo uma arma claramente proibida pelo atual e severo governo.

– Sayo, porque não vai você pedir comida e água, enquanto eu fico por aqui te esperando? – Sugeriu Soujirou na expectativa de conseguir ficar longe da vila, mas pela cara que a garota lhe lançou, sabia que tinha sido em vão sua tentativa.

– NÃO COMEÇA A INVENTAR HIMURA, VOCE VÊM COMIGO SIM. – Gritou quase possessa, o arrastando com todas as forças que seu corpo possuía.

Enquanto seu corpo era rebocado pela teimosa, ele tentava a todo o custo esconder a espada entre sua hakama e haori.

– Himura isto parece uma vila fantasma. – Exclamou Sayo desapontada chegando à vila e vendo que não se encontrava nem uma única alma viva pelas ruas.

Soujirou, nada disse continuou andando enquanto observava atentamente todos os pormenores, tal como alguém espreitando por uma janela entre aberta, mas que se escondeu mal seus olhos se chocaram com os de Soujirou.

– Se fosse eu a ti Sayo, revisava bem o significado de suas palavras, porque uma coisa te garanto, esta vila não esta abandonada coisa nenhuma.-  Avisou serio enquanto continuava avançando em passos curtos e cautelosos, afinal se estas pessoas se estavam escondendo algum motivo teriam de ter.

Sayo o olhou com os olhos extremamente abertos, e começou a seguir Soujirou quase pulando nas costas dele, mostrando que estava com receio.

– Calma garota irritante, não precisa ter medo, tem pessoas escondidas, mas ninguém disse que eram perigosas. Alem disso tenha vergonha, uma ninja com medo. – Bufou irritado com as atitudes de Sayo, que por sua vez o olhou ameaçadoramente.

– NÃO ESTOU COM MEDO. – Gritou quase deitando fumo pelas orelhas.

– Grita mais garota barulhenta. - Disse Soujirou com sarcasmo.

– Há, desculpa. – Se desculpou a garota tapando a boca com as mãos enquanto Soujirou apenas balançava a cabeça negativamente.

Estavam passando por inúmeras casas tradicionais, mas todas estavam de portas fechadas, sem nenhum sinal de vida aparentemente, até que mais a frente era visível um pequeno mercado e um vendedor.

À medida que se aproximavam cada vez mais do senhor que estava no mercado, lhe notavam que o olhar que ele lhes lançava não era nem um pouco amigável.

– Não somos bem-vindos aqui. – Exclamou Soujirou baixinho apenas para Sayo ouvir, esta por sua vez o olhava com dúvidas.

– O que querem desta pequena vila, estranhos? – Interrogou o vendedor pouco amigável mal eles se aproximaram o suficiente.

– Estamos de passagem senhor, minha amiga e eu procuramos apenas alguma comida e água. – Soujirou tomou a palavra se antecipando a Sayo que se ia preparar para falar.

– E como sei que vocês não são perigosos, estranhos? – Voltou o vendedor a falar nada amigável a desconfiado.

– Se fossemos perigosos lhe garanto que já não estaríamos falando senhor. – Respondeu educadamente Soujirou, recebendo um olhar intrigado do vendedor.

Por alguns segundos o silêncio reinou, apenas se ouvindo o som das respirações dos três ali presentes, nem o vento se fazia ouvir.

– Podem seguir-me, irei providenciar algo que possam comer e alguma água. – Informou o vendedor mais amigável, mas ainda assim desconfiado.

– Muito agradecido bom senhor. – Agradeceu Soujirou e Sayo com uma pequena vénia em sinal de agradecimento.

Antes de seguirem para algum lado, o vendedor subiu umas pequenas escadas que davam acesso a um altar simples com um sino em cima. O vendedor bateu três vezes no sino, fazendo o barulho ecoar por toda a vila, e num ápice todas as pessoas saíram de suas casas, mostrando receio.

Soujirou olhava estupefacto todo aquele cenário, seriam eles assim tão receosos com todos os estranhos, ou por algum motivo era só com eles, se questionava a si próprio.

– Porque tanto receio de nós? – Questionou Sayo por fim a pergunta que lhe martelava na cabeça.

Soujirou a olhou em reprovação, pois achava a pergunta desnecessária neste preciso momento.

Sem que tivessem dado conta, todas as pessoas que haviam saído de suas casas, estavam reunidas em volta dos dois, e do vendedor que se encontrava perto deles.

– Eu sou o responsável por esta vila, e como responsável é meu dever manter os aldeões em segurança, e não me parece que um jovem carregando uma espada, e uma ex. ninja do bando Hannya sejam propriamente pessoas em quem se possa confiar. – Descarregou olhando fixamente para o rosto dos dois jovens surpreendidos por as declarações.

– Como sabe o nome do grupo de Anji? Como é que sabe que eu fazia parte do grupo? COMO SABE? – Sayo exigiu saber alterada e perplexa.

– Tenha calma Sayo. – Soujirou pediu baixinho, enquanto analisava a situação em que estava. Afinal até ele mesmo estava surpreso com o conhecimento do vendedor, como era possível ele saber todas essas coisas.

– Calma garota, não adianta gritar porque por muito que grite não lhe vai adiantar de grande coisa, a minha boca e a de estes aldeões são um tumulo bem fechado. – Sorria irónico em tom claro de provocação e superioridade.

– Seja como for, nós não viemos a procura de problemas, por isso se preferir seguimos imediatamente caminho. - Propôs Soujirou numa tentativa de escapar e evitar maiores problemas.

– NÃO! Eu não vou sair daqui até este homem me dizer como sabe do grupo Hannya, eu preciso de saber se ele sabe alguma coisa sobre o Anji. – Pedia Sayo angustiada.

– Primeiro vocês não vão a lado nenhum sem antes falarem com as autoridades do governo, que por acaso a esta hora já devem esta vindo para cá, e segundo, garota minha boca é um túmulo. – Anunciou o vendedor à medida que o cerco a volta deles se apertava.

– Himura… - Chamou Sayo em tom de ajuda e desespero.

– Fica calma.


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Notas finais do capítulo

haori - haori, uma jaqueta com mangas amplas e gola estreita feita de seda
( http://www.kyotoyany.com/images/items/haori-6-1.jpg )
Hakama é um tipo de vestimenta tradicional japonesa. Cobre a parte inferior do corpo e se assemelha a uma saia largaExistem dois tipos de hakama:
Inteiriço - como uma saia;
Dividido - como calças
Originalmente eram usados por samurais para proteger as pernas enquanto andavam a cavalo. A pé, o hakama esconde as pernas, tornando mais difícil prever a movimentação, dando assim vantagem em combate.
Hoje em dia, hakamas são usados apenas em situações extremamente formais, como a cerimónia do chá, casamentos e funerais; também por atendentes de templos xintoístas e por praticantes de certas artes marciais japonesas, como aikido, iaido, kenjutsu, kendo, do-jutsu, kyudo
( http://www.absolutjapon.com/wp-content/uploads/2009/06/cc3.jpg )
ha deem uma olhada na nova capa e digam o que acharam por favor, ou se preferem a capa anterior.
espero que nao haja duvidas. comentem por favor. beijoooosss