O Amor Pode Dar Certo escrita por liz


Capítulo 35
Capítulo 21 - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpas pela demora. Mas tive visitas em casa e não pude ficar muito tempo no computador. >.



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Lizzie lia um livro calmamente, estava sentada no sofá de sua sala enquanto esperava John chegar para levá-la à festa de Vanessa. A garota estava com uma calça comprida escura e uma blusa branca tomara-que-caia, com um salto pequeno e básico. Seu cabelo estava solto, apenas com uma tiara também básica e branca.  A campainha tocou e Lizzie se sobressaltou, olhou para os pais que estavam conversando sobre algo do trabalho e eles sorriram. Ela se levantou e abriu a porta, dando de cara com John, que estava com uma blusa social branca, uma calça Jeans e um tênis Adidas preto.

– O porteiro me deixou subir – O garoto falou sorrindo

Lizzie olhou para os pais e fechou a porta lentamente, não pretendendo sair naquele momento, apenas conversar com o namorado.

– Não pense que você vai fazer isso – Lizzie falou baixo.

– Isso o que?

– Me pedir em namoro para os meus pais.

– Porque não?

– Por que a gente já está namorando e isso seria um choque para eles, não sei como meu pai reagiria. – A garota tentou explicar.

– Bom, a gente vai saber agora – John se desviou de Lizzie e abriu a porta lentamente.

– John! – Lizzie falou baixo, tentando impedi-lo.

– Olá, Sr. E Sra. Austen! – John os cumprimentou sorrindo e os dois pararam instantaneamente de falar, surpresos. 

– Oi, John, como está seu pai? – Richard foi o primeiro a falar.

– Hum... Viajando ainda, vai chegar hoje.

– Er... Pai, mãe, nós estamos indo – Lizzie pegou o pulso de John e tentou puxá-lo para fora do apartamento, porém o garoto ficou firme.

– Nada disso – John falou impedindo Lizzie de continuar andando. – Eu queria falar uma coisa com vocês, Sr. e Sra. Austen, se fosse possível. – John falou calmo e sereno, enquanto Isabela se ajeitava no sofá.

– Pode falar, John – Richard disse.

– Er... Bem... – Lizzie apertou firmemente a mão do namorado, o que o fez dar mais um de seus sorrisos misteriosos.

– Eu queria pedir em namoro a filha de vocês, oficialmente.

A reação que veio a seguir, foi um tanto constrangedora para Lizzie. Isabela soltou um gritinho agudo e não pode conter um sorriso, porém Richard apenas deu um sorriso discreto e concordou.

– Pois bem, se é isso que vocês querem.

– Ah meu Deus, minha filha tá namorando! Demorou mas aconteceu!! – Isabela ria alto e até mesmo Richard não pode deixar de ficar um tanto constrangido com a mulher, apesar dele já estar acostumado.

– Ok, mãe, menos na empolgação – Lizzie sorria envergonhada, evitando o olhar de todos.

– Hey, espera um pouco – Isabela falou como se tivesse lembrado de algo – O que você quis dizer com “ pedir em namoro minha filha, oficialmente”?

John riu, mas parecia embaraçado, sem palavras.

– Er, nada demais, mãe. Paranóia da senhora. Nós já vamos indo, ok? Até mais tarde!

– Hum... – Isabela não tirou o olhar de desconfiada. – Certo, cuidado. Não esqueçam de usar camisinha!!

– Mãe!!!!!! – Lizzie gritou extremamente vermelha, enquanto tentava empurrar um John que não parava de rir, para fora da casa.

Assim que os dois chegaram ao térreo, Lizzie voltou a falar.

– Idiota! Ainda por cima não para de rir!! – Lizzie batia fraco no ombro do namorado.

– Eu já falei que adoro sua mãe?? – John perguntou sem conter um sorriso.

– É, eu sei – Lizzie falou sorrindo – Nunca mais faça isso, sério.

– Isso o que? Te pedir em namoro para seus pais? É, eu também espero que eu não precise mais fazer isso!

– Bobo! – Lizzie deu um selinho em John e os dois seguiram para o carro. – Cadê a Clara??

– Já está lá, oras. Disse que não ia ficar esperando enquanto o ‘casal apaixonado’, como ela mesmo disse, resolvesse ir para a festa. – John falou fazendo careta e Lizzie teve que rir. Clara era mesmo uma doida.

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– Porque não nos esperou? – Lizzie comentou com Clara, assim que chegou, juntamente com John, à casa da Vanessa, onde acontecia a festa. Ainda não havia muitas pessoas no saguão quando John e Lizzie chegaram, já que a festa havia começado há pouco tempo. O enorme saguão da casa da anfitriã estava completamente decorado com preto e roxo, além, é claro, do DJ e da pista de dança.

– Querida Lizzie, aprenda uma coisa: em uma festa, eu sou a primeira a chegar e a última a sair – Clara comentou mais ‘feliz’ do que o normal e Lizzie percebeu que a garota segurava um copo.

– Clara, diga-me que isso não é cerveja – John se adiantou e perguntou.

– E não é... – Clara sorriu levantando o copo.

– Que bom, pensei que...

– É uísque – Clara terminou a frase e John a olhou sério – John, eu não estou bêbada, esse é o meu primeiro copo e prometo que não vou exagerar.

– Que bom, porque o papai chega hoje de viagem e acho que ele não vai gostar de te encontrar bêbada.

– Não se preocupe, dessa vez eu farei um comitê de boas-vindas um pouco mais receptivo – Clara sorriu – Agora vamos curtir a festa.

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– Não está gostando da festa? – John perguntou quase gritando, apesar de estar abraçado com Lizzie, pois a música estava extramente alta. Naquele momento, muitas pessoas já haviam chegado à festa, inclusive Mike, que os cumprimentou e desapareceu. Clara dançava sem parar na pista de dança, e John e Lizzie estavam sentados em uma mesa, perto de onde Clara se encontrava.

– John, até parece que eu gosto desse tipo de festas. Eu vim mais pela Clara, que parecia muito mal e merecia se divertir.

– Você quer ir embora?

– Não, não precisa. Já estou aqui mesmo.

– Vamos pelo menos sair um pouco daqui, se não vou ficar surdo. – John comentou e Lizzie sorriu, se levantando.

Os dois caminharam rapidamente para fora da casa, ficando no estacionamento, onde havia algumas pessoas conversando e outras se agarrando.

– Agora você é oficialmente minha namorada – John sorriu abraçando Lizzie.

– Eu vou sofrer muito quando chegar em casa hoje – Lizzie comentou sorrindo.

– É, eu adoraria ver você se livrar das perguntas da sua mãe.

– Se duvidar, é capaz da minha mãe ligar para toda a família, dizendo que eu estou namorando.

– Hum... Boa idéia – John sorriu.

– Nem pense nisso. – Lizzie o advertiu e o menino sorriu e deu um selinho nela, que logo se transformou em um beijo. Mas não durou muito tempo, já que Lizzie logo cortou.

– John, não. Na frente de todo mundo não.

– O que foi, Lizzie? A gente não pode se beijar na escola porque é contra as regras e agora a gente não pode se beijar aqui porque tem muita gente. Quer dizer que eu nunca vou poder beijar minha própria namorada? – John perguntou um pouco irritado, soltando-se de Lizzie, que ficou surpresa.

– O que é isso, John? Tudo isso por um beijo? – Lizzie também perguntou surpresa com o tom de voz do namorado.

– Não é um beijo, Liz.

– John, eu não me sinto confortável com todas essas pessoas me olhando – Lizzie respondeu sincera.

– Lizzie, ninguém tá te olhando, as pessoas estão fazendo coisas mais úteis, como beijar...

– John! Qual o seu problema hoje?? – Lizzie perguntou também ficando um pouco irritada pelo modo como o namorado falava. John respirou fundo e se acalmou.

– Desculpa. Eu to cheio de problemas. Eu não queria falar desse jeito, juro. – John falava enquanto passava a mão nervosamente pelo cabelo.

– Você não precisa descontar em mim seus problemas – Lizzie responde um pouco ressentida.

– Desculpa, minha linda. Desculpa mesmo, não sei o que me deu. – John falou puxando Lizzie novamente para se abraçar com ela. – Eu não queria falar assim.

– Tudo bem, John – Lizzie sorriu fraco e deu um selinho nele.

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Clara já estava cansada de dançar, parou um pouco e saiu da pista de dança, resolveu pedir alguma coisa para beber. Chegou há um barman e pediu apenas uma água, havia prometido ao irmão que não beberia muito e não iria decepcioná-lo. Até porque, ela ainda lembrava muito bem o que acontecera da última vez que havia bebido muito quando estava na casa do pai.

Ela observava as pessoas daquela festa, algumas bêbadas, outras mais do que bêbadas, alguns casais se agarrando, outros só dançando. Enquanto ela observava todo o saguão, seu olhar posou em um casal que estava se beijando. Ela estreitou um pouco os olhos para observá-los melhor, ela sabia que os conhecia, mas não conseguia enxergá-los muito bem. Somente quando eles se separaram é que Clara reconheceu. Aqueles eram Mike e Vanessa. Mike sorriu para Vanessa, falou alguma coisa com ela e depois os dois voltaram a se beijar.

Clara virou o rosto, enojada e sem perceber, seus olhos se encheram de lágrimas. O que estava acontecendo com ela? Por que, de uma hora para outra, começou a sentir um aperto forte no coração?

– Aqui está a sua água – O barman falou, desviando Clara de seus pensamentos.

– Pensando bem, eu não que água não. Por favor, me traz uma cerveja.

O barman consentiu e recolheu a garrafa de água, voltando segundos depois com uma latinha de cerveja.

Clara tomou rapidamente, pedindo outra em seguida, e mais outra. Tentava tirar aquela imagem da sua cabeça, tentava esquecer um pouco a situação em que estava.

Quando estava no último gole da sua oitava latinha de cerveja, ela escuta alguém a chamando.

– Clara! O que você está fazendo?? – Era Lizzie, com John em seu encalço.

– Hum? Eu? Não tô fazendo nada – Clara levantou as mãos em sinal de inocência.

– Clara, você prometeu que não ia beber mais. Quanto você já bebeu hoje? – John perguntou sério, tirando a última latinha da mão de Clara.

– Hum... Acho que oito cervejas e hum... Dois copos de uísque. – Clara contava nos dedos, e depois os mostrou para John, com cara de criança que faz coisa errada e não quer receber sermão.

– Chega por ai, vamos para casa antes que o papai chegue e te veja nesse estado.

– Nada disso! Eu quero ficar aqui, eu vim para essa festa para me divertir. Não vou mais beber, prometo. – Clara falou já saindo de perto do irmão e voltando para a pista de dança.

– Ela já está bêbada. – John comentou.

– Seu pai não vai gostar disso.

– É, eu sei. Mas, infelizmente, a Clara é muito teimosa.

– John, eu preciso ir ao banheiro.

– Certo, eu te acompanho até lá.

Os dois caminharam devagar, desviando de algumas pessoas, até chegarem a porta do banheiro.

– Vou esperar aqui fora. – John falou e Lizzie assentiu, entrando no banheiro.

Lizzie não demorou muito, mas assim que saiu do banheiro, viu uma cena que não gostaria. Uma menina, que Lizzie nunca havia visto antes, estava se insinuando para John, ela tentava agarrá-lo, mas ele desviava, claramente incomodado com a situação. Lizzie chegou perto dele, respirando fundo e tentando se controlar.

– Olha, garota, eu tenho namorada – John falava enquanto tirava as mãos da garota de seu pescoço.

– Eu não tenho ciúmes – A menina falou e John desviou o olhar, encontrando Lizzie parada há alguns metros dele. Ele se separou rapidamente da garota, enquanto Lizzie saia um pouco apressada, indo em direção ao estacionamento do prédio onde a festa acontecia.

– Liz! Liz!! – John a chamava. Até que finalmente a alcançou, parando alguns centímetros na frente dela, e a fazendo parar também. – Eu não fiz nada, aquela menina tava bêbada, juro.

– Tá bom, John, tá bom – Lizzie falou impaciente, tentando continuar a andar, mas o garoto a impediu.

– O que foi? – John perguntou.

– Eu sei que a culpa não é sua. Mas, é só que eu não gosto de ver meu namorado sendo agarrado por outra menina.

– Pensei que já tivesse acostumada. – John falou sem querer e só depois percebeu o que havia dito.

– Acostumada, John? – Pela primeira vez, John viu Lizzie completamente sem paciência.

– Isso tudo é ciúmes? – John perguntou sem responder a afirmação de Lizzie.

– Não, John, isso não é ciúmes. Eu não sou ciumenta.

– Como você pode saber? – John perguntou novamente sem pretender e quando se tocou da besteira que havia falado fez uma careta.

– O que há com você hoje, pelo amor de Deus? Porque está me atacando desse jeito?? O que eu te fiz? Tudo bem que você está com problemas, mas até onde eu saiba, eu não faço parte desses problemas, ou faço agora??

– Liz, desculpa. Eu não quis falar isso... É só que as vezes eu perco a paciência...

– Perde a paciência por minha causa? – Lizzie perguntou incrédula.

– Não! Não! Liz, eu te amo tanto, você não tem noção. Por mim eu passava todo o tempo da minha vida, pelo resto dela, se fosse possível, do seu lado. Mas, às vezes, você me pede coisas que eu não sei se eu sou capaz de não fazer, como  não te beijar, por exemplo. Eu tenho vontade de te beijar toda vez que você sorri, toda vez que você fica vermelhinha, com vergonha, tenho vontade de te beijar quando você está completamente concentrada em um livro, ou quando fica preocupada comigo ou com a Clara. Tento vontade de te beijar quando você fica pensativa ou quando...

John falava passando as mãos pelo cabelo, nervosamente, quando foi interrompido por Lizzie, que o beijou docemente, passando as mãos pelo pescoço do garoto e aprofundando o beijo. John sorriu durante o beijo, e puxou a garota para mais perto de si. O garoto passou a língua lentamente e Lizzie abriu a boca, esquecendo de tudo por um momento. Já não a importava mais que as pessoas estivessem olhando, ou que John havia sido rude com ela, ou que seu namorado estava praticamente sendo agarrado por outra garota. A única coisa que realmente importava naquele momento, era que ela estava com John, e ele era só dela. Lizzie brincava com o cabelo de John, enquanto o garoto apertava a cintura dela. Era um beijo delicado e sem pressa, os dois queriam apenas aproveitar o momento. Lizzie partiu o beijo dando uma mordida fraca no lábio inferior de John, e ele sorriu, dando vários selinhos nela.

– A gente tá bem agora? – John perguntou apenas abraçando Lizzie pela cintura e encostando as testas. Lizzie sussurrou um ‘uhum’ e passou os braços pelo pescoço do namorado. John puxou a garota um pouco pela cintura, fazendo com que os pés dela saíssem do chão, ela sorriu, encostando novamente as bocas.

 


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Notas finais do capítulo

Oii, gente! Como eu já falei desculpas pela demora!
Bem, dia 01.08 essa fic completou um ano *-* (que emoção), queria que vocês comentassem o personagem preferido de vocês dessa fic e uma cena que vocês mais gostaram ;D Como presente para vocês, eu ia escrever dois capítulo, mas só agora tive tempo para escrever esse. Então, vamos deixar isso como presente de aniversário atrasado, ok?
Bem, obrigada pelos reviews e prometo que vou respondê-los, mas não deixem de mandá-los, ok? beijos